Uma Nova Cullen escrita por Victoria Trindade, Fernanda Ventura


Capítulo 4
Suzana


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, esse capitulo está bem maior.
Espero que vocês gostem :)
Muito obrigada pelos reviews, estão nos deixando muito felizes.
/Fe



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PDV Rose

Na manhã seguinte saí do quarto às oito em ponto. Passei no quarto da nossa hóspede desconhecida. Ela estava acordada, coberta com um edredom, sentada na enorme janela aberta, segurando um porta-retrato. Não queria pressioná-la, mas nós precisávamos conhecê-la melhor, pelo menos saber quem ela era. Só assim poderíamos ajuda-la.

– Não precisa ficar na porta, pode entrar. Eu não vou fugir. Estou muito fraca pra isso.

– Dormiu bem? – perguntei.

– Sim, obrigada – ela olhou o porta-retrato, tinha uma foto da Nessie – é sua filha?

– Não, minha sobrinha.

– Então você tem parentes que não vampiros? – ela deve ter visto minha cara de espanto, e completou – ah qual é? Você acha que eu não reconheceria o cheiro? Meu pai era vampiro, e os que me tiraram dele também – ela deu um sorrisinho sem mostrar os dentes.

– Você pode me contar essa história mais pra frente, porque não começamos pelo início? Meu Nome é Rosalie, e o seu?

– Suzana.

– E de onde você veio?

– Carolina do Norte, vim correndo até aqui. Vocês são os Cullen, certo?

– Sim, nós somos. Como sabe disso?

– Aro tem uma certa obsessão por vocês, pela criança “meio a meio” que vocês criaram. Como se eu pudesse falar assim…

– Você também é híbrida? Mas como foi para na mão dos Volturi?

– Eles mataram meu pai quando eu era pequena. Parece que queriam estudar essa nova “raça”, e eu fui a merda da cobaia. Depois que aquele idiota fez comigo, eu não aguentei, quando viemos para esse país pra matar um retardado que tentou se expor, eu consegui fugir – a coitada desabou no choro

Tentei acalmá-la abraçando-a.

– Não chora, você está com a gente agora, tudo vai ficar bem.

– Não vai demorar pra eles me acharem. E eu só tenho 5 anos, mesmo não parecendo. Como vou criar a porra de um bebê? – e ela passou a soluçar.

– A primeira coisa que tem que fazer é parar com esses palavrões. Agora, me explica melhor essa história. Quem sabe eu possa te ajudar.

Ela chorou mais alto, e com mais força. Acho que ela nunca teve essa oportunidade. Deixei que ela fizesse. Fomos até o banheiro, limpei seu rosto e tentei acalma-la de novo.

– Melhor, agora?

Ela balançou a cabeça positivamente.

– Me conta sua história agora.

Sem olhar nos meus olhos ela começou a falar.

– Meu pai era um vampiro italiano, que gostava de viver entre os humanos. Tinha 362 anos quando conheceu minha mãe. Eles ficaram muito amigo, ele gostava dela o bastante para não mata-la depois dela descobrir o que ele era, mas ele a fez jurar segredo, obviamente, ninguém podia saber. Quando ela ficou grávida de mim nenhum dos dois soube o que fazer, mas ela conseguiu ficar viva até eu rasgar ela praticamente, sem a ajuda da parteira. Eles não estavam com ela quando eu nasci. Ele chegou depois, e o corpo da minha mãe já estava coberto, ele não teve coragem de ver. Mas pegou um colar que ele tinha dado à ela, quando eles se conheceram– ela botou a mão no pescoço, que estava com um colar com um pingente de coração – depois disso ele pôs o colar em mim e nós fomos embora, para Roma, ele me criou no campo, até eu completar 2 anos. Até que os Volturi chegaram, disseram que queriam uma cobaia para ser estudada, a nova espécie de vampiros. Papai não quis me entregar, então eles simplesmente acabaram com ele – lágrimas surgiam novamente em seus olhos – sobre os três anos que passei em Volterra, não tenho muito a falar, eles me trataram como um objeto, cheia de agulhas e essas coisas. E o resto da história você já sabe. Espero que eu não tenha mais ultilidade pra eles, assim arranjam outra aberração pra estudar e me deixam em paz.

– E essa história de bebê?

– A é, tem isso ainda. Tem alguma coisa mexendo dentro de mim, já tem uns dias. E pelo que aconteceu, eu devo estar esperando outro monstrinho que nem eu.

– O que exatamente aconteceu? Você quer falar sobre isso?

– Pouco antes de viajarmos, o Felix me chamou pra uma “conversa” – ela começou a chorar de novo, de uma maneira calma, as lágrimas escapavam de seus olhos mesmo ela tentando evitar – e ele literalmente fudeu comigo.

Cheguei mais perto de Suzanna e a abracei, me reconheci nela, a diferença é que ela teria que conviver com isso o resto da vida. De um jeito pior do que o meu.

– Shhhh, a gente vai dar um jeito nisso, ta bom? Pra começar, o que eu te disse sobre palavrões?

– Eu fui estrupada e você fica falando da merda do palavrão. Foda-se os palavrões. O que eu vou fazer com essa merda dessa criança?

Não podia suportar ouvi-la falando desse jeito. Peguei ela pelos ombros e sacudi.

– Olha pra mim, para de falar desse jeito. Uma criança sempre é uma benção, independente das circunstancias, é só um bebê, ele não tem culpa de nada. O que passou, passou, agora você tem que focar no que é melhor pra você e para ele.

– Você não sabe o que tá falando. Não faz idéia de como eu me sinto.

– Você não sabe porque eu virei vampira. Além de ter sido espancada eu também fui estrupada. Então sim, eu sei como você se sente. E você não tem idéia de quantas mulheres iriam querer esse bebê.

– Ele é um monstro e provavelmente vai me matar, esqueceu? É isso que fazemos.

– Sabe a minha sobrinha? Ela é igual a você, e aquela ali – apontei pra foto de Bella – é a mãe biológica dela, nós a transformamos após o parto.

– Deve ser por isso que Aro é fascinado pelos Cullen. Mas a diferença minha pra essa mulher é que EU SOU UMA HÍBRIDA , não tem como me transformar. Ou você esqueceu disso? – os olhos dela já estavam inchados de tanto chorar.

– Vamos dar um jeito tá? Mas antes precisamos cuidar de você. Eu vou pegar umas roupas da Alice, devem te servir, vamos comprar roupas pra você, está bem? Não pode ficar com o pijama da Bella pra sempre. Depois eu converso com minha família para que possamos todos te ajudar da melhor maneira possível. Se você quiser, é claro.

Ela levantou a cabeça e eu saí do banheiro.

– Rose.

– O que foi?

– Obrigada – e deu o sorrisinho sem dentes de novo – e me desculpe.

– Não precisa agradecer.

Peguei toalha e roupas pra ela. Deixei no banheiro e falei:

– Vou te dar privacidade para tomar um banho e se arrumar, nós sairemos quando você estiver pronta.

– Ok. A propósito, eu soube que vocês não gostam de matar os humanos. Mas eu to com sede, ele é médico, não é? O seu “pai” – balancei a cabeça positivamente – ele consegue me arranjar uma bolsa de sangue? Ainda me sinto fraca pra caçar.

– Eu vou ver o que posso fazer - e saí do banheiro.


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Notas finais do capítulo

E ai?
O que acharam?



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