O Sumiço de Denise escrita por magulosa_tmj


Capítulo 32
Francês? Agora mais essa!!!


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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- Francês!!!- Respondeu o desanimado troca letras diante do papel. Marina, Magali, Cascão e Franja não sabiam o que fazer. Mônica, a mais segura dos 6 pegou o papel nas mãos e deu uma breve passada de olhos.

 

Mônica- Bom podemos tentar traduzir...

 

Cascão – E você fala francês?

 

Mônica (Desanimada) – Tão bem quanto japonês... Mas não deve ser nenhum bicho de 7 cabeças traduzir essa carta... É só pedir pra alguém que saiba falar francês...

 

Magali – A Carminha!!!

 

Mônica – Que tem aquela metida?

 

Magali- Como o que tem?! Esqueceu que aquela metida vive jogando na cara de um e de outro que passa as férias em Paris, que qualquer dia vai ir morar de vez lá?! Um pouco de francês ela deve saber!!!

 

Cebola – Grande idéia Maga!!! Vamos agora na casa dela!!!

 

Mônica (Prudente) – E como vamos explicar a procedência dessa carta?!E se tiver algo escrito que seja realmente uma informação relevante e sigilosa, vocês acham que a Carminha é a pessoa mais confiante pra saber desse assunto?! Sinceramente eu acho que não!!!

 

Franja – Você tá certissima Mônica!!! Não dá pra ter confiança na Carmem!!!

 

Mônica – E você Magali, não se esqueça que ela tava junto com a... – Sabia que o assunto trazido a tona ia mexer com Cascão e Magali, mas tinha que falar. – Ela tava junto com a Cascuda quando vocês brigaram!!!

 

Magali – É... Isso foi verdade...

 

Cascão – E vamos fazer o que então?! Traduzir a gente mesmo é perigoso, porque nós podemos traduzir uma coisa dando sentido errado ao que está escrito.

 

Marina (Decidida) – O Cascão ta certo gente! Temos que entregar essa carta na mão de alguém experiente com essa língua. Vamos pedir pra Carmem traduzir sim!!!

 

Franja (Cauteloso) – Marina...

 

Marina – Eu sei o que eu to fazendo gente!!! A Carmem vai traduzir essa carta e não vai falar nada para ninguém!!! – Convicta. - Eu garanto!!!

 

Cebola pega uma foto que veio junto do envelope. Uma garota de no máximo 20 anos, cabelos pretos e olhos azuis. Lembrava alguém. 

 

Cebola – E essa foto aqui hein?!

 

Cascão pega a foto.

 

-Mó gatinha né?! – Mostra a Franja. Magali, puxa a foto.

 

-Parece alguém que eu conheço...

 

Cebola- Caracas Maga, pensei a mesma coisa!!!

 

Marina- Bom... Só vamos saber o que essa foto significa depois de sabermos o que esta escrito nessa carta...

 

Mônica – Já que não temos nada pra fazer por hoje acho que podemos dar essa reunião por encerrada né?

 

Marina - Vou falar com a Carmem ainda hoje... Tchau pra vocês... – Franja vai embora sozinho, Marina direto para casa de Carminha.

 

Cebola – Mônica, vou passar na sua casa pra pegar meu casaco tudo bem?!

 

Mônica – Tudo bem, vamos...- Os dois saem juntinhos e deixam Maga com Cascão. A comilona não se demora nem um segundo com Cas e vai embora, sem se despedir. O Sujinho fecha a porta do clubinho e percebe que já anoiteceu. Segue até o fim de sua rua e da uma espiada na casa da esquina. Como imaginava o carro vermelho não estava lá. Deve chegar só nas altas da madrugada. Daria para Cascão seguir seu plano secreto tranquilamente depois do jantar. Regressou para casa, não notou que a comilona da porta de sua casa tinha visto todo seu movimento, interessada. Vira-se para entrar quando da de cara com Dona Lili.

 

Magali – Oi mamãe!!! Ta ai a muito tempo?! 

 

Lili – Estava esperando você filha... Acho que temos coisas para conversar não é?!

 

“ Essa minha mãe só pode ser bruxa. Parece que adivinha o que acontece comigo. Já sacou tudo sobre o Cascão.” Conversar era o que mais precisava e melhor ouvinte que Dona Lili não tinha. Concordou de imediato.

 

-Sim quero conversar com você mãe...

 

Quarto de Mônica. Ela sentada na cama, ele no computador. espeta o pen drive na cpu.

