PDV Edward Cullen

Hoje é dia de Halloween. Minha linda esposa, Isabella, arrumava nossos filhos, Anthony, de 11 anos, Renesmee e Carlie, de 8 anos

– Lembrem-se meus amores, não falem com estranhos, não saiam do limite de dois quarteirões, não falem com estranhos, não comam muitos doces, não falem com estranhos, se alguém se machucar venham para casa e... eu já disse para vocês não falarem com estranhos?

Nós rimos do desespero da Bella.

–Vamos tomar cuidado mamãe, eu prometo. – Anthony falou e em seguida Bells beijou a testa de cada um. Assim que eles saíram, eu me aconcheguei no sofá, deitando minha esposa no meu colo

–Relaxa anjo, eles voltarão bem

–Preocupação de mãe amor.

–Lembra que com a idade deles já saiamos pra pegar doces?

–É isso que me preocupa, não éramos exatamente um exemplo a ser seguido naquela época...

PDV Narrador. Halloween

31 de Outubro de 1998

A menina balançava-se na cadeira, impaciente. Há algum tempo sua mãe deixou de trabalhar em seu cabelo para maquiar seu rosto. Ela adorava o dia das bruxas, sempre gostou de vampiros, feiticeiros, lobisomens fadas, duendes e personagens do mundo fictício e também tinha o fato dos doces, às vezes, seu irmão mais velho a chamava de formiguinha por ela adorar doces. A única coisa que ela não gostava no Halloween era as duas horas que ficava sentada na cadeira no quarto da sua mãe, esperando ela terminar de arruma-la.

–Bella, querida, pare de se mexer, assim eu não conseguirei completar a fantasia.

Ela bufou- Ok mãe. – Depois de uns dois minutos, Renné, mãe de Bella, deu um passo pra trás e falou.

–Prontinho querida. Eu preferia a fantasia de Branca de neve, mas essa também ficou legal.

–Mãe, eu já usei fantasia de Branca de neve no meu aniversário de cinco anos. - Disse. Ela levantou com cuidado da cadeira, afinal, não queria desmanchar o trabalho que sua mãe demorou tanto tempo pra fazer. Bella sabia também que caso algo saísse de lugar, sua mãe veria e a faria sentar naquela cadeira por sabe-se lá quantas horas a mais para deixar tudo perfeito. A menina foi em direção ao grande espelho que tinha no quarto da sua mãe e sua pequena boca se abriu de assombro. Sua mãe fizera um trabalho magnífico. Seu longo cabelo castanho estava preso em um coque meio desarrumado e seus lindos olhos azuis se destacavam pela grande quantidade de sombra roxo-escura. Sua pele pálida estava ainda mais pálida, efeito do pó de arroz. O que faria a maquiagem ficar ainda mais perfeita era um lindo batom vermelho sangue, mas Renné disse que ela ainda era criança e não podia passar muita maquiagem, já foi um milagre ela ter deixado a filha passar sombra, então Bella contentou-se apenas com um gloss sabor morango. O vestido estava incrível no estilo balone, ele era na altura do joelho vermelho, e cheio de rendas pretas com mangas bufantes

Renné queria que sua filha vestisse algo mais infantil, porem Bella bateu o pé, dizendo que não iria se parecer com um bebe e que queria uma fantasia de Halloween de verdade. Quando elas foram à loja de fantasia, Renné ainda tentou convencer Bella a se vestir de algo mais meigo, só que quando a menina viu a fantasia de vampira sabia que tinha que ser ela, pois dos seres míticos, vampiros era o seu preferido.

–Está perfeito mamis, obrigada. – Ela apertou a mãe em um abraço e desceu as escadas correndo.

–Pensei que ia ter que ir sem você Bellita. – Disse seu irmão, Emmett, que estava sentando no sofá vendo a maratona de filmes de terror infantil.

–Que bom que não foi Memett, não gosto de sair sozinha.

