Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana
Notas iniciais do capítulo
A declaração de Ikki não era bem o que a Minu esperava... Hehe!
Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes
Setsuna pertence a Nina Neviani.
CINCO MOMENTOS
(QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)
Chiisana Hana
Beta-reader: Nina Neviani
PARTE 3
"EU TE AMO"
"Então eu tenho que saber
Se você sente o mesmo, meu querido
Vamos justificar o motivo de estarmos aqui
Diga as palavras que há tanto eu espero ouvir.
Porque eu tenho sido tão forte por tanto tempo
Eu nunca precisei de ninguém
Mas a minha força está esgotando meu coração
Então eu estou abaixando minha guarda
Porque eu sinto que finalmente achei alguém
Mas eu tenho de saber..."(1)
Capítulo XI
– Uau! Que lindo, Shun! – Minu suspirou, depois do belo relato de Shun e Hyoga.
Shunrei também ficou encantada com o que ouviu.
– Aposto que desse momento deve ter saído uma música – ela disse.
– Bom, saiu... – Shun respondeu timidamente. – Qualquer dia toco para vocês. Essa eu posso!
– E quanto a vocês dois? – Saori perguntou a Ikki. – Estou curiosa para saber exatamente como foi que aconteceu esse bendito "eu te amo" porque é público e notório que o Ikki não é lá uma pessoa muito delicada. Já achei surpreendente ele tê-la levado para jantar daquele jeito.
– É, de pijama, mas levou – Shun riu.
– O Ikki me disse "eu te amo, porra!" – Minu declarou, fazendo uma careta – Romântico, não?
– Bem típico do meu querido irmão.
– Ah, você ficou me enchendo o saco! – disse Ikki. – Toda hora perguntava "Você quer mesmo ficar comigo? Jura que não está brincando? Se estiver brincando, eu te mato".
– Tá, eu confesso que exagerei, mas você podia ter sido mais romântico.
– Acabamos de casar e já estamos tendo uma DR. Que legal.
– É bom se acostumar, meu querido, vai ser assim sempre.
– Já estou achando que esse negócio de casamento não foi uma boa ideia...
– Ei, não vão brigar, gente – Shiryu interveio. – Hoje é um dia de felicidade.
– Eu ficaria muito feliz se a Minu esquecesse esse assunto quando chegarmos em casa, mas pelo que eu conheço dela...
Minu bufou.
– Ok. Vamos parar com isso – Ikki disse e procurou mudar de assunto. – Shiryu e Shunrei, contem logo como foi a declaração melosa de vocês.
– Foi na festa de formatura da turma mesmo – Shiryu respondeu –, mas primeiro queremos que vocês contem como foi esse "eu te amo, porra!".
– Eu conto – Ikki disse –, mas não foi assim tão ruim quanto a Minu quer fazer parecer.
– Agora você está dizendo que eu sou mentirosa?
– Posso começar a contar?
Minu bufou outra vez.
– Pode.
Seis meses atrás...
Depois do beijo inusitado, o casal foi aplaudido pelos clientes do restaurante. A seguir, voltaram para o reservado.
– Você é doido – Minu disse, sem fôlego, sentindo um calor inenarrável, e quase roxa de vergonha. Sentou-se à mesa, novamente e repetiu que Ikki era doido, mas ela queria mesmo dizer é "Você é tuuuuuuuudo de bom, sua delícia em forma de monte de músculos".
Ikki deu um sorriso que Minu achou extremamente sexy, enquanto ela custosamente tentava retomar o controle.
– Isso vai render dezenas de notinhas nos jornais de amanhã – ela disse, afetando preocupação. Na verdade, ia amar aparecer nos tabloides como a nova garota do lutador, mas continuou seu discurso: – Não vai ser boa publicidade para a sua luta e...
– Esquece essa luta, Minu. Estou aqui, me esforçando para oferecer um jantar romântico, te dei um beijo de tirar o fôlego, e você pensando em luta?
Minu quis dizer que pensar em assuntos profissionais era um jeito de não perder a cabeça por completo e se jogar em cima dele ali mesmo, em cima da mesa do restaurante, de onde certamente seriam expulsos quando começassem a tirar as roupas, não sem antes Ikki quebrar mesas, cadeiras e caras. Ela balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos.
– É que eu me preocupo com sua carreira.
