Green And Silver escrita por Hoppe


Capítulo 4
Chapter 3


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEE *-* AHHHHH, QUE SAUDADE D VCS O/ LOL. Me digam *-* como vcs estaum? Escola tah mt puxada? Conversem cmg *-* KKKK estou forever alone e carente u_u, é. Enfim, olha, me desculpem pela demora D: mas bem, eu comecei a escrever o cap depois q terminei de fazer essa capa nova *-* pq me inspirei. Milena me deu uma ajudinha *-* suhasuhs espero que gostem!
A musica do capitulo: http://www.kboing.com.br/three-days-grace/1-60842/
Boa leitura *-*



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Ele continuava a me encarar, mas parecia cansado demais para carregar novamente seus olhos na hostilidade e desdém. Seus dedos apertavam cada vez mais forte o diário de bordo negro.

– Eu só... Estava vendo – murmurei me amaldiçoando pela minha voz sair trêmula.

– Devia saber que é feio olhar o diário de outras pessoas – um fraco e cansado sorriso cínico se abriu em seu rosto. Pisquei algumas vezes e recuperei a minha máscara, a minha raiva e o desdém diante daquela situação estúpida.

– Devia saber que garotos que escrevem em um diário, são...

– Não ouse terminar isso! – murmurou ele entre dentes aproximando o seu rosto do meu perigosamente.

– ... Gays – terminei alargando mais ainda o meu sorriso ao ver seu rosto pálido se contorcer de ódio e mais ódio – Afeminados – arqueei a sobrancelha e continuei em um tom baixo e quase inaudível – Garotinhas, se é que me entende.

Ele afastou-se em um movimento brusco, rápido e silencioso. Novamente, vi as ondas de tremores perpassarem seu corpo, sua respiração estava entre cortada, algo parecia sufocá-lo e agoniá-lo.

E novamente, aquele estranho choque me perpassou trazendo-me sentimentos do quais eu pensava não serem meus. Culpa.

Eu nunca houvera sentido culpa, remorso, era algo estúpido, eu fazia por que queria, sem nunca pensar nas conseqüências, afinal, o que de mal poderia acontecer á mim? O que mais de mal poderia acontecer á mim? Eu não tinha nada á perder.

Mas vê-lo novamente daquela forma, a culpa voltou, não por eu tê-lo chamado de “afeminado”, mas pela forma que eu agira com ele até aquele momento.

Ele arrepiou os cabelos e respirou fundo, fechando os olhos. Por um momento, permaneceu imóvel e por fim, começou a andar em direção á escadaria do dormitório masculino, como se não houvesse acontecido nada há 2 minutos atrás.

Minhas pernas moveram-se sem controle em sua direção, e embora eu tentasse pará-las e evitar inutilmente que fizesse o maior e mais vergonhoso ato de minha vida, algo de dentro de mim parecia mais forte e era esse algo que me movimentava.

Toquei seu pulso, e o parei. Um choque momentâneo perpassou pelo meu braço e um calor descomunal subiu pelo meu corpo, mas ele logo se foi restando apenas o formigamento, e o rastro do que fora aquele estranho e repentino calor. Ele estremeceu também e se virou para mim, seus olhos vacilaram por um momento e pude ver algo doloroso neles. Recuei um passo diante de tal dor, contudo, não soltei seu pulso.

– Eu... – minha voz morreu, perdeu-se no estúpido orgulho que me impedia de pronunciar as simples palavras “Me desculpe”.

Eu, Astoria Greengrass, estava mesmo ali, naquela situação completamente ridícula? Eu estava mesmo prestes e pedir desculpas á alguém? Á ele?

– Você... ?– murmurou ele em um tom quase inaudível, arqueando as sobrancelhas. O bloqueio do qual ele mantinha em seus olhos, ainda não estava presente. Parecia não fazer mais questão de esconder todo o sofrimento que continha ali.

– Me... – forcei a voz, e ele parecia se divertir com tudo aquilo – Me... Desculpe...

– Pelo o que, Greengrass? – sua voz se elevou minimamente juntamente do fraco sorriso de deboche.

– Por eu ter sido... – engoli a seco – Rude com você... E...

– E...

– ... E por eu... – virei o rosto para o outro lado, evitando seus olhos – Ter chamado você de... Gay.

Ele aproximou seu rosto do meu, e eu soube que todo o esforço em dizer aquelas estúpidas palavras, talvez, havia valido a pena. Ele me perdoaria, eu poderia me livrar daquela culpa irracional e viver normalmente minha medíocre vida.

– Hm... Não – murmurou e eu pisquei os olhos, confusa.

– Não o que?

– Eu não vou perdoar você – ele abriu o sorriso cínico, afastando-se – Mas agora me sinto melhor sabendo que vai ter que continuar com a culpa.

– Não estou com culpa! – retruquei, alto demais causando eco pelo Salão Comunal.

– Não é isso que os seus olhos dizem... – ele riu subindo a escadaria, dois degraus de cada vez.

