Talking To The Moon escrita por Pincharm


Capítulo 8
Capítulo sete




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Há dois anos, Bella trabalhava numa clinica veterinária em Seattle, e ela tinha um colega de trabalho daqueles que irrita qualquer namorado/noivo/marido. Ele era totalmente insuportável, e só ela não via que ele estava apaixonado por ela. No dia de seu aniversário, ele lhe mandou um buquê de flores vermelhas, e eu fiz questão de jogá-las no lixo. Bella se irritou, obviamente, mas eu tentei convencê-la de que quem presenteia uma mulher com flores vermelhas está dizendo, sem palavras, que quer ter um relacionamento amoroso com ela.
Mas é claro que ela achou que era coisa da minha cabeça, meus ciúmes tomando conta do meu cérebro, e outras coisas que ela sempre me dizia. Tentei não me irritar tanto, pois sabia que ela me amava e tudo o que ela menos queria era criar confusão, mas não pude me controlar quando ele tentou beijá-la.
Você pode estar se perguntando como eu posso saber que ele tentou beijá-la, já que ele não seria louco o suficiente de fazer isso na minha frente. Mas ele fez. Bom, ele não sabia que eu estava ali, atrás da porta, esperando por ela. Bom, eu vou contar a historia direito.
Bella estava cuidando de um gato, um pequeno gato branco, com belíssimos olhos. Ela havia se apegado bastante ao felino, e naquele dia ele iria voltar pra casa depois de dois meses na clínica. Ela estava feliz e triste ao mesmo tempo. Prometi que iria busca-la para podermos comer algo juntos num restaurante de sua escolha, para que ela não ficasse tão triste. Eu estava pensando em te dar um gato de presente também, mas ficava receoso com o espaço em que morávamos. Então decidi que enquanto comêssemos, eu perguntaria a opinião dela.
Então eu fui busca-la, e como sempre fazia, fui até a ala em que eu sabia que ela estaria e abri a porta devagar. Ele falava “você é linda” e ela respondeu “meu marido também acha”. Adorei, pra falar a verdade. Aquela é a minha Bella. Mas então ele avançou nela, e ela o empurrou. Ele não chegou a encostar seus lábios nojentos nos dela, mas minha raiva não quis saber disso. Invadi a sala e o ataquei com socos. Bella gritou, mas eu não a escutei até deixar a cara daquele idiota bem roxa.
Ele saiu da sala xingando toda a minha família, e eu só desejei que ele morresse de uma vez. Entramos no carro, eu ia dirigindo rumo ao restaurante que eu sabia que ela gostava, mas ela pediu para ir direto pra casa, pois não estava com fome. Tentei convencê-la do contrário, mas não adiantou. No caminho para casa, Bella não disse nada, apenas olhava pela janela séria.
- O que foi? – Perguntei,
- Depois conversamos. – Foi o que ela respondeu.
Acontece que ela achava que eu estava espionando eles dois na sala, e que eu não confiava nela. Ela acreditou que eu acreditava que ela estava me traindo, o que era um absurdo, porque eu confiava nela de olhos fechados.
Quando chegamos em casa, ela explodiu:
- Então quer dizer que você não acredita mais no que eu falo?
- Do que você está falando?
- Edward, não finja que já não tivemos esta conversa antes, por favor. Eu já te falei que o único homem pra mim é você, e que eu nunca, NUNCA, te trai. Nunca sequer pensei nisso. Mas você insiste em não acreditar...
- Bella, não é nada disso!
- Ah não é? Então me diga o que é, Edward. Você estava parado atrás da porta fazendo o que? Esperando o tempo passar? Vendo os quadros pendurados na parede com fotos de animais de estimação? Pensando na vida?
- Bell, eu fui te buscar. Lembra que nós marcamos...
- Eu sei que nós marcamos de nos encontrar... 1h mais tarde!
- Eu saí mais cedo do trabalho e fui logo te ver. Não vejo problema nisso.
- Não haveria problema nisso se você não estivesse mentindo.
- Eu não estou mentindo. Mas estou começando a acreditar que você está irritada comigo pelo simples fato de eu ter espancado aquele imbecil.
Ela se virou para mim, o seu olhar transformado pela raiva.
