Remember Me escrita por liina


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

oláaa, desculpa a demorinha, maa é que a miha semana foi meio cheia e também porque eu queria caprichar nesse capitulo haha.
bom, tem uma parte que fala que tem uma música tocando, então eu vou deixar a música que eu escutava enquato tive a idéia, caso vocês queiram escutar ela, ao invés de imaginar a música haha :)
http://www.youtube.com/watch?v=HseGrmMPSSE&feature=related
eu deixei escrito a parte que é para colocar para tocar, se vocês forem ouvir ela mesmo ok?
ok, então haha boa leitura :)



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LIAM’S P.O.V

Saímos da casa de Harry um pouco depois do almoço, pois cada um tinha algo para fazer: Niall tinha um aniversário, Louis ia ter que trabalhar na pizzaria, Harry ia ter que ir com a mãe até o supermercado, e Zayn, que era um atoa da vida, foi para a minha casa.

Eu folheava uma revista qualquer que tinha achado no quarto de Sam, enquanto ele estava sentado na cadeira do computador, ocupado demais com alguma coisa para prestar atenção em mim.

Liguei o iPod no aleatório, e logo “the scientist” chegava aos meus ouvidos. Comecei a cantar inconscientemente, ainda passando as paginas com os dedos.

“Come up to meet you, tell you I'm sorry. You don't know how lovely you are I had to find you, tell you I need you. And tell you I set you apart. Tell me your secrets, and ask me your questions. Oh let's go back to the start. Running in circles, coming up tails .Heads on a silence apart .Nobody said it was easy. It's such a shame for us to part. Nobody said it was easy. No one ever said it would be this hard. Oh take me back to the start.”

- cara, você acabou de cantar sua história com a Sam, desde que ela voltou – Zayn disse com um ar divertido e eu levantei meus olhos para ele rindo um pouco.

- olha as coisas que você fica percebendo... – revirei os olhos e voltei-os para a revista novamente.

- falando em perceber as coisas... – disse parecendo arrastar cada vogal que pronunciava – eu estava percebendo – pausa dramática esperando que eu olhasse para ele – sabe, você e a Sam....

- o que têm a Sam, Zayn? – perguntei ainda sem olhar para ele.

- você está apaixonado por ela de novo não é?

- como assim “de novo”, Zayn? – deixei a revista em meu colo e olhei para ele – eu sempre fui apaixonado por ela. Você sabe disso.

- é, mas... Bom eu achei com essa história toda dela ter ficado tanto tempo longe e também o acidente e tal... – deu de ombros.

- não – levantei e fui até a janela – nada mudou, Zayn, nada. Meus sentimentos continuam os mesmos... E você não tem nem noção do quanto isso é ruim em algumas horas.

- talvez se você contasse para ela sobre...

- e o que? – cortei-o já sabendo o final da frase – e assistir enquanto ela constrói um muro dentro dela, e me tira de sua vida? – disse me virando em sua direção – não... Prefiro não contar nada e continuar com ela sendo minha amiga – dei de ombros.

- bom, mas ela aceitou sair com você. Não acha que talvez ela esteja sentindo o mesmo?

- eu já te expliquei que não é um encontro de verdade. Aliás, já te contei também a cara que ela fez assim que ouviu essa palavra: encontro – dei uma risada seca – ela não está afim, dude, confia em mim – cocei a cabeça e voltei meu olhar para a rua de novo.

- eu só estou dizendo que talvez fosse bom você dizer tudo para ela, entende?  Garanto que iria tirar um grande peso das suas costas...

- a situação é muito complicada para chegar para ela e simplesmente contar que a amo...

- você sabe que não estou falando só disso... – ele deu de ombros com uma cara culpada.

- você não...

- claro que não, Liam – me cortou – nós temos um combinado – deu de ombros mais uma vez e eu me senti mais calmo.

- é pior ainda

- pior ainda o que?

- contar tudo a ela... – respirei fundo, me jogando na cama e encarando o teto.

- bom – disse depois de alguns segundos – a escolha é sua, e você sabe que estou com você para o que acontecer... Só estou te dando um conselho.

