Talking To The Moon escrita por Pincharm


Capítulo 4
Capítulo três




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    Essas lembranças insistem em invadir minha mente. Elas me entristecem, porque me dou conta – novamente – que ela não está mais perto de mim, e que não posso voltar no tempo e ter aquele primeiro beijo de volta. Mas, de um jeito muito especial e anormal, elas me fazem bem, como se ainda houvesse uma esperança. É óbvio que eu sou apaixonado por Isabella Swan, certo? Eu sonho todos os dias com a volta dela, e não me canso disso. E às vezes, é como se isso fosse a força que me impulsiona para a vida.
    Sete meses. É esse o tempo em que estamos separados. Ela nunca me ligou, nunca deu um sinal de vida, e você deve estar se perguntando o motivo de eu ainda não ter procurado por ela. A resposta é que eu sou um filho da puta orgulhoso. Bom, não sei se orgulhoso seria a palavra certa, mas é que eu quis dar o tempo que ela me pediu. Ela quis ficar longe de mim, quis um tempo, e porque eu não daria? Porque a amo incondicionalmente? Posso ser orgulhoso, mas não egoísta. Ela foi, e se ela quisesse, ela voltava. Eu não ia implorar... Não na frente dela pelo menos.
    É muito mais ridículo do que certamente você pensava. Prefiro implorar pra lua trazê-la de volta, do que pra ela mesma, mas esse sou eu, covarde e orgulhoso. Mas não quero pensar em mim, e sim nela, nas boas coisas que vivemos juntos.
    Lembro-me da primeira vez em que fizemos amor. Foi no dia do aniversário de 18 anos dela, tínhamos cerca de nove meses de namoro. Os pais dela prepararam uma festa surpresa, e ela estava radiando felicidade por onde passava. Fiz questão de lhe presentear com o que ela mais queria de material, o que a fez me presentar com um gostoso beijo no meio da sala, com todos os convidados nos observando curiosamente. Depois morremos de vergonha, mas no momento em que nos beijamos, todo o resto desapareceu.
    Naquele dia, quando já passava das 22h, a convidei para passear. Andamos sem rumo, de mãos dadas, rindo, brincando, nos beijando e fazendo declarações de amor um para o outro. Clichê, mas que casal apaixonado não é? Repentinamente ela ficou calada e séria. Pensei que era apenas um momento dela, que ela estava refletindo sobre o dia do seu aniversário, mas ela estava pensando em nós dois, em nossa relação. Eu aproveitei o silêncio para fazer o mesmo.
    Meus pais estavam viajando, e só voltaria uma semana depois. Eu queria ter um tempo sozinho com ela, queria que tivéssemos privacidade e que pudéssemos namorar sem os olhos curiosos dos vizinhos ou de nossos amigos. Queria que relaxássemos, sem nos preocupar com nada, apenas curtindo a nós mesmos. Eu planejei leva-la para minha casa, já que eu estaria sozinho. Emmet e Jasper tinham viajado com suas respectivas noivas, numa espécie de viagem de casais. Eu queria ir e levar Isabella, mas pensei melhor e percebi que seus pais não permitiriam isso.
    Pensei dez vezes antes de fazer o pedido. Sabia o que ela pensaria, sabia o que poderia acontecer naquela casa, em minha cama... E eu queria muito que fossemos adiante em nossa relação, mas ao mesmo tempo, não forçaria as coisas. Há quem acredite que isso de “esperar o tempo certo” é conversa fiada para se conquistar uma mulher, mas quando se está apaixonado, você espera o tempo que for por ela. Fiquei um pouco temeroso, com medo de ela achar que estávamos indo rápido demais, ou que eu era um pervertido... Mas já tínhamos nos tocado... digamos, um pouco mais... intimamente, se é que me entende. Eu conhecia o seu corpo por cima das roupas, e ela conhecia o meu. Não éramos santos.
    - Amor... Vou te fazer uma proposta.
    - Ok! Estou curiosa.
    - Quer ir para a minha casa?
    Ela não respondeu imediatamente, e eu fiquei com medo novamente.
    - Ver um filme... – Completei, tentando amenizar a situação – Comer pipoca... Eu comprei refrigerante ontem.
    Ela sorriu e apertou minha mão.
    - Ok. Vamos lá!
    E nós fomos. Eu estava bastante nervoso, e decidi por um filme romântico para assistirmos. Não sabia nem de quem era aquele DVD, talvez fosse da minha mãe, mas realmente não importava. Assistimos Ghost. Clássico, não? Eu nunca tinha assistido!
    Começamos bem, mas no meio do filme percebi que Bella sabia todas as falas, e suspirava com as cenas de amor. Fiquei encantado com aquilo e comecei a beijar seu pescoço, sentindo seu cheiro.
