Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana


Capítulo 9
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Seiya e Saori num beijo suuuujo!



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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

Setsuna pertence a Nina Neviani.

CINCO MOMENTOS

(QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

Chiisana Hana

PARTE 2

O BEIJO

Quando você me beija, eu sei que você sente minha falta.

E quando você está comigo o mundo simplesmente desaparece.(1)

Capítulo VIII

– Uau! – exclamou Shun. – Tá aí, meu irmão é romântico. Quem diria?

– Pois é – concordou Shiryu –, pra você ver o que um homem faz por uma mulher.

– Isso se vocês considerarem romantismo levar uma mulher que está despenteada e de pijamas para jantar num restaurante chiquérrimo.

– Ah, vai, foi bonitinho, Minu! – Shunrei ponderou.

– É, foi, admito! Na hora eu fiquei morta de vergonha, mas depois achei tudo lindo!

– Mas e você, pangaré? – Ikki disparou. – Quando foi que chamou deu um chega-mais na Saori?

– Foi bem engraçado... – Seiya começou e Saori completou:

– E sujo! A primeira vez que Seiya e eu nos beijamos foi quando eu caí do cavalo. Literalmente.

Dez anos atrás...

Em seu haras, Saori treinava na pista de saltos com sua égua predileta, Lollipop Goddess. Praticava equitação desde a infância e agora se preparava para uma importante competição, a última da égua, que já tinha idade para se aposentar dos torneios, e talvez sua última também. Não pretendia parar de praticar, amava seus cavalos e quando estava com eles sentia-se livre do peso de ser quem era, a herdeira milionária, com o dever de fazer crescer o patrimônio deixado pelo avô. Porém, estava difícil conciliar os torneios, as aulas de piano e os estudos para o vestibular de Administração.

Boa menina – ela disse, acariciando o pescoço da égua. – Você foi muito bem hoje.

Depois do treino, Saori costumava dar longos passeios pelo bosque da propriedade de sua família. Aproveitava esse tempo para pensar sobre sua vida e tinha tomado muitas decisões importantes durante esse tempo. Cavalgou pelo bosque em silêncio, deleitando-se com os cheiros das plantas, ouvindo o som do vento nas árvores. E pela primeira vez aquilo tudo fê-la lembrar-se de Seiya, seu riso fácil, sua leveza natural.

Seiya – ela murmurou. – Tenho pensado tanto você...

Em mim? – ele perguntou, saindo detrás de uma árvore. Sua aparição repentina, entretanto, assustou Lollipop, que empinou, jogando Saori ao chão. Por sorte, ela caiu numa enorme poça de lama, o que impediu que se machucasse seriamente. Levantou-se enlameada da cabeça aos pés e xingando Seiya, mas logo se acalmou e procurou acalmar a égua.

Calma, querida. Não foi nada... – ela disse, acariciando a égua. – É só esse moleque sem noção, não fique nervosa.

Ela se voltou para Seiya:

Você podia ter me matado!

Desculpa! – ele disse, sinceramente. – Você se machucou?

Não... só estou toda suja. O que está fazendo aqui no haras?

O jardineiro daqui precisou de um ajudante e eu meu ofereci – ele disse e, já que Saori não estava machucado, permitiu-se rir dela. – Tô precisando de uma grana, sabe?

Ah, sim. Agora pode parar de rir, ok?

Ele já não conseguia se conter e dava gargalhadas histéricas.

É que está muito engraçado você toda suja de lama! – ele disse, em meio aos risos. Parece uma porquinha... Oinc, oinc, oinc.

Você vai ver quem é porco aqui!

Irritada, Saori saiu correndo atrás do rapaz, que fugiu, tentando coordenar a corrida e as gargalhadas.

Você não me pega! – ele disse. – Não me pega! Ops!

Seiya tropeçou numa raiz e foi ao chão. Saori aproveitou a queda e pulou em cima dele, sujando-o, esfregando a lama no peito e o no rosto do rapaz e, de súbito, sentiu uma vontade imensa de beijá-lo.

Moleque insolente! – disse, odiando-se por desejar beijá-lo.

Riquinha mimada – ele retrucou, ainda rindo, mas o sorriso se desfez quando ele se deu conta da tensão sexual que surgiu entre os dois. A situação era definitivamente excitante.

Eu... eu... eu... – ela gaguejou. Sua mente queria bater em Seiya, mas seu coração só desejava o beijo dele.

Você o quê?

Eu vou te beijar! – ela exclamou, e assim o fez, envolvendo Seiya num beijo intenso, ao qual ele correspondeu com a mesma energia.

"Meu Deus, como beija esse moleque!", ela pensou, e continuou a beijá-lo, até ser interrompida pelos gritos de seu indignado mordomo.

Senhorita Saori!

Ehrrr... Tatsumi? – assustou-se a moça, mas não saiu de cima de Seiya.

A senhorita estava beijando esse sujeitinho deplorável!

Calma aí, careca! – protestou Seiya. – Sou pobre mas sou limpinho... na maioria das vezes...

Bom, erh... eu... ele... nós... estávamos... ehr...

A senhorita há de convir que não fica bem beijar um aprendiz de jardineiro, muito menos rolar na lama com ele!

Saori levantou-se empertigada, passou a mão nos cabelos, tentando arrumá-los e assumir uma postura autoritária.

Espera aí! Eu não devo satisfações a você! Posso beijar quem eu quiser, ora essa!

Agora leve a Lolli para o estábulo e mande darem um banho nela porque respingou lama!

E a senhorita?

Eu vou ficar aqui mais um pouco, preciso conversar com o Seiya. Agora vá.

O mordomo ainda quis protestar.

Mas senhorita Saori...

Tatsumi, é uma ordem!

A contragosto, o mordomo segurou as rédeas da égua e a conduziu de volta ao estábulo.

Bom, ficamos sozinhos de novo – Saori disse para Seiya quando o mordomo estava a uma distância que ela julgou adequada.

É... – ele concordou, coçando a cabeça. – Você quer conversar sobre o que aconteceu, né?

Saori colocou as mãos na cintura, num gesto impaciente.

Conversar? Eu quero é beijar muuuuuuuuuito!

Continua...


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Notas finais do capítulo

(1) Shania Twain, When You Kiss Me



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