- eu sei – disse olhando de canto para ele – e obrigado, de verdade. É só que ... – hesitei um pouco – mesmo sabendo que vai ser o melhor, ainda não consigo dizer as palavras a ela...

Fiquei deitado por mais algum tempo pensando e, assim que olhei para o relógio, levantei subitamente, indo para o banheiro correndo.

Tomei um banho quente e voltei ao quarto, demorando algum tempo para escolher o que vestir. Acabei decidindo por uma calça jeans mais clara, uma blusa xadrez meio acinzentada e um coturno. Sequei meu cabelo na toalha e joguei quase o frasco inteiro de perfume em meu corpo, o que fez Zayn dar uma risada.

Peguei as chaves do carro com meu pai e atravessei a rua, dando uma rápida olhada no relógio da cozinha assim que entrei na casa de Harry, me assegurando que estava no horário – Sam odiava quando atrasavam.

Cheguei à sala e encontrei o cabeludo sentado vendo tv.

- oi – gritei em seu ouvido, depois de chegar devagar até ele.

- porra, Liam! – disse depois de dar um pulo no sofá e deixar o controle cair, enquanto eu ria incontrolavelmente – oi – disse mau humorado, logo depois e eu dei a volta no sofá, me jogando ao seu lado. Ele cheirou o ar – está planejando matar minha irmã sufocada come esse tanto de perfume, Payne? – levantou uma sobrancelha.

- cala a boca, Harry – dei um tapa nele – nem passei tanto assim – dei de ombros e foi a vez dele de rir de mim.

- Liam! – Rob apareceu atrás de nós e colocou a mão em meu ombro – acho que não preciso ter aquela conversa de pai para garoto com você, não é? – dei um sorriso

- não, senhor! E não vai acontecer nada, só vamos jantar, senhor.

- sei, sei – disse tentando esconder um sorriso

- é verdade – disse rindo um pouco.

- ok, Liam. Eu já tive a idade de vocês, não precisa me contar nada – deu uma piscada e saiu.

Olhei para Harry confuso e começamos a rir. Isso mesmo, rir sem motivo nenhum.

- eu não deveria contar isso, maaaaas... A minha irmã passou a tarde toda preocupada com o que vestir, como se maquiar, e curiosa com onde vocês vão. Ela até chamou a Eleanor para ajudar ela...  Então se ela falar que não se importa com esse – fez aspas no ar – encontro, ela está mentindo, ok? – soltei uma risada pelo nariz e ouvi a voz de Sammy vindo do andar de cima.

- eu já estou indo, só estou acabando de me arrumar – olhei para trás e a vi: apoiando no corrimão da escada com uma das mãos enquanto arrumava a sandália com a outra. Estava perfeita como sempre, de um modo simples, mas ainda assim linda.

- não se preocupe – disse depois de Harry beliscar meu braço, provavelmente percebendo que estava demorando meu olhar sobre ela por mais tempo que o necessário – eu não vou fugir – dei um sorriso e ela fez o mesmo.

SAMANTHA’S P.O.V

Dei um sorriso para Liam e voltei quase correndo para o quarto. Fechei a porta atrás de mim e dei uma olhada no espelho da porta do armário.

- então? – virei para Eleanor com os braços abertos – como estou?

- linda. Eu já falei – deu uma risadinha.

Passei uma maquiagem leve – apenas blush, rímel e lápis – e peguei o frasco de perfume dentro do armário, àquele que eu usava somente em ocasiões especiais, passando-o por todo o corpo.

Dei mais uma olhada no espelho e, logo depois, um beijo no rosto de Ellie.

- não se esquece de me ligar contando tudo! – me olhou com uma cara séria e eu ri.

Concordei e saí do quarto. Liam e Harry estavam saindo da cozinha quando eu parei no topo da escada e aproveitei que eles não tinham me visto ainda para dar uma boa olhada em Liam: ele estava lindo, de um jeito simples, um jeito dele, mas ainda assim lindo.

Respirei fundo e desci a escada, parando de frente para eles quando cheguei ao andar de baixo.

- pronta? – perguntou abrindo um enorme sorriso. Concordei com a cabeça – então  vamos.

- nada de besteiras com ela em dude – Harry disse com um sorriso travesso na cara e senti minhas bochechas corarem.

