Talking To The Moon escrita por Pincharm


Capítulo 36
Capítulo trinta e cinco


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo da fanfic.
O último será postado ainda essa semana (de acordo com meus planos). Ainda preciso enxugar minhas lágrimas!
Beijos lindas!



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“Oi amor, espero que não rasgue esta carta do jeito que estou pensando que irá rasgar.

Sei que deve estar com raiva de mim, mas eu preciso falar com você. Lhe explicar tudo.

Eu te amo tanto... Talvez você não acredite mais nisso, mas saiba que é verdade. Eu nunca mentiria pra você sobre isso, Edward. Você é o único que eu amo. Sempre foi assim e pra sempre será do mesmo jeito.

Lamento muito por ter te deixado sozinho sem lhe dar maiores explicações. Te disse apenas que seria o melhor para nós dois, e, sendo honesta contigo, acho que realmente foi. Não estou dizendo que está sendo fácil pra mim, porque cada segundo que passo longe de você passa bem longe do que a palavra fácil significa.

Não te peço que me entenda rapidamente, nem que me receba de braços abertos novamente em sua vida, se essa não for a sua vontade, mas creio que quando eu te contar os reais motivos de eu ter saído de nossa casa, você vai conseguir me entender, nem que seja um pouquinho. Tem coisas que não te contei, coisas que aconteceram comigo e com a minha família que me pegaram de surpresa e fizeram todas as minhas certezas sucumbirem num mar de dúvidas e agonias.

Porque não te contei tudo? Porque não pude. Me obriguei a não te contar, Edward, não por temer a sua reação, mas por saber que você ficaria do meu lado e não me deixaria passar por esse momento do jeito que eu queria passar: Sozinha.

Estou com problemas, minha família (meus pais, só pra você ter um pouco mais de certeza sobre o que estou falando) está despedaçada, e como tudo o que nós temos feito desde que fomos morar juntos foi ficar grudados um no outro, um vivendo a vida do outro, mas não de forma completa, esquecendo de nossos parentes e amigos, eu achei que tentar recuperar alguns pontos de minha vida me ajudaria nessa jornada na qual eu me vi encaixada sem o meu consentimento.

Não foi por te amar menos, não foi por não querer mais você perto de mim. Foi um pedido de socorro que eu precisava pedir longe de você. Me ajudou, Edward, a pensar melhor, a sentir coisas novas e a procurar por aquilo que estava me faltando, mas nunca me faltou amor por você. Cada dia que passa eu te amo mais, mais do que a primeira vez em que te vi, mas que o dia em que você me pediu em casamento.

Eu te amo tanto, que – talvez você não se lembre disso, mas – eu não terminei com você quando sai de casa, muito pelo contrário, eu disse que te amava. Eu nunca terminei nosso relacionamento, nosso noivado tão sonhado... E é por isso que eu ainda uso a aliança que me deu, e todos os dias olho para ela, pedindo que eu possa resolver tudo por aqui e voltar pra você de uma vez, porque eu não aguento mais toda essa distância.

Bom... Estou enviando esta carta para te avisar que o tempo que eu precisava acabou. Eu sou um fracasso, me perdi na vida, e espero que não tenha te perdido também. Eu não resolvi o que tinha pra resolver longe de você, meu amor, mas eu não consigo mais ficar sem você perto de mim.

Espero que me perdoe, que ao menos tente me entender, e que possamos conversar, pessoalmente sobre as minhas razões de ter feito o que fiz. Prometo te contar tudo, nos mínimos detalhes se assim desejar.

Estou com tanto medo que você não me queira mais...

Por favor, se ainda quiser saber de mim, se ainda se importar comigo e me amar, de algum jeito, me encontre em Forks, no mesmo local onde costumávamos namorar na época da escola, na sexta-feira, às 10h. Mas se não me quiser... Se tudo já não fizer mais sentido pra você, apenas me desculpe, saiba que sinto muito, de verdade, e não precisará me encontrar apenas para satisfazer a minha vontade, mas independente de sua resposta, eu continuarei a te amar.

Eu te amo. E estarei te esperando.

Isabella Swan”

– E então? – Ela perguntou dobrando o papel da carta depois de ler ela pra mim.

