As Duas Faces Do Meu Anjo escrita por MS Productions


Capítulo 11
Capítulo 9




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Diogo (PDV)

- Tu já sabias que não podias apaixonar por uma humana! Que é que estas a pensar fazer agora?

- Não sei, eu sinto-me bem, percebes? Sinto-me livre, é como se realmente tivesse um motivo para aqui estar! – Disse-lhe

- Tu tens um motivo para aqui estar, para protege-la e não andares na diversão com ela! Deram te a oportunidade de te redimires, Azazel. Tiveste este tempo todo bem, não podes começar a falhar! Queres voltar a ser o que eras, a viver na escuridão?

- Nunca! – Respondi-lhe, nunca mais queria voltar a ser o que era, muitos não tiveram a mesma oportunidade que eu.

-Pensa bem nisso! Ela sabe ou desconfia o que tu és?

- Não! Mas Miguel, eu acho que a amo!

- Sabes bem o código das coisas, nunca mas nunca nutrir qualquer tipo de afeição, eu sei que é complicado, mas tens que ter controlo! Não te deixes envolver mais. – Ele tinha razão, eram as ordens que tinha, mas como controlava, se tudo já estava fora de controlo.

- Miguel? Já alguma vez te aconteceu?

- Sim, mas foi há muito tempo atras, não tinha futuro. E o nosso envolvimento foi fatal para ela. – Ele baixou a cabeça, aquele assunto ainda o magoava. – Eu vou estar sempre aqui, sempre que precisares de conversar, mas se algo interferir no teu trabalho, eu não vou ser capaz de te ajudar, tu terás que resolver sozinho.

- Obrigado – Sorri-lhe, ia descer de volta, quando ele me chamou.

- Azazel?

- Sim? – Virei-me

- Porquê Diogo?

- É uma longa história – E segui.

 Azazel e Diogo, nomes diferentes mas a mesma pessoa.

Nasci, já anjo negro, um dos piores, fiz coisas que me arrependo por tudo, o meu nome, Azazel, o único anjo da morte que teve a oportunidade da redenção. Era temido e amado por muitos, o preferido do meu pai, até ao dia em que arrisquei a minha vida a salvar alguém do que a prejudicar, essa atitude valeu-me a rejeição do meu pai e irmãos, apenas o Miguel me estendeu a mão dando-me a oportunidade de me redimir, um anjo da guarda e negro, todos se chocavam com a aparência das minhas asas, uma negra e outra branca.

Mas nunca falhei até agora, até me apaixonar perdidamente.

O tempo, no nosso ponto, os minutos eram horas, por isso quando voltei, era quase final da tarde, quando a vi, tudo aquilo que o Miguel me tinha dito, já tinha esquecido. Estava com a Clara a fazer o jantar, e o Tiago na sala a ver televisão, ela estava animada, sorriu para mim quando me viu, sentei – me ao pé do Tiago.

-Como foi o trabalho puto? Nunca mais te vi….

- Cansativo, sabes como é, computadores – Respondi-lhe

- Não chegamos a falar sobre o que se passou com o Pedro! – Afirmou o Tiago.

- Pois não… Desculpa se te deixei lá, mas eu perdi a cabeça e tive que sair dali. – Já praticamente me tinha esquecido desse assunto.

- Perdeste a cabeça porque não vês mais nada a não ser ela, não é?

- É assim tão visível? – Continuei a olhar o ecrã.

- Muito, olha Diogo, eu não sou nada nem ninguém para te pedir isto, mas a Maggie é como uma irmã para mim, e vejo a maneira que ela olha para ti, por isso peço-te que nunca a magoes.

- Nunca a irei magoar, nunca! Prefiro arder para sempre no inferno a vê-la sofrer!

-Epá, não é preciso tanto! - Riu-se – Apenas não a magoes! Vai uma mini?

- Claro, bora la buscar e ver que é que as meninas la tao a cozinhar!

- Olha que a Maggie também esta a cozinhar, se calhar é melhor encomendar comida, ela é um perigo na cozinha!

- Eu não sou surda, Tiago! E pra alem disso a Clara esta me ajudar! – Ri-me, ela ficava tao bonita irritada, coramos os dois quando olhamos um no outro.

- Ok, ok! Vamos só sacar aqui umas minis, e vamos jogar uma partidinha!- disse o Tiago

-Ah nem penses, eu parto a playstation!- Disse a clara com um facalhão de cozinha na mão.

- Naaa, naaa, naaa! Tem calma, vamos so ver televisão, não e Tiago? – Disse-lhe acalmando-a.

- Sim…sim… - Ri-me, o Tiago estava assustado com ela, acabamos por nos partir todos a rir, com aquela situação toda, a clara ficava uma fera, quando jogávamos.

Tocaram a campainha, disse a rir-me – Ah finalmente chegou a comida! – A Maggie mandou com o pano e disse-me – Eu vou lá!

Margarida (PDV)

Ri-me enquanto ia abrir a porta, estes dois estúpidos andavam sempre com comentários acerca dos meus cozinhados.

- Pedro? – Exclamei quando abri a porta, ui. Passados todos estes dias ainda estava com um olho inchado. – Como é que…?

- Eu quero falar contigo! – Entrou pela casa dentro. - Não vou sair daqui enquanto não falares… Tu és minha namorada, não de mais ninguém!

- Pedro, por favor vai-te embora, não é a melhor altura! Saí daqui, agora! – Relembrei-me da confusão do bar.

- Porquê? – Andou as voltas pela sala toda – Mesa posta? Tens visitas é?