A noite estava agradável – nem fria nem quente, aquele clima perfeito para dar uma volta. Ele abriu a porta do carro para mim e deu a volta, entrando em seu devido lugar.

- e então, vai me contar aonde vamos agora? – ele reprimiu um sorriso

- ainda é um segredo, só vai saber quando chegar lá – virou o rosto e me fitou por alguns segundos antes de ligar o carro – você está linda à propósito, caso ainda não esteja óbvio – minhas bochechas queimaram mais uma vez e eu abaixei o olhar.

- obrigada. Você também não está nada mal – disse brincando e ele deu um sorriso.

Liguei o rádio e passamos com o carro pelo centro, indo a um lugar mais afastado, o que só fazia minha curiosidade aumentar. Liam parou em frente a um enorme portão de ferro e desligou o carro, com um enorme sorriso ao ver minha cara confusa.

Descemos e eu li a placa ao lado do portão enquanto ele procurava alguma coisa nos bolsos. Dizia “The Moon Garden”. Franzi a testa e Liam abriu o portão com uma chave.

- um jardim? – perguntei ficando de frente para ele, que deu de ombros

- meu padrinho é dono daqui. Me emprestou por uma noite – sorriu e eu fiz o mesmo – acho que você vai gostar – pegou a minha mão e me levou pelo caminho entre enormes árvores, que tinha uma iluminação fraca.

Chegamos então a uma espécie de clareira: um círculo perfeito com pedras irregulares, cercado por árvores, flores, e plantas que eu nunca tinha visto na vida. Pequenas luzes tinham sido penduradas pelas árvores, dando ao lugar um ar aconchegante, e no meio, uma mesa de ferro branca com duas cadeiras e algumas velas tinha um ar convidativo a nos sentar e observar a noite.

Ao olhar para cima percebi que era possível ver intermináveis estrelas e, bem no centro delas, a lua, maior do que me lembrava ter visto algum dia. Sorri e me virei para Liam.

- é o meu lugar secreto – deu um sorriso.

- é lindo, Liam, de verdade – sorri e fomos até a mesa.

- espero que goste do cardápio – disse com um risinho e puxou uma tampa que estava em cima da mesa, revelando uma pizza de peito de peru.

- é a minha favorita – disse depois de uma risada e observei enquanto ele puxava uma garrafa de coca-cola de baixo da mesa.

- mademoiselle – disse com uma voz engraçada enquanto me servia, me fazendo rir.

Perdi-me em seus olhos por algum tempo e abaixei o olhar envergonhada, depois de ver ele sorrir para mim. Parti um pedaço de pizza e coloquei na boca, como que uma desculpa para não ter que olhar para ele.

- colheres? – perguntei com uma voz debochada. Já tínhamos comido metade da pizza.

- não é para rir ok? – disse segurando o riso enquanto eu dava uma risada.

- qual é o tipo de pessoa que tem medo de colheres, Liam?

- para de ser chata, ok? – disse com uma risada.

- ok, só me responde então uma coisa... Como você faz para comer sorvete? Por que você me falou que gosta de sorvete.

- com o garfo – deu de ombros como se fosse a coisa mais natural do mundo, e eu dei outra risada, imaginando a cena. - viu? Foi por isso que eu não queria te contar... – tentou esconder um sorriso e deu um gole na sua coca – mas e você? Aposto que tem medo de alguma coisa idiota também.

- ah é. É meio idiota mesmo, eu estava até com vergonha de contar, mas depois de colheres, acho que está tudo bem. – falei só para irritá-lo e ele deu uma risada sarcástica – gatos – disse depois de uma pausa – sou o contrário do meu irmão. Eu odeio gatos, sempre que vejo um eu travo.

- tão normal como medo de colheres – deu de ombros enquanto colocava um pedaço de pizza na boca, me fazendo dar uma risadinha.

Sacudi a cabeça como se não acreditasse no que estava ouvindo, e fiquei com um sorriso bobo na cara.

- vem – disse levantando e estendendo a mão – eu quero te mostrar uma coisa – deu um enorme sorriso e eu peguei sua mão, levantando.