-Tem certeza que eles não viram você mexendo no computador Cebolinha?

-Eu disse que ia no banheiro...- O garoto respondeu enquanto abria os arquivos, olha para a tela espantado. A dentuça logo percebe.

Mônica - O que aconteceu?

Cebola - Veja você mesmo... -Mônica encara a tela. Um balanço de contas de um certa agência de modelos. Olha para o garoto embaraçada.

Mônica - Você fez alguma alteração nessas contas?

Cebola - Não, deixei tudo como estava...

Mônica - Esses valores não estão muito altos pra quem abriu a agência a pouco tempo?! Olha aqui, tá mostrando um saque de um milhão de dólares...

Cebola - Tá mais que na cara que essa agência não passa de fachada...

Mônica - E o que vamos fazer?

Cebola - Por enquanto só falar com aturma e esperar a tradução da carta...- Tira o pen driver da cpu. - Acho que já vou Mônica...

Mônica - Espera... Tenho outro assunto pra falar com você... 

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- Queria ter falado antes manhê, mas não deu... –Magali cabisbaixa falava enquanto Dona Lili termina o jantar. Cozinha era o lugar preferido de mãe e filha.

 

Lili – Eu sei como são essas coisa, já tive 16 anos Magali... Claro que tem coisa que ficamos sem graça de falar com mãe, mas eu também acabo ficando preocupada... Depois que eu soube da Cascuda então...

 

Magali – Que linguarudo o Dudu hein?!

 

Lili (Rindo) – Aquele ali não tem jeito... Desde é sem meias palavras... Mas eu preferia que você me contasse essa história com as suas palavras. – Foi o que a comilona fez. Não desmentiu Dudu em nada, abriu todo o jogo.

 

Magali – Que você faria mãe?!

 

Lili – Quer saber mesmo?

 

Magali – Claro...

 

Lili – Em primeiro lugar eu não evitaria o Cascão...

 

Magali – A você fala assim porque vai com a cara dele, acha ele um bom menino, ele vive agradando a você...

 

Lili – Acho mesmo tudo isso do Cascão e gosto dele. Mas se eu fosse você não evitaria conversar com ele porque depois ia ser muito mais difícil. Mas antes de tudo você tem que tirar uma certeza. Se você gosta do Cascão só como amiga, se o que aconteceu nunca mais vai acontecer ou se você gosta dele como homem. Se você decidir ser só amiga dele, você tem que respeitar isso ao máximo. Não deve ficar nada mal resolvido entre vocês. Agora se você quer namorar com ele... Deixa as coisas acontecerem... O barco rolar filha...

 

Magali – E a Cascuda?

 

Lili - Também deixaria a raiva da Cascuda passar e falaria com ela... Aconteceu algo grave e vocês são amigas não podem, ficar assim pra sempre!!! Dá tempo ao tempo que tudo se resolve filha...

 

Magali olha a mãe admirada. Sabia suas palavras. “Dá tempo ao tempo que tudo se resolve” Abraçou dona Lili e começou a cobri-la de beijos.

 

Magali – Obrigada por tudo mãe!!!

 

Lili – Imagina filha, mãe é pra isso, conselheira sentimental, enfermeira, psicóloga, cozinheira...

 

Magali – Cozinheira... Por falar nisso cadê meu pedaço de torta de morango que eu ainda não comi hein?!

 

Lili da um tapinha na bunda da filha.

 

-Só depois do jantar mocinha, agora arruma lá as coisas na mesa pra eu poder servir a comida...

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Mônica com o caderno rosa nas mãos sentada na cama conversa com Cebola.

Cebola – Entendeu porque eu peguei o diário dela?

Mônica (Sincera)– Claro! Entendi! – Entrega nas mãos do garoto. – Você que deve devolver a dona quando ela voltar...

Cebola – Pode deixar...

Cebola lembra de uma das passagens do Diário de Denise.

 

Flashback:

Não sei como a Mônica não repara que ele só tem olhas pra ela... É tão na cara. – Na cama Cebola fica ruborizado.- Um gatinho... (Que o Xá não me ouça...xD) Mas ele é um charme... Ass: Dê!

Fim de flashback 

Ficou vermelho pensando se Mônica lera ou não.

 

Mônica – Cebolinha...

Cebola – Oi...

Mônica – Ás vezes eu sou meio grossa com você... Impaciente...

Cebola – Imagina Mô, você é uma minazinha legal...

Mônica (Descontente)–Minazinha legal?! Você acha...