    - Que cheirosa a minha namorada. – Disse em tom de brincadeira.
    - Hm... – Ela gemeu baixinho e riu. – Gosto quando beija meu pescoço.
    - Eu adoro beijar seu pescoço.
    Só que, obviamente, os beijos não ficaram somente nesta região. Bella me puxou para mais perto dela, e num instante ela estava em meu colo, beijando minha boca como eu adorava quando ela fazia. Suas mãos grudadas em meus cabelos, e as minhas descendo cada vez mais até à sua bunda. Não queria apressar as coisas, mas... Minhas mãos criaram vida e seguiram o caminho que bem entenderam. Bella não reclamou em momento nenhum, e fomos nos envolvendo cada vez mais. Peguei o controle remoto e desliguei a televisão, e ela fez um biquinho lindo.
    - Quer continuar vendo?
    - Não. Você tirou suas mãos de mim!
    E voltamos a nos tocar. Mais intenso que antes, como nunca havíamos feito. Ela foi desabotoando minha camisa aos poucos, e percebi que suas mãos tremiam. Senti a necessidade de acalmá-la, e de conversarmos sobre o que aconteceria a seguir, se ela permitisse, é claro.
    - Hey, você está tremendo. – Disse pegando suas mãos e beijando-as delicadamente.
    - Não, eu só estou... – Sua voz era fraca e trêmula – Eu só... Estou nervosa, eu acho.
    - Não fique.
    Nos beijamos por mais alguns segundos e ela me parou.
    - Eu quero te contar uma coisa.
    - Então conta. – Eu disse segurando sua mão. Eu já sabia o que era, mas fingi que não. Eu não ia dizer a ela “eu sei que você é virgem meu bem”. Isso a constrangeria demais, e era tudo o que eu não queria.
    - É que... Primeiro prometa pra mim que isso não vai mudar nada. E que você vai continuar me querendo e... saiba que essa noite eu quero ficar com você.
    - Eu prometo amor.
    Ela respirou fundo e disse:
    - Eu nunca fiz... sexo... antes. Você sabe... sou virgem. Totalmente.
    Ela estava totalmente envergonhada, isso sim. E foi tão adorável vê-la confessando aquilo... Eu já sabia, mas fiquei feliz por ela ter me contado. Eu seria o primeiro da vida dela, e Deus quisesse que o único e último.
    A abracei forte e a fiz olhar pra mim, em meus olhos.
    - Você não precisa ter vergonha disso.
    - Você não se importa?
    - Não. Quer dizer, claro que me importo, mas não no sentido de isso impedir algo entre nós dois. Pra falar a verdade, fico feliz que nenhum outro cara tenha te tocado dessa forma.
    Ela sorriu ainda tímida e escondeu a cabeça em meu ombro.
    - Isso só faz com que eu me esforce ainda mais para que seja tudo perfeito. Quando tiver que ser, sem te pressionar.
    - Eu quero essa noite. Tudo o que eu quero é ficar contigo amor. Hoje é meu aniversário, e eu quero você comigo.
    Não precisava que ela falasse daquele jeito, porque eu a amava demais e a desejava muito, e se ela queria, eu queria ainda mais.
    - Então minha Bella, nós vamos fazer isso direito.
    A peguei nos braços e a levei para meu quarto, enquanto ela sorria adorando tudo aquilo. A coloquei na cama devagar e ela se espreguiçou de um jeito extremamente sexy. Não acendi a luz, apenas o abajur, tentando deixar tudo perfeito, a meia luz.
    - Eu te amo. – Disse a ela.
    - Eu te amo também.
    Beijei seus ombros, seu pescoço, enquanto ela deslizada seus dedos por minhas costas, por cima da camisa que ela não conseguiu tirar por causa do nervosismo. Eu queria que ela ficasse bem relaxada, então deixei que ela tentasse tudo o que quisesse, antes de eu tomar alguma iniciativa. E ela foi descobrindo meu corpo, fazendo carícias, sem desgrudar nossos lábios. Me afastei quando percebi que ela queria arrancar meus botões fora, e ela o fez.  Suas mãos deslizaram pelo meu peito e pelo meu abdômen, e eu comecei a sentir a eletricidade percorrendo todo o meu corpo.
    Girei nossos corpos, deixando ela em cima de mim, e ela encaixou sua cabeça entre meu pescoço e meu ombro por uns segundos, depois me olhou nos olhos e sorriu. Foi a minha vez de avançar em seu corpo, sentindo sua barriga por debaixo de sua blusa, acariciando seus seios e sentindo sua pele se arrepiar ao meu toque. Pude perceber como ela gostava e também como se sentia temerosa, com medo do até então desconhecido. Os baixos gemidos dela eram trêmulos, e parecia que ela queria se controlar.