- Eu não vou te dar razão por ter partido para a violência, e apesar dele ter merecido, eu posso perder meu emprego por aquilo, você consegue percebeu isso?
- Eu sinto muito Bell, eu juro que não foi premeditado.
Ela bufou não acreditando.
Isabella, eu confio em você, sempre confiei. Mas você é quem não quer acreditar nisso. Você não gostou de eu ter invadido a sua sala e atrapalhado o beijo que aquele imbecil ia lhe dar?
Saiu sem pensar e me arrependi assim que calei a boca.
- Me desculpe, não foi isso que eu quis dizer.
- Você está entrando em contradição.
- Eu te amo Bella, e eu confio em você. É só que você não quer ver o que esta bem na sua frente! Eu só fui te buscar.
- E chegou bem na hora em que ele ia me beijar... Parece até um filme!
- Quer saber, eu não vou mais discutir sobre isso. Se você quiser acreditar em mim, ok, se não, nos separamos e pronto, porque amor sem confiança não sobrevive por muito tempo.
- Então pra você está tudo bem se nos separarmos?
- É claro que não! Como você é absurda mulher.
- Edward, saia da minha frente. Eu vou me trancar naquele quarto e, por favor, não abra a porta. Eu quero ficar sozinha.
- Não sei arrombar portas. – Eu digo e saio em direção à cozinha.
Sentei-me na mesa e coloco uma maça na boca, apenas para fingir que estou fazendo alguma coisa além de me xingar mentalmente por ter piorado ainda mais aquela situação. Mas eu simplesmente não conseguia entender o motivo de ela ter me tratado daquele jeito.
Joguei o resto da maçã no lixo, e voltei para a sala, onde podia ouvir o barulho do chuveiro ligado, os seus passos pelo quarto, e por fim, ela se jogando na cama. Eu dormiria no sofá, pela primeira vez. Peguei todas as almofadas e coloquei na cabeça, a fim de ficar mais confortável, o que não adiantou muito. Então eu me sentei e decidir que ficar deitado fingindo que ia dormir era inútil, porque eu só conseguiria dormir após me resolver com ela. Liguei a televisão e tentei me prender a algum filme, o que também foi inútil.
Minha cabeça ficava o tempo inteiro planejando uma maneira de falar com ela e de resolver aquilo. Será que ela havia, de verdade, trancado a porta do quarto? Nós nunca a trancávamos por medo de ficarmos presos lá dentro, pois a fechadura não era a mais confiável do mundo. E se ela ficasse trancada lá dentro? Esperei um pouco, cerca de meia hora, tentando ter certeza de que ela já havia dormido, e fui até a porta. Com um leve toque a porta abriu. Ela nem sequer havia fechado de verdade! Seria um sinal de que ela não queria ficar brava comigo o resto da noite?
Não acendi a luz por receio de que ela acordasse e caminhei devagar até a cama. Ela estava com os olhos bem fechados, e parecia ter chorado. Me senti péssimo por aquilo, e sem hesitar, me deitei ao seu lado e a abracei.
- Me desculpe amor, você sabe que eu confio em você, eu sei que você sabe disso. Eu te amo tanto, não fica assim comigo, por favor.
Beijei seu ombro e sua pálpebra fechada. E quando passei a mão em seu braço, ela apertou minha mão com a sua e abriu os olhos.
Por um momento pensei que ela fosse gritar e me expulsar dali, mas ela apenas me puxou para mais perto e adormeceu novamente grudada em meu corpo.
Um tempo depois, acordei assustado com Bella sentada em cima de mim com um sorriso lindo nos lábios.
- O que foi?
- Eu odeio a maneira como você me deixou dependente.
E sem me deixar falar mais nada, ela comandou tudo, desde tirar minhas roupas até os movimentos que se seguiram. Quando estávamos tentando recuperar o ar, ela me abraçou e me disse sorrindo:
- Eu não queria que você soubesse, mas eu adorei você nervosinho hoje. Foi bem excitante.
Sorri pra ela.
- Você não pareceu adorar.
- Eu só não queria que você soubesse. E tem mais, se você não tivesse batido nele, eu ia, mesmo que perdesse o emprego depois. Eu sou mulher de um homem só!
Nem parecia mais que tivemos uma briga horas antes. Tudo estava até melhor que antes.
Porque isso não pôde acontecer agora?


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Notas finais do capítulo

Mais um cap. pessoas!
Espero que gostem.
Beijos e até amanhã!