Capitulo oito – Vozes e pichação

Eles deveriam cumprir suas detenções no sábado a noite.

Rony se encaminhou para a sala de troféus, Hermione para a sala de Minerva e Harry para a sala de Lockhart.

- Harry, Harry, Harry. Devo lhe dizer que fiquei surpreso com sua façanha na minha sala. Acreditei, que como iguais, tendo feitos assim, seriamos bons amigos.

Harry ficou uma expressão de incredulidade do rosto, que logo mudou para marota.

- Sinto muito professor, mas eu acredito, que como duas pessoas tão famosas assim, pegaria mal estarmos sempre juntos iria fazer um falsa impressão a todos – disse Harry – sabe como é, essa gente invejosa.

- Eu entendo. Não conseguem acreditar que conseguimos fazer esse tipo de coisa, não é mesmo?

- Sim. Esses dias, ouvi Malfoy dizendo que ia sabotar sua aula, porque queria parecer maior que o senhor.

Lockhart ganhou uma expressão totalmente surpresa.

- Bem, não é de admirar. Ele é tão fechado. Mas pelo lado que sua família vem, não se admiraria outra coisa. Vou pessoalmente falar com ele e lhe dizer que não precisa ficar tão acuado assim. Entendo perfeitamente seu medo e que estou disposto a ensiná-lo o que quiser.

- Sim, sim. É uma ótima idéia professor – disse Harry tentando não rir. – mas, eu tenho uma detenção, não?

- Sim, sim. Vamos, lá. E não esqueça de acrescentar as minhas fãs que Harry Potter me ajudou a responder. Elas ficaram fascinadas.

- Sim professor.

Contendo a vontade de rir, Harry se sentou e começou a escrever.

 “VENHA, VENHA PARA MIM... DEIXA EU MATAR VOCÊ”

Harry se assuntou. Com isso. De onde vinha essa voz?

- Hã?

- O que foi?

- Essa voz.

- Que voz?

- O senhor não ouviu?

Harry estranhou.

- Deve estar com sono, já estamos aqui há quase quatro horas. O tempo voa quando nos divertimos.

- Estranho – disse Harry voltando às cartas.

Não demorou muito e Harry terminou sua detenção. E saiu em direção a sala comunal.

Mas assim que saiu, ouviu outra vez:

 “SANGUE, SINTO CHEIRO DE SANGUE... DEIXA MATAR VOCÊ”

Arregalou os olhos e foi seguindo a voz, onde encontrou Rony e Hermione em um corredor.

- Harry – disse Rony – que cara é essa? A detenção foi tão ruim assim?

- Essa voz? Vocês não ouviram?

- Voz? Que voz? – perguntou Hermione

Harry ouviu de novo “DEIXA EU MATAR VOCÊ, RASGAR VOCÊ... MATAR, MATAR!”

- Vai matar alguém – Harry saiu correndo

- Harry, espera, vai de vagar – berrou Hermione, que junto a Rony corria atrás de Harry

Eles pararam em um corredor, em frente a um banheiro

- Porque tem água no chão? – Rony perguntou

- Ham! – gemeu Hermione – olhem para cima.

Eles se viraram e viram a mensagem na parede:

A CÂMARA SECRETA FOI ABERTA.

INIMIGOS DO HERDEIRO CUIDADO

- Foi escrito com sangue – disse Rony

- Essa não! É a gata do Filch, é a madame Nora – disse Harry

- Vamos embora Harry – disse Rony – é melhor não estarmos aqui, quando o pessoal chegar.

Mas já era tarde de mais. O pessoal que estava no salão já passava por ali.

- Inimigos do herdeiro cuidado. Serão os próximos sangues-ruins – disse Draco

Rony o fuzilou com os olhos

- O que está acontecendo aqui? Saiam da frente – disse Filch chegando – Potter, Weasley, Granger o que vocês...? Madame Nora – ele viu a gata e ficou branco – vocês assassinaram a minha gata.

Os três arregalaram os olhos

- Não – disse Harry

- Argo – disse Dumbledore chegando com os professores – Argo eu... – viu a gata na parede e a mensagem - quero que todos voltem a os dormitórios, agora mesmo. Menos o trio.

Só Harry, Rony e Hermione ficaram ali com os professores.

- O que aconteceu aqui? – Dumbledore perguntou

- Eu e o Rony estávamos em detenção, quando terminamos fomos ao encontro de Harry, quando o encontramos, fomos para o salão comunal, mas encontramos isso no caminho – Hermione ocultou a parte das vozes estranhas de Harry

- E o senhor Potter, onde estava? – Snape perguntou – eu pelo menos, não me lembro de ter Potter no jantar.