“Burro. Com tanta coisa pra falar!!! Minazinha legal?! É  horrível!!!” –Torturava-se o troca letras. Fitou os olhos de Mônica...

Cebola – Não, não é só isso... Você é...

“ Fala por favor, fala, coragem Cebolinha!!!” – Mentalmente a dentuça desejava.

Barulho na porta. “Não!!!”. Latidos do Mônicão. ‘Não, mil vezes não!!!” Barulho da chave do carro caindo sob a mesinha de centro da sala. “ Não, não, não!!!”

Seu Souza – Filha!!! Ta aí, já chegamos do mercadinho!!!? Trouxe aquela bolacha que você adora e vamos pedir pizza ok?! “Aí papai, vou por você no time de vôlei do colégio, depois de uma cortada dessas!!!” – Ta me escutando Moniquinha?

Seu Souza e Dona Luísa chegam no quarto. Dão de cara com Cebolinha, Luíza saca de primeira a empatada que deu. Sorri amarelo para Mônica. “Como eu ia saber filha?!”

Souza- Tudo bem Cebolinha?!

Cebola – Tudo celto seu Souza... Eu vim pegar um caldeno com a Mônica e...

Luisa (tentando consertar) – Porque não janta com agente Cebola?! A pizza chega rapidinho...

Mônica – É ta convidado...

Cebola – Não dá... Eu plecisava fazer uma coisas em casa fica pla outlo dia... Já vou indo mesmo... –Seu Souza lhe dá um tapinha no ombro.

Souza- Até mais Cebolinha!!!

Dona Luiza lhe beija um rosto, assim como Mônica.

Cebola – Tchau, tchau!!! Até Amanhã!!!

 

Biblioteca do pai de Carmem. A loirinha achará que foi um engano quando a empregada veio lhe informar que Marina estava na sala querendo falar com ela. Foi descer só para constar que o equivoco da doméstica quando viu Marina conversando com Titi. Convidou a desenhista para a biblioteca de seu pai. Poderia conversar mais a vontade.

 

Carmem (Desacreditada) – Você quer um favor de mim?! Quer que eu traduza essa carta...

 

Marina – Sim Carmem. Mais que um favor. Um grande favor.

 

Carmem – E o que faz você pensar que eu vou fazer alguma coisa pra te ajudar?!

 

Marina – E por que não faria?!

 

Carmem – Porque eu não vou com a sua cara...

 

Marina para fica pensativa por um instante e resolve prosseguir.

 

-Carmem eu podia apelar com você... Pedir pra você fazer isso pela Denise que também é sua amiga, mas eu vou pedir por outra pessoa...

 

Carmem (Displicente) – Por quem?

 

Marina – Pelo Jeremias!

 

Carmem olha nos olhos de Marina a desenhista percebe que atingiu o ponto fraco da loirinha.

 

Carminha – O que tem ele? Nem meu emprego ele é mais...

 

Marina – Eu já notei que você gosta dele... Aquele dia do piti do carro ficou muito na cara...

 

Carmem – Não sei do que você ta falando...

 

Marina – Sabe sim... Armou toda aquela palhaçada com Franja porque estava se mordendo de ciúmes dele!!!

 

Carmem – Olha que se você veio aqui tentar me ofender por causa da sua briga com seu namoradinho saiba que eu já disse toda a verdade pra ele ok?!

 

Marina – Eu sei que você disse, ele me procurou, mas eu não quero mais! Eu vim aqui pedir pra você traduzir essa carta, e é o que estou fazendo... - Tempo. – Carmem... Você pode ser arrogante, exibida, teimosa, mas má você não é, senão você deixava o franja acreditar que eu e Jê tava saindo mesmo... Nunca indicaria o Titi pra trampar aqui...  Só tem que aprender a fazer suas pessoas notarem seu lado bom... E o Jeremias só vai conseguir assumir que gosta de você quando conseguir te admirar, admirar suas atitudes...  – Pega a carta das mãos. – Se você gosta dele de verdade e quer ficar com ele traduz essa carta pra mim!!! Te garanto que quando ele souber que você fez isso vai ficar balançado!!! – Deixa a carta em cima da mesa. – Obrigada por me receber, Boa noite Carmem!!!