– Minha carreira foi um sucesso e já está no fim. Agora quero começar uma nova vida.
– Eu sei, mas não é bom terminar com fofocas maldosas, muito menos com uma derrota. Você precisa manter o foco na luta de amanhã e... aliás, devíamos jantar logo e voltar para o hotel, afinal, você precisa estar descansado e...
– Minu! – Ikki interrompeu, impaciente. – Para de falar e aproveita o momento, cacete!
– Eu só estou pensando no seu bem! – ela tentou justificar.
– Se eu soubesse que você ia ficar aí falando de trabalho não tinha inventado essa babaquice de jantar. Estou gastando uma nota e você aí falando de porra de luta!
Boquiaberta, Minu endireitou-se na cadeira. O calor diminuíra um pouco.
– Tá, então vamos falar sério agora – ela disse, com ar grave. Pretendia esclarecer se o que estava acontecendo era de verdade ou apenas uma péssima brincadeira de Ikki. – Me diz a verdade, você leu meu Tumblr?
– Eita, cacete! Lá vem você com história de Tumblr!
– Você leu, não leu? – insistiu a moça.
– O que isso importa agora?
– Leu?
– Li.
– Seu filho da mãe!
– Vai começar de novo?
– Você está brincando comigo! – indignou-se Minu. – É isso, não é? Tudo uma grande brincadeira idiota! Quando terminarmos o jantar você vai fazer aquela cara de safado e dizer que era tipo uma pegadinha, e vai rir de mim com seus amigos, falando que eu caí na sua lábia.
Ikki levou as mãos à cabeça.
– Você é louca, Minu. Louca!
– E você é um tremendo de um sacana!
– É o seguinte: eu li a porra do seu troço lá, eu vi que você era louca por mim, e até aí tudo bem, quem não é?
– Convencido de um figa.
– Continuando: como eu já estava meio que gostando de você há um tempo, achei que essa era a oportunidade de nos acertamos, sei lá... eu quero me aquietar. Estou cansado de galinhar por aí e você... você é a pessoa certa pra mim.
Minu deu piscadelas, encantada com o que Ikki acabara de dizer. Se fosse verdade, seria maravilhoso, pensou ela.
– É sério isso, Ikki? Você realmente gosta de mim?
– Gosto.
– Desde quando?
– Ah, pô, faz um tempo.
– É sério isso de ficar comigo, quer dizer, nós vamos namorar mesmo, direitinho?
– Lógico, Minu. Eu quero namorar você. Direitinho.
Minu suspirou.
– Ohhhhhhhhhhh! Mas é que é tão surreal. Eu nunca pensei que você desse a mínima para mim.
– É que essas coisas são complicadas... – ele admitiu, para surpresa de Minu.
– Ah, para! Você, o pegador, achando isso complicado?
– É diferente... Arrumar uma mulher gostosa para passar a noite é fácil para um cara como eu, mas com você eu queria que fosse mais do que uma noite apenas.
– Isso é realmente surpreendente. – Minu balançava a cabeça, incrédula. – Ainda não estou acreditando nessas coisas que você está dizendo. Se você estiver brincando comigo, juro que te mato e como seu fígado passado na manteiga.
– Para com isso, sua louca! Eu quero ficar contigo porque eu te amo, porra!
Minu estacou, arregalou os olhos e abriu a boca, porém não conseguiu falar nada. Ficou encarando Ikki. Depois de alguns segundos, finalmente falou:
– O que você disse?
– Que eu te amo, cacete!
– Você disse que me ama?
– Disse, porra! Eu te amo, eu te amo, eu te amo, sua maluca dos infernos!
Minu levou a mão à boca.
– Ikki, eu... nem sei o que dizer...
– Para de falar besteira, assume que também me ama e vamos ficar juntos!
– Eu... eu... você... eu... eu te amo, seu atrevido!
– Isso! Assim mesmo, muito bom!
Os dois beijaram-se várias vezes, até ficarem sem fôlego novamente. Depois...
– Agora podemos apressar esse jantar porque já está ficando tarde e amanhã você tem que lutar – ela recomeçou, porque aquela vontade de rasgar a roupa e pular em cima dele ressurgiu com a força de um furacão.
– Minu! – ele exclamou, puxou-a para si e tornou a beijá-la. – Parece que esse é o único jeito de fazer você calar essa boca!
Continua...
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(1) I Gotta Know, Nikka Costa.