Capitulo 15

PDV Narradora

Renesmee estava em seu quarto, sentada na cama, tentando não ficar pensando muito no acontecimento que iria acontecer a poucas horas.

Alice tinha acabado de chegar a sua casa, pois como ela não estava com cabeça de arrumar uma roupa, Alice logo se prontificou, mas não foi mais a mesma coisa, para as duas.

Doía no coração da pequena, saber que dessa vês, que ela arrumava uma roupa, não era para festejar nada, e sim para chorar.

-Essa roupa esta boa pra você? achei esse brinco lindo no seu porta joias, foi esse que você falou que o Jacob tinha comprado para você em La Push?- perguntou Alice tentando quebrar o clima chato que estava.

Ela tinha acabado de colocar a roupa em cima da poltrona.

-Foi esse mesmo, eu nunca usei, e a roupa esta ótima tia- respondeu a ruiva ainda de cabeça baixa.

-Você nem ao menos olhou para ela- falou a baixinha ficando realmente triste.

-Eu confio no seu bom gosto tia- ela sussurrou cabisbaixa.

-Ho minha querida, não quero ver você desse jeito, pense no seu pai, ele não gostaria de te ver desse jeito, tão triste- ela falou se aproximando da sobrinha, e obrigando a mesma a olhar para ela.

-Eu sei tia- sussurrou a ruiva com os olhos ligeiramente molhados.

-Querida, eu sei que é doloroso, eu também estou sofrendo muito, mas nós precisamos passar por isso juntas, temos que ser uma família unida nessa hora tão difícil- falou Alice carinhosamente.

Renesmee respirou fundo e olhou para a tia, lhe dando um sorriso - pequeno – lindo. O que fez Alice abrir sua fileira de dentes brancos.

-Isso mesmo querida, vamos conseguir passar por isso juntas- falou Alice com a voz embargada, o que fez a ruiva a abraçar forte.

-Sim, juntas- ela falou, agora lhe dando um sorriso maior.

-Eu sei querida, mas agora precisamos nos arrumar, já arrumei sua roupa, então vou voltar para a casa grande, preciso me arrumar também- falou a baixinha pegando sua bolsa em cima da cama.

-Estarei bem tia, pode ir- falou a ruiva se levantando também.

-Eu sei minha querida, não preciso me preocupar com isso, aliás, Jacob esta com você- ela falou sorrindo abertamente, o que fez a ruiva sorrir também.

(...)

-Já esta pronta?- perguntou o moreno no batente da porta.

Estava lindo, com um terno preto, e com a camisa social também preta, e uma gravata da mesma cor, e uma barba mal feita.

-Er...sim, sim- ela sussurrou limpando o rosto com a mão. E alisando ligeiramente a roupa em frente ao espelho.

-Seria ruim eu te falar que você esta maravilhosa? - ele perguntou a olhando de cima a baixo.

Isso a fez sorrir entre as lágrimas e balançar a cabeça freneticamente.

-Ho... mulher, como eu posso ser tão louco por você?- ele perguntou passando a mão pelo rosto.

Isso a fez dar uma bela gargalha, o que fez ele abrir um enorme sorriso.

Ele não sabia se ela tinha reparado, mas ele tinha; tinha sido a primeira vês essa semana que ela ria de verdade, e isso o fez ficar ligeiramente mais aliviado.

Ela esta se recuperando- pensava ele.

-Ho Jake, seu bobo- ela falou lhe lançando um sorriso, mas ele não chegava aos seus olhos.

Ele se aproximou do espelho e lhe abraçou.

E isso era tudo o que ela queria. Ser reconfortada nos braços dele, nessa hora tão difícil.

Ela chorou nos braços dele, e ele a sentiu tão frágil naquele momento, que chega doía profundamente.

Ela o soltou, mas segurou o rosto dele.

-Jake, eu preciso esquecer isso- ela sussurrou.

-Meu amor- ele falou passando as mãos pelo rosto dela.

-Eu preciso, por favor, eu preciso de você- ela sussurrou o agarrando mais.

-Não sei se é o momento certo, você esta tão angustiada, não sei se posso- ele falou a abraçando.

-Você não me quer?- ela perguntou já recomeçando a chorar.

-Claro que eu te quero, como eu não iria te querer? mas agora eu não posso.

-Jake, se você não me quer, tudo bem, alguém vai querer, pode ter certeza- ela falou mudando completamente de humor.

Ele a olhou com raiva, e ela logo deu um sorrisinho de lado.

Sim, essa tinha sido fácil.

Ela só pode estar brincando com fogo- ele pensou divertido.

E o que ela não sabia é - quem brinca com fogo, pede para se queimar-.

Então quando ela fez menção de sair de lá, ele grudou as mãos em seus cabelos e a puxou com força, fazendo seus corpos se chocarem.

Isso só a fez abrir um grande sorriso.

Sim, ela com certeza tinha conseguido.

Mas agora ela não queria, queria naquela hora, não agora.

-Jake eu já entendi, você não quer- ela falou se separando dele.

-Nessie- ele sussurrou angustiado, olhando para baixo, agora que ele tinha começado a se animar.

Ela olhou para baixo também, e isso a fez dar mais uma gargalhada.

-Não posso fazer nada querido, eu te queria naquela hora, da próxima vês, não negue fogo, e saiba que é feio negar para uma mulher grá...

Ela começou a falar mas parou na hora.

-Uma mulher o que?- ele perguntou não entendendo, mas já tinha começado a se aproximar dela de novo.

-Grande Jake, uma mulher... grandemente... er amorosa- ela falou se reprimindo por dentro.

Ele continuou a olhar para ela, de um jeito meio insano, ela teria que sair dali correndo, se não acabaria se entregando.

-Então, er... vou ver a Annie- ela falou saindo do quarto praticamente correndo.

-Então eu vou dar um jeito nisso- ouviu ele falar de dentro do quarto, o que a fez soltar uma risadinha.

Ninguém mandou negar fogo para uma mulher grávida Jake.

Agora aguente as consequência- pensou ela divertida.

Andou até o quarto da criança, e viu sua menininha, brincando de pecinhas no tapete do quarto.

-Oi minha flor- falou ela pegando sua menina no colo, que logo quando ouviu sua voz abriu um grande sorriso.

-Ma...mãe- ela falou ainda rindo, o que fez a ruiva lhe beijar a testa.

-Ho querida, te amo tanto- sussurrou a ruiva já com lágrimas nos olhos.

A menina que parecia que compreendia cada palavra dita pela mãe, e assim que ouviu aquelas palavras, a abraçou forte.

Até parecia que a menininha de um ano sabia o significado daquela palavra, e o quanto ela era intensa. Mas uma coisa ela sabia, era que ela era amada, e muito amada.

-Já chorando de novo Nessie- falou o moreno atrás dela, o que a fez dar um gritinho – afinado - de susto.

-Não. - ela falou passando a mão pelo rosto, o que fez o moreno dar uma leve risada.

-O que esta acontecendo com você querida?- perguntou ele a abraçando por trás, o que fez ela tombar a cabeça em seu peito.

-Nada Jake, por que ?- perguntou ela tentando fugir do assunto.

-Você esta estranha- ele falou, mas logo se recriminou quando ela se afastou e lhe mandou um olhar assustador.

-Eu estou feia, é isso né? Por que você não me falou antes? Você não esta gostando mais de mim?- perguntou ela desesperada.

O que fez o moreno se assustar com a sua reação.

-Claro que não Nessie, por que diz isso? e você não esta feia, mesmo se quisesse ficar feia você não poderia, nunca mais fale isso, como posso eu parar de gostar de você?- perguntou ele andando em sua direção.

Ela olhou para ele com os olhos brilhando por causa das lágrimas.

-Eu nunca poderia parar de gostar de você, você é minha vida, é tudo para mim- ele sussurrou, o que fez a ruiva abrir um sorriso lindo- Quer dizer, vocês são minha vida- ele falou olhando para a sua filha, que logo esticou os bracinhos para poder ir com o pai.

-Eu te amo tanto- a ruiva falou, o que fez ele a abraçar de lado, por causa da criança em seu colo.

-E você é tudo para mim- ele falou.

(...)

DIM, DOM.

A campainha tocou, a fazendo se assustar.

Abriu a porta, dando de cara com uma bela moça.

-Oi?- a ruiva perguntou um pouco indecisa.

-Há, er... você deve ser a Renesmee a tia , o Jacob me contratou para ficar com a criança- a menina falou lhe lançando um sorriso angelical, deveria estar com seus 17 anos.

-Não sou a tia, e sim a esposa- falou a ruiva.

-Sério?- perguntou a menina com uma falsa surpresa- Jake não me falou que era casado.

-Querida, ele não te deve satisfação- falou a ruiva com raiva.

-Então, eu não posso entrar?

-Há... claro- a ruiva falou contra gosto e escancarou a porta para a moça passar.

Ela logo passou rapidamente e logo se sentou no sofá.

A ruiva fechou a porta e esperou o marido descer com a filha.

Ele logo desceu a escada com a criança no colo.

Assim que a moça o viu logo se levantou do sofá e andou em sua direção.

-Jacob- ela falou como se fossem velhos amigos de longas datas.

O que fez a ruiva bufar de ciúmes.

-Er... oi- ele falou meio sem jeito, o que a fez abrir um grande sorriso.

-Vamos- falou simplesmente a ruiva já andando na direção dele.

Ela pegou a criança no colo e se virou para a menina.

-Não vamos demorar muito, mas qualquer coisa me liga, o meu numero esta na geladeira, a caso de emergência- a ruiva falou grossa, o que fez a menina lhe dar um olhar de desdém e bufar.

O moreno vendo que dali sairia uma briga - e sem motivo - logo puxou a esposa para saírem de lá mais rápido.

-Tchau meu amor, a mamãe já volta- falou a ruiva olhando para a criança com um olhar maternal.

-Qual quer coisa ligue para gente- falou Jacob.

-Pode deixar que eu te ligo Jake- falou a menina lhe lançando um sorriso malicioso.

O que fez a ruiva querer andar até ela, mas Jacob logo a impediu e a puxou a porta a fora.

(...)

-Eu não sei se eu quero ver isso- falou a ruiva com lágrimas nos olhos.

-Por que?- perguntou o moreno não entendendo nada.

-Eu não sei se consigo- ela sussurrou.

Ele a olhou e a puxou para ele.

-Eu estou aqui com você- ele sussurrou em seu ouvido, o que a fez lhe lançar um sorriso carinhoso.

Chegaram na porta do cemitério, onde estavam todos os familiares. Praticamente todos já estavam indo embora, a ruiva tinha feito questão de chegar atrasada, para não ver seu pai dentro de um caixão.

-Nessie, querida, já estamos indo, o sr. Smith quer nos encontrar lá na grande casa, para podermos acertar tudo direitinho- falou Esme já saindo daquele local.

Ela mais uma vês respirou fundo e seguiu em frente.

A família lhe lançou um pequeno sorriso, e logo todos já tinham ido embora, ficando só os dois.

Ele a soltou, para que ela ficasse um pouco mais a vontade.

Ela seguiu até a cova, e isso fez seu corpo doer, só de pensar que seu pai estava lá dentro daquele lugar.

Pegou a roso branca, que estava na mão, e deu-lhe um beijo na mesma.

Então esticou as mãos para jogá-la.

Olhou a lápide ao lado e pegou uma rosa amarela e jogou na cova da mãe.

-Eu preciso sair daqui- falou ela procurando Jacob, que logo pegou na mão da ruiva a puxando de lá.

(...)

 -Então como estão todos presentes, vou começar a ler o testamento- falou sr. Smith, com uma folha a sua frente.

-Eu Edward Antony Cullen, deixo 30% do meu dinheiro que está em uma conta na Suíça, para Esme Plat Cullen - minha mãe - para que ela possa aproveitar os seus dias atuais. Também deixo 50% desse dinheiro para Renesmee Carllie Cullen- minha querida filha- para que ela possa usar com sabedoria na onde ela precisar. E os vinte por cento que sobraram, deixo para os meu irmãos, mesmo eu sabendo que eles não precisam, mas quero que isso seja a forma de agradecer por tudo que fizeram por mim. Também deixo minha casa do lago para Marie Annie Cullen Black- minha neta -, para que nessa sua infância, ela possa usufruir daquele lugar por mim, já que eu não tive tempo, e que lá seja pelo menos um lugar que ela vai saber que irá se divertir muito, e que também se lembre sempre que seu querido avô a amava demais. E minha residência em Boston, queria deixar para o meu outro neto, filho da minha querida filha, sei que ela só tem uma, mas também sei que ela não vai ficar só com uma. E por enquanto que esse bebê não nasça. A escritura da casa fica no nome da minha filha Renesmee, para poder usufruir do lugar. E para os demais, deixo o meu amor e também desejo felicidades para todos. Um grande abraço... Edward Cullen- falou sr. Smith em alto e bom som

-Agora vou começar a ler o testamento de Isabella- falou ele pegando outra folha.

-Eu Isabella Marie Swan, deixo 50% de tudo o que eu tenho para Charlie Swan, para que ele possa ver que eu o amo muito. Deixo também os outro 50% para Marie Annie Cullen Black. Para que ela possa aproveitar sua juventude, e que nada possa faltar para ela. E para Renesmee Carllie Cullen, deixo minhas joias, minha casa em LA e uma carta. E que com essa carta ela possa entender tudo, e que não fique com nenhuma duvida de nada que aconteceu. E para os de mais deixo meu carinho e uma grande beijo.- falou o sr. Smith guardando o papel.

-Acho que vocês entenderam direitinho o que eles queriam. Tudo o que eles tinham de propriedades, já arrumei direitinho para cada dono, só faltam assinarem.

Então ele tirou mais papéis de dentro de sua pasta e entregou para cada um dono. Que no caso era Renesmee, já que sua filha ainda não era de maior.

Renesmee ainda estava confusa com varias coisas.

Seu pai só poderia estar delirando quando escreveu o testamento. Por que não tinha como ele saber que ela estava grávida.

Pois ela mesma descobriu quando ele tinha sofrido o acidente.

E outra coisa que ela não entendia era como Isabella deu metade de tudo o que tinha para a sua filha. Sendo que ela só tinha visto a Annie uma vês, que foi no dia do aniversário da mesma.

Mas o que estava fazendo ela tremer, era a carta.

O que podia estar escrito na carta? Ela mesma não fazia ideia, era para tirar qual duvida? Entender o que?

Mas isso só poderia descobrir lendo ela.

O que ela iria fazer agora.

(...)