Ele passou o braço pelo ombro da irmã e já iam saindo de casa, quando uma voz os fez parar

–Aonde os mocinhos pensam que vão?

–Pegar doces, mamãe, este e o espírito do Halloween.

– Vocês já sabem as regras.

–Não falar com estranhos, não comer muitos doces antes de chegar em casa, não vão muito longe e se acontecer qualquer coisa vir direto para casa – Falaram, em coro.

–Agora que meus bebês sabem das regras, podem ir – Renné deu a cada um uma cestinha em forma de lanterna para carregar os doces e beijou suas testas. Os dois irmãos saíram de casa de braços dados e foram de casa em casa, sempre dizendo a mesma frase: Doces ou travessuras?

Os vizinhos deram doces a mais, por além de aqueles serem os doces irmãos Swan, as fantasias estavam perfeitas demais e até meio sombrias para garotos da idade deles, Bella de vampira e Emmett de Frank Stein. Os irmãos sentaram em um banco em frente à casa da Sra. Cope e começaram a contar seus numerosos doces.

–57, e você grandão?

–59 – Anunciou orgulhoso. – Lembra do que apostamos?

A menina arregalou os olhos, lembrando-se da aposta que fizeram depois do almoço naquele mesmo dia.

–Não Emmett, não! – Recusou, a cabeça negava firmemente e os olhos azuis estavam arregalados de medo

–Desculpa Bellinha, aposta é aposta.- Deu de ombros.

–O que está acontecendo aqui? – A linda e angelical Rosalie Hale perguntou, quando passava por ali com seu irmão gêmeo, Jasper Hale, e ouviu a conversa dos irmãos. Emmett logo mudou de postura, tinha algum tempo que estava apaixonado por Rose e queria por que queria conquistá-la. O Swan não era o único apaixonado, Jasper tinha uma secreta queda por sua melhor amiga, Isabella.

–Emmett quer que eu entre na casa em que morava a Sra. Wilson. – Bella fez bico e cruzou os braços.

–A casa-assombrada-Wilson? – Rose arregalou os olhos.

–Essa mesma Rosezinha.

A casa da Sr. E da Sra. Wilson assombrava as crianças do bairro. O casal veio morar na cidade quando eram recém casados, mas eram muito reclusos e quase não tinham amigos na cidade. Dois anos se passaram, Sra. Wilson apareceu com uma barriga de grávida, dois meses depois, a barriga tinha simplismente tinha desaparecido. Ninguém sabia se o filho dos Wilson chegou a nascer ou foi abortado, ninguém escutava ou via nada referente aos Wilson. Os anos se passaram e os Wilson ainda continuavam misteriosos, até que o Sr. Wilson veio a falecer. A Sra. Wilson ficou arrasada. Pálida, magra e mal-humorada ela expulsava todos que pisavam no seu terreno, alguns vizinhos diziam que ela estava envolvida com bruxaria e outros diziam que ela era somente uma velha doida problemática. Um tempo depois a Sra. Wilson morreu, e ninguém mais morou naquela casa, tudo pertencente ao casal ainda estava lá. O casarão virou uma espécie de casa mal assombrada, para as crianças, o mato era alto, e a casa velha, quem entrava lá era visto como heroi para as crianças.

–E porque ele quer que você entre lá? - Perguntou Jasper, passando o braço pelo ombro de Bella.

–Apostamos que quem ganhasse menos balas teria que entrar na casa-do-mal e trazer alguma coisa de lá.- Respondeu, abraçando o tronco do amigo - E eu perdi por duas miseras balinhas.

Jasper foi direto no pote dele, pegou três balinhas e colocou na cestinha dela.

–Pronto boneca, agora você ganhou. - Ela dirigiu um sorriso agradecido e deslumbrante pra ele.

–HEY- Emmett protestou, levantando - Isso é injusto.

–Emmett...

–Bells, aposta é aposta, não acredito que você vai me decepcionar não cumprindo ela, logo você que sempre foi tão direita, tão justa...

