Strange Story escrita por horaninmypants


Capítulo 1
You are lost, right?


Notas iniciais do capítulo

VAS HAPPENIN' MANOS SEREIANOS?!
Olha, tá bem grande esse capítulo, e muito sem sentido, mas a fic inteira é sem sentido, é bem clichê até... Mas tá legal, de boa procês? Pois é, ENTÃO AÊ O CAPÍTULO 1! UHUL ~dance for forever~



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– Filha, desce aqui pra me ajudar a pôr a mesa de Natal! – gritou minha mãe do andar de baixo.

– Ok mãe, deixa só eu passar perfume! Rapidola! – gritei em resposta do quarto. Me olhei no espelho e nunca havia me sentido tão... bonita. Não que eu seja feia, mas sou completamente diferente das meninas riquinhas e populares da escola. Tenho os cabelos cacheados e castanho-escuros até a cintura, sou meio alta e uso os maiores óculos que alguém possa imaginar, mas gosto de ser assim. Me sentia bonita pois estava com uma roupa confortável e ao mesmo tempo perfeita! Um vestidinho preto de mangas um pouco bufantes, cinto vermelho e sapato de salto verde escuro. Mamãe mandou que eu não ficasse de óculos, mas com as lentes que me dera de aniversário.

Desci as escadas e mamãe olhou pra cima, me examinando.

– Filha, você está linda! Alice, se você soubesse o quanto é linda, minha filha... – dizia mamãe enquanto eu terminava de descer as escadas e sorria para ela.

– Mãe, você é a única pessoa no mundo que acha isso, deixe de ser lesa! – disse lhe dando um beijo no rosto com meu batom vermelho.

– Não fale assim comigo, sua pirralhinha! Quero só ver se tem um namoradinho... Quero conhece-lo, querida!

– MÃE! – exclamei corando. – Eu não tenho um namorado, e você vai conhecê-lo quando eu tiver um!

Mamãe riu.

–Ok minha linda, agora vá pegar uma das vasilhas na cozinha e traga para a sala de jantar. – disse tocando em meu rosto delicadamente e colocando uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.

– Ok mãe – sorri em resposta e entrei na cozinha. Meu senhor, nunca tinha visto tanta comida na minha vida! Prometi a mim mesma que não comeria muito essa noite como em todos os dias do ano, mas era impossível! Parecia que mamãe queria me deixa como uma grande e gorda bola de pilates.

Peguei uma das tigelas e coloquei encima da mesa da sala de jantar e voltei à cozinha para pegar mais duas travessas de peru assado e tender. Claro que acabei roubando um pedaço de peru sem minha mãe ver. Pelo menos acho que não vi, minha mãe parece que trabalha no FBI, ela descobre tudo que faço, mesmo nem dando pistas do que fiz. Mesmo assim amo-a demais.

Após arrumarmos a mesa ouvimos um barulho de porta batendo e lá estava papai com sua grande e preta sacola com três skates dentro.

– Ai senhor, ainda estava andando de skate nesse frio, querido?! – exclamou mamãe que foi ao seu encontro. – Deixe na garagem e vá tomar banho antes que a família chegue! Ande, ande.

Papai riu.

– Tudo bem, Liza, estou indo, calma! – exclamou papai abraçando-a e dando um beijo em sua cabeça enquanto eu observava o momento. – Carol, venha aqui, querida! Deixe eu te dar uma abraço...

– Ai não, papai! Você tá fedendo, e acabei de tomar banho, não quero ficar com esse cheiro aí – disse dando de ombros. – Além do mais, o senhor não passou o ano inteiro longe de mim, só algumas horas, me dê um tempo.

– Claro filha, claro...

Eu sorri.

– Ai pai, vem cá, me dá um abraço! Não consigo te dizer “não”.

– Ah, eu sei que tenho um efeito sedutor nas mulheres! – ele falou e todos riram. – Ok, agora tenho que ir tomar banho, antes que sua mãe dê um faniquito.

Papai subiu para o banho e eu fiquei na sala mudando os canais da tv, mas não passava nada de bom! Até que achei um canal de desenhos em que passava Bob Esponja, o melhor desenho da vida!

Alguns minutos depois ouvimos a campainha e mamãe disse para ir receber os convidados. Levantei-me e fui até a porta e vi meus tios e tias junto com meus avós.

