Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! escrita por Susana


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Desculpem pela demora, é estou nas ultimas semanas de aulas, é o tudo por tudo, e com todo o calor que aqui se está a fazer eu nem sequer consigo pensar (detesto o verão!)
Bem aqui está mais um capitulo.
Boa leitura!



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POV Crystal

            Eu estava pasmada a olhar para o mar.

            O que é que tinha ali acontecido?

            Quem era ela? Aquela que nunca será conhecida pelo seu verdadeiro nome…

            Esperem lá…!!! Será possível? Ela era quem eu pensava que era?

            Mas se era, porque me apareceu a mim? Eu nem sequer fazia parte da tribo…

            Não percebi, juro que não…

            E, depois, havia aquela história do punhal…Será que ela me estava tentar mandar uma mensagem sobre o meu destino? Eu teria que morrer com aquele punhal? Ahahahahahhahah… Claro que sim!

            Olhei à minha volta, a praia estava deserta, nem sinais de que à pouco tempo ela aqui tinha estado.

            Decidi caminhar mais um pouco e depois ir para casa de Paul.

            Não me importava de vir a viver ali com Paul, aquele sítio era lindo, mas, provavelmente, Seth viria viver com Savana para ali. Não é que eu não estivesse bem com Paul, mas seria estranho vê-lo com outra mulher, de certa forma, eu ainda lhe pertencia.

            E, não fiquem a pensar que eu sou uma vadia, e que quero os dois ao mesmo tempo. Não! Eu fui arrastada para umas teias onde fiquei presa e ao tentar sair delas, só me enrolei mais ainda…

            Eles tinham tipo o imprinting por mim, mas que se “lixou” e sofreu, fui eu… Mas também com a minha sorte, já devia estar à espera que coisas destas me aconteçam…

            Já estava a caminhar há algum tempo, perdida nos meus pensamentos, até que vi algo a brilhar no meio das rochas perto do mar.

            Sabem, às vezes penso que sou uma daqueles passarinhos, de que agora não em ocorre o nome, que são atraídos por tudo o que brilha. É que, sinceramente, tenho uma tendência a correr atrás de tudo o que brilha e, por irónico que pareça, sou a única vampira, de que tenha conhecimento, que não brilha ao sol!

            Como devem imaginar, fui ver o que é que brilhava.

            Depois do encontro com a mulher que brilhava, até já tinha medo de ver o que é que estava a brilhar nas rochas. Mas vocês já sabem que quando começo algo, eu acabo, e eu ia ver o que era aquilo.

            Ah ah ah ahahah…

            Só podiam estar a brincar comigo!

            Como é que aquilo era possível?

            Eu estava-me, literalmente, a passar. Aquilo não podia ser verdade, não podia estar a acontecer, não comigo!

            Um punhal brilhava à minha frente, repousado sobre as rochas, um punhal muito simples, mas que tinha algo. Eu não sei explicar bem o que, mas havia lá algo mais, tal como na mulher.

            Eu estava em pânico! Quais eram as probabilidades de encontrar um punhal “mágico”, que só aparece a quem estiver destinado, depois de uma mulher me ter falado dele, sublinho, uma mulher que desapareceu no meio do mar?

            Peguei nele. Porquê? Não sei, não me perguntem… Foi uma daquelas sensações de que devia fazer aquilo.

            Estava realmente confusa em relação a isto, mas não voltei a poisá-lo. Levei-o comigo para casa de Paul.

            No caminho, não conseguia deixar de pensar em tudo o que me tinha acontecido numa única tarde. Sim, porque pela inclinação do Sol deviam ser 5 ou 6 horas da tarde.

            Era tudo tão estranho, mas ao mesmo tempo sentia que estava tudo bem, tudo certo, que tudo o que tinha acontecido devia, mesmo, ter sido assim.

            Cheguei a casa e fui guardar o punhal na minha mala. Paul não precisava de saber, não precisava de se preocupar com uma coisa que nem eu própria sabia o verdadeiro significado.

            Aliás, pensando bem, já começava a ficar preocupada. O que será que se estava a passar, para que Paul tivesse que ir tão rápido?

            Bem, o máximo que podia fazer agora, era tentar cozinhar algo para ele comer quando chegasse. Sim, tentar, porque eu e a cozinha, bem isso dava sempre umas cenas excelentes para um filme de comédia, e por vezes, mesmo para um filme de terror.

            Mas eu ia tentar fazer algo, já que ele estava sempre esfomeado e eu tinha de compensá-lo por me ter feito a vontade e me ter tirado daquela casa.

            Fui ao frigorífico, ver o que ele lá tinha e encontrei ovos, fiambre e na dispensa encontrei cogumelos, então decidi fazer uma omoleta. Afinal, não podia fazer muito mais com aquilo que tinha.

            Da última vez que tentei fazer uma omoleta até correu bem, por isso estava com esperanças que esta também fosse na mesma onda.

            Já estava quase a acabar de a fazer, quando ouvi Paul a entrar e a dirigir-se à cozinha.

            Abraçou-me por trás e deu-me um beijo na bochecha.

            Parecíamos um daqueles casais perfeitos, apaixonados e, totalmente, normais. Aposto que ninguém diria que ele e eu devíamos ser inimigos mortais, que eu era uma vampira e ele um lobo.