Ele me puxou para o meio das enormes árvores e eu apertei sua mão ao ver que estava um pouco escuro lá.

- não tem gatos por aqui, não é? – sussurrei e ele deu uma gargalhada.

- não, precisa se preocupar, já vai ficar mais claro de novo.

Andamos mais um pouco e paramos no centro de algumas árvores, onde realmente estava mais claro, devido às luzes da rua, que estavam mais perto agora. Dei uma olhada em volta e franzi a testa.

- é só esperar – Liam, que percebi estar parado atrás de mim, sussurrou em meu ouvido, fazendo um arrepio descer às minhas costas.

Ficamos parados por mais alguns segundos lá, até que um vento um pouco mais forte começou a passar por nós. Liam apertou minha mão e apontou para cima.

Assim que segui a direção que seu dedo indicava, pude ver milhares de flores caindo das árvores por causa do vento. Olhei maravilhada para Liam, e então para cima novamente. Em poucos segundos, estávamos cercados por flores e eu rodei algumas vezes rindo.

(N.A: coloque a música para tocar)

Parei e olhei para Liam, que me encrava com um sorriso. Uma música baixinha começou a tocar em algum lugar próximo e eu andei até ele, pegando suas mãos e o puxando para mais perto. Coloquei uma de minhas mãos em seu ombro e a outra espalmada em seu peito, sentindo ele deslizar as suas pela base de minhas costas e me puxar para mais perto.

Deitei minha cabeça em seu peito e subi minha mão até seu pescoço, mexendo na base de seu cabelo. Movíamos devagar de um lado para o outro e senti enquanto ele me apertava cada vez mais em seus braços. Senti-me melhor assim que ele o fez, e me perguntei por um segundo se não estava me apaixonando por ele. Por seus olhos, seu senso de humor, sua risada, caretas, carinhos, com o jeito que sempre me fazia sentir melhor com apenas um sorriso, com como ele sempre sabia o que falar, como agir e com o jeito que me abraçava: como se sempre fosse um último abraço, apertado e carinhoso.

Liam me fazia sentir diferente. Alguma coisa mudava dentro de mim toda vez que ele estava perto, alguma coisa que eu não me lembrava ter sentido antes. Ele era diferente. Diferente de todos.

Sorri com o pensamento e olhei para cima, vendo ele fazer o mesmo em minha direção. Algumas flores ainda caíam, me fazendo sentir como se estivesse flutuando. O chão já tinha se tornado rosa, devido às que estavam em baixo de nossos pés, e quando a música finalmente parou, levei um tempo até me separar de Liam e olhar envergonhada para o chão. Em parte porque eu sabia que tinha ultrapassado o limite de nossa amizade e saber que ele não queria nada mais do que isso (afinal ele tinha deixado claro no dia no Beco que não haveria beijo nenhum no final). E em parte por ter certa noção de que, se olhasse em seus olhos naquele momento, iria soltar algo como “porque você não me beija logo”.

- acho... acho melhor irmos embora, já está tarde – disse a primeira coisa que veio em minha cabeça e levantei o olhar até encontra seus olhos... desapontados?

- claro, claro – disse com um leve sorriso – vamos só até a mesa pegar as chaves e vamos, tudo bem?

Concordei com a cabeça e segui ele pelo caminho de volta até a mesa.

- como você sabia? – soltei baixinho e ele virou para me olhar, confuso.

- sabia o que?

- das flores. Como sabia que iam cair?

- ah – disse com um leve sorriso – acontece toda noite – sorri também e ele seguiu o caminho.

Saímos do jardim e entramos no carro, em um silêncio um pouco desconfortável que seguiu até em casa. Desci do carro e ele fez o mesmo, indo comigo até a porta de casa.

- obrigada, Liam – sorri – foi ótimo, de verdade.

- não foi nada – olhou para baixo por alguns segundos – acho melhor eu ir, é um longo caminho até em casa – pude ver seu sorriso mesmo com seu rosto virado para o chão e dei uma risada.

- boa noite então – dei um beijo em seu rosto e ele sorriu.

- boa noite, Sammy – sorri para ele e entrei em casa.

Me encostei na porta e fiquei com um sorriso bobo no rosto por algum tempo. 


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado :)