– Seus pais são rígidos demais? – pergunta Naori.

– Não. São cuidadosos demais. Eles têm medo. E eu também.

– Medo de que? – pergunta Ralis.

– Do que possa estar por vir – diz Zukko.

A noite seria inquieta. Todos já estavam em seus quartos.

Impa bate na porta de Saria.

– Saria? Está acordada?

– Estou.

– Está tudo bem querida? - abre a porta um pouco mais.

– Sim. Só estou planejando como vou falar tudo isso aos meus pais. Amanhã – sorri meio desanimada.

– Sei que tudo sairá bem Sary – sorri tentando confortá-la.

– Tomara Impa – se deita – Boa noite.

– Boa noite Sary – fecha a porta.

Impa sente que Saria está perturbada. E que salvar Zukko não será fácil. Mas desistir não está nos planos. A honra da família não foi conquistada assim.

Impa vai para seu quarto. Todos já estão dormindo. O destino de amanhã, ninguém sabe.

A noite passa depressa. O sol já brilha no rosto de todos. A primeira a se levantar é Saria. Se veste e desce para o saguão. Logo em seguida, Zukko levanta. E depois, os outros.

Todos se reúnem no saguão para esperar Zelda e Link.

Impa olha pela janela. O carro já havia entrado no castelo. Link e Zelda descem do carro.

Impa abre a porta e recebe os dois.

– Zelda. Link. Sejam bem vindos de volta – sorri.

– Ah é bom estar em casa! Oi Impa – Zelda a abraça.

– Oi Impa. Tudo bem? – sorri.

“sorri desanimada” – Sim.

– Impa? Conheço essa cara, o que houve? – pergunta Zelda.

Saria chega e os abraça com força.

– Saria! Que saudades de você minha querida! – Zelda a abraça ainda mais forte.

– Tudo bem Sary? – Link a abraça também.

– Mãe. Pai. Precisamos conversar – seu olhar era de preocupação.

Zelda olha para Link, e põe a mão no peito. Assustada.

Saria segue para o saguão. Todos estavam ali. Zukko, Tamina, Naori, Ralis e Navi.

Zelda se senta e Link ao seu lado.

– O que foi Saria? – Link já estava desconfiado.

– Pai. Lembra quando você e mamãe me disseram que eu era proibida de entrar na floresta atrás do cemitério?

– Você estrou Saria?! – Link se exalta.

– Me deixe terminar pai. Sim eu entrei. Eu não sei o motivo, mas... Algo sempre me chamou para lá pai. E na noite em que vocês saíram alguém me chamava. Eu sentia que precisava ir. Então eu fui.

– E eu a ajudei – faz reverencia – Me desculpem.

– Impa?! – exclama Zelda.

– Mãe, a culpa não é dela. Eu precisava. Quando entrei lá, conheci alguém. E meu destino é ajudá-lo.

– Que?! – Link já se mostrava nervoso.

– Mãe, pai, esse é Zukko – o puxa pelo braço – Ele precisa da minha ajuda.

– ZUKKO?! – Link salta do sofá.

– Link! – Zelda exclama.

– O que ele faz aqui Saria? Ele é filho do...

– Ganon. Eu sei senhor – diz Zukko.

Zelda põe as mãos na boca, de susto. Ela se levanta e segura Link.

– Link! Eu sabia. Sabia que era ele. Mas...

– Saria como pode trazê-lo para cá?! – exclama Link.

– Eu preciso ajudá-lo! Ele precisa de mim!

– Para que exatamente?!

– Bem, para não despertar...

– Despertar?

– Ele... É a reencarnação do rei Gerudo... Ganondorf – abaixa a cabeça.

Link fica paralisado. Zelda suspira assustada e começa a chorar.

Zukko também chora e abaixa a cabeça.

– Sei que sou o culpado pela dor que sua família já passou durante eras – diz Zukko.

– Huh? – Saria se surpreende.

– Sei que sou uma ameaça. Eu não presto. Nem minha família.

– Zukko não diga isso...

– MAS É VERDADE! NÃO TENTE MUDAR O QUE É IMPOSSÍVEL SARIA! NÃO ENTENDE? EU JAMAIS SEREI BOM! JAMAIS! – ele chorava desesperado.

–ZUKKO NÃO...