– Oi gente, entrem! Mamãe ainda está terminando de pôr a mesa, mas já vai falar com vocês – falei com um sorriso e dei espaço para os convidados passarem. Todos foram para sala onde passava Bob Esponja, só aí me toquei de que esquecera de mudar de canal, mas tudo bem, não tenho vergonha disso.

Logo mamãe acabou de arrumar a mesa e nos chamou para a ceia, bem na hora que papai desceu. Tudo correu bem e como o planejado de meus pais, várias risadas, muitas piadinhas típicas de família, e sempre tem o parente – desculpem-me pelo palavrão – filho da puta que pergunta sobre “os namoradinhos”. E eu quase respondi “e a dieta, tio John?”. Quase! Mas respirei fundo e sorri, somente.

Depois de muita comida e piadinhas fomos para sala e trocamos presentes. Amei meus presentes! Ganhei um notebook novo, um iPod de meus avós e várias coisas de meus tios que vivem viajando e trazem milhares e milhares de roupas, sapatos, perfumes, etc. Ficamos conversando até umas 2h da manhã, e os convidados foram saindo de pouco a pouco, até que só eu e meus pais sobramos.

– Allie, vamos dormir, está muito tarde, filha. – falava papai entre bocejos, enquanto mamãe já estava no meio das escadas quase desmaiando de sono.

– Tudo bem, só vou arrumar aqui e...

– E nada, você vai dormir agora! – fui interrompida por mamãe do andar de cima da casa.

– Ok, já vou sra. Holdings! Sossegue, já vou dormir!

Subi as escadas com os sapatos em uma das mãos, os joguei em um canto do quarto e me joguei na cama, mas logo depois levantei-me e troquei-me pra minhas roupas usuais. Minha calça de moletom cinza, minhas meias coloridas, a blusa de moletom da Jack Wills três vezes maior que eu, meu cabelo “preso”, meus grandes óculos e, claro, minha linda e confortável pantufa de pato.

Peguei um dos vinte livros – ok, vinte é exagero, talvez uns 7... – que tinha começado a ler e desci para a sala com um cobertor grosso em mãos e fui direto para a cozinha preparar um chocolate quente com mini marshmallows. Fui em direção à sala e me joguei no sofá, me cobrindo automaticamente. Tinha começado a nevar mais forte naquela noite e era melhor ficar empacotada do que com falta de calor no corpo...

Quando peguei o controle mudei logo para o canal de desenhos, minha paixão! Além de jogos, livros, música, filmes. Ah, e claro... Comida! Fiquei vendo Bob Esponja, Cavaleiros do Zodíaco, Digimon e afins.

Já estava com os olhos quase fechando quando ouvi a campainha tocar e me obriguei a levantar do sofá para abrir a porta. Talvez fosse alguma coisa importante de algum parente...

– Ahn... Boa noite, ou devo dizer bom dia? – um loiro meio alto de gorro de lã e olhos azuis sorriu de lado para mim com seus aparelhos de porcelana, percebi.

– Hm, oi... O que você tá fazendo? Não acha meio tarde? – perguntei coçando um dos olhos por debaixo dos óculos extremamente grandes, gosto de lembrar.

– Ah sim, desculpe! É que eu fiquei meio perdido e essa foi a primeira casa que eu vi com a luz da sala acesa, me desculpe... Posso ir embora se quiser e...

– Não! Tudo bem, eu estava... Vendo desenho, não faz mal. – disse virando um pouco a cabeça para o outro lado.

Ele sorriu de lado, mais uma vez.

– Mas então... Não está com frio? – o loiro preguntou abaixando o olhar.

– Ah, meu Deus... Não quer entrar? A propósito, qual seu nome? – perguntei o encorajando.

– Niall, e desculpe, mas não posso entrar... Obrigado mesmo assim.

– Como assim?

– O que?

– Por que não pode entrar? – perguntei. – Não querendo ser abusada, mas você está com a boca roxa de frio!

– Não posso entrar porque tenho mais quatro amigos comigo e eu du...

– Mas é claro que eles podem entrar – o interrompi. – Onde eles estão? – perguntei colocando a cabeça para fora da porta.

– Devem estar na frente da Starbucks... Eles podem mesmo entrar? Tem certeza? Você nem me conhece e...

– Sim, eles podem entrar...

