Talking To The Moon escrita por Pincharm


Capítulo 3
Capítulo dois




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Era o final do ensino médio, o último ano em que eu enfrentaria a escola, e eu estava um pouco abalado com isso. Feliz, obviamente, mas eu não sabia muito bem o que seria de mim depois dali. Foi nesse ano que eu a conheci. A garota nova, aquela que não conhecia ninguém e que parecia com medo de todos. Ela sorria quando a cumprimentavam, e respondia às perguntas dos curiosos, mas em nenhum momento tomou a iniciativa de uma conversa. Tímida, pensei.
    Me aproximei no final das aulas do dia, e quando ela olhou pra mim, percebi que algo mudou. Talvez o clima, ou os meus batimentos cardíacos...
    - Olá. – Disse rapidamente. – Sou Edward.
    - Isabella.
    - Como se sente sendo a novata do último ano?
    - Péssima, para falar a verdade. Odeio que fiquem me olhando como se eu fosse uma estranha... Mas é o que eu sou por enquanto, então é melhor eu me acostumar, certo?
    - Bom... Não acho que você seja uma estranha. Não pra mim, pelo menos.
    Ela riu baixinho, e balançou a cabeça, se divertindo com o que eu disse. Então ela ficou séria, me olhou nos olhos, e acho que foi ali que me apaixonei.
    - Nos conhecemos de algum lugar? – Perguntou-me.
    - Hm... Da aula de química.
    Ela riu novamente e puxou os livros que continuavam na mesa.
    - Ok, eu falava de algo fora daqui...
    - Hm... Eu não sei... Você mora aqui em Forks? Quer dizer, o povo fala que você veio de Seattle.
    - Oh yeah, Seattle. Mas, por um momento, achei que já te conhecia de algum lugar.
    - É o destino baby.
    Me senti ridículo ao dizer aquilo, e como eu já estava interessado nela, soube que ela nunca, jamais, iria querer nada comigo depois daquela conversa idiota. Mas, ela quis.
    Passaram-se algumas semanas até eu ter coragem suficiente para convidá-la para jantar. Eu achava que já tinha amado alguém antes, mas com ela era muito mais intenso. Eu não dormia direito, e também não conseguia ficar calmo na sua presença. Eu gaguejava quando tentava falar de nós dois, e quando nossos amigos nos chamavam de “namorados” eu corava como um idiota, e ela... ela só ria.
    Todos os garotos da escola pareciam estar apaixonados por ela, e eu percebi finalmente o que era o ciúme. Quando ela sorria para eles, e mesmo sem querer dava esperanças, eu sentia vontade de soca-los e de, é claro, beijá-la na frente de todo mundo para mostrar que ela era minha. Bom, ainda não era, mas ninguém vai culpar um adolescente por estar sonhando com a nova garota da escola. Eu estava perdidamente apaixonado por ela, e ela parecia nem sonhar com isso.
    O nosso primeiro jantar foi no restaurante mais caro da cidade, pois eu queria chamar atenção. Se eu a conhecesse como conheço agora, saberia que não era preciso tanto, pois Isabella é a mais simples das mulheres. Durante o jantar eu mal comi. Queria reunir forças para dizer o que eu sentia, eu havia ensaiado tanto...
    “Bella, eu sei que não nos conhecemos há muito tempo, mas eu acho que amo você”. Não, muito ruim. Talvez “Bella, eu quero que você seja mais que minha amiga...” Não! Talvez chegar perto dela e sem avisar, beijá-la apaixonadamente... e receber um tapa na cara! Bem, esse sou eu nervoso.
    Havíamos pedido ravióli e coca-cola. Ela conversou mais que eu no começo. Parecia nervosa também, mas agora eu sei que o nervosismo faz com que ela fale mais do que o normal.
    - Este lugar é maravilhoso... Um pouco caro também, mas acho que vale a pena.
    - Não acredito que olhou o preço.
    - Já passamos da época onde somente os homens pagam as contas.
    - Mas eu continuo sendo um cavalheiro, então você, Isabella Swan, - disse pegando sua mão na minha – esqueça os valores, e apenas aproveite... a noite... comigo.
    Ela sorriu, os olhos brilhando, e apertou sua mão na minha. Suas bochechas coraram e percebi que ela sentia algo por mim também, ou não ficaria tímida com o simples fato de nossas mãos estarem juntas, certo?
    - Vamos comer. – Ela disse baixinho, tentando disfarçar, e eu sorri, sabendo que tinha chances com ela.
    A elogiei, falei de como adorava seu cheiro e de como ela ficava linda com os cabelos soltos. E a cada frase minha, ela corava ainda mais. Investi, mas ainda assim fui com calma, para não assustá-la.  Quando saímos do restaurante, caminhamos pela praia. O vento estava forte e o frio parecia que ia nos congelar a qualquer momento. Juro que não tive a ideia de leva-la inicialmente. Ela disse que adorava a praia e quis agradar, nem pensei no fator positivo que seria ela com frio perto de mim.
    - Acho que minha ideia de vir até aqui não foi muito boa. Está muito frio. – Ela disse tremendo. Ofereci meu casaco, é claro, e ela aceitou. Caminhamos por um tempo, conversando sobre nós mesmos, nos conhecendo o máximo possível. A lua estava lá, cheia, maior do que nunca. Eu posso dizer que não havia momento mais bonito para o nosso primeiro beijo.
    Estávamos bem próximos um do outro, e quando ela percebeu o tamanho da lua, suspirou.
    - Nunca a vi tão enorme como hoje. Está tão linda...
    Não falei nada, apenas fiquei perto dela, abraçando sua cintura, sentindo o cheiro de seus cabelos que voavam com o vento. Ela se virou para mim, e nossos rostos ficaram bem próximos.
    - Homens não entendem de beleza natural. – Ela disse rindo, olhando nos meus olhos.
    - Hm... Eu acho que você está enganada. Você é linda, e eu sempre entendi isso perfeitamente.
    Ah aquele sorriso... Aquele jeito de sorrir tão verdadeiramente... Um sorriso que chegava aos olhos dela e encantava aos meus. Lhe dei um beijo na bochecha, como quem pede permissão para avançar. E numa virada de rostos, nossos lábios se encontraram pela primeira vez.
    Foi calmo, carinhoso, como se eu nunca tivesse beijado na vida. Primeiro apenas um selinho, depois, um beijo mais profundo, com desejo e os primeiros passos de um amor que, agora eu sei, é infinito.
    Naquela mesma noite, a levei para casa, e quando chegamos, desci do carro para acompanha-la até a porta.
    - Promete pra mim que vamos sair novamente no próximo fim de semana? – Pedi.
    - Prometo.
    Roubei-lhe mais um beijinho, e lhe desejei uma boa noite. Ela abriu a porta e entrou, e quando eu já estava dentro do meu carro, ela saiu novamente, correu até mim, pegou minha mão e disse:
    - Eu gosto de você.
    Pensei em retribuir com um “e eu te amo”, mas talvez fosse cedo demais.
    - Eu acredito que eu gosto mais ainda de você. – Foi o que respondi.

