Hadéfone escrita por Filha de Apolo


Capítulo 14
XIV


Notas iniciais do capítulo

NHÁ. Vocês nem mandaram review, masok, eu supero.
Esse capítulo está um tanto quanto... bem, podemos dizer que Afrodite aprova. E Poseidon também.



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Eles estavam caminhando por entre os morros durante mais de duas horas e nada. Atena já estava começando a ficar com fome. Haviam abandonado o plano de procurar nas ilhas, uma vez que Poseidon já havia procurado em todas elas. Hades os havia dado as informações que precisavam para saber se estavam chegando perto dela, mas nem flores eles estavam vendo.

Devido ao calor, Poseidon havia tirado sua camisa, deixando seu peito musculoso todo a mostra, fazendo Atena o espiar de dois em dois minutos. Claro que ele ainda era seu inimigo, mas olhar não tira pedaço de ninguém. Eles haviam brigado o tempo todo no dia anterior, cada vez que algum dos dois fazia qualquer tipo de comentário, estava se tornando cada vez mais exaustivo, até que eles pediram trégua. Dariam o melhor de si para não brigar, já que isso não facilitaria em nada a busca.

O tempo com ele se tornava cada vez mais agradável. Atena havia começado a perceber que ele era de fato um pouco engraçado, ela só não se deixava reparar isso pois tinha de implicar com ele todas as vezes que ele abria a boca. A primeira hora eles havia passado só conversando, trocando ideias, contando histórias. Ele conseguira a fazer chorar de rir duas vezes, o que ela não fazia há muito tempo.

Ele, por outro lado, ansiava por esse momento há éons. Estava cansado de brigar com ela, mas ela feria seu ego constantemente e ele era orgulhoso demais para se deixar abalar, de modo que ele retrucava, ela revidava , ele também, e assim eles iam até estarem prestes a se matar, mas ainda assim, Poseidon tinha dúvidas de que realmente a odiasse, pois o tempo com ela, quando não estavam brigando, era maravilhoso. Ele adorava fazê-la sorrir dizendo coisas bobas, ou fazê-la corar quando a elogiava. O modo como ela brincava com a ponta dos cachos como uma criança ingênua. De fato Atena era ingênua, só não mais criança.

–Eu estou com fome – Atena disse calmamente, se sentando embaixo da sombra de uma árvore. - Por favor, vamos parar.

Poseidon apenas assentiu, se sentando do lado dela e encostando-se na árvore. Ambos fizeram suas refeições aparecerem diante de si, e comeram em silêncio.

Atena já havia terminado seu sanduíche natural e observava Poseidon devorar os restos de seu sorvete de chocolate. Ele havia se sujado todo, como uma criança. Atena riu sozinha. Quando ele terminou de comer, se viro para ela e não entendeu o porque dela tanto rir. Quando ela conseguiu, de um modo improvisado, dizer a ele que ele estava sujo, ele tentou se limpar apenas sujando mais ainda o rosto.

Depois que ele conseguiu limpar um pouco do seu rosto, Atena parou de rir, mas só até ela ver que ele estava sujo no nariz. Desatou a rir novamente. Ela não havia mesmo tido infância. Ela se inclinou, quando se acalmou novamente, e o limpou.

Poseidon fechou os olhos ao sentir o delicado toque dela. Sua pele macia encostando em seu nariz. Quando ela havia terminado, e percebido o que havia feito, ameaçou retirar sua mão. Agilmente o deus segurou a mão dela e a beijou. Deixou seus lábios pressionados contra a mão dela. Atena estava da cor de uma pimenta.

A deusa retirou a mão, um pouco brusca demais, fazendo os olhos de Poseidon escurecerem, tristes. Atena levantou rapidamente e começou a caminhar.

–Vamos, se não nós não encontraremos ela nunca.

–Ãn, claro... - Poseidon levantou, estalou ou dedos fazendo as coisas sumirem, e seguiu Atena, quase correndo para alcançá-la. - Calma!

A deusa limpava discretamente as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos, agora de um cinza escuro. Há semanas que estava com a cabeça cheia de dúvidas, ele era seu inimigo, certo? Então porque ela ansiava por vê-lo?

–Atena, por favor... - A deusa parou, se virando e dando de cara com orbes verdes a centímetros do seu rosto, seus lábios quase se tocando.

–Ãn... eu.. - Seus olhos se fecharam instantaneamente quando ela sentiu o toque dos lábios dele nos seus. Tudo estava bem. Ele a pressionou contra a parede de um morro. Seu beijo era doce e calmo, seus mãos a seguravam firmemente pela cintura.

Atena não conseguia resistir, mas não podia simplesmente se entregar aquele pescador nojento. Nojento talvez fosse demais. Pescador pervertido, talvez? Atena não teve tempo para pensar sobre um apelido carinhoso melhor, um cheiro estranho invadiu o nariz de Atena, um cheiro agradavelmente familiar. A deusa afastou Poseidon para conseguir pensar direito.

–É ela.

–Quem?

–Perséfone.


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Notas finais do capítulo

MUAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAAHAHHAHAHAHAHAAHHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAAHAHAHHAAHAHAHAHHAAHAHAHHAHAHAHAHAAHAHHAHAHAAHAHAHAHA
só quando eu receber uns 3 ou 4 reviews bons que eu posto o próximo. Reviews bons.
To revoltada, sim.