- Estava cumprindo detenção com o professor Lockhart.

- E o que os levou a parar aqui? – perguntou Snape

- Vimos o chão molhado – disse Rony – olhamos para o lado e encontramos a mensagem na parede.

- Mataram a minha gata! Tem que ser punido – gritou Filch

- Sua gata não foi morta Argo. Ela está petrificada – disse Dumbledore – a professora Sprout tem uma excelente safra de mandrágoras. Quando crescerem, faremos uma poção que ressuscitará a madame Nora. Mas por em quando, mantenham a máxima cautela.

O trio se entreolhou e seguiu de volta a sala comunal.

- Acham que eu devia ter contado, das vozes, pro Dumbledore e pros outros?

- Está maluco – disse Rony

- Mesmo no mundo da magia. Ouvir vozes não é um bom sinal. – disse Hermione sorrindo reconfortante

Quando chegaram à sala comunal, ela estava vazia, era um bom local para conversarem.

- O que será que aquela mensagem significa? A CÂMARA SECRETA – Harry perguntou

- Já ouvi falar disso – Rony falou – acho que foi o Gui que me disse, mas não consigo me lembrar.

- De qualquer forma, é tudo muito estranho. Primeiro Harry ouviu uma voz, uma voz que só ele ouviu e a madame Nora fica petrificada, é tudo muito estranho – disse Hermione

- De qualquer jeito, vamos ficar de olho – disse Harry – eu posso ouvir as vozes de novo e pode aparecer outra pessoa ou animal, petrificado.

Rony e Hermione concordaram.

Passado alguns dias, a escola não falava de outra coisa.

A mais abalada parecia Gina Weasley.

- Você nem conheceu madame Nora direito – Rony tentava acalmá-la – vão descobrir que fez isso e mandá-lo embora daqui.

- Só espero que tenha tempo de petrificar o Filch primeiro – Harry falou baixinho, mas Gina ouviu arregalando os olhos – brincadeira.

O ataque também afetou Mione. Ela passava quase o dia todo na biblioteca lendo ou na sala comunal lendo.

- Acho que ela está tentando ler a biblioteca toda antes do natal – Rony comentou certo dia em que estavam na biblioteca fazendo o dever de História da Magia. – caraça, preciso terminar minha redação. Está quase na hora de entregar, e falta meio parágrafo. Mas minhas idéias estouraram.

- Hermione, o que está fazendo? – Harry perguntou ficando meio irritado

- Não têm – disse Hermione se jogando em uma cadeira – eles retiraram todos os exemplares de Hogwarts: Uma história. E tem uma fila de duas semanas de espera.

- E porque você quer? – Rony perguntou revirando os olhos

- Pelo mesmo que todos. Para ler sobre a lenda da câmara secreta.

- Eu posso pedir pro Remo – disse Harry – ele tem um exemplar desse em casa. Era da minha mãe. Mas eu nunca li.

- Pede sim Harry.

- Agora vamos. Temos transfiguração – disse Rony – e Hermione, pode me emprestar sua redação de História da Magia? Quero corrigir a minha.

- Claro – Hermione lhe passou a redação – só cuidado. Levei uma hora pra fazer.

Ela nem parecia ter ligado pro que Rony disse, estava praticamente no mundo da lua.

Em quanto à aula andava, Hermione tomou uma iniciativa. Levantou sua mão.

- Srta. Granger?

- Professora, será que podia nos contar sobre, a câmara secreta?

McGonagall a olhou.

- Está bem. Como vocês sabem, nossa escola foi fundada a mais de mil anos, pelos maiores bruxos da época: Godric Grifinória, Helga Lufa-Lufa, Rowena Corvinal e Salazar Sonserina. A escola aceitava qualquer aluno que tivesse sangue mágico, mas um deles, não estava contente com isso. Salazar Sonserina, queria que a escola fosse mais seletiva, que só alunos puros-sangues deveriam estudar. Mas claro, os outros não concordaram. Achavam que se a pessoa tinha sangue mágico, era o bastante para ganhar uma vaga em Hogwarts.

“E de acordo com essa lenda, Salazar decidiu abandonar a escola, mas antes de sair, ele construiu a câmara secreta, e antes de sair, a selou, até que o seu legitimo herdeiro retornar-se a escola. Somente esse herdeiro seria capaz de abri-la e soltar o monstro que lá vivia. E com esse monstro a solta, os nascidos trouxas, seriam eliminados da escola. Mas a escola foi revistada milhares de vezes, e nenhuma câmara secreta foi encontrada.”

