He Is Finnick Odair escrita por Muitaz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Tava pronta mas eu tava esperando que lessem o 3. A proxima também tá pronta.



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Confesso que as palavras de Brista me deixaram fora do ar durante o resto do dia, ela falara como uma coisa tão simples mas eu precisei de tempo para entender, durante o almoço eu tentei ser sociável a contrario de certas pessoas – Caroline – mas ainda assim não consegui encarar Brista, me sentia um grande idiota perto dela, uma menina do distrito 1 ter tanta sabedoria, e eu ser uma lesma que não consegue entender o que ela quis dizer.

-Ei pessoal – Gritou German do distrito 2 – E ai quais são os planos para volta – Ele deu uma piscadela para os tributos que estavam sentados riram é claro com exceção de Caroline, eu também mas não por causa da maldade e do segundo sentido da frase, mas por causa da ironia só um de nós voltaria, éramos seis, com a companhia de um garoto do onze que devia ter uns dois metros de altura éramos sete, e mataríamos uns aos outros como animas, e estávamos almoçando como amigos, enquanto víamos a cada um de nós como uma presa. Irônico.

-Eu tenho uma garota para quem voltar – Fala Crest o garoto do 1, ao contrario de Brista ele era um completo idiota.

Brista deu um peteleco em sua testa.

-Claro que tem Crest – Ela diz sorrindo – sua mãe deve estar te esperando ansiosamente.

Todos riram mas Caroline ainda parecia emburrada, mas quem olhasse bem poderia ver dentro de seus olhos a sua mente, fantasiando a morte de cada um no centro de treinamento inclusive a minha.

-Acho que deveríamos ter uma estratégia – Diz Rendro o garoto do 11, que além de dois metros tinha voz de trovão, ele tinha cabelos embaraçados que cobriam as sobrancelhas mas eu sabia que elas estavam franzidas indicando seriedade.

Caroline pos as mãos na mesa como se o assunto finalmente tivesse interessando-a, ela queria vencer e como tinha sangue-frio o suficiente pra fazer de tudo, menos...

Só então entendi o que havia de verdade por trás de toda a marra e frieza de Caroline, o medo. Mas não o medo de uma garotinha assustada, não, ela podia ser uma assina fria e isso estava claro em seus olhos verdes, o medo dela era matar um amigo, era se apegar a alguém o suficiente para se tornar vulnerável, para perder a coragem. Amar alguém o suficiente para trocar a sua vida pela dela, o que Brista havia falado começa a se esclarecer em minha mente, e eu já sabia a melhor estratégia. Se eu tivesse coragem é claro, na verdade não era necessário coragem mas coração frio, frio o suficiente para se despir de emoções, mas eu não era. Eu sentia, e eu estava confuso em relação a Annie e isso me atingia profundamente, eu não desejava aquilo a ninguém.

Eu poderia simplesmente dizer:

-Vamos fazer uma equipe nós contra todos eles? Nós dois contra o mundo – Ainda que soasse como uma promessa sem fundamento eu tinha certeza que surtiria efeito.

Mas eu não disse, eu nem me movi, nem sequer dirigi o olhar a Caroline, eu tinha pena, eu queria ser puro e não utilizar de estratégias sujas para vencer. E isso era o meu ponto fraco a humanidade, não que eu me preocupasse em matar mas a mente é algo muito delicado e o coração mais ainda mais, e aquilo não era justo. Eu não me tornaria um deles. Era a melhor de todas as estratégias, se tornar invulnerável pelo amor das pessoas, seria o mesmo que mandar seus amigos fazerem um escudo humano a sua volta enquanto chovem flechas em você, mas você também seria o arqueiro. A ideia daquela estratégia se dissolve de minha mente tão rápido quando se materializou.

-Vamos matar a todos e depois agente mata uns aos outros o que sobreviver vence o que acham? – Disse Alina, a garota do 2, que era grande de mais pra uma garota, na verdade grande de mais para um ser humano, não falo só de altura, ela devia ter um 1,90, mas os seus ombros cabiam três Carolines, e seus punhos fechados tinham o tamanho da cabeça de um bebê. Ela falara simplesmente o que todos nós pensávamos mas nenhum teria coragem de falar tão descaradamente – E essas caras assombradas são porque? Vocês sabem que é verdade.