 

 

 

Deixa a loirinha sozinha no escritório. Depois que Marina fecha a porta Carmem tem um ataque de fúria e ataca um livro com força. “Quem essa folgada acha que eu sou pra entrar dentro da minha casa e falar se eu gosto desse ou daquele?!!! Quem?!!!”  Senta-se na cadeira e fica um pouco pensativa, esperando a raiva passar. Levanta pra ir embora na porta para, volta, pega a carta ainda meio em duvida e prossegue.

 


 


 

 

 

-Vai sair agora?!  - Perguntou dona Lurdinha ao ver o filho pegando as chaves da porta.

 

Cascão – Só dar uma volta na rua mãe... Falar com o povo... Posso?!

 

Lurdes – Tudo bem filho, amanha é sábado você pode acordar mais tarde... Pode ir...

 

Cascão dá um beijo na mãe.

 

-Obrigadão viu veia, boa noite... – Sai pensando em sue plano. Tudo para dar certo.

 

Dona Lurdinha (falando sozinha) –Véia?... Não me falta mais nada...

 

 

 

Cascão segue até a esquina. Rua vazia. Perfeito. As luzes da casa do homem sombra todas apagadas, sinal que não tinha ninguém. Hora de por seu plano em pratica. A única coisa chata é que teria que fazer sozinho. Tinha certeza que Franja e Cebola não o acompanhariam ao saber que ele estava com planos de entrar na casa do Homem Sombra. “Oras se na Agência pode ter alguma coisa que o incrimine na casa também não pode ter?”- Pensava o sujinho. Estava se sentindo novamente o ladino das quatros dimensões mágicas. Mas agora as magias da maga Magali não poderiam lhe salvar e esse perigo lhe deixava mais fascinado. Ficou de frente a construção, parado por alguns instantes. Os muros eram realmente altos, fator que faria qualquer pessoa desistir. Qualquer pessoa menos ele, Cascão, apaixonado pelos riscos e praticante de *Le Pakour. ( Música -Quatro vezes você- Capital inicial. )  Era mole passar aquele obstáculo. Subiu na árvore que tinha servido de esconderijo seu com Magali.

 

 

 

 (Muita movimentação) Escalou os galhos com facilidade incomum.

 

 Como se fosse um macaco enlaçou os braços e pernas no maior galo e alcançou o seu final que ficava a mais ou 50cm do muro da casa da esquina. Soltou as pernas e começou a balançar-las no ar, como um trapezista. Alcançou o muro com as pernas e foi devagar escorregando-as para dentro da casa, até sentir seguro e soltar as mãos do galho. Estava lá sentado no muro do homem sombra. Pulou e caiu de pé, no quintal. O aspecto por dentro era o mesmo que o de fora, parecia mal-assombrada. A quantidade de plantas no quintal também atrapalhava Cascão que volta e meia tropeçava numa muda. Caminhou pelo quintal até achar uma janela no térreo aberta, com grades instalada. Enfiou a mão tateando algo. Puxou para si. Era uma pasta de documentos. “Isso tem alguma serventia?!” – Pelo sim e pelo não decidiu levar. Porta trancada, janelas fechadas. Não poderia arrombar pra não dar bandeira. Não tinha mais nada pra fazer ali. Enfiou a pastinha na calça e cobriu com a blusa para fazer o caminho de volta. Escalar o muro de quase 2,50cm não era difícil. Aproveitou os próprios buracos por dentro. Quando estava quase no topo a sorte vira-se contra ele. Um dos blocos, podre não suporta o seu peso fazendo o sujinho cair mais de 2,00cm de altura.

 

 

 

 O que você faz quando

 

Ninguém te vê fazendo

 

Ou o que você queria fazer

 

Se ninguém pudesse te ver

 

 

 

O barulho enorme, capaz de fazer quem estivesse fora da casa ouvir. A queda muito feia. Além de bater as costas bateu um dos pés não conseguindo caminhar.

 

 

 

O que você faz quando

 

Ninguém te vê fazendo

 

Ou o que você queria fazer

 

Se ninguém pudesse te ver

 

 

 

O suor parecia lhe empapar a nuca e o rosto. Sentia o sangue escorrendo na perna machucada. Não conseguiria andar sozinho. Para piorar viu quatro pares de olhos brilhando vindo em sua direção. Dois pit bulls enormes rosnavam, prontos pra atacar

 

- Cachorrinhos bonzinhos!!! – Sorri amarelo. Tentando se levantar, acaba caindo. – Amigos?!

 

Em resposta um dos pit bulls late ferozmente em seu rosto. Era seu fim. 

 


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Notas finais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=RppLAa-2gbw Quatro vezes Você - Capital Inicial



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