Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 50
There Is Only One Way Out.


Notas iniciais do capítulo

No capítulo passado eu disse que não tinha planejado grande coisa para este...
Ops...



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Lúcia tinha razão, no fim das contas. Depois de hesitar na manhã seguinte, finalmente chamei Harold para levar-me novamente à casa do Duque. Lúcia estava na sala com Caspian e o pai quando cheguei, ela sorriu, como o irmão, mas por motivo diferente. Cumprimentei a todos e Caspian veio até mim, pegando minhas mãos.

–Que bom que veio, Su. - sorriu. - Preciso falar com você.

Lúcia se aproximou.

–Eu também, mas conversaremos mais tarde. - lancei um olhar à Lúcia, rapidamente antes de voltar a olhá-lo para explicar. - Vim ver Dash.

O sorriso sumiu do rosto de Caspian e pude vislumbrar a decepção em seus olhos quando Lúcia pegou uma de minhas mãos e puxou-me para as escadas. Senti minha mão deslizar da de Caspian. Quando subi atrás de Lúcia, lancei-lhe um rápido olhar a ele. Não se moveu, porém a expressão em seu rosto fechou-se mais.

Lúcia levou-me até o quarto de Dash dizendo o quanto estava feliz por eu ter vindo e para eu não me preocupar por que Caspian entenderia tudo, ou assim ela esperava. O quarto de Dash, na casa, era na direção oposta ao de Caspian e perguntei-me se seria possível os dois serem mais diferentes. Lúcia bateu na porta suavemente, abrindo-a em seguida.

–Dash – chamou suavemente. - Alguém quer lhe ver.

–Diga para entrar. - assustei-me ao ouvir a voz fraca. Lancei um olhar para Lúcia e ela me mandou outro do tipo “eu avisei”. Abriu a porta mais um pouco, dando-me passagem e fechando-a quando entrei. Dash estava deitado na cama, estava pálido, os olhos estavam fundos e as olheiras fortes, preparava-se para se pôr de pé.

–Não, não levante! - intervi. Ele parou, olhando-me como se não acreditasse. Vi um belo e sincero sorriso nascer em seu rosto, junto com um lampejo de brilho em seus olhos.

–Su...!

Sorri de leve, vendo novamente aquele Dash que conquistara minha amizade. Tentou levantar mais uma vez, mas estava fraco demais para isso e acabou deitado, enrolado nos lençóis. Sentei ao seu lado na cama percebendo que seu sorriso me fizera sorrir também. Toquei seu rosto percebendo o brilho no seu olhar.

–O que veio fazer aqui? - perguntou num tom mais animado.

–Vim para ver você. - falei. Seu rosto se iluminou mais, até arriscou uma risada.

–Nunca imaginei que Caspian permitiria isso!

–Na verdade ele não permitiu, mas acho que isso está além do alcance de qualquer um de nós três para que possamos nos dar ao luxo de impedir qualquer coisa. Vindo até aqui eu impediria muitas coisas se tivesse essa chance. Mas isso não importa. - falei. - Você precisa de mim.

–Então você descobriu...

–Me contaram, na verdade. - dei de ombros.

–Caspian?

–Seu pai. Ainda não sei se devo chamá-lo de Digory, Duque, ou tio. Descobri que somos parentes. - sorri para Dash Ele retribuiu com um aceno de cabeça. Logo seu olhar se perdeu, por leves segundos.

–Parece que chegamos num fim, não é? Você fará sua escolha e o outro ficará sozinho pelo resto da vida.

–Não seja tão dramático! Tenha esperanças. - sorri.

–Esperança? - ele ergueu as sobrancelhas, parecendo surpreso. Só então dei-me conta do sentido errado em que ele entendeu minha fala. - Ainda existe isso?

Rolei os olhos.

–Tenho meus motivos para acreditar. - garanti.

–Que bom que você tem. Não corre o risco de morrer sozinha...

–Isso já me passou pela cabeça. - comentei.

–Como?

–Não escolher nenhum de vocês.

Seus olhos tristes ficaram chocados.

–Eu jamais permitiria que você se afastasse!