– Ok, tudo bem. – respondeu e foi até os portões da frente e gritou alguma coisa como “garotas, venham aqui!”. Na hora pensei “Garotas? Como assim ‘garotas’?! Ele disse amigos, não amigas!”, mas aí vi quatro garotos extremamente empacotados da cabeça aos pés. Os cinco andaram em direção da porta enquanto eu a abria mais para dar espaço para eles.

Depois de tirarem todos os milhares de cachecóis, casacos, gorros, luvas, protetores de ouvido e sobretudos se viraram para mim e só aí pude ver como todos eles – sem exceções – eram bonitos.

– Ah, dudes, essa é a...

– Alice. Mas podem me chamar de Allie. Querem chocolate quente? – ofereci.

Os cinco se entreolharam.

– Claro, por que não? – disseram todos em uníssono.

– Ok, venham até a cozinha comigo então. – disse me virando e depois parando novamente – Acho melhor tirarem os sapatos, meus pais estão dormindo e vocês vão sujar a casa de neve...

– Ah sim, claro... Como não pensamos nisso antes? Que idiotas. – disse o loiro, Niall eu acho.

Eu ri colocando o cobertor em minha boca para abafar o som.

– Já? Vamos então. – eles me seguiam, mas nem lembrava disso, não sei porque... Acho que era o sono, sei lá, talvez estivesse tendo alucinações. – Podem se sentar nos banquinhos e... Qual é o nome de vocês?

– Eu sou o Harry - disse um garoto alto de cabelos cacheados bem bagunçados. –, esse é o Zayn, o Louis e o Liam. – terminou apontando respectivamente para um garoto de cabelos raspados pelos lados, um de cabelos meio lisos, mas bagunçados e um de cabelos... indefinidos. – Ah, e o Niall, você deve ter conhecido, claro.

– Hm, sim. Então Harry, como vocês se perderam ou sei lá? – perguntei abrindo um dos armários e pegando seis canecas e um saco de mini marshmallows em outro armário.

– Nós não nos perdemos. Quero dizer, nós sabemos onde estamos, mas não temos um lugar certo para ficar.

– O que quer dizer?

– Que viemos para Londres sem reservas de quartos de hotel, casas de parentes ou qualquer coisa do tipo. – disse o de cabelos raspados, Zayn, eu acho.

– Entendi... Mas, o que viera fazer em Londres? – perguntei servindo os chocolates. – Marshmallows?

– Sim, obrigada – disseram em uníssono, mais uma vez.

– Três?

– Cinco – disseram em uníssono, pela terceira vez.

– Vocês sempre falam assim? Juntos? Porque é meio... Perturbador. – falei pensando em uma palavra que definisse o grau de esquisitice daquele momento.

Eles riram.

– Não, é que gostamos das mesmas coisas, pelo menos de algumas... – respondeu Louis, o de cabelos lisos e bagunçados.

– Vamos pra sala? É melhor.

Seguimos o caminho até a sala e eu ouvia os cochichos atrás de mim, mas não liguei muito. Sentei-me no sofá cruzando as pernas e as cobrindo com o cobertor.

– Posso sentar aqui? – perguntou Niall apontando para o meu lado.

Balancei a cabeça afirmando.

– Se quiser pode pegar um pouco do cobertor. Ainda está com frio? – perguntei olhando em direção à ele.

– Obrigada, estou com frio sim... Um pouco.

Liam pigarreou do chão perto da lareira.

– Então... Allie, certo?

– Uhum.

– Me diga, o que faz acordada às... – ele se interrompeu para ver a hora no pulso direito. – 4h da manhã?

– Vendo Bob Esponja – respondi apontando para a televisão. – Dã! Bob Esponja é...

– O melhor desenho da vida! – completou Niall.

– Isso...

Assistimos Bob Esponja e conversamos bastante. No meio de toda essa confusão me lembrei que não os conhecia e nunca os vira antes. Ah, mas era noite de Natal, certo? Sonhos se realizam em noites de Natal.

Acho que quando caí no sono já havia amanhecido, e acordei em minha cama. Ok, isso é muito estranho, porque se papai me trouxe para o quarto, ele provavelmente viu os cinco, e... Meu senhor, eu to muito ferrada!



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Notas finais do capítulo

GOSTARAM MANOS SEREIANOS?! Se gostaram mandem reviews, dicas, sugestões, críticas, e os carai a quatro que eu aceito de boa. As sugestões, vou tentar usar todas, mas não sei em que capítulo, ENTÃO LEIAM A FIC INTEIRA PRA DESCOBRIR! UHUL parei.