–Tá bem, eu vou.- Se rendeu, Emmett comemorou e os quatro caminharam em direção a casa mal assombrada.

–Tem certeza? - Jasper perguntou, fazendo uma careta para o casarão. - Eu entro com você se quiser.

–Não Jazz - Suspirou - Emmett tem razão, foi uma aposta justa, tenho que cumprir.

Ele suspirou. - OK, boa sorte.

–Obrigada. -

Os barulhos dos grilos a assustaram. Parecia aqueles filmes de terror que Emmett obrigara a assistir, no qual a mocinha estava entrando no lugar errado e tinha alguem a observando. Com esse pensamento ela se virou de supetão e viu um vulto indo em direção ao matagal. Relaxa Bella, pensou, você está ficando paranoica, só faça um favor pra si mesma e nunca mais veja filmes com o Emmett.

Quando ela pisou no degrau do hall da casa, ele rangeu, mais um passo e mais um rangido, então ela chegou na frente da porta e bateu.

Sua idiota, quem você quer que atenda? O fantasma da velha doida? E com esse pensamento ela abriu a posta e entrou.

Bella estava dentro da casa já tinha dois minutos, mas pra ela parecia uma eternidade. Ela revirava as coisas, tentando achar algo interessante para levar para Emmett. Quando estava tentando alcançar uma foto que estava numa prateleira alta, caiu em um sofá empoeirado e velho. Ela afastou o cabelo dos olhos, tossindo e abanando o ar com as mãos, tentando tirar a poeira que subiu do sofá quando ela caiu. Então ela escutou algo batendo.

–Alguem esta aí? - Gritou, esperando que ninguem respondesse

Silêncio

–Alguem está aí? - Desta vez algo fez barulho atrás do sofá onde ela estava, ela se virou e viu uma sombra. Deu um grito agudo, pulando para o outro lado da sala e agarrando a primeira coisa que viu pela frente.

–Não s-se aproxime- Disse, gaguejando. A sombra iluminou o ambiente por algo que parecia ser uma lanterna.

–Relaxe- A sombra era um menino - E abaixe a garrafa de plástico, ninguem tem que sair ferido - Disse, em tom zombador, logo Bella foi descobri que sua arma tosca era uma garrafinha.

–Quem é você?

–Edward Cullen. Mudei faz uma semana para uma casa aqui do bairro com a minha família, e você, quem é?

–Isabella Swan. - Respondeu - E o que faz aqui?

–É um interrogatório? - Ele riu - Eu estava brincando com a minha irmã, Alice, e minha bola de beisebol veio parar aqui, então eu vim buscar, escutei um barulho e achei você. - Deu de ombros - E você?

–Estou cumprindo uma aposta. Hey, se você pegar aquela foto de cima da prateleira pra mim eu te ajudo a procurar sua bola, que tal?

–Combinado. - Ele pulou pra cima do sofá e pegou a foto do auto da prateleira - Essa foto? Está quebrada e suja.

–É só pra provar que eu estive aqui. - Ela pegou a foto da mão dele - Agora vamos procurar a sua bola.

Edward e Bella sairam em busca da bola e acharam no quarto do casal Wilson, depois Bella foi apresentada para pequena Alice e Edward conheceu Emmett, Rosalie e Jasper, o ultimo não se deu muito bem, por que os dois gostavam da mesma garota, mas quando Jasper se apaixonou por outra garota, os dois começaram a ser amigos, mesmo quando essa garota era Alice, irmã de Edward. Os seis continuaram amigos pelos restos de suas vidas, enfrentando obstaculos juntos, e continuam até hoje, firme e forte.

31 de outubro de 2011

– Eu fiquei muito assustada quando você apareceu atrás de mim.

–Eu tambem fiquei assustado quando escutei aquele barulho. - Admitiu - Mas nunca me arrependi de ter entrado naquela casa. - Sorriu pra sua amada

–Nós nos conhecemos por acaso.

–O acaso mais lindo de toda a minha vida - Edward virou sua esposa no colo e a beijou docemente.