A Lenda Continua escrita por SamHylia


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Nunca, nada é o que parece...



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Tamina ajeita Sheik na cama. Ele meio acordado pega a mão de Tamina.


– Huh?

– Imperatriz – sua voz era fraca – Não desista dele – desmaia novamente.



– Sheik? O que você...


Ralis entra correndo pela porta, seguido de um enfermeiro.

Após alguns minutos o enfermeiro afirma que Sheik havia apenas pressão baixa, por isso desmaiou. E se retira.

Ralis se senta perto de Tamina e segura sua mão.



– Tamina.

– Sim? – ela estava nervosa.

– Tenho que contar uma coisa... Sobre Sheik.

– O que?

– Ele, na verdade, é ela.

– O que?! Como assim ela?

– Seu nome é Saria. Ela e eu somos amigos desde pequenos. E ela está tentando ajudar Zukko com essa tal maldição que tanto falam.

– Você não sabe da maldição não é Ralis?

– Não. E não me importaria de saber, por que... Eu também quero ajudar.

– Entendo. Bem, isso é o que os Gerudos contam, mas creio que não seja mentira.

– Seu pai também disse algo assim não é?

– Sim. Veja, há muitas eras atrás, dizia-se que houve uma época de magia e guerras. Hyrule, como se chama as terras reais, era governada pelo rei, chamado Daphness Hyrule. E por sua filha, a princesa. Muito antes disso, uma guerra ardente havia começado em Hyrule, mas a terra não havia se formado ainda. Era apenas escuridão. Três deusas desceram sobre o caos e criaram as terras, os seres vivos e o espírito da lei. E quando partiram, deixaram a Triforce. O objeto sagrado dos deuses, que ao ser tocado por alguém de coração puro trará paz pela eternidade.

– E onde Zukko entra nisso?

– Deixe-me continuar – sorri.

-Ah sim, desculpe – risos.

– Depois, quando o rei governou as terras, os inimigos formaram uma guerra contra as terras de Hyrule, tentando destronar Daphness e governar as terras. Em meio à guerra, uma Hylian e seu bebê, fogem das chamas. Entrando em uma floresta proibida. A mãe estava gravemente ferida, então deixou o bebê para que o espírito da floresta o cuidasse. E veio a falecer. O garoto cresceu como um Kokiri, raça dos seres da floresta que permanecem crianças para sempre. Mas ele tinha um destino. De salvar Hyrule de alguém que vinha ameaçando roubar o trono do rei e se dizia fiel ao reino. Seu nome era Ganondorf. O rei Gerudo. Esse garoto, junto á princesa de Hyrule, deveriam salvar as terras e proteger á todos, contra esse malfeitor. A família real possuía um tesouro estimado. A Ocarina do Tempo. Era uma das chaves para abrir o portal do tempo e conseguir a Triforce.

– Esse tal Ganondorf estava atrás da Triforce?

– Sim. Com ela ele se tornaria o rei do mal e governaria o mundo. Então, o jovem garoto guiado pela princesa do destino, entrou no Templo do Tempo, local sagrado de descanso da Triforce. A última chave para entrar no reino sagrado era a Espada Mestra, a qual o pequeno garoto liberou do pedestal sagrado. Entrando no reino sagrado e obtendo a Triforce da coragem. A princesa, como o guiou, obteve a Triforce da sabedoria. Ganondorf havia seguido o garoto, e entrou no reino sagrado, obtendo a Triforce do poder. O garoto era muito jovem para ser o Herói do Tempo, escolhido das três deusas. Então o espírito dele ficou guardado no reino sagrado por sete anos.

– Sete anos? Isso é possível?

– Como eu disse, era uma época mística e com magia. Quando o herói despertou. Já era adulto, e Ganondorf havia transformado Hyrule no caos completo.

– Dá pra encurtar Tamina? – risos.

– Ah sim, me desculpe - risos – Bem resumindo, o herói e a princesa trancaram o rei Gerudo no reino sagrado, para que de lá jamais saísse. Ele disse aos dois escolhidos que voltaria para exterminar os descendentes. O velho ancião que avisou meu pai podia sentir esse tipo de coisa e conseguiu prever o nome da reencarnação de Ganondorf. Ou seja, Zukko.

– Minha nossa – Ralis estava atônito – Mas se de lá Ganondorf não poderia sair... Como ele reencarnou em Zukko?!

– Encontrando uma brecha no tempo, talvez.

– E qual seu medo Tamina?

