On The Road escrita por Hanna_21


Capítulo 6
Capítulo 6: Vegas


Notas iniciais do capítulo

Hello! Gente, estou com 3 leitores fantasmas! por favor, apareçam!!!
Dedico esse especialmente a biadias, Baju0427, Julia e Hellway, que foram as primeiras pessoas a ler e até hoje leem e deixam comentários demais, e a xDropDeadx, que além de sempre ler meus capítulos, escreve "Psychosocial", que é simplesmente genial. acho que todo mundo aqui já a lê, se alguém ainda não leu, recomendo.
O capítulo hoje é mais focado na Alexis em si, dando um folga pra ela (coitada, né gente).
Queria saber também o que vocês acham de fazer POV dos membros da banda. se vcs acharem uma boa ideia, gostariam que fosse de quem?
enjoy!



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SCREAM

Capítulo 6: Vegas


Na noite de terça, Jullian chamou a equipe para conversar. Ele explicou que conseguiu localizar Neil e que estava tudo bem, e elogiou nosso trabalho. A versão completa foi contada por Mason, depois do show. Sid contou a ele que Neil disse que sabia como se divertir em Los Angeles à luz do dia, e o levou a um lugar suspeito. Eles conversaram com uns caras estranhos que entregaram um pacote à Neil, e Sid lembra-se vagamente do que aconteceu depois disso, mas em algum momento Neil deixou-o em um lugar qualquer e partiu sozinho com o carro. Então o DJ entrou em um bar e, quando voltou a si, depois de algumas horas, veio até o show. Quanto à Neil, Mason disse que a polícia de Los Angeles ligou para Jullian dizendo que um funcionário estava preso por tentar invadir a mansão de Ozzy Osbourne, em Beverly Hills.


Resumindo: Neil é definitivamente mais fraco que Sid para drogas.


Fiquei com raiva, porém, porque Jullian NÃO DEMITIU Neil. Putz, o cara tentou invadir a casa do Ozzy! Abandonou Sid drogado no meio de LA! Não passou pela iniciação! Eu, que fui dopada e tive meu cabelo amputado, consegui fazer tudo direitinho. Falando nisso, arranjei um cabeleireiro surpreendentemente heterossexual, que ficou horrorizado com o estado das minhas madeixas. Pedi que ele tentasse manter o corte de antes. Meu cabelo terminou num Chanel oval repicado com franja diagonal. Pelo menos foi o que ele disse.


Estou nervosa. O segundo em show em LA foi o antepenúltimo antes de Jullian me dar o emprego ou não. Na quinta fomos para Phoenix, Arizona; foi cansativo, porque chegamos meio em cima da hora e corremos de um lado para o outro, para de manhã entrarmos no ônibus e partirmos para a última cidade antes do veredicto.


Vegas. O clichê das confusões.


Eu sentia um frio na barriga ao pensar nisso. Eu nunca tinha ido a Vegas, e sabia que ali aconteceria tudo o que até o momento tinha sido discreto: festas, sexo, álcool e drogas. Eu não sabia muito bem se estava preparada. Eu já havia ido a festas bem, digamos, pesadas, mas é outra realidade.


Todos esses pensamentos sumiram repentinamente. Uma placa escandalosa dizia “Welcome to Fabolous Las Vegas” me fazendo sorrir.


O show era no dia seguinte, sábado.


Sexta era dia de conhecer a Cidade do Pecado.


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– Violet, eu não vou usar isso.

– Você vai sim! Eu comprei especialmente para você usar NESSE LUGAR!

– Isso vai me deixar parecendo um vadia.

– E você queria o quê, se vestir igual a uma freira Vegas? Alexis, aí é normal se vestir como vadia! – Violet berrava do outro lado da linha.

– Ok. Eu uso. - cedi

Sabia que você ia aceitar!

Tá, tenho que ir, Vi.

Vai, gata, arrasa!

– Tsc. Tchau, Violet.


Desliguei. Violet sabia se comportar como uma criança de 10 anos. Olhei pela janela. Estava anoitecendo em Vegas.


Se alguém me dissesse há um mês que eu estaria no Hard Rock Hotel and Casino, eu jamais acreditaria.


Dividi o quarto apenas com Phoebe. Normalmente, ela me contou, quando eles iam para lá, roadies ficavam na Casino Tower, e a banda, na HRH All-Suite Tower, mas dessa vez todos ficaram na All-Suite. Nesse caso, “dividir quarto” é uma expressão, porque são apartamentos. Na sorte, conseguimos pegar um maior, chamado “Infinity Penthouse”, e era maravilhoso.