– NÃO TENTE MAIS ME AJUDAR! NÃO TENTE MAIS! VIVA SUA VIDA SARIA! ME ESQUEÇA! EU, MAIS CEDO OU MAIS TARDE, VOU ESPERAR GANONDORF DESPERTAR E ME MATAREI! É A ÚNICA SOLUÇÃO! NÃO TENTE MAIS ME AJUDAR! NÃO QUERO QUE ME AJUDE!

Saria põe as mãos na boca, engolindo o choro.

Zelda corre e abraça Zukko. Ele suspira surpreso. Ela o abraçava forte.

Ele não sabia como reagir. Mas não queria que ela o soltasse.

– Zukko... Não desista de si mesmo.

– O que...

– Não desista. Você não escolheu esse destino. Mas pode mudá-lo. Iremos te ajudar. Prendemos Ganondorf no passado. E prenderemos de novo. Não deixaremos que ele tire a sua vida por vingança.

Os olhos dele brilhavam.

Ela o solta e o segura pelos ombros.

– Não desista Zukko – sorri.

– Senhora... Por que...

– Porque quero ajudá-lo?

– Como consegue ter pena de mim depois de tudo o que ele já causou? – ele ainda chorava.

– Porque por trás dele, não existia um garoto doce e gentil que vejo aqui, acredito – sorri.

Ele fica corado. Olha para Saria que havia se sentado no sofá, abraçando os joelhos.

Se aproxima dela e a abraça.

– Zukko... – sussurra.

– Me desculpe?

Ela dá aquele belo sorriso doce, salta do sofá e o abraça.

– Nunca ficaria zangada com você – o abraça forte.

Link, compreendendo tudo, afaga o cabelo de Zukko.

– Garoto. Temos muito que fazer! – sorri.

–Senhor! – sorri.

Tamina se aproxima e pede permissão para falar.

– Com licença... Senhores? – faz reverencia.

– E você, quem é mocinha? – pergunta Zelda.

– Me chamo Tamina. Sou imperatriz do Vale Gerudo do Norte. E creio que para ajudar Zukko precisaremos encontrar uma pessoa a mais. Que saiba como tirar essa “maldição” dele. Já temos a escolhida, acredito.

– Como assim? Link coça a cabeça.

– Saria - diz Zelda.

– Huh? – todos confusos.

– Link. Lembra-se da lenda da Triforce e dos escolhidos não é?

– Sim.

– Do herói do tempo e da princesa do destino?

– Sim. Mas... Se Saria fosse realmente a escolhida, ela seria a princesa do destino não é?

– Não exatamente – diz Tamina.

– Como? – pergunta Link.

– Vejam. Saria foi atraída pela floresta. Por algum motivo ela tem alguma ligação. Diz a lenda que o herói do passado, viveu na floresta. E foi liderado pelo seu próprio destino, para derrotar Ganondorf. Porque acham que Zukko sentiria apenas a presença de Saria em meio á enorme floresta?

– Porque Saria não é a princesa do destino – diz Zelda.

– Não?! – Link se surpreende.

– Não – Zelda se ajoelha na frente de Saria e pega sua mão – Ela é a escolhida para ser a heroína do tempo – sorri.

– Heroína do tempo?! – Saria se espanta.

– Sim, minha querida. Percebi isso quando você nasceu. Quando você estava em seu berço, e a luz do sol beijou seu rosto. Você brilhou de uma forma que jamais havia visto. Daquele segundo em diante, afirmei... As deusas escolheram mais um – sorri.

– Mas como tinha certeza mãe? Como poderia saber que eu seria a próxima “herói do tempo”?

– Por que você nunca desistiu de ninguém. Sempre lutou pelo que quis – diz Link.

– Como pode saber pai?

– Digamos que eu tive um “pressentimento”, como descendente do herói do tempo – risos.

– Bem e quem deveríamos procurar para ajudar Zukko? – pergunta Impa.

– Creio que o ancião, amigo de meu pai, talvez possa ajudar – diz Tamina.

– Teremos que voltar lá então – diz Ralis.

– Sim – diz Tamina.

Estava decidido. Daphness ligou o helicóptero e todos subiram.

Seguiram seu caminho novamente para o vale Gerudo do Norte que agora, com a permissão da imperatriz, não seria difícil entrar.

Quando chegam, Tamina pede que Daphness pouse no jardim.

