My Immortal escrita por Sakura Jackass


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA *-*



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Entrei.

Caminhei tropeçando em tudo, meus olhos ameaçavam encher de lágrimas de novo, parei um pouco para tomar um pouco de ar. Olhei no relógio do meu celular, eram 20:16. Senti vontade de voltar para casa, pensar melhor nas coisas e voltar no dia seguinte, mas eu sabia que a minha dor e a minha vontade de resolver tudo aquilo era maior do que qualquer coisa.

Quando entrei dentro do pequeno quarto, ele estava vazio. Aquilo fez meus ombros tombarem de vez, mas o que eu esperava ?

Me sentei no banco que a outrora estava sentada com o Enzo. Sózinha, naquele quarto frio, começei a observa-lo melhor. Tinha algumas pedras, terra, madeira queimada... e de repente começei a notar coisas que eu não tinha visto da primeira vez, como pedaços de roupas queimadas, e alguns sapatos também. E o mais estranho, uma máquina de escrever.

Me levantei e passei o dedos levemente pela máquina de escrever com uma folha, em branco, estranho como ela parecia inteira, sem nenhum arranhão. Me sentei novamente quando ouvi um barulho. No momento não consegui saber ao certo o que era aquele barulho, mais depois aconteceu dinovo, e dinovo, e dinovo.

A máquina de escrever.

Era dela que vinha o barulho, um barulho de...

NÃO, eu não podia acreditar naquilo, por um momento achei que havia chorado tanto que estava começando a ficar louca, porque realmente ouvi o barulho das teclas da máquina de escrever. Me coloquei de pé novamente, e agora eu começava a sentir medo, mas não sabia ao certo o porque. O frio agora começava a me incomodar, e eu tinha medo até de respirar.

Desde pequena tinha essa mania, parava de respirar quando estava com medo ou preocupada. Quando estava com medo e fazia isso tinha uma sensação estranha de que se eu respirasse o que quer que estivesse atrás dos cobertores me ouviria e me atacaria.

O mais estranho de tudo, era sentir essa sensação voltar. Tentei respirar devagar e cheguei mais perto da máquina de escrever.

Arrependimento.

Foi o que senti quando cheguei mais perto da máquina de escrever. Na folha, que até a alguns minutos atrás estava em branco, agora se encontrava a seguinte frase:

Lilitih, me desculpe.

Saltei para trás como se estivesse prestes a ter um infarto. Respirei fundo diversas vezes com os olhos fechados, minha mãe dizia que se você fecha os olhos as coisas ruins vão embora logo que você os abrir dinovo.

Mas naquele dia descobri que ela mentiu. Aquilo não havia mudado, fechei os olhos mais uma vez e começei a ouvir novamente o barulho da máquina de escrever, quando abri meus olhos para ver o que estava acontecendo uma nova frase estava escrita no papel.

Lilitih, sou eu, Enzo.


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