– Pheebs, vai fazer o quê? – gritei, indo ao quarto dela

– Vou ficar aqui – ela respondeu, saindo do banheiro enrolada numa toalha – Não estou com pique para sair na Las Vegas Strip. – a rua principal de Vegas.

– Certeza? – perguntei

– Aham. Não sei como vai aguentar amanhã. Você não é acostumada com isso, então rodar sozinha pela cidade não é uma ideia inteligente.

– Não vou sozinha, vou arranjar alguém pra ir comigo. Só quero entrar em alguns cassinos, jogar um pouco, conhecer os lugares, e depois eu continuo a farra por aqui mesmo com vocês. Decidi que se eu for demitida amanhã, quero ter certeza de que eu tive lembranças felizes na minha primeira vez em Vegas. – Phoebe me olhou incrédula

– É sua primeira vez aqui?

– Lógico. Eu não caía na estrada antes de “ter” esse emprego – comentei

– Só tem uma pessoa que pode te acompanhar hoje a noite, então.

– Fiona?

– Não, aquela lá bebe tanto que ela sumiria antes de vocês chegarem a qualquer lugar. Você precisa de um veterano na cidade e um jogador nato. – Phoebe pegou o celular

– Quem?

– Mason. – ela discou um número – Adivinhe: temos uma virgem em Vegas – lancei um olhar maligno ao ouvir a expressão – Aham. Aham. Tome – ela me deu o celular

– Oi.

Eu estava pensando em ficar aqui, mas agora é outra história. Em uma hora, na entrada – ele disse e desligou


Eram seis e meia. Sem pensar muito, corri para o quarto, abrindo estojos de maquiagem e procurando um sapato que combinasse. Não achei nada (NISSO a Violet não pensa), então Phoebe me emprestou uma sandália vermelha de salto altíssima. O vestido era preto, colado ao corpo, na metade das coxas, de decote reto e baixo, com alças grossas no ombro e um generoso decote nas costas; dei jeito de cachear parte do meu cabelo, usei sombra preta e delineador e completei com gloss.


Desci às sete e quarenta, topando rostos conhecidos pelo caminho. Avistei Mason fazendo sinais, e fui em sua direção. Ele abriu um sorriso.


– Eu soltaria uma cantada barata pra implicar, mas você vai ouvir tantas durante a noite que vou te poupar – ele riu, enquanto saíamos

– Agradeço – ri também, olhando-o. Mason estava bonito. O cabelo arruivado despenteado estava ainda mais bagunçado, os olhos pareciam mais claros. Ele vestia uma camisa branca de botões aberta e dobrada até os cotovelos, com uma camiseta preta de mangas longas por baixo, dobrada até um pouco abaixo de onde a outra estava, jeans preto e tênis.

– Talvez a gente encontre uma galera, ouvi alguns técnicos dizendo que queriam ir ao Casino Royale – ele comentou, parando na calçada – Você não está a fim de ir a pé, certo? – ele disse, olhando meus saltos.

– Definitivamente não.

– Foi o que pensei – ele tirou chaves do bolso e foi até uma BMW preta

– Wow! Seu pai emprestou o carro? – zombei, entrando

– Não, Jullian emprestou o carro. Eu só não avisei ainda. – antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele deu partida

– Aonde vamos?

– Bellagio, Ceasars Palace...

– Podemos ir ao Paris? –me referia ao hotel cassino que tinha a uma réplica da Torre Eiffel.

– Não quero estragar quando você for ver a Torre de verdade – Mason disse

– Como tem tanta certeza de que vou a Paris com vocês?

– Jullian vai te contratar.

– Hunf.

– Estou falando sério, você é boa. – ele insistiu

– Tsc.

– Alexis, você acha que se eu não acreditasse que você é uma boa funcionária eu teria te ligado pra tentar te acordar naquele dia pra você chegar a tempo? – olhei pra ele, surpresa, e ele desviou o olhar

– Foi você quem me acordou? Mas o número...

– Era um número diferente – ele interrompeu, sério. Parecia arrependido de ter falado.

– Nossa, Mase, obrigada. – ele voltou a sorrir

– Você me chamou de “Mase”.

– Sim.

– Você não me chama de “Mase”, só de “Mason”. Está se entregando ao meu charme.

– E lá se vai.

– Droga.

– Era só você não ter aberto a boca.

– Sei.

– Ah, vamos ao New York-New York!

– Não.

– Por quê? Eu já vi Nova York antes. - protestei

– Não é isso. Não posso entrar lá.

Por quê?

– Você vai ver. Vamos. – ele estacionou enquanto eu olhava boquiaberta para a frente do Bellagio. - Logo atrás de você está Paris – avisou – Não olhe.

– Não vou olhar – prometi – Não com isso na minha frente.

– Você não viu nada.