Todos descem e seguem Tamina para o castelo.

Ela pede que todos esperem na sala do trono e se retira.

Tamina entra numa sala atrás do trono.

Lá, estava o velho ancião. Sentado meditando.

– Com licença, senhor Guiro?

“abre um olho” – Ah Tamina, minha doce imperatriz, seja bem vinda – sua voz era trêmula, por ser muito velho.

“faz reverencia” – Preciso de sua ajuda senhor.

– Fale minha querida.

– O senhor se lembra, no dia em que meu pai estava falecendo, que você disse que a reencarnação de Ganondorf o rei Gerudo apareceria num garoto chamado Zukko?

– Sim. Lembro-me. Mas o que tem isso minha jovem?

– Bem... Ele está aqui senhor Guiro. Precisa de nossa ajuda.

Os olhos do velho ancião ficaram paralisados.

– O que disse – ele balbucia.

– Não! Ele não despertou ainda! Não tenha medo senhor – sorri.

“suspira” – Oh, bem... Então ainda temos tempo. Mas saiba Imperatriz Tamina, que esse garoto é uma bomba prestes a explodir.

– Sei disso senhor. É por isso que queremos sua ajuda. Sei que com seus sábios conhecimentos possa encontrar uma esperança para Zukko. E acredite senhor, ele nunca faria mal a ninguém. É o garoto mais doce que já conheci.

– Sei que é minha querida. Mas o que vive no interior do pobre garoto, devemos temer. E muito. Imagine Tamina, uma vingança presa por mais de eras! Sinto pena, se esse garoto chega a despertar – diz o velho desanimado.

– É por isso que preciso do senhor! O senhor, por acaso, não sabe alguém ou algo que poderia tirar Zukko dessa maldição?

– Bem, a solução mais simples seria matá-lo...

Tamina se assusta.

– Mas nunca faríamos isso com o pobre garoto!

Ela suspira aliviada.

– Se tivéssemos pelo menos a essência da Espada Mestra...

– Como assim senhor? O que quer dizer com a essência?

– Bem, a espada lendária, nesta época, não funciona mais. Mas a essência dela sim! Se houvesse um modo de obter apenas a essência da espada. Poderíamos purificar Zukko... Mas ainda temo uma coisa.

– O que?

– Temo que a essência não funcione, pois um espírito maligno guardado há tanto tempo... Pode ser fatal.

– O que quer dizer com fatal?!

– Que Zukko seja fraco e o deixe dominar. Veja Tamina, Zukko ainda não desistiu de si mesmo. Porque vocês acreditam nele. Mas sei que Ganondorf o manipula quando Zukko está inconsciente. Isso é um grande problema. Porque chegará uma hora que o corpo de Zukko ficará fraco demais. E se renderá á Ganondorf.

– Mas Zukko jamais faria...

– Faria sim Tamina. Ele não aguentará tanto tempo. Traga Zukko aqui.

– Tenho uma notícia boa senhor. Encontramos o próximo escolhido a ser o herói do tempo.

– Oh minha nossa! E quem é?

– O senhor verá – sorri e corre para a sala do trono.

Ela chega e chama Zukko e Saria.

Eles entram, junto com Tamina, na sala do ancião Guiro.

– Quem é esta garota Tamina?

– É a heroína do tempo, senhor – sorri.

– Puxa vida! Uma garota?! Que surpresa! É uma honra conhecê-la mocinha – faz reverencia.

– Ora, obrigada senhor – sorri e faz reverencia.

– Muito prazer Zukko.

– Muito prazer senhor.

– Bem, sei que o que vou dizer não será a melhor notícia que terão, mas não podemos desistir.

Os dois afirmaram com a cabeça, então Guiro prosseguiu.

Contou a eles tudo o que sabia sobre os antepassados. Ganondorf, o herói, a princesa, a vitória e tudo mais. E disse que eles deveriam ir á procura da Espada Mestra. E conseguir sua essência, para assim, poder purificar Zukko. Também disse que havia a possibilidade de não funcionar e Zukko ter de enfrentar seu cruel destino.

Zukko começa a chorar e abaixa a cabeça. Saria o abraça.

O ancião que se mostrara meio estranho pede para que Tamina pegue uma caixinha vermelha em sua estante.