– Pena que não fui homem o suficiente para ter lido ela antes. As coisas teriam sido resolvidas de um jeito melhor... eu acho.

– Acho que as coisas aconteceram do jeito que eram pra acontecer, amor.

– Poderia ter menos sofrimento, não acha?

– Yeah, mas... se diminuir o sofrimento significasse que eu não teria esse momento aqui, agora, eu sofreria tudo de novo.

– Eu também. Mas não vamos pensar mais nisso, tudo bem?

– Tudo bem. O que passou, passou.

Feliz por estarmos finalmente resolvidos, jogo meu corpo em cima do dela, me apoiando no colchão com as mãos, para que meu peso não machuque nossa filha.

– Hey... viciado! – Ela diz rindo e eu faço o mesmo.

– Pensei que grávidas tinham um apetite sexual bastante intenso.

– Bom... eu tenho, mas preciso descansar um pouco antes de pular em você de novo, gostosão.

– Ok, gostosona.

Ficamos em silencio por alguns minutos, e enquanto eu ouço o coração dela bater.

– Quero te contar uma coisa.

Ela suspira, como se estivesse se preparando para algo ruim.

– Se você vai me dizer que ficou com Tania, ou sei lá, com outra qualquer, é melhor não dizer, damos o assunto por encerrado e eu vou tentar nunca imaginar você nos braços de outra, ok? Não foi nesta cama, foi?

– Bella! Pelo amor de Deus, me deixe falar.

– Eu não quero ouvir! – Ela diz tapando os ouvidos e não pude deixar de rir.

– Hey... Não é nada disso. Eu esperei você voltar, esqueceu?

– Sério? Nenhuma?

– Nenhuma. Eu juro.

Ela sorri envergonhada e coloca o travesseiro no rosto.

– Não faça isso, você é linda corada. – Digo, o jogando para longe dela.

– Me desculpe, só estou com ciúmes, eu acho.

– E eu adoro isso. Mas não tem necessidade. Não existe outra e nunca existiu. O que quero te falar é algo muito pessoal, na verdade, algo que costumava fazer quando você estava longe.

– O que?

– Eu fiquei... maluco.

– Oh... que tipo de maluquices você fez? – Ela pergunta rindo e agora sou eu o envergonhado.

– Não ria, ok? Eu só... me sentava todas as noites nesta janela e conversava com a lua, como se ela fosse você, e pedia pra você voltar logo pra mim.

Ela ficou séria e me sinto estranho.

– Fala alguma coisa, eu deixo você rir, não ligue para o que eu pedi...

– Isso é tão... triste. Amor, me desculpe por ter feito isso, eu só...

– Eu já sei os seus motivos, Bella, não precisa continuar pedindo desculpas.

– Tudo bem. Mas eu acho, então, que a lua conspirou para essa nossa união.

– Porque você diz isso?

– Eu também ficava na janela da casa de Jamie. Muitas vezes não dava para ver a lua, na verdade, mas quando dava, eu ficava pensando se você estaria olhando para ela, assim como eu, afinal, a lua é a mesma em todos os lugares do mundo, ela pode unir qualquer pessoa, desde que olhem para ela ao mesmo tempo.

– É verdade. Eu não tinha pensado por esse lado...

– Quando eu era criança, por todas as noites antes de dormir, minha mãe me dizia que tudo o que eu quisesse, e que fosse especial, eu podia pedir à lua, e ela me ajudaria a conseguir. Por isso eu também pedi você de volta, pedi para que você estivesse bem, que estivesse pensando em mim.

– E eu estava.

O silêncio encheu o quarto, e me pego emocionado com a nossa historia. O que dizer agora? Se eu sou louco por ter confiado na lua, eu tinha a maluquinha mais linda do mundo ao meu lado nesse exato momento.

– Mesmo longe um do outro, continuamos olhando para a mesma direção. – Ela disse.

– Talvez sejamos almas-gêmeas. – Eu concluo.

– Hm... eu não tenho dúvidas disso!

Com mais beijos e carícias, o passado foi ficando cada vez mais para trás, e a única coisa que importa agora, é o presente e o futuro. E é pensando nele que eu tenho uma ideia.