***

– Ahh, qual é Astie! – ele me seguiu, segurava um enorme rolo de pergaminho que chegava a se arrastar ao chão.

– Não mesmo, Nott – murmurei entre dentes, impaciente – E pare de me chamar assim.

– Greengrass... Qual é o problema de entrar para o clube de xadrez? Você é boa nisso – ele sorriu parando á minha frente, impedindo minha passagem.

– Não! – exclamei, tentando manter a firmeza em minha voz. Depois de 4 horas seguidas com ele em meu encalço, suplicando aquilo, ponderei por alguns segundos a idéia de simplesmente aceitar e depois, faltar ás reuniões do clube – Agora não!

– Isso quer dizer que em outra hora sim? – perguntou ele voltando á euforia. Eu parei, semi cerrando os punhos olhando para o rosto pálido de Theodore Nott, procurando algum lugar para socá-lo.

Ele seria atraente, e poderia arranjar um encontro com alguma garota, se não fosse um nerd do clube de xadrez, uma vergonha eterna para a Sonserina.

Respirei uma lufada de ar e olhei para o teto, esperando que Merlin fizesse a proeza de jogar alguma azaração em Nott, antes que eu o fizesse.

– Sim, em outra hora... – murmurei com a voz contida. Ele alegrou-se e finalmente, afastou-se.

O corredor mergulhou novamente no silêncio e eu permaneci parada, confusa. O que estava acontecendo comigo, afinal?

– Urgh! – grunhi em frustração, me encostando na parede gélida. Aquele calor descomunal se foi, aquele estranho calor que eu nunca sentira de dentro de mim, e naquele silêncio, eu consegui ouvir os batimentos do meu coração, parecia mais acelerado que o normal. Algo parecia vivo de dentro de mim.

Bufei, afastando-me da parede, me chingando internamente pela ultima e estúpida frase. Apressei-me para a escadaria que me levavam á Torre de Astronomia, subi dois degraus de cada, impaciente. Algo imaginário gritava em minha mente, as palavras se misturavam, tornando-se uma só. Era impossível pensar, naquela situação.

Chutei a porta da torre e senti o vento fresco soprar contra mim. Parecia que ele houvera levado todas aquelas vozes em minha mente.

Varri meus olhos por todo o local, os objetos metálicos estavam na mesa á direita, como sempre esteve. Eu poderia descrever detalhadamente aquele local, se me pedissem. Tanto tempo...

E então, meus olhos pararam na figura perto da sacada. Os cabelos platinados esvoaçavam com o vento e a posição do qual se encontrava, me parecera um mau sinal.

Novamente, minhas pernas moveram-se sem controle em sua direção, e novamente, eu tentei impedi-las, impedir a mim mesma que eu fizesse outra coisa estúpida, mas era em vão.

Toquei seu braço e ele assustou-se, virando-se em minha direção. A dor contida em seus olhos novamente me acertou em cheio, e senti como se houvesse levado uma pancada em meu peito, cambaleei para trás e me parecia que a dor em seus olhos se intensificava cada vez mais.

– Não faça isso... – as palavras saíram da minha boca, sem controle, em um sussurro, quase um silvo inaudível.

– Você não entende... – a voz dele saiu trêmula, desesperada, agoniada – Eu preciso...

Apertei seu braço mais fortemente, como um claro sinal de que não o deixaria.

– Não é a única saída, Malfoy... – minha voz se elevou minimamente, indo para o murmúrio – Não faça isso...

Ele sentou-se na grade da sacada, de costas para o nada, e por algum motivo, era eu quem o impedia de cair.

– Não... – murmurei quando eu o vi começar a se soltar de mim.

– Me deixe morrer... – sussurrou ele repetindo as mesmas palavras daquela noite, e eu pisquei os olhos, atordoada.

Aquilo fora um impulso, eu sabia disso. Eu estava colocando minha vida em risco, eu sabia disso. Eu estava sendo estúpida, eu sabia disso. Eu estava me sacrificando pela vida dele, eu sabia disso.

Eu sabia de tudo aquilo, mas naquela hora, eu não sabia de nada. Pulei em sua direção, agarrando seus braços antes que seu corpo pudesse cair para baixo, e o puxei para trás.

Senti o chão frio bater contra as minhas costas, e eu rapidamente me coloquei sobre seu corpo, impedindo-o de se levantar. Segurei a gola da sua camisa e o forcei a me encarar.

A dor estava mais forte, mais intensa, mais massiva e eu sentia tudo aquilo, ele era como um livro aberto.

– Não... – sussurrei novamente. Senti respingos de água molhar minha pele e logo em seguida, um sonoro e abafado trovão – Eu coloquei tudo em jogo... – continuei em um sussurro, minha voz falhava, se perdia – E você não vai estragar tudo... Não mesmo...


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Notas finais do capítulo

*-* Deixem reviews o/, não dói e faz bem pro coração dessa autora aqui o/ suahsuhusa *-* bom, espero que vcs tenham gostado e aguardo ansiosamente, a opinião d vcs viu? *-*
bjoos ♥



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