"Habitamos um universo onde os átomos são formados no centro das estrelas,

onde a cada segundo nascem mil sóis,

onde a vida é lançada pela luz solar e acesa nos ares e águas dos planetas jovens,

onde a matéria-prima para a evolução biológica é algumas vezes obtida de uma explosão de uma estrela na outra metade da Via-Láctea,

onde algo belo como uma galáxia é formado cem bilhões de vezes, um Cosmos de quasars e quarks, flocos de neve e pirilampos,

onde pode haver buracos negros, outros universos e civilizações extraterrestres cujas radiomensagens estão até este momento atingindo a Terra."

Carl Sagan.

Prólogo – Quantum

.

.

.

.

A quem dissesse, naquela época, que hoje eu estaria aqui, eu rebateria: “Enlouqueceu!?”. Era um tempo (parece tanto!) em que eu achava que a vida pouco ou nada mudaria.

Em minha inocente e limitada consciência, eu não contava com o Universo. Como um ínfimo grão de areia não percebe o tamanho do deserto. Como uma simples gota não tem noção que faz parte do oceano.

Hoje eu sei que o Universo é um ser vivo. Pulsante. Que muda com o nascer e morrer das estrelas. Com o girar e resfriar dos planetas. Sempre em incessante busca por equilíbrio.

Se há algo fora do lugar, Ele mesmo se encarrega de restabelecer a sincronia...

.

.

.

.

.

... nem que para isso precise pôr em risco a própria existência.