- Tem, e tu vais sair agora desta casa! – O Tiago e o Diogo apareceram naquele momento na sala, e o Diogo saltou logo a tampa. – Ela não te quer aqui!

- E quem é que tu pensas que és para mandares nela ou aqui? – Respondeu o Pedro, oh meu Deus se ele não se for embora vai acontecer o mesmo!

- Sou o namorado dela, e se ela diz para ires embora, tu vais embora!

- Namorado? – Começou-se a rir, ele não tava bem - Ela namora comigo, sempre namorou, fui o primeiro dela e vou continuar até ser o último! – Ó Deus! Mas que raio eles os dois pensam que estão a fazer?

- Pedro vai te embora! – Disse-lhe suplicante – Eu não te quero aqui. Já arranjaste problemas que cheguem! Tiveste o teu tempo não aproveitaste, traíste-me e usaste-me! Eu não sou a parva que era.

- E o que se passou a uns meses atras. Vais esquecer-te? Tu amas-me, não mintas a ti própria.

- Pedro vai-te embora! Tas a fazer figuras tristes. – Porque é que não baza, o Diogo já estava com o olhar cego, bastava um pequeno deslize do Pedro e o Diogo cai-lhe em cima.

- Queres falar de figuras tristes? Tu a chorares por eu te ter traído!

- Já chega! – O Diogo foi em direcção ao Pedro, mas pus-me a frente, enquanto isso o Tiago agarrou no pedro e pô-lo fora de casa. – Esse tipo se te volta a por a vista em cima, eu mato-o eu juro que o mato! - Abracei-o e tentei acalma-lo, ele estava tao contraído que o corpo dele estava em pedra. Aos poucos ele foi soltando a fúria e abraçou-me – Se ele volta a chatear-te diz-me, parto lhe o resto da cara!

- Mas o Diogo, deixaste – lhe a cara bem marcada, avisa-me para nunca te chatear daquela maneira! – Disse o Tiago.

Finalmente o Diogo riu-se, ainda continuava abraçado a mim, nem eu nem ele nos largávamos.

- Olhem la tudo aqui na coboiada e ninguém ajuda a fazer o jantar? – Apareceu a Clara com o seu facão.

Soltei-me rapidamente do Diogo - A caminho chefe! – Fui em direcção da cozinha.

O jantar ate estava bom, os rapazes fartaram-se de repetir, hoje era mesmo daquelas folgas para relaxar, estava a chover na rua, por isso o Tiago tinha trazido uns filmes daqueles que ele gosta, e que a Clara odeia e quase que morre assustada. Tínhamos montado praticamente um cinema na sala, ate tínhamos pipocas, o Diogo tinha comprado um saco enorme de ursinhos goma, para mim claro, porque tinha comido os meus todos. Fui buscar cobertores porque estava frio e enroscamo-nos la todos.

Quando dei conta, era a única que via os filmes porque estavam todos a dormir, levantei-me e fui em direcção ao meu quarto, abri a cama e comecei a despir me, senti umas mãos a percorrer-me as minhas costas, quentes, virei-me e beijei-o, afinal não estava a dormir como pensava, ele pegou-me ao colo.

-Estava com saudades tuas! - Disse-me beijando o meu pescoço. – Saudades minhas?

- Muitas, não estavas quando acordei! – Beijei-o.

- Mas estou aqui agora não estou? – Apertou-me, beijou-me louca mente. - Eu não sou capaz de estar sem ti, Margarida!

Ele encostou-me a parede fria, pôs-me no chão, tirei-lhe a t-shirt e baixei-lhe as calças, ele pegou em mim e tirou me o vestidinho, quase que o rasgava, livrou-se das restantes roupas que nos cobriam e ai pude ver o grau de excitação que ele tinha dentro dele, ele gemia, e por vezes observava-me quando gemia eu, ele era como fogo, e todo tempo que tivemos ali a fazer amor, ele tinha uma energia que não esgotava. Quando ele chegava ao auge o corpo dele entrava em choque com o meu, era óptimo e o olhar dele era um misto de prazer e amor que nunca tinha visto, deitamo-nos os dois na cama enrolados no lençol.

-Desculpa, por isto! – Porque que ele me haveria de estar a pedir desculpa?

- O que queres dizer? – Ele olhou sorridente para mim.

- Eu não aguento estar sem ti, Margarida, não aguento, e tenho vontade de estar contigo ali e acolá! Não é só vontade sexual, eu quero te mesmo, eu estou completamente louco por ti, e nem acredito que te vou dizer isto, mas eu não te quero magoar se um dia tiver que partir e tu já sofreste muito! – Caiu-me tudo, sexo apenas sexo? – Não! Não penses isso, eu. Eu…

- Tu o quê? Acabas de fazer o que fizeste comigo e agora queres despachar-me? Tas a por areia nos olhos? Eu não sei o que se passa contigo… dizes que me queres e agora queres sair fora? – Ele olhava seriamente para mim. Mas nenhuma resposta saia daquela boca.

- Nunca amei ninguém na vida! E eu estou a começar a amar-te! E há muitas coisas complicadas, há muitas coisas colaterais! – Chocada, era como eu estava, que raio de conversa estava a ser aquela?

- Eu acho melhor saíres…

- Margarida…

- Não, se realmente me amas como acabaste de dizer, não te afastavas por danos colaterais, a agora sai, desculpa se sou um grande problema na tua vida, a partir de agora entre nós, apenas seremos amigos, colegas de casa, mais nada! – Disse lhe isto e ele levantou-se, uma lagrima correu na minha face, virei-me, isto doía, doía mesmo muito! Ele saiu, e a minha parte da noite foi passada a chorar.


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Notas finais do capítulo

:)



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