Com os dias acabei me acostumando com tudo ao meu redor, ver fotos e relatos na internet mostrava o que eu havia me tornado agora, meu atual namorado um príncipe mais velho alguns anos a mais do que minha idade atual, ate agora este não havia me procurado no hospital, a maioria que eu não conhecia se afastou deixando-me absorver a informação de um mudo completamente diferente, era estranho ver Dark noivo, Clara com outro e novos amigos que nem sabia conhecer, passei dias na cama do hospital, algumas vezes caminhei pelos corredores, sempre acompanhada por seguranças que me ajudavam a andar com as ataduras e machucados visíveis, um deles chamado Ackel foi simpático comigo, o outro que parecia um cowboy nunca mais apareceu, apensar de saber que estava por perto, pelos chamados que Ackel fazia no radio, comunicando que estava tudo bem comigo, não entendia essa excessiva preocupação comigo, nem o conhecia direito, no momento que se ajoelhou a minha frente vi em seus olhos a dor e sofrimento, mas não entendia o porquê disso, não tinha noção de quem era, do que era em minha vida. Pra mim Dorian Cales não era nada, ninguém.

Uma semana depois estava preparada para sair ficando em repouso em casa, uma casa que não sabia onde era a Rainha Charlotte, dita cuja que seria minha avó, simpática e muito formal esta me abraçou e ajudou na hora da minha saída, de cadeira de rodas vi pela primeira vez meu atual namorado, de cabelos escuros e olhos azuis acidentados, barba por fazer, sorriso tímido, mas ao mesmo tempo sensual corpo marcado na jaqueta de couro e jeans escuro, trazia nas mãos um simples buque de tulipas, as minhas favoritas, caminhou em minha direção ajoelhando-se a minha frente estendendo o buque.

– Sei que não se lembra de mim, mas... Sou seu namorado. – comentou tímido fazendo-me sorrir.

– Já me contaram sobre isso, Harry não é? – perguntei rindo baixinho – Prazer em conhecê-lo novamente namorado.

– O prazer é todo meu, namorada. – riu assumindo a cadeira de rodas – Vamos para casa?

– Não sei onde moro. – confessei encabulada.

– Posso lhe mostrar. – afirmou virando-se para a minha família – Posso roubá-la por uma tarde?

– Claro meu filho, só a traga antes do jantar. – disse minha mãe sorrindo.

– Vou lhe apresentar Londres. – sussurrou ajudando-me a sentar no carro – Acredito que nunca tenha me visto tão abertamente como agora, mas você mesma disse que eu deveria me abrir mais.

– E isso é bom? – questionei meio confusa.

– A Eva que eu conheço adoraria isso. – afirmou tocando minha mão.

– Eu acho que posso gostar disso também. – sorri sentindo meu coração pular.

Harry era especial, não sei como, mas sabia disso, seu toque me acalentou, deixou meu coração a saltar, eu não sabia o que era isso, mas me era familiar, algo que senti por John, seria isso amor? Amar um estranho em minha vida.