Tamina leva a pequena caixa até Guiro. Quando ele a abre, tira uma pedra laranja cercada por uma espécie de tiara envolta. E entrega para Zukko.

– O que é isto senhor?

– Apenas... Pegue – o ancião estava muito estranho.

– Para que serve?

– Você saberá.

Tamina percebe que Guiro não passava bem. E pede para que Zukko e Saria esperem do lado de fora. Eles se retiram.

– Senhor Guiro? O senhor está bem? Aconteceu algo?

– Estou bem Tamina. Só preciso meditar mais – fecha os olhos.

– Huh, tudo bem – no fundo havia algo errado e Tamina sentia isso.

Ela se retira. E pede desculpas á Zukko e Saria.

Eles voltam para a sala do trono e Link e Zelda perguntam o que aconteceu.

Tamina e Zukko explicam tudo. E Zukko mostra a tal tiara. Ninguém sabia o que era, mas tudo bem.

Tamina convida á todos para passarem a noite no castelo. Todos aceitaram.

Todos já estão em seus quartos. Zukko estava sentado em sua cama, admirando aquela tiara esquisita.

Ele sentia calafrios cada vez que olhava para ela, mas não dava muita atenção. Se levanta e para na frente do espelho. Resolve experimentar a tal tiara.

Quando ele coloca a tiara na cabeça. Ele sente seu interior ferver. Ele salta para trás, assustado. E quando tenta jogar a tiara para longe, a pedra laranja havia se cravado em sua testa.

Ele desmaia.

– Finalmente... Achei que tivesse de esperar, mas vejo que não será mais necessário – risos.

– O QUE? O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!

– Obrigado Zukko. Poupou-me do esforço – risos.

– O QUE?! EU NÃO FIZ NADA! VOCÊ NÃO VAI GANHAR, VOCÊ...

– Eu já ganhei.

“suspiro”

Zukko acorda, e corre até o espelho... Seus olhos que eram verdes agora estão vermelhos. Seu interior está pegando fogo. Está queimando. Se sente como se estivesse envenenado. Está sangrando. Sua boca está sangrando. Sua testa está escorrendo sangue.

Ele tenta remover a pedra de sua testa, mas é impossível. Então uma voz vinda de sua própria garganta diz: - Estou de volta.

Ele salta pela janela, do segundo piso e não se machuca. Ele corre para o imenso deserto e em meio ás enormes rochas... E some.

Na manhã seguinte, Saria bate na porta de Zukko.

Ele não responde então ela resolve abrir. Ela grita assustada, e todos ouviram.

Todos correm para o quarto de Zukko e Saria estava ajoelhada no chão, perto á uma poça de sangue. Ela chorava desesperadamente, até que Tamina se ajoelha ao seu lado e diz: - Temos que ir atrás dele, agora!

Ralis olha pela janela e vê um rastro de sangue indo deserto a dentro.

– Ele foi para o deserto! – exclama.

Todos descem até o jardim seguem para o deserto traiçoeiro. Seguindo o rastro de sangue que ia muito longe. Saria estava em choque, não sabia o que pensar. Então no meio do caminho ela para.

– Saria tudo bem? O que foi filha? – pergunta Link.

– Eu seu para onde ele foi.

– Onde?

– Para o local onde estava a espada de Ganondorf.

– Aquela que quando ele viu, começou a delirar? – pergunta Naori.

– Sim! Temos que ir para lá! Rápido!

Naori vai à frente, pois sabia o caminho. Quando de repente, avistam Zukko, parado em frente á enorme espada negra cravada no chão.

Eles o observam de longe. Ele pega a capa vermelha que estava amarrada á espada e a veste. Então, num movimento muito rápido ele tira a espada do chão. E um raio o atinge.

Todos estavam apavorados.

Então quando o clarão some, lá estava ele. Segurando a espada, o brilho maligno de seus olhos vermelhos podia se ver ao longe. Ele olha para todos e sorri.

E ao longe grita: - Espero que tenham aproveitado seu precioso mundo enquanto puderam, pois a partir desse momento... Ele pertence á mim!

Ele corre numa velocidade jamais vista até o grupo. Em questão de segundos ele já havia chegado.

Ele admira Zelda e Link.

– Ora, ora... Vejo que passam as eras e os dois imbecis continuam iguais! – risada sinistra.