– Bella?

– Oi amor.

– Você ainda quer se casar comigo?

Ela demora de responder então olho para ela, que sorri.

– Você está brincando comigo? Porque você acha que estou com esse anel no dedo? É claro que eu quero!

– Então vamos nos casar semana que vem.

– O que? Edward...

– Shh... Por favor, amor. Quero você minha esposa o mais rápido possível.

– Por mim nos casaríamos agora mesmo, amor. Mas não estamos em Vegas...

– Então vamos trazer Vegas até nós.

Ela gargalha até ficar vermelha.

– Estou brincando, quero tudo certo, oficial. Quero você como minha esposa da maneira certa, Bella.

– E como faremos isso?

– Eu não sei.

– Bom... se é assim acho melhor termos uma ideia rápido, porque eu também te quero como meu marido logo, senhor Edward Cullen.

Dessa vez eu dou risada e assim combinamos. Em uma semana, estaremos casados.


Na segunda-feira, após tomarmos café, o oficial de justiça chega até o nosso apartamento. Isabella toma um susto enorme, e eu me arrependo de não ter lhe contato antes o que eu havia feito. Só não queria envolve-la mais naquela historia, e nem com o idiota do Jacob. Foi medida de segurança, mas a partir de agora, eu não esconderei mais nada dela.

– O que houve? – Ela pergunta assustada.

– Amor, esse é o oficial de justiça. Ele veio colher seu depoimento para o julgamento de Jacob.

Ela me olha incrédula.

– Do que você está falando?

– Eu o entreguei à polícia, amor.

– Como? Não temos provas e... porque não me disse?

– Porque eu dou minha vida para proteger a sua, amor. Se ele fizesse algo de ruim, que fizesse comigo e não com você e nosso bebê.

Ela me olha sem piscar agora.

– Oh, Edward...

– Não foi preciso muita coisa. Eu conversei com os responsáveis pela clínica, pedi que eles checassem as câmeras de segurança, e então eu consegui as minhas provas.

– Ele sabe que foi você?

– Sabe.

– Edward, você se arriscou tanto...

– Ele já está preso, amor.

– Mas ele pode ser solto!

– Shh... Não pense assim. A justiça será feita, não se preocupe, ele vai continuar lá por muito tempo ainda. Mas agora você precisa depor, tudo bem?

– Ok.

Depois do depoimento de Bella, e de algumas horas tentando acalmá-la (é incrível a sensibilidade de uma mulher grávida. Ela chorou como se tivesse sido ferida fisicamente, e eu comecei a me arrepender de ter feito aquilo, mas depois, tudo se acalmou), ficamos deitados na cama enquanto fantasiamos com nomes para a nossa filha.

– Beatrix. – Sugiro.

– Não! Beatrix é o nome da noiva.

– Que noiva? – Pergunto.

– Você, valentão, nunca assistiu Kill Bill?

– Oh... Você está certa. Não precisamos de uma filha que mate todo mundo... só que arranque as cabeças dos garotos que se aproximarem...

– Edward!

– Sou um pai ciumento, o que posso fazer?

– Seu bobo, ela ainda nem nasceu!

– Só estou sendo prevenido.

– Ok, ciumento lindo, mas Beatrix de jeito nenhum.

– Tudo bem. Então que tal... Carly?

– Carly?

– Yeah... Eu gosto de Carly. O que você acha?

– Carly é lindo, amor. Então...

– Carly? Nossa filha se chamará...

– Carly! – Dizemos juntos e sorrimos.

– Olá, Carly. – Eu digo alisando a barriga, e como um sinal de que ela estava satisfeita com o nome, a senti chutar pela primeira vez.

– Bella! – Chamei nervoso e emocionado ao mesmo tempo.

– Ela chutou, não foi? Meu Deus!

– Ela já fez isso antes?

– Não.

– Carly? É o papai!

Ela chutou novamente e sorri como um idiota.

– Você gosta do papai, meu amor? – Bella perguntou, alisando a barriga, e a sentiu chutar também. No final das contas, éramos dois pais bobos chorando de felicidade por termos sentido nossa pequena Carly pela primeira vez.


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