Um minuto depois as luzes ficaram mais intensas e as fontes jorraram água de forma sincronizada. Uma música tocava, enquanto as luzes a água continuavam seu espetáculo. As Fontes do Bellagio.


– O que está tocando? – perguntei, abobada demais pra reconhecer. Mason veio por trás de mim e colocou as mãos na minha cintura – O q...

– Abra as braços e diga que está voando – ele murmurou, e eu comecei a rir, entendendo

– “My Heart Will Go On”. Titanic. – eu disse. Mason riu em meu pescoço, me fazendo cócegas – Agora tire as mãos de mim e vamos jogar.


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Você conta cartas! – exclamei no ouvido de Mason enquanto andávamos pelo cassino do Bellagio, saindo da mesa de Blackjack

– Se Jullian te demitir, você pode trabalhar na segurança do cassino, sabia? – Mason comentou, surpreso

– É por isso que você não pode entrar no New York-New York?

– Sim. Joguei lá por cinco dias sem perder nada. Eles me bateram, tiraram minha grana e disseram para eu não voltar. Eu obedeci. – explicou, apontando uma mesa – Fazia dois anos que eu não jogava. Estava pensando em tirar o atraso no Hard Rock, mas você apareceu... Mas como descobriu?

– Eu... Meio que também sei contar cartas. – admiti

– Nããão! – ele exclamou, divertindo-se com a ideia

– Sim. E você tem que ser mais discreto, não foi à toa que te pegaram.

– Instrua-me.

– Você é metido demais, chama atenção. Perca algumas rodadas e reclame. E deixe-me jogar.

– Não – ele disse, e eu abri a boca pra protestar – Aqui não. Você vai ser a distração.

– Distração?

– É, você não assiste filmes? Mesas de 21 precisam de uma garota sexy pra ser distração para jogadores – ele explicou, mas parei de ouvir quando ouvi “sexy”. Sorri.

– Ok – concordei assim que ele se sentou em uma das mesas e começou o seu teatro.


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– Mason, eu vou cair! – gritei, agarrando o braço dele ao tropeçar pela quinta vez, enquanto ele mantinha as mãos sobre meus olhos enquanto saíamos do Ceasars.

– Eu disse que você não ia ver o Paris, e você não vai. Sou seu guia turístico, eu decido a rota. Vamos, quase lá.


Passamos por 4 mesas de Blackjack no Bellagio antes de eu perceber que seguranças nos olhavam de forma estranha. Eu disse para Mason perder aquela rodada, parecer revoltado, pegar o que tínhamos ganhado e partir pra a próxima, e foi o que ele fez.


O combinado agora é que jogaria 21 no Ceasars Palace, enquanto ele ficava numa sala de pôquer. Nós trocaríamos as “tarefas” nos cassinos seguintes. O combinado era que assim que chegássemos a números de 4 dígitos, nós sairíamos, ou até a segurança perceber.


Mal conseguimos jogar no Ceasars, porque logo a segurança parecia desconfiada. Saímos e partimos para outro. Acabamos nos empolgando no Monte Carlo, e acabamos perdendo metade do que tínhamos conseguido no Bellagio jogando caça-níqueis. Saímos dali rindo descontroladamente, com a promessa de acabaríamos a noite com o triplo do que tínhamos ganhado no primeiro cassino.


No Palms, por fim, cumprimos a promessa e quando partimos para ir ao Mirage, já se aproximava da meia-noite. Mason disse que iríamos apenas jantar ali – e só então eu reparei que não havia comido nada, apenas tomado muitos drinques pelos cassinos.


O Mirage tinha uma réplica gigantesca de um vulcão, que entrava em erupção de hora em hora. Mason me arrastou para que conseguíssemos chegar a tempo de ver a erupção da meia noite- uma coisa inacreditável; é quase como se um vulcão de verdade explodisse na sua frente. Depois, fomos ao Lounge dos Beatles, que era uma gracinha, para comermos alguma coisa.


– Como a Srta. Foster aprendeu a contar cartas, sendo que jamais esteve em Vegas? – Mason perguntou, enquanto eu dividia o lucro da noite entre nós dois. Apenas direi que a quantia tinha 5 dígitos. Estávamos sentados na frente de uma das piscinas do Mirage.

– Um namorado me ensinou – respondi distraidamente – Foi difícil convencê-lo, mas tenho meus métodos.

– Hum – ele riu maliciosamente

– Não é nada relacionado a sexo, se é o que está pensando. – normalmente eu o olharia feio, mas um pouco de álcool no meu sangue foi o suficiente para me fazer rir também

– Ah. – Mason riu, e o contato entre nossos braços aumentou. Senti o olhar dele fixo em mim. Normalmente, Mason e eu trocávamos piadinhas, nada além. Seus movimentos ali diziam o contrário. Ele queria avançar. Durante a noite, fingi não notar os pequenos gestos de aproximação, como rir ao meu ouvido e ficar com a mão constantemente em minha cintura. Aquilo não incomodou, (principalmente quando sua pele entrava em contato com minhas costas descobertas), mas eu estava em dúvida. Fazia tempo que eu não ficava com ninguém; eu não queria me deixar levar pelo momento e me arrepender. Mason era um amigo. Eu não me sentia especialmente atraída por ele. Acho.

– Vamos voltar – eu disse, sem olhá-lo.


Haviam ligado para Mason chamando para uma festa onde todo mundo estava, e logo depois Pheebs me ligou também. Entramos com Mase falando no celular com Guy, que afinava guitarras, nos orientando até a tal festa.


– O que é isso? - perguntei, vendo muitas pessoas, a maior parte homens, bebendo e gritando, enquanto strippers se “apresentavam”.

– Despedida de solteiro. – disse Mason

– Quem é que está casando?

– Ninguém. Quero dizer, Mick, supostamente.

– Por quê?

– O Hard Rock oferece despedidas de solteiro. Mais fácil de conseguir bebidas e dançarinas. E é engraçada a perspectiva de Mick se casando.


Observei o quadro ao meu redor. Toda a equipe estava ali, bebendo muito, muitos fumando e pude jurar que vi uns dois grupos no canto inalando alguma coisa. Mulheres seminuas desfilavam para lá e pra cá, dançando ao som da música, insinuando-se para os homens, sentando em seus colos, performáticas.


– MASE! – berrou alguém. Era Guy, sentado num sofá com uma loira em seu colo, beijando-o. Ele se desvencilhou e puxou Mason. Mason me lançou um último olhar de quem quer dizer algo a mais, mas eu o perdi na multidão.


Encontrei Phoebe dando amassos com um carteador. Ethan estava com os caras da cocaína. Localizei Shawn e Chris bebendo e rindo enquanto uma stripper dançava na frente deles, mas eles não pareciam prestar atenção nela. Uma coisa que sempre me passou pela cabeça era se esses caras que são casados traem as mulheres durante as turnês. Algumas esposas os acompanham por um tempo, mas é diferente. Pelo visto, o máximo que eles chegam é ter uma mulher seminua se esfregando neles, o que de certa forma me deixa feliz.


Conversei, ri e bebi bastante, até que descobri que já passava de três da manhã e me dei conta de que todo mundo ali está alterado, descontrolado, esgotado. As bebidas eram derramas, as drogas corriam soltas, pessoas beijando-se. Entre elas, Mason com uma garota de cabelos vermelhos; detestei a cena. Todo aquele teatro era simplesmente para não terminar a noite sem beijar ninguém, pelo visto, e agora ele tinha dezenas de vadias dispostas a isso. Hora de subir, pensei. Despedi-me de alguns e me dirigi aos elevadores, topando com uma cena que eu não esperava.


James estava se agarrando com uma morena com uniforme de crupiê. De todos, eu realmente achei que Jim era o menos capaz de trair sua garota. Eu estava prestes a sair dali quando senti uma mão agarrando meu braço e me arrastando na direção do “casal”. Eu ia gritar, mas quando olhei pra quem estava ao meu lado, me calei. Era Corey.


Ele me lançou um olhar de quem pede silêncio, soltou meu braço, caminhou até James e a garota. Cutucou a garota, tirou-a dos braços de James, que o olhou, confuso. Corey murmurou algumas coisas ao ouvido dela, e posso jurar que ele lhe passou uma nota. Em seguida a mulher saiu sem nem olhar para trás. O elevador chegou, e Corey empurrou James para dentro, me fazendo sinal para entrar. Ficamos em silêncio. Eu estava confusa.


– Você está fora de si?! – gritou Corey de repente – Que porra foi aquela, seu filho-da-puta?! Anda, responde! – James estava apoiado no canto, os cabelos caindo nos olhos

– Não sei – ele murmurou, rouco

– Não sabe? Não sabe? Caralho, Jim, não é porque vocês estão passando por problemas que você vai fazer uma porra dessas!

– Como se você nunca tivesse...

– Sim, eu traí Scarlett, mas não estou mais com ela, não é? E jamais traí Steph. Já passei por merda o suficiente pra saber que não vale mais à pena. Mas, você, seu desgraçado, sempre foi um dos mais responsáveis, e faz uma porra dessas? E se aquela vadia abre a boca? Você nunca mais ia conseguir Cristina de volta!

– Nós termin...

– Terminaram uma ova! Você tem o quê? A porra de 16 anos pra terminar com a namoradinha e tomar um porre? Toma vergonha