– Ele vai despertar. Sinto que Zukko pode se comunicar com Ganondorf dentro de sua mente. Porque o garoto está sempre perturbado e em seu olhar vejo chamas e ódio. É uma questão de tempo. Zukko é uma bomba relógio! E quando explodir...

– O que? O que vai acontecer? – Ralis agora ficou apavorado.

– Temo que Ganondorf retornará e novamente dominará o mundo e o transformará no caos que um dia já foi. Creio que é uma questão de tempo até que tudo o que temiam no passado, virá a se tornar realidade nesta época.

– Magia? No século XXI? Isso só pode ser inventado.

– Não é invenção Ralis! Todos corremos perigo! Se pelo menos tivéssemos a descentende do herói do tempo – ela se perde em seus pensamentos.

– O que disse?!

– Se pelo menos nós tivéssemos a descendente do herói do tempo!



Ralis se surpreende quando Tamina disse aquilo. Ele sabia sobre a família de Saria. Será que, tem algo haver com ela, sobre o tal “Herói do Tempo”?

Tamina se levanta, meio cabisbaixa e Ralis a segura pelo braço.



– Tamina!

– O que foi?

– Acho que sei quem pode saber sobre a descendente!

– Quem? – ela pergunta esperançosa.

– Saria.

– Ela? – aponta para Sheik.

– Sim. Por acaso você conhece a suposta “princesa” que mora no antigo castelo que um dia já foi o castelo de Hyrule? – sorri.

– Ah sim! A princesa... Zelda Hylia não?

– Exatemente!

– Bem, e o que tem ela?

– Saria é filha dela – sorri.

– Ah meus Deus! – ela exclama – Ela é da família real Hylia?!

– Sim – risos – Descentende real puríssima.

– Puxa vida! Isso é incrível! Acho que temos uma saída.

– Acho que ela sabe algo do que você me disse. Quando ela despertar, se estiver melhor, pergunto á ela.

– Ok, obrigada Ralis. Vou ver como está Zukko.

– Você... Vai ajuda-lo Tamina? – sorri.

– Vou. Não me importo quem reencarnou no pobre garoto. Ele não tem culpa e necessita de nossa ajuda – sorri e corre para o outro quarto.

– Essa é a Tamina que conheço – sorri.



Ralis se senta na poltrona perto da cama de Sheik. E acaba pegando no sono. O dia seguinte surge, pois já era tarde quando Zukko havia desmaiado. O sol bate na cara de Sheik, e ele desperta.



– Huh – se senta – O que houve... ZUKKO! – ela grita.

– Ah! Mas o que?! Saria! Não me assuste assim garota! – Ralis havia pulado da poltrona.

– Onde ele está? Onde ele está? – ela chorava.

– Eu vou ver, fique calma – ele segura o braço dela – Não se preocupe, tá?

“engole o choro” – Tá.



Ralis corre para o outro quarto. Tamina estava sentada ao lado de Zukko. Ele estava sentado na cama. Estava muito pálido.



– Zukko, está bem? Se sente melhor?

– Huh... Sim. Me sinto um pouco melhor. Obrigado á vocês – sorri meio fraco.

– O que sente neste momento? – pergunta Tamina.

– Huh, me sinto fraco... Minha cabeça dói um pouco, e estou com muita fome – risos.



Risos.



– Entendo. Bem, vou pegar algo para você comer Zukko – diz Tamina.

– Ah que isso, não se incomode.

– Tem certeza de que não quer nada?

– Bem... Gostaria de ver Sheik.

– Huh, bem, Ralis te acompanha – sorri.

– Obrigado Imperatriz – sorri.

– Tudo pelos amigos – pisca para Zukko e se retira.



Zukko sorri.

Ralis o ajuda a levantar e o leva para o quarto de Sheik. Ele estava sentado na cama, mas tirou a faixa do rosto. Sendo Saria novamente.

Ela corre e ajuda Ralis a sentar Zukko na poltrona. Ralis se retira.



– Zukko – seus olhos brilhavam.

– Saria – ele a fitava.



Ela fica corada e o abraça com força. Como se precisasse daquele abraço mais que tudo. Ela começa a chorar no ombro de Zukko e ele acaricia o pouco de cabelo que cai da faixa da cabeça dela.



– Zukko, eu não consigui te ajudar naquela hora, você sangrando eu...

– Shh. Você fez mais do que me ajudar, ok? Não se culpe por minha maldição Saria.

– Eu juro, eu farei de tudo para ele não despertar, vamos achar um jeito! Eu não vou desistir – ela soluçava.