            Ninguém diria que a nossa história nasceu de um acaso que levou a que uma força, maior que as nossas forças, nos aprisionasse um ao outro.

            Ninguém diria que havia outro homem nesta parcela da equação, que era igual a uma confusão tão grande, que me havia deixado perdida.

            Naquele momento, apenas ali estavam abraçados a Crystal e o Paul, não o lobo e a vampira, era apenas a nossa verdadeira essência, era a parte de nós onde residia o amor, a parte de humanos que nos restou.

            - Pequena, isso está a cheirar mesmo bem.

            Eu ri-me. Eu não vos havia dito, ele anda sempre esfomeado. Mas, e não era para me gabar, a minha omoleta tinha mesmo bom aspecto, pena eu já não conseguir apreciar esta comida.

            - Já está pronta – eu disse-lhe sorrindo.

            Ele sentou-se na mesa a comer, enquanto eu me sentei à sua frente a olhá-lo. Ele reparou no meu olhar e começou a mandar piadinhas sem nexo nenhum… Vá, talvez, mas só talvez, tivessem algum nexo.

            - Tens a certeza que não queres? – ele perguntou com carinha de gozo.

            E, eu mandei-lhe aquele olhar de “ é melhor estares caladinho, ou eu mato-te” e ele ainda se riu da minha cara.

            - Não sei como resistes… Cozinhas e nem sequer provas… que triste…ahahahahahahah

            Alguma vez vos disse que ele, por vezes, e não são poucas, me irrita?

            - Se calhar, é mesmo por ter sido eu a cozinhar. Muahahahahahahahah.

            E levantei-me, deixando-o a olhar para mim, com uma carinha de criança, quando dizem que vem aí o bicho papão, enquanto fui para o sofá ver televisão.

            Ia olhando pelo canto do olho para ver se ele estava a comer.

            Por uns momentos ele ficou apenas a olhar para mim, assustado, mas depois riu-se e voltou a comer. Ele lá se deve ter convencido que nunca lhe daria veneno para ele comer.

            Será que não daria? Muahahahahahahah

            Não, era impossível eu matar Paul, pelo menos, intencionalmente.

            Ele acabou de comer e lavou a loiça e eu continuei sentada no sofá a ver mtv rocks.

            Por impressionante que pareça, ele tinha televisão por cabo no meio daquele lugarzito… O porque de ter aderido à TV por cabo, eu preferia não tentar descobrir, antes que dê com o canal Playboy ou Vénus…

            Depois de terminar de lavar a loiça ele tirou-me o comando e desligou-me a tv e eu fiquei amuada, quer dizer, eu estava a ver. E ainda por cima, estava a dar um vídeo-clip dos Muse! Eu adoro os Muse!!

            -Ei, vamos compensar o tempo que nos roubaram e vamos à praia.

            - Humm, ok, mas deixas-me levar o telemóvel para ouvir música, já que me desligaste a televisão.

            - Não percebo o porquê de teres de ouvir música, mas tá bem.

            Eu levantei-me do sofá e fui buscar o telemóvel e depois corri para a sala, saltando para o colo de Paul, que se riu com a minha atitude.

            -Amo-te – sussurrei-lhe ao ouvido.

            E ele beijou-me.

            Estava tão bem, mas, quando o beijo se tornou mais intenso, Paul separou os nossos lábios dando apenas selinhos. Então eu saí-lhe do colo, peguei-lhe na mão e conduzi-o para fora de casa, em direcção à praia.

            Ele tinha trazido uma manta e quando nós chegámos ele estendeu-a a alguns metros do mar.

            A lua cheia fazia tudo ter um brilho especial, o mar reflectia a prata que a lua enviava até nós.

            Os próprios olhos de Paul tinham um brilho diferente, não sei se era só da lua ou da maneira como ele me olhava.

            Parecia que estava a adorar uma deusa, e eu senti-me lisonjeada e envergonhada, ao mesmo tempo.

            Sentámo-nos e eu peguei no telemóvel pondo banda sonora.

            Eu adoro música! Alguma vez vos disse isso?

            Pôs na pasta de Florence & Machine.

            Eu aconcheguei-me nos braços de Paul e ele começou a fazer carinhos no meu cabelo.

            Era muito agradável estar com Paul, o seu toque, o seu cheiro, a sua voz, a sua personalidade, tudo nele encaixava perfeitamente em mim, porque ele tinha o que eu não tinha.

            Completávamo-nos…

            Enlacei os meus braços no seu pescoço e beijei-o, cheia de desejo.

            Tudo o que sentia por ele intensificou-se, naquele momento. O desejo tomou conta de mim e tornei o beijo mais intenso.

            Paul interrompeu-o e perguntou-me ofegante:

            - Tens a certeza que queres isto?

            - Sim… sim, mais que tudo!

            E voltei-o a beijar, desta vez ele correspondeu mais intensamente.

Então começou a tocar a música “Never let me go”, a banda sonora perfeita, para umas das noites mais perfeitas de toda a minha existência, provavelmente, o único passo correcto que dei em toda a minha vida, pelo menos até ali.


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Notas finais do capítulo

Então?
Gostaram?
Reviews?
Por favor, deixem as vossas opiniões, elas são mesmo muito importantes para mim e por vezes, são elas a construírem parte da história.
Beijinhos eu adoro-vos (até aos leitores fantasminhas)



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