We All Live In Yellow Submarine! escrita por Jonathan Bemol


Capítulo 8
Mar dos Monstros - II




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Assim que entraram no submarino, Capitão juntou a cafeteira do chão e a colocou no lugar de sempre. Os quatro entraram felizes no submarino. Estavam contentes por não terem sido mortos pelo Polvo.

- Querida! – disse o Capitão para a cafeteira – está tudo bem? Não se machucou?

- O que você acha? – perguntou ela, e depois ficando quieta.

- Certo – disse ele, indo para os controles principais – temos de chegar rápido em Pepperland. O tempo passa diferente lá.

- Diferente como? – perguntou Paul.

- Bem, pra gente passou algumas horas ou alguma coisa assim. Em Pepperland, já devem ter passado mais de 5 mil anos. Numa hipótese otimista.

Todos estavam prontos para partir e navegar mais uma vez. Capitão acionou o submarino e ele “decolou”. Navegaram apenas um pouco até que o submarino parou. As luzes apagaram, os botões pararam de funcionar, e ele afundou. Bateu em algumas rochas e despencou no meio de um coral. Lá dentro, todos estavam assustados e surpresos. “O que aconteceu?” perguntou John, e Capitão respondeu:

- Devem ser os motores! Vou olhar aqui no andar de baixo – disse e foi olhar os motores.

O Capitão olhou as válvulas, canos, procurou vazamentos, mas estava tudo bem. Então decidiu ver o motor principal.

O motor principal era igual a qualquer motor. Só que era azul e rosa. Um dos melhores motores já inventados, que pode ser colocado em qualquer veiculo: carros, motos, barcos, submarinos (claro), naves espaciais, brinquedos, e até em pessoas! Capitão viu que estava absolutamente estragado aquele motor e não podia ser recuperado. Estava manchado e enferrujado, não devia ser trocado ou limpo há séculos. Não tinha idéia de como consertar, por isso levou para os Beatles olharem.

- Que meleca não? – disse Ringo.

- Com certeza, olha só – disse George.

- Vocês vão ficar criticando, ou vão dar um jeito de consertar? – perguntou o Capitão.

- Não que eu queira me meter nisso – disse a cafeteira – mas tem uma... oficina aqui perto.

Todos olharam pelas janelinhas e viram que realmente havia uma placa que dizia “Oficina” com uma seta em baixo. “Vamos lá então” disse John, louco para sair do submarino de novo. Saíram do submarino cuidadosamente para não ficarem trancados para fora mais uma vez. Andaram um pouco até que viram a oficina.

Parecia mais um teatro, pois era um prédio em forma de arco que ficava cada vez mais profundo e escuro. Em cima estava escrito “Serviços”. Se aproximaram e um peixe disse-lhes:

- Bem vindos aos nossos serviços senhores – disse ele, contente em ter clientes novos – podem entrar e ficar a vontade! Temos oficinas, restaurantes, hospitais, cassinos e hotéis aqui dentro.

- Mesmo? – Ringo perguntou – até que enfim podemos nos divertir um pouco.

- Então – perguntou o Capitão ao peixe – é lá dentro que fica tudo isso? E é de graça?

- Sim claro, todos os nossos serviços são públicos e gratuitos. É só entrarem ali e terão acesso a tudo.

- O que estamos esperando? – disse George, e os cinco entraram no profundo abismo do arco.

Lá dentro era como um shopping. Havia várias lojas como o peixe disse, e eram incríveis, vendiam de tudo. Mas o lugar era extremamente sombrio e pouco iluminado, e não havia nenhum cliente nem ninguém para atendê-los.

- Olha só – disse Paul, apontando para um liquidificador em uma loja abandonada – tem uma loja só de liquidificadores! Será que podemos pegar um?

- Não, olha lá – disse Ringo apontando para um cassino – vamos para lá.

Chegaram ao cassino e era incrível. Havia todas as máquinas de sorte e tudo mais. Poderiam ficar o dia inteiro lá jogando. E foi isso que fizeram. Até o Capitão se distraiu um pouco, ficou jogando numa caça-níqueis.

Paul viu que o Capitão estava se divertindo, então decidiu ele mesmo levar o motor do submarino para a oficina. Pegou-o e levou para a pequena oficina que havia na frente do cassino. Chegou lá, e como nas outras lojas não havia ninguém para atendê-lo. Procurou nos fundos, mas realmente estava abandonado. Talvez conseguisse pegar um motor novo, pois aquele estava muito estragado, provavelmente não teria conserto mesmo. Ia pegar um dos motores que estavam lá até que alguém encostou no seu braço:

- Me ajude!

Paul se assustou e viu que era um homem extremamente velho.

- Q-quem é você? – perguntou Paul.

- Não interessa quem eu sou, mas temos de sair daqui! Rápido!

- Por quê? Estão todos se divertindo lá no cassino...

- Não! Pegue seus amigos e vamos dar o fora daqui!

Paul começou a ficar com medo. E se não existisse jeito de sair mesmo? Pegou o motor velho e estragado, deixou aquele velho maluco na oficina e correu para falar com o Capitão, que ainda estava numa caça-níqueis.

- Capitão! Vamos embora! – disse Paul – não encontrei ninguém para atender na oficina, temos de arranjar outra maneira de seguir em frente.

- Não, não vai dar Paulo... estou me divertindo muito aqui!

- Capitão... lembra-se de Pepperland? – então Capitão parou tudo o que estava fazendo e correram para chamar os outros, que se convenceram facilmente de ir embora, pois no cassino não dava pra gastar nem ganhar deinheiro.

Correram até a entrada, mas quando chegaram lá, estava fechada mesmo. Estavam trancados lá. Ficaram conversando, pensando em um jeito de sair. Até que muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo: o chão se ergueu, e eles perceberam que não era um chão e sim uma língua. Todas as lojas desapareceram, e os Beatles foram engolidos pelo gigantesco monstro.

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Blue Gorm estava sentado em seu trono azul, se divertindo como nunca. Até que Modrý chegou:

- Senhor, um telefone para vossa majestade – disse ele, dando o telefone para Blue Gorm.

- Alô? – disse ele.

- Blue Gorm – disse uma voz com aqueles efeitos para não identificar quem está falando – o Submarino Amarelo está fora da jogada. Agora, onde está a minha recompensa?

- Ah... certo. – Blue Gorm passou o endereço que seu agente queria. Fez todo aquele serviço apenas por um endereço. Seus agentes eram estranhos.

- Muito obrigado senhor. Nos veremos depois.

E ele desligou o telefone. Blue Gorm era corajoso, mas tinha medo de alguns subordinados seus, principalmente daquele. Era muito ágil, esperto e fazia o serviço rápido.

- Agora Modrý – disse Blue Gorm – não temos nada a temer. O submarino foi abatido, e agora Pepperland é oficialmente nossa!

Deu uma risada. Assim que disse isso, pegou mais um pedaço de galinha para comer, e ligou a televisão para ver um daqueles Top 10 vídeos da internet.


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