Seu coração estava a milhões, ele sentia a respiração forte dela contra seu peito. Ela soluçando em seu ombro e o abraçando com toda a vontade. Era um abraço doce e gentil, assim como ela. Naquele momento, ele se sentia muito bem.

Quando ela fica de frente para ele, ele puxa o rosto dela, e a beija na bochecha. Ela fica corada e põe as mãos no rosto, envergonhada. Ele pega a mão dela e a olha.



– Obrigado por não desistir de um pirralho como eu – sorri.

– Pirralho? Você é mais maduro que muitos adultos por aí Zukko – sorri timidamente.

– Obrigado. Você sempre sabe o que dizer não é? – risos.

– Heh? – fica vermelha - Bem eu...

– Hey, quanto tempo ainda temos antes de seus pais voltarem de viajem?

– Huh, acho que uma semana ainda, não andei contando – sorri.

“risos” – Eu também não. Acho que se passaram cinco dias desde que saímos não?

– Acho que sim. Levamos quatro dias até aqui, porque quando saímos, levamos um dia para encontrar Naori.

– Sim. E agora já é manhã, é o quinto dia então.

– Espero que tenhamos tempo para te curar Zukko.

– Teremos sim. Eu também espero – risos.



“Música de celular”



– Saria, não é o seu celular?

– Ah sim! – corre a té a mochila.



Era Impa.



– Impa?

– Saria, que bom que antendeu! Temos problemas!

– O que?! O que houve?!

– Bem, são seus pais. A escavação de seu pai foi incrivelmente rápida. Os paleontólogos já o parabenizaram e ele recebeu o prêmio que tanto queria.

– Isso é o problema?

– Não! Como ocorreu tudo tão rápido, eles estão voltando amanhã!

– O QUE?! COMO ASSIM? MAS JÁ?!

– Sim! Por isso seu avô está indo buscá-la de helicóptero agora mesmo. Espere na frente do vale.

– Hah, tá, estamos indo! -desliga.

“se levanta” – O que houve Saria?

– Meus pais! Eles voltam amanhã!

– QUE?!

– Pois é! Meu avô está vindo nos buscar de helicóptero, temos que chamar Navi, Naori e buscar os cavalos. Temos que ir para a frente do vale!

– Bem, vou avisar Tamina e Ralis! – sai correndo.

– Cuidado Zukko! – pega o celular – Acho que Navi tem celular.



***



– Alô?

– Navi?

– Ah Saria, tudo bem?

– Sim, mas temos problemas. Depois eu explico, pegue os cavalos e sigam para a frente da vila, já estamos indo!

– Ok!



Saria desliga o celular e segue para o salão principal do castelo. Zukko, Ralis e Tamina estavam lá.

Tamina corre até Saria e segura suas mãos.



– Saria, deixe-me ajudar? Por favor.

– Claro! Será um honra Imperatriz!



Saria convida Ralis para ir. Então todos seguem para a frente do vale. Saria coloca a faixa em seu rosto, virando Sheik.

Eles correm o mais depressa. Zukko se recuperou milagrosamente. O que a adrenalina não faz, não é.

Chegando á frente, lá estavam Navi, Naori e os cavalos. Eles esperam uns instantes e o avô de Sheik chega. Ele pousa.



– Entrem, rápido! – ele grita.



Por sorte, o helicóptero era grande. Então os cavalos entraram também. Todos já estavam dentro.

Daphness decola e segue para casa.

O que Saria ai dizer ao seus pais? Zukko ainda está em perigo, assim como o mundo!

Demorou alguns minutos para chegar, mas já estão no castelo.

Sheik desce correndo e vai para seu quarto se trocar.

Navi põe os cavalos no estábulo e Impa guia todos para o saguão.

Saria desce as escadas correndo, estavam todos sentados. Impa se levanta.



– Será complicado explicar isso á eles Sary.

– Eu sei Impa, mas é preciso! Não posso abandonar Zukko. O destino de tudo, bem dizer, depende de nossa ajuda.



Zukko a fitava, corado.



– Bem, não poderemos esconder nada então – diz Tamina.

– Creio que não – diz Saria.

– Seu pais são rígidos demais? – pergunta Naori.

– Não. São cuidadosos demais. Eles têm medo. E eu também.

– Medo de que? – pergunta Ralis.

– Do que possa estar por vir – diz Zukko.



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Notas finais do capítulo

Comentem ^^
PS NADA IMPORTANTE 3: A música que tocava no celular da Saria era a Song of Storms, hahaha XD



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