Brista engole a seco, Crest estava a ponto de soca-la ele tinha a sua altura mas não o seu porte físico, acho que a única pessoa que era pareô para Alina era Rendro mas esse parecia admirado pela capacidade de falar da garota.

-Acho que Rendro estava falando de como os mataremos – Diz Caroline, e todos olham assombrados para ela talvez eles pensassem que ela era muda, ou medrosa de mais para falar, mas quando finalmente falou conseguiu apartar uma briga futura, fazer todos olharem para ela, inclusive Alina, interessados.

A pequena menina se levantou da cadeira, não que isso fizesse muita diferença.

-Pensem bem, nós não vencemos nada ainda para nos dar ao luxo de pensar em nossas mortes, nós não podemos nos dar o luxo de ver a batalha como vencida enquanto o troféu não estiver em nossas mãos. Vocês parecem um bando de animas, se odiando planejando a morte uns dos outros, enquanto as pessoas que estão ao seu lado podem salvar a sua vida... – Ela estoura, mas nesta discussão fora a única que dissera uma coisa sensata – Nós temos que matar os outros mas essa não é a nossa prioridade inicial, é ter suprimentos o suficiente para nos manter vivos do que adianta ter força, coragem, e sangue frio se for pra morrer de fome?

Alina levantou a mão.

-Sugiro ficarmos na cornucópia onde podemos ver todos, quatro dormem dentro e três ficam em cima da cornucópia caso os quatro sejam encurralados – Aquilo me lembro uns jogos, todos que tentavam voltar a cornucópia morriam morto pelos arqueiros da aliança – além de estarmos protegidos é uma ótima armadilha – Uma armadilha mortal com iscas humanas, eu começava a me sentir como a minhoca espetada na ponta do gancho que pendia da vara de pesca, mas sabe o que acontece com as minhocas depois que se pega o peixe? Elas morrem, e era esse o nosso final com essa estratégia, ela não estava sugerindo apenas uma armadilha contra os inimigos mas contra todos nós.

Todos murmuraram em concordância, menos eu e Caroline. Trocamos olhares e chegamos a um consentimento.

-Alguma ideia melhor? – Pergunta Alina levemente irritada.

Caroline se encosta nas costas da cadeira como se dissesse Agora é com você convença o touro.

-Água e se não houver água? – Fora a primeira coisa que viera a minha mente, a única contradição possível.

Um sinal estridente tocou, e os restos dos dias de treinamento se correram da mesma maneira discussões sobre táticas de jogo, Alina e Caroline quase se estrangulando, Crest tendo ataques de raiva e Brista que era sem duvidas a mais sabia – o que era irônico já que ela deveria ser sem duvida a mais esnobe – sendo a única capaz de controla-lo, e eu e German rindo deles parecendo débils mentais. E Rendro, ele quase nunca abria a boca e quando abria sua voz era calma e seu olhar distante, eu me perguntava o que se passava em sua mente. E como seria complicado manipula-la.

Até que chegou o dia do nosso showzinho com os idealizadores, no qual eles nos dariam uma nota, e aquilo definiria se teríamos patrocinadores ou não.

Primeiro Crest entra quase que aos pulos por se ver finalmente livre de Brista, ela devia ser insuportável, mas eu via como eles tinham um afeto, e eu via aquilo como fraqueza, graças a Brista – mais um fato irônico. Depois Brista entrou, seguida por German, e Alina. Os tributos do 3 Clair e Ren, quenão me pareciam grande ameaça.

-Finnick Odair! – Meu nome foi dito pelos rádios presos a parede.

Eu tinha certeza do que faria, entraria lá e atiraria lanças nos bonecos, depois faria nos elaborados uma arapuca com eles – já que eu havia ido na estação de arapucas graças a deus – e enforcaria um boneco, simples rápido e eficiente. Conseguiria um nove com certeza.

Eu empurrei a porta rapidamente, e tive uma surpresa, lá bem na minha frente havia um tridente, um resplandecente tridente. Estou feito.

Corro em direção ao tridente sem dar atenção aos idealizadores, e o observo durante alguns segundos, laminas brilhantes e afiadas o suficiente para eu cortar os meus dedos quando as toco, cabo de madeira, leve o bastante para planar e acertar um alvo rapidamente.

Se eu só acertar bonecos não irei impressionar ninguém penso largando o tridente no chão.

