Incontrolável escrita por Salayne


Capítulo 2
Capítulo dois.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos Reviews. *--* Aqui está mais um capítulo para vocês, enjoy it!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/192164/chapter/2

Hermione acordou ao sentir os raios solares baterem diretamente em seu rosto. Ela se mexeu na cama e abriu os olhos lentamente, suspirando e tentando banir as lembranças de seu sonho da noite anterior. Com certeza, passar tanto tempo com Snape não estava dando certo. Ao invés de ficar magoada com as ofensas que ele fazia, ela ficava cada vez mais atraída pelo mestre de poções. Ela se sentou na cama e passou a mãos nos cabelos. Teria mais um dia cheio, provavelmente ficaria o dia todo trancada no laboratório de poções, preparando poções para a Ordem.

É claro que, se ela não se alimentasse, Molly iria mandar Snape expulsá-la do laboratório novamente. Ela sorriu, Molly era como uma mãe para ela. Uma segunda mãe. Ela respirou fundo e se levantou da cama, se espreguiçando.

Rapidamente ela foi até o banheiro e fez sua higiene, depois voltou ao quarto e pôs uma calça jeans e uma blusa preta. Começou a pensar no que faria, iria tomar café-da-manhã e então trancar-se-ia no laboratório, só saindo de lá para almoçar e depois para jantar. Ela desceu as escadas lentamente e ao chegar à cozinha encontrou todos os membros da Ordem lá. A mesa estava cheia, exceto por um lugar vago ao lado de mestre de poções. Hermione reprimiu um suspiro e sentou-se ao lado de Snape.

- Ah, Hermione, querida, vejo que não foi preciso irmos lhe chamar para que você lembrasse de se alimentar. – Molly disse dando um sorrisinho de satisfação.

- É. – Hermione murmurou. – Desta vez eu vim por vontade própria.

Ela notou que muitos ocupantes da mesa a olhavam, menos o mestre de poções. Sirius sorria para ela de uma maneira... diferente.

Ela desviou o olhar e concentrou-se em sua torrada. Era desconfortável estar sentada ao lado do mestre de poções sem trocar nem uma palavra com ele. Assim que ela terminou sua terceira torrada e seu copo de suco de abóbora, Snape se levantou e saiu da cozinha, a capa serpentando atrás de si. Hermione o acompanhou com os olhos e comeu um pouco mais rápido. Ela sabia onde ele estava indo e em breve ela estaria lá também.

Assim que Hermione se levantou, Molly murmurou:

- Indo para o laboratório novamente, Hermione? – Ela arqueou uma sobrancelha. – Não acha que está na hora de passar um tempo longe daquele lugar?

- É, Mione, você passa tanto tempo enfornada naquele lugar. – Harry disse.

- Até se esquece de nós. – Ron acrescentou.

- Eu concordo com Molly, Hermione. – Sirius disse. – Está na hora de você se afastar um pouco desse laboratório, você fica muito tempo trancada naquele lugar. – Ele crispou os lábios e continuou – Com o Snape.

- Eu me distraio quando estou lá, fazendo as poções. – Hermione deu de ombros.

- E o Snape não é rude com você? – Sirius perguntou. Seu tom deixava evidente que ele achava aquilo impossível.

- Ele finge que eu não estou lá. – Era verdade. Bem, uma meia verdade. Ao menos quando ela lhe perguntava algo, ele respondia.

- Ainda sim – Molly disse. – Acho melhor você ficar ao menos, umas duas horas longe daquele lugar.

Hermione suspirou, desistindo de tentar argumentar. Eram quatro contra uma.

- Tudo bem. – Ela disse simplesmente.

Moody também se levantou da cadeira e disse, sorrindo com malícia:

- Pois eu acho que a senhorita Granger tem um bom motivo para ficar tanto tempo naquele laboratório.

Quase todos na mesa se viraram para fitar o ex-auror.

- E qual seria, Moody? – Sirius perguntou.

- Seriam apenas poções que a senhorita faz naquele laboratório? Ou há algo mais, a razão pela qual a senhorita gosta tanto de ficar naquele lugar? – Ele sorriu novamente e emendou. – Com o Snape.

- Que é que você está insinuando, Moody? – Hermione perguntou, rilhando os dentes.

- Tire suas próprias conclusões, senhorita Granger. – Ele disse e então também saiu da cozinha.

Hermione estava espumando de raiva, mas respirou fundo e tentou se controlar. Ela sabia muito bem o que Moody estava insinuando, e só estava esperando que ele dissesse, para ela poder acertá-lo com uma azaração. Mas ele não dissera.

- Não ligue para o que esse velho diz, Hermione. – Sirius disse. – Ele está caduco.

Hermione deu de ombros.

- Não ligo. Só imagino de onde ele tira tanta bobagem... – Ela disse e deu um risinho de escárnio.

Sirius assentiu. Harry e Ron também se levantaram da mesa, e Hermione foi com eles para fora da mansão. Realmente fazia algum tempo desde que havia ficado com seus amigos pela última vez.

- Agora enfim, você se lembrou que tem amigos, não é, Mione? – Rony perguntou, quando se sentaram no gramado.

- Não seja idiota, Ron. Eu nunca me esqueci de vocês. – Ela disse.

- Mas é que você passa tanto tempo com o Snape que... – Harry fitou-a, sério. – Você esquece que há vida fora daquele laboratório.

Hermione suspirou.

- Eu gosto de estar lá. Gosto de fazer poções. Eu me distraio. Eu gosto de ajudar a Ordem e... – Ron soltou um muxoxo. – Que foi, Ron?