- Professora, o que essa lenda diz que existe dentro da câmara?

- Que a câmara secreta, funciona como o lar de um monstro. Um monstro capaz de matar os nascidos trouxas.

A turma se entreolhou apreensiva.

Ao final da aula, o trio ia conversando pelo corredor.

- Não sabia que foi o Salazar Sonserina que começou com toda essa bobagem de sangue, mas se bem que, se a Sonserina é a principal causadora desses atritos entre sangues, já devia ter desconfiado. – Rony comentou – se o chapéu tivesse me mandado pra Sonserina, eu teria pegado o trem de volta para casa.

Hermione concordou fervorosamente. Harry também, mesmo sabendo que o chapéu quase o colocou na Sonserina.

- Mas será que é verdade, essa coisa toda de câmara secreta? – Harry perguntou

- Claro que sim. Não notaram? Os professores estão preocupados – disse Hermione

- Se existe mesmo a tal da câmara secreta, só pode se concluir que o herdeiro de Sonserina voltou pra cá – concluiu Rony – eu pessoalmente, gostaria de saber quem é. Se fosse eu, teria me atirado da torre de astronomia.

- A pergunta é, quem é ele? – Hermione perguntou

- Vamos analisar, quem sabemos que acha que os nascidos trouxas são uma escória pro mundo da magia?– Rony perguntou

- Está falando do Malfoy? – perguntou Hermione

- Você ouviu o que ele falou lá na sena. Serão os próximos sangues-ruins  – Rony disse

- Ouvi, mas ele ser o herdeiro de Sonserina – disse Hermione

- Rony pode ter razão. Pense bem, a família dele está na Sonserina a séculos – disse Harry

- Como a de qualquer outra família que eram Comensais da Morte – concluiu Hermione – está num livro da biblioteca.

- Podíamos perguntar a Crabbe e Goyle. Eles são uns idiotas. – disse Rony

- São burros, mas não tanto. Acho que talvez tenha outro jeito. Se bem que vai ser difícil, sem falar que estaríamos violando umas cinqüenta regras da escola. E vai ser perigoso, muito perigoso. – disse Hermione – e muito difícil é claro.

- E o que é? – Rony perguntou

- É a poção polissuco, mas ela está na seção reservada, o Snape disse, vocês não ouviram?

- Hermione, francamente. Temos coisas muito melhores pra fazer do que ouvir o que o Seboso fala – disse Harry

- Francamente digo eu, não sei como vocês conseguem fazer poções boas se não prestam atenção na aula.

- Temos um talento natural. E não precisamos ouvir o que o Snape diz. Ele é um bobão e não faz ideia das bobices que diz – disse Rony

Eles estavam caminhando, e dobraram no corredor

- Filch tem vigiado aqui seguido – disse Rony

- Não faria mal dar uma olhada – disse Harry largando a mochila e ficando de quatro – marcas de fogo aqui... E ali.

- Olhem isso – disse Hermione – é engraçado.

Harry e Rony se juntaram a Hermione na janela. Ela mostrava um pequeno grupo de vinte aranhas, caminhando perfeitamente em grupos, elas saiam com muita pressa.

- Nunca vi aranhas se comportarem assim – disse Hermione – o que você acha Rony? Rony...?

Ele havia caminhado para trás e parecia prestes a correr.

- O que foi Rony?

- Eu... não... gosto... muito de... aranhas – ele parecia muito tenso

- Nunca soube disso – disse Hermione surpresa – você lida bem com elas na aula de poções.

- Porque estão mortas. Meu problema é com as vivas. Elas andam de um jeito estranho – Rony estremeceu

Hermione parecia prestes a cair na gargalhada.

- Não tem nenhuma graça – disse Rony furioso – você também estaria assim se seu urso, que estava na sua mão, de repente ganhasse patas enormes... – ele estremeceu - Fred e Jorge fizeram isso porque quebrei a vassoura deles de brinquedo.

Hermione continuava fazendo muita força para não rir.

- Se lembram que na noite tinha água no chão? – Harry perguntou interrompendo o assunto

- De onde será que veio? – Rony perguntou

- Tem um banheiro logo ali – disse Hermione – é o da Murta-que-geme.

- Quem?

- Ela mora no banheiro. É um fantasma.

Eles foram caminhando, mas de repente Rony travou.

- O que foi?

- É um banheiro de meninas.

- Grande coisa, ninguém nunca entra ai – disse Hermione

Eles entraram no banheiro.