Faço uma forca e enforco um boneco rapidamente depois o empurro, o boneco fica balançando de um lado para o outro e eu pego o tridente mais uma olhada em sua aerodinâmica e...

O acerto em cheio no boneco perfurando o seu pescoço, seu nariz e a parte pouco abaixo do pescoço. Perfeito eu penso enquanto alguns dos idealizadores se surpreendem.

-Obrigado pela demonstração já pode se retirar sr. Odair – Com isso eu saio da sala e a sensação de trabalho comprido me invade novamente.

Eu espero o elevador durante alguns minutos quando eu vejo Caroline feliz – não que ela estivesse sorrindo, acho que ao contrario de Venir, um sorriso fora “desimplantado” de seu rosto  - havia um brilho desigual em seus olhos.

-Isso foi um sorriso? – Gritei mesmo não havendo nenhum sorriso em seu rosto, eu queria constrange-la, não para brincar com sua mente mas... eu só queria ser ser divertido.

Ela passa direto por mim tentando esconder a cara de felicidade com os cabelos curtos de mais para isso, e entra no elevador, eu não consigo impedi-la de fechar a porta e ir em bora sem mim, forçando-me a esperar junto como cara do cinco.

Ele não era maior do que eu, tinha 1,70 no máximo pele pálida e cabelos rentes a cabeça negros, mas o assustador nele eram os seus olhos eram azuis mas quase brancos, quase cego. E é claro ele olhava no fundo dos meus com uma espécie de ódio.

A garota do 5 também sai da sala, radiante, sabe o que é ser o inverso de uma pessoa? Era isso que ela era dele. Tinha cabelos loiros até a cintura, e olhos negros como jabuticabas, era baixa e bronzeada. Ela me dirigiu um sorriso.

-Olá! Finnick Odair certo? – Ela pergunta sem parar de sorrir.

Eu assinto em silencio, com vergonha por não saber o seu nome.

-Eu sou a Tara, e esse é o Dominic.

Vasculhei minha mente em busca de lembranças da colheita do 5. Tara... a garota que havia chorado até desidratar, e Dominic, o garoto que não havia dado uma palavra. Nem ao menos estendido a mão para apertar a da garota que gemia.

Ela parecia o inverso da garota chorona que eu vira, e ele... bom era o mesmo.

O elevador chega. Eu, Tara, Dominic, e o recém-chegado do 6 nos apertamos dentro dele.

Tlim o numero 4 brilha, e eu deixo o elevador sem dar ao menos um sorriso para a pobre Tara.

Caroline, Venir e Mags estão sentados no sofá. Ansiosos.

-E ai o que você fez – A voz de Venir soa mais estridente do que o normal, ele devia estar nervoso, mas era difícil diferenciar as expressões na sua cara deformada.

Me mexo desconfortável quando percebo que a pergunta não fora dirigida a mim.

-Teci algumas redes e decepei alguns bonecos – Diz Caroline friamente –Tenho certeza que Odair fez algo mais interessante. Certo? – Ela sorri irônica parece ainda estar irritada comigo.

Mags sorri me encorajando afalar.

-Bom eu enforquei um boneco, e depois balancei e acertei um tridente nele – Digo presunçoso.

-Os dois foram ótimos, acho que está na hora de começarmos a treinar para a entrevista. Vocês se importariam de treinar juntos? – Pergunta Mags.

-Sim – Diz Caroline – Gostaria de fazer isso sem... – Ela iria falar algum xingamento – ele –mas desistiu.

Venir franziu o cenho.

-Você começa com ele, e eu com ela duas horas para cada? – Pergunta Venir.

Mags assente e me pega pelo braço, e me dirige até o meu quarto.

-Bom Finnick, vamos discutir sua estratégia para conquistar patrocinadores, sua noite de estreia foi um sucesso devo admitir, por isso querido acho que devíamos continuar nessa mesma reta, mas é claro só se você se sentir confortável com isso.

Pensei bem no que ela estava dizendo, no meu novo eu. E como todos com os quais eu me importava se sentiriam com isso.

-E o que exatamente eu deverei ser – Pergunto mesmo sabendo a resposta.

-Finnick Odair o arrasador de corações.

A única coisa que consigo pensar é em Annie, mas por que diabos eu pensava nela.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviwes se quiserem que eu poste o proximo



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