- Parece que você e o Harry ajudam a Ordem, mas eu não. É como se eu fosse excluído. – Ele resmungou.

- Não é isso. – Hermione discordou. – Eu apenas estou ajudando porque o professor Snape não pode ficar aqui o tempo todo, preparando as poções e a Ordem precisa delas. Então eu assumo seu lugar.

- Se Snape não fica aqui, é porque ele vai servir ao Lord dele. – Harry disse.

- Harry, deixe de ser ingrato! – Hermione disse. – Ele está arriscando sua vida por nós. Cada vez que ele vai ao encontro do Lord das Trevas, há chances grandes de ele não voltar. Ao menos não vivo. Será que você está tão cedo pelo ódio que nutre por ele, que ainda não percebeu que ele é uma das nossas principais armas, e que ele arrisca sua vida por nós?

- Porque é que você o defende, Hermione? Por quê? Ele vive te chamando de Sabe-Tudo, vive implicando com você, mas você, ainda sim, o defende. Por quê? – Harry perguntou.

- Se ele implica comigo, é porque não pode ser bondoso com os Grifinórios. Ele tem que favorecer os filhos dos comensais da morte, para manter seu disfarce. – Hermione teimou. – Será que vocês realmente não percebem tudo o que ele faz por nós? Vocês deviam ser mais gratos a ele!

- Gratos pelo quê, exatamente? Você acha que ele faz isso por nós? Mione, ele faz isso porque Dumbledore manda. – Ron disse.

- Não, não é. Se fosse assim, ele poderia enganar Dumbledore, passar-lhe informações falsas e tudo mais. Mas ele não faz! Ele tem que fingir espionar para o Lord das Trevas, quando na verdade, está do nosso lado. É como se cada passo que ele desse o levasse em direção a morte, Ronald! – Hermione falou e respirou fundo, buscando fôlego.

- Tudo bem, tudo bem. – Ron disse. – Vamos acabar com essa discussão, então.

Hermione e Harry assentiram. E dali até as duas horas seguintes, o tema passou a ser mais ameno. Quando haviam se passado exatamente duas horas, Hermione se levantou.

- Onde é que você vai, Mione?

- Ao laboratório, Ron. – Hermione disse, como se fosse óbvio. – Vejo vocês na hora do almoço.

Enquanto caminhava, Hermione pode ouvir Ron murmurar:

- Sério, Harry. Estou começando a achar que a Hermione está com fixação por poções.

Ela bufou e continuou caminhando. Assim que entrou na mansão, percebeu que apenas Molly estava na cozinha, lavando a louça, os outros estavam na sala. Suspirando, ela continuou seu trajeto até o laboratório. Ela desejava que aquela guerra horrível acabasse logo.

Assim que chegou ao laboratório, Hermione bateu a porta e recuou. Quase de imediato, o mestre de poções abriu-a. Ele olhou para Hermione e arqueou a sobrancelha.

- Achei que a senhorita iria passar o dia com seus amigos e iria me deixar em paz por hoje. – Snape disse, ferino como sempre.

- Infelizmente isso não irá acontecer, professor. – Hermione disse, adentrando no laboratório sem pedir permissão. Um caldeirão fulminava e ingredientes estavam espalhados pela bancada. – Há algo que eu possa fazer?

- Há sim. – Snape disse, ainda parado a porta. – A senhorita poderia me fazer o grande favor de sair deste laboratório e me dar ao menos um dia de paz. Agora.

- Lamento, professor. O senhor me pediu a única coisa que eu não posso fazer. – Hermione disse se aproximando do caldeirão.

- Não mexa nisso, senhorita Granger. – Snape disse. – E não ouse usar este tom novamente comigo, ou a senhorita pode ter certeza de que terá detenções o resto do ano. – E então ele fechou a porta e postou-se a frente do caldeirão.

- Que há aí?

- Não é da sua conta, sua grifinória insolente. – Ele respondeu, ferino.

Hermione suspirou.

Ambos continuaram seus afazeres até a hora do almoço, e depois até a hora do jantar. Hermione saiu do laboratório para se alimentar, entretanto Snape continuou lá. Quando Hermione retornou do jantar, eram seis e meia, ela continuou fazendo as poções querendo recuperar o tempo perdido, até que uma ideia lhe passou pela cabeça:

- O senhor ainda não foi convocado, professor? – Ela perguntou.

Antes que Snape pudesse abrir a boca para retrucar, ele segurou seu braço esquerdo e fazendo uma careta de dor, respirou fundo.

- Parece-me que agora fui, senhorita Granger. – Ele disse com desdém e então murmurou um feitiço sobre o caldeirão e caminhou até a porta. – Não mexa nisso, senhorita Granger, eu não estava blefando quando disse que se a senhorita me desobedecesse levaria detenções o resto do ano. – e então ele saiu, batendo a porta atrás de si.

Hermione suspirou e deixou-se cair na cadeira.

- Porque ele tem que ser tão ferino comigo? Porque ele gosta tanto de me fazer mal, de me humilhar? – Ela colocou o rosto entre as mãos.  – Que foi que eu fiz a ele?

Ela respirou fundo e levantou a cabeça. Mesmo ele a magoando, e a humilhando, ela se preocupava com ele. Hermione sabia que não sairia daquele laboratório até ver que Snape havia retornado. Vivo e inteiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, minhas lindas. Quero reviews para o próximo. A Tia Vih ama todas vocês. ->♥<-