    Esse foi o nosso primeiro encontro. Foi maravilhoso, mágico, mas não foi melhor que os segundos, terceiros, quartos... Lhe pedi em namoro na quinta vez em que saímos, o que eu considero que foi lento da minha parte. Ela aceitou rapidamente, e fui apresentado à sua família logo em seguida. Quando a levei à minha casa, minha mãe fez questão de preparar um jantar especial, e é claro, de mostrar os álbuns familiares, com fotos minhas, pequeno, e nu, numa banheira ao lado de um patinho. Isabella riu de mim até perder o ar, e eu quis tomar aquele maldito álbum das mãos de minha mãe, mas ela não deixou. Mas eu sabia que ela não teve a intenção de me fazer passar vergonha, apenas estava feliz com a minha nítida felicidade. Ela até já falava em casamento e em quantos netos gostaria de ter... Bom, eu só tinha 17 anos naquela época, mas com o passar do tempo, fui fazendo planos, como a minha mãe.


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Notas finais do capítulo

Olá leitoras.
Olá!
Quero agradecer pelos reviews e dizer que apesar de não conhecer muito do Nyah, estou encontrando pessoas e fics bem legais por aqui. Eu estou gostando por enquanto.
Mas, por favor, comentem ok? Sei de pessoas que estão lendo Talking to the moon, mas que não estão comentando. E eu preciso realmente do comentário de vocês pra saber como anda a minha fic. Sou insegura pra caramba!
E só mais uma coisinha: não sei se poderei postar no fim de semana, então, para todos os efeitos, até segunda. Mas se eu conseguir voltar antes...
É isso.
Beijos