–Foi o que o seu pai disse. - ri. Nenhum dos dois falou mais nada por um tempo. Encarei minhas mãos.

–Não tivemos muito tempo para conversar desde o … er... Desde que Caspian nos encontrou no bosque. - começou ele, fazendo-me olhá-lo e notar suas bochechas coradas. Ele estava melhorando. - Você falou com Caspian?

–Sim. Ele me contou sobre Marta.

–Hm. - resmungou.

–Por acaso você não tem nada a me contar, tem? - perguntei para puxar assunto. Dash me olhou por segundos com um olhar mais vivo. Precisei piscar algumas vezes para constatar as mudanças tão rápidas.

Eu sou franco com você. - garantiu.

Sorri de leve, agradecida, ignorando a alfinetada em Caspian. Decidi mudar de assunto.

–Você já parece bem melhor. - toquei seu rosto, pondo-me de pé. Num susto, Dash segurou minha mão.

–Não vá ainda!

–Tudo bem, mas você precisa comer. Fiquei deitado, já volto.

Dash obedeceu e eu deixei o quarto fechando a porta em silêncio, seguindo pelo corredor passando as mãos na saia do vestido rumo às escadas. Parei quando alguém bloqueou meu caminho.

Caspian estava de braços cruzados, a camisa solta com as mangas soltas, no olhar certo ressentimento, nos lábios levemente franzidos e tortos era visível seus ciúmes.

–Já vai? - perguntou.

–Não! - garanti. - Estou indo apenas buscar comida para Dash.

–Então vai voltar para lá?

–Hm... Bem, preciso levar a comida até ele.

–Huin pode fazer isso. - respondeu, depois de avaliar-me por uns segundos.

–Caspian... - falei. - Não comece, está bem?

Ele riu sem humor.

–Não estou começando nada! Por que vocês não descem e jantam conosco?

–Além de estar cedo para o jantar, Dash precisa ficar em repouso. - expliquei. Ele lambeu os lábios. Tentei seguir, mas Caspian impediu, voltando a falar.

–Já disse que Huin pode fazer isso.

–Qual o problema, Caspian?

Ele riu sem humor.

–Você está trancada no quarto com meu irmão, preciso dizer mais alguma coisa?

–Esqueceu-se da parte de que ele está debilitado.

–Também da parte que ele fica bem fortinho com você por perto.

Bufei.

–Ciúmes são desnecessários no momento, Caspian. - lembrei paciente. - Confie em mim.

–Em você eu confio, não confio nele!

–É seu irmãos, Caspian, e está doente.

Rolou os olhos.

–Por favor, Cas. Dash só precisa de minha companhia.

–Ele quer apenas sua companhia? - encarou-me desafiador. Não respondi. - Está vendo? - ergueu as sobrancelhas. Continuei calada, segurando as próprias mãos, olhando para o chão.

Caspian se aproximou de mim, pegando minhas mãos, fazendo-me olhá-lo.

–Não quero continuar assombrado pela possibilidade de vê-la ao lado dele. - sussurrou.

–Caspian...

–Eu sei que ele precisa de você da mesma forma que a quer. - continuou. - Não posso dar brecha a ele. Não dê essa brecha a ele, Susana.

–Ele precisa de mim ainda. - insisti.

–Ele quer você! E eu não quero que ele consiga. - beijou minhas mãos. - Só há um jeito de ele perder todas as chances.

Olhei-o intrigada encontrando uma face determinada. Antes que eu pudesse perguntar, Caspian afastou-se um passo. Sem soltar minhas mãos e olhando profundamente em meus olhos, ele se ajoelhou.

–Case-se comigo.


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Notas finais do capítulo

Quem diria, não? Bodas de ouro! Queria agradecer imensamente a todos vocês que acompanham desde o início, aos que chegaram depois, aos que ainda vão chegar, aos que sempre comentam, e aos fantasminhas também que tentam passar despercebidos, mas não passam hehehehe Muito obrigada a todos vocês por incentivarem a fanfic, muito obrigada mesmo. Esse capítulo é para vocês.
Obrigada e não esqueçam dos reviews!
Beijokas!!



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