    Devagar, sempre ponderando de acordo com as suas reações, levantei sua blusa até a altura dos seios, e me sentei na cama, com ela em meu colo. Sem largar seus lábios, continuei com as carícias, e apenas nos distanciamos quando terminei de tirar sua blusa, deixando seu sutiã preto à mostra. Transferi os beijos para seu pescoço, sentindo sua pele morna se arrepiando a cada toque, e o seu cheiro inebriando todo o meu corpo. Depois subi novamente, beijando seus lábios, sugando sua língua. Ela tirou a minha camisa, já desabotoada, e a jogou longe. Seus dedos acariciavam meus braços, e por um segundo me arrependi de ter deixado de ir à academia... Eu podia ser mais forte, certo? Sempre fui magro, mas tinha músculos, não como alguém cheio de suplementos na corrente sanguínea, mas naturalmente. Mas ela nunca reclamou de meu corpo, o que é bom.
    Mantendo o ritmo, fomos tirando nossas roupas, descobrindo nossos corpos e avançando cada vez mais. Quando estávamos nus, não nos encaixamos logo, apenas quis deixa-la a vontade comigo, e relaxada. Eu sabia – todas as garotas reclamam de dor na 1º vez, e eu estava com medo de que eu a machucasse e ela sentisse mais dor que o normal – que poderia ser incomodo para ela, e tudo o que eu queria era que ela não fizesse parte do enorme grupo de meninas que sofrem na 1º relação sexual. Aproveitei o momento para beijar seu corpo, provocar boas sensações nela, e também descobrir o que fazer e o que não fazer para agradá-la. Guardei na memória todos os seus pontos sensíveis, para que futuramente eu pudesse explorá-los muito mais.
    Quando nossos corpos se encaixaram pela primeira vez, a eletricidade que seu corpo emanava percorreu todo o meu próprio, e eu percebi que teria que ir com mais calma do que planejei. Eu desejava Isabella e a amava, coisa que nunca havia acontecido antes com outra garota, não que eu tivesse tido muitas. Bella era praticamente a primeira com quem eu transava, e hoje eu sei e quero que seja a última. Eu estava bastante nervoso, não mais que ela, mas era considerável. Mas me controlei o máximo que pude, e fui com calma, mas ainda assim percebi que ela sentiu dor. Beijei seus lábios, segurei com força uma de suas mãos e esperei que seu corpo se acostumasse com o meu.
    Sem uma palavra sequer, ela me avisou que me queria e que queria prosseguir com aquilo, e então fomos em frente. O que eu posso dizer? Foi maravilhoso não é o bastante.  Talvez um deliciosamente romântico dê conta, mas talvez não. Bem... Quando comecei a me movimentar sobre ela, acreditei que não ia conseguir me controlar, e que acabaria com a noite perfeita que planejei para ela, mas – obrigado Deus – eu consegui. Esperei, parei quando necessário, e fui bem devagar, acreditando que não a machucava tanto, pois ela parecia gostar. Quando percebi que ela queria que eu fosse mais rápido – não é bastante sugestível empurrar a minha bunda com os pés para mais ‘perto’? – eu atendi ao seu desejo. E foi então que explodimos. Bom, eu. Eu não consegui controlar a sensação maravilhosa que era estar dentro dela, e os gemidos que ela soltou quando intensifiquei os movimentos me deixaram louco. Mas continuei dentro dela até ela ter o seu próprio momento de prazer, o que não demorou muito.
    Depois, ficamos deitados na cama, abraçados, olhando para o nada. Alguns minutos depois, ela se virou para mim e beijou meu peito. Ela tinha um sorriso maravilhoso, que me fez sorrir também.
    - Meu homem... – Ela disse ainda sorrindo, e me deu um selinho. Depois, se deitou sobre mim e ali ficou como se fosse o lugar mais confortável do mundo.
    - Minha mulher... – Retribui, fazendo-a rir novamente. – Obrigado pela melhor noite da minha vida.
    - Obrigada pelo melhor aniversário de minha vida. Você é o melhor presente que eu poderia ter ganhado.
    Fazendo declarações de amor por horas a fio, falando bobagens e rindo, acabamos adormecendo juntos. O calor de nossos corpos colados um no outro era aconchegante, e dormi muito bem, a noite inteira. Acordei primeiro que ela na manhã seguinte, e assim que abri os olhos e a vi dormindo ao meu lado, soube que eu queria acordar daquele jeito pelo resto dos anos.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo para vocês.
Obrigada pelos reviews, vocês são uns amores!
E espero que gostem do clima mais hot entre Edward e Bella!
Beijoooos e até quarta!