Link o olhava com ódio, mas o que poderiam fazer? Por trás desse idiota, ainda estava Zukko. Aquele garoto gentil e divertido de sempre!

Saria não sabia como agir. Nem o que pensar.

– Ah, imperatriz Tamina! Agradeça seu amigo ancião por mim! – risos.

– ENTÃO VOCÊ USOU A MENTE DELE?! SEU PERVERSO! IDIOTA! – Link a segura.

“risos” – Cale essa boca, pirralha. Jamais poderia me ferir com essas suas palavras de adolescente revoltada!

O que fariam agora? Ganondorf despertou! Já não havia esperança... Aquela tiara deveria ter sido destruída. O ancião diria para Zukko destruí-la. Mas Ganondorf se apoderou de sua mente naquele momento e fez o velho senhor dar de presente para Zukko.

Já não há o que fazer... Zukko já deve estar...

– NÃO! – grita Saria.

– O que?! – Zukko se vira.

– Não vou desistir. Nunca. Eu te fiz uma promessa Zukko. E não vou desistir de salvar você.

– Garota tola. Zukko já morreu! Seu amiguinho já se foi! Espero que aproveite bem esse momento com seus amigos, porque será o último!

– Pode deixar Ganondorf – sarcástica – Mas eu sei que Zukko ainda está aí. Lutando para se livrar de você. Você só não admite porque tem medo de que possamos descobrir sua fraqueza.

– IMBECIL! – a acerta com a espada a fazendo ser jogada para longe.

Todos correm para socorrê-la.

– Não fique tão convencida garota. Mas gostei de seu jeito. Me encontre no castelo abandonado, atrás das terras do vale Gerudo. O original. Estarei esperando por nossa batalha... Heroína do tempo. E que fique claro... Você não terá uma princesa do destino para te ajudar dessa vez! – ele ri e some num clarão.

Saria estava ferida. Muito ferida. Todos voltam para o castelo de Tamina. Os enfermeiros estão cuidando de Saria.

Zelda não parava de chorar, abraçada em Link, que não escondia suas lágrimas também.

– Nossa filha... Está destinada á isso – Zelda soluçava.

– Eu sei meu amor. Mas, não podemos interferir.

– Porque não? – o olha com tristeza.

– Por que... Está na lenda.

– Mas não podemos fazer nada?! Zukko irá dominar o mundo, mesmo não havendo a tal magia da Triforce nesta era!

– Eu sei. O que acho estranho é que... Existe uma heroína do tempo, o vilão... Mas e a princesa do destino?

– Eu não sei o que está acontecendo Link, mas temos que impedir. Não é um conto de fadas, mas está parecendo! Desde quando isso é possível? – Zelda estava muito nervosa.

– Realmente eu não faço ideia. Talvez a lenda esteja se desfazendo.

– É o que parece – Zelda ainda chorava.

– Huh, senhor e senhora Hiroshi? – Tamina faz reverencia.

– Sim?

– Creio que tenho a resposta ás suas perguntas. Vejam, Saria é a heroína do tempo. Ganondorf é o vilão...

– Ou seja, Zukko – diz Link.

– É aí que se enganam! É um enigma bem bolado desta vez!... Saria possui a coragem, a tornando a heroína do tempo. Ganondorf tem o poder, mesmo nesta era de tecnologia e tudo mais, isso veio a aparecer.

– Não estou entendendo Tamina – diz Zelda.

– Ora... Zukko tem a sabedoria. O tornando...

– O Príncipe do Destino?! – exclamam Link e Zelda.

– Exatamente.

– Mas como é possível? Se ele é a reencarnação de Ganondorf? – pergunta Ralis.

– Ganondorf reencarnou em Zukko apenas em sua mente. Não em seu espírito. Zukko sempre foi o príncipe do destino. Só que, se não o impedirmos, Ganondorf se apoderará do espírito de Zukko. Obtendo o poder e a sabedoria. E novamente, o mundo virará um caos – diz Tamina.

– Então o que teremos que fazer? – pergunta Navi que já estava muito nervosa.

– Bem. A única pessoa que pode derrotá-lo... É Saria. Mas ela vai precisar da essência da Espada Mestra – diz Tamina.

– Mas o que ela deverá fazer? – pergunta Link.

– Fazê-lo tomar a essência... E torcer para que Zukko ainda esteja vivo.