Edward
   

Jacob e minha mãe tinham acabado de sair quando ela entrou, dei graças por não estar conectado aquele aparelho que mede a frequência cardíaca, pois seria constrangedor, mas mesmo assim ela escutaria meu coração.

- Achei que estivesse me evitando – disse, minha voz parecia fraca.

- Você esta bem? – perguntou ela chegando perto da minha cama, sua voz era tão bonita.

- Agora estou – eu disse e peguei sua mão, era tão bom segura-la de novo– senti sua falta.

- Como você conseguiu vir parar no hospital? – perguntou desviando do que eu tinha dito.

- Cai da escada depois de brigar com o Jacob – respondi simplesmente.

- É melhor eu ir embora – ela disse e eu imediatamente fiquei mal, não queria que ela fosse, pois sabia que ela não voltaria – você precisa descansar.

- Não, fica aqui comigo, ou apenas me deixe explicar – eu pedi.

- Ok, mas rápido você precisa descansar.

- Eu realmente fiz a aposta, mas foi antes de te conhecer, foi antes de descobrir o que você é, foi antes de descobrir o quanto você é incrível e também foi antes de dizer que te amo...

- Mas porque não me contou? – ela perguntou tentando segurar o choro.

- Por que estava tão feliz que me esqueci dela... Volta a namorar comigo? – queria muito que ela dissesse que sim.

- Promete nunca mais cair de escadas? – que sorriso lindo que ela tinha.

- Prometo, mas foi bom ter caído... – disse sorrindo mais ainda.

- Como assim “foi bom ter caído”? – ela estava confusa.

- Se eu não tivesse caído você não teria vindo aqui, não teria como te pedir desculpa e também não teria como dizer que te amo, mesmo que fosse pela ultima vez... – não terminei, pois ela colocou sua mão gélida, porem muito carinhosa, na minha boca.

- Essa não será a ultima vez que diz que me ama – sorriu e me deu um selinho leve, mesmo querendo mais a deixei se afastar – vou falar com Alice.

- Mas você volta? – perguntei desesperado, será que ela voltaria se fosse embora?

- Daqui a poucos minutos eu volto – prometeu saindo.

Ela tinha me perdoado e isso já fazia valer a pena ter caído da escada. Aquele mês sem ela tinha sido completamente horrível, eu apenas sobrevivi, pois sem ela não havia como viver. Quando ela disse que essa não seria a ultima vez que eu diria que a amo eu fiquei muito feliz, ela tinha aceitado ser MINHA Bella novamente e isso era ótimo.
Ela demorou alguns minutos para voltar, mas assim que abriu a porta eu fiquei feliz novamente.

- Tenho uma novidade – ela anunciou chegando perto de mim – como você não sofreu nada muito grave, vai poder ir embora agora, o medico te deu alta.

- Que ótimo – disse tentando me levantar, mas fui impedido – O que?

- Espera a enfermeira vir tirar isso de você – ela disse apontando para os fios que estavam conectados a mim. Segundos depois a enfermeira chegou e desconectou tudo. Tentei levantar sozinho, mas minhas pernas pareciam não responder bem aos meus comandos de tão doloridas e Bella teve de me ajudar.

- Obrigado – disse e dei-lhe um beijo cheio de paixão – Senti mesmo sua falta.

- Também senti sua falta – ela disse e me levou ate o banheiro – sua roupa esta ali e quando terminar me chama que eu te ajudo.

Coloquei minha roupa, por que aquela camisola de hospital era uma vergonha. Tentei novamente andar sozinho ate a porta, consegui, mas sentia muita dor, parecia que minha perna não aguentava direito meu peso.

- Deveria ter me chamado – disse Bella assim que eu abri a porta do banheiro.

- Tenho que conseguir sozinho, você não vai ficar comigo 24horas por dia pra me ajudar a andar – disse.

- Quer apostar? – ela riu. Como senti falta de sua risada.

Bella

Saímos do quarto e logo Alice veio ajudar a apoiar Edward, não que eu precisasse de ajuda, era somente para manter as aparências.

- Falei com Carlisle e ele pediu para você dormir na nossa casa, para ele poder te observar melhor. Já liguei para sua mãe e ela disse que tudo bem se você passar o fim de semana em casa – ela disse tudo bem rápido e me surpreendi que Edward conseguisse entender.

- Ok – ele disse.

- Você dirige Alice – eu disse lhe entregando a chave quando chegamos ao carro.

- Serio? – eu assenti – O Emmett vai ficar muito bravo quanto eu contar que EU dirigi seu carro – ela parecia uma criança na manha de natal enquanto entrava no banco da frente do carro.

Ajudei o Edward a entrar atrás e me sentei ao seu lado. Foi bom ter ele ao meu lado, sentir seu cheiro, poder tocar nele novamente. Eu estava realmente feliz novamente, e ele parecia sentir a mesma coisa. “Alice você pode nos deixar sozinhos em casa?”, pensei para ela.

- Eu sabia que você iria pedir isso e já tirei todos de casa, a proposito fiz o Emmett montar uma cama para o Edward no seu quarto – disse Alice em um tom que somente eu ouviria.

- Seus irmãos provavelmente me odeiam – ele disse quando chegamos à minha casa.

- Por quê? – perguntei confusa.

- Por causa da aposta e talz, eles me olhavam de um jeito na escola que dava medo – Alice olhou para traz com uma sobrancelha levantada – exceto a Alice – ele acrescentou.

- Eles não farão nada com você – disse firme, ai se algum deles tentasse fazer qualquer coisa.

Eu e Edward namoramos por duas semanas e eu nunca o tinha trazido para minha casa, mas agora isso ia mudar. Entramos e não tinha ninguém e ele percebeu isso.

- Onde estão todos? – perguntou.

- Nos deixaram sozinhos – disse o puxando pela escada – vamos para meu quarto.

Chegamos ao meu quarto e imediatamente eu percebi a grande cama no centro dele, parecia àquelas camas antigas de filmes. Alice.

- Achei que vampiros não dormissem – disse Edward.

- Não dormem, a cama é para você – eu disse me sentando nela.

- Eu estaria feliz com o sofá – disse ele apontando para meu sofá de couro branco.

- Alice – disse como se isso explicasse tudo, afinal explicava. Ficamos em silencio por um tempo.

- Como foi fora do estado esse tempo todo? – ele perguntou referindo-se a desculpa que eu pedi para meus irmãos darem a ele se ele perguntasse.

- Não estava fora do estado – disse e ele me olhou confuso – pedi para Emmett dizer isso a você, mas não sai do meu quarto o mês todo...

- Me desculpe mesmo – ele disse me abraçando.

- Eu senti tanto sua falta, do seu cheiro, do seu toque – disse desabafando finalmente.

- Eu não estava muito melhor que você, não sentia vontade de fazer nada, me sentia incompleto – ele disse com a cabeça em meus cabelos.