Green And Silver escrita por Hoppe


Capítulo 5
Chapter 4


Notas iniciais do capítulo

Oiii genteee *-* nassaa, to postando super tarde SUAUSAH mas qm estiver lendo, boa noite ae õ/ espero que vcs gostem :) eh meio chatinho esse cap, mas me empenhei ao máximo nele, e será preciso pro desenvolver da fic. Bom, espero que gostem :) a musica dele: http://www.kboing.com.br/nickelback/1-41182/
Boa leitura *-*.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/186486/chapter/5

A chuva caia sobre nós, cada vez mais fria, cada vez mais cortante. Eu ainda conseguia sentir o calor de seu corpo sob o meu, conseguia sentir o bater absurdo de seu coração sob minha mão parada em seu peito, e conseguia sentir tudo apenas ao olhar para os seus olhos.

- Não vale à pena – sussurrei. Ele voltou a se debater sob mim, tentando me empurrar para o lado.

- Me diga então... O que vale a pena? – sua voz ameaçou falhar, mostrar o quanto ele estava vulnerável mas ele resistiu á dor – Me diga você, Greengrass... Acha mesmo que eu não sei sobre seus pais? Você sabe o que eu estou sentindo nesse momento...

Senti o peso de suas palavras á pronuncia de meus pais, senti que cada palavra me abria um buraco ali em meu peito, mais um pouco, a ferida já estava aberto há tempos...

- É isso mesmo – eu o pressionei mais contra o piso – Eu sei exatamente o que está sentindo. Estou impedindo você de se destruir!

Ele abriu a boca, mas aproximei meu rosto do seu, fazendo-o se calar. Fechei os olhos, as lágrimas quase inexistentes para mim ameaçavam cair e eu agradeci pela chuva disfarçá-las.

- Eu me destruí! – exclamei e abri os olhos, tendo os seus perto demais dos meus, vi a cor gélida deles, tão bela... – Olhe para mim!

Eu ofeguei, soltando seus pulsos apoiando minhas mãos no chão, de cada lado de seu corpo.

- Eu coloquei o pouco que me restou em jogo no momento em que eu o salvei naquele banheiro... – murmurei com a voz abafada, mas sabia que ele estava ouvindo – Não vou deixá-lo continuar dessa maneira, não vou permitir que faça isso...

Senti seu corpo se tencionar, ele parara de respirar e permanecera imóvel. Olhei de relance para os seus olhos e vi a confusão perpassar por eles. Eu sabia que ele se questionava sobre o que eu acabara de dizer.

- Um dia, prometi á mim mesma que não se importaria com nada e ninguém além de mim mesma. Apenas eu. Mas quebrei a promessa no momento em que impedi a sua morte naquele banheiro... – murmurei. As palavras escapavam sem controle como se há muito, estivessem guardadas, presas. Eu não queria dizer aquilo á ele, não queria confessar os meus segredos mais profundos para Draco Malfoy, mas as palavras escapavam sem meu consentimento.

Suspirei, fechando os olhos e por fim, os abri levantando-me de cima de seu corpo, sentindo o calor se esvair e sendo substituído pela frieza da chuva.

Estendi minha mão á ele, que a aceitou cautelosamente. Seu rosto ainda era estampado pela confusão diante de minhas palavras.

Eu o guiei para dentro da torre de astronomia e soltei sua mão, aproximando-me dos objetos metálicos que havia por ali, evitando olhar para os seus olhos. Meu corpo tremia involuntariamente pelo frio que eu sentia, as roupas continuavam encharcadas mas eu, á todo custo, evitava olhar para ele. Embora sentisse que seus olhos queimavam sobre mim.

- Uma garotinha de cabelos negros e olhos igualmente escuros como a escuridão de uma floresta, embora alegre e saltitante, a definição de meu pai – ri em deboche diante das lembranças – Aquela garotinha boba, era eu. A garotinha que muitas vezes fora iludida e acabara, por muitas vezes, com o tolo coração quebrado em irreparáveis pedaços...

- Por que está falando desse jeito? – a voz de Draco soou em deboche, mas mesmo assim, não ousei encará-lo. Mantive meus olhos presos nos estranhos objetos á minha frente.

- Por que estou narrando a história dessa garotinha. A história de como essa garotinha se destruiu, se tornou um monstro... – murmurei sombriamente.

- Um monstro? – perguntou ele rindo com escárnio – Francamente Greengrass, aonde quer chegar? Está mesmo contando isso para me mostrar que há outras saídas além do suicídio?

- E quem diria que um dia, a vida perfeita da garotinha alegre e saltitante, mudaria drasticamente – continuei em um tom firme, virando-me para ele em um impulso e conseqüentemente, nossos olhos se chocaram – Ela viu e até hoje se lembra. Os pais sendo torturados diante de seus olhos, suplicando para que parassem, humilhados.

Ele arregalou os olhos diante de minhas palavras, da confissão mais secreta e profunda que eu guardara por todos aqueles anos.

- E então, tudo acabou com apenas duas simples palavras. Todos os gritos, sofrimentos, toda dor se cessou. Os pais da garotinha morreram, humilhados.

Dei um passo incerto em sua direção.

- E mesmo depois de meses, ela ainda tinha a visão daquilo em sua mente, tinha cada grito, cada lágrima de seus pais gravada em sua cabeça. Ela se destruía á cada lembrança, se despedaçava, por que não havia mais volta. A até então garotinha alegre e saltitante, mudou.

Meus pés formaram outro passo em direção á Draco.

- E então... Ela jurou á si mesma que não se importaria mais com ninguém, além de si mesma. Por que a garotinha se dera conta de todas as dores que a ingenuidade lhe custara, se dera conta de quantas vezes seu coração fora partido. Ela não queria mais sofrer, ela prometeu a si mesma que não se importaria com ninguém – meus olhos se encheram d’água novamente, mas não me importei, eu colocara tudo em jogo, o que eu tinha á perder caso eu chorasse diante de Draco Malfoy?

- Ela conseguiu cumprir á promessa desde então, por 7 anos seguidos, ela conseguira cumprir... – sussurrei enquanto Draco abaixava os olhos – Draco... – minha voz não passara de um sussurro quase inaudível – Você sabe o restante da história... A garotinha colocou tudo em jogo, quebrou a promessa, a única importância em sua vida, a única coisa que a fazia continuar a viver, em jogo, no momento em que ela o salvou naquele banheiro. Você quer mesmo destruir o que restara dessa garotinha, Draco? Não há mais volta, ela não tem nada á perder.

- Aonde quer chegar com isso? – ele me cortou, levantando seus olhos aos meus. E então, vi algo descomunal perpassar pelos orbes prateadas. Culpa.

- Eu não o deixarei tirar sua vida – murmurei – Não irei deixá-lo fazer isso... Essa é a minha prioridade agora.

Ele me fitou indecifrável por longos segundos, antes de passar por mim saindo da torre de astronomia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beem... .-. fico meio formal o modo que ela falou, mas eh como se ela tivesse narrando um livro mermo u.u KKKK oq acharam? reviews? *-* alias, mt obrigada á todas que comentaram no anterior, mt obrigada suas divas! Vou respondê-los agora mesmo! Então... ateh o proximo! *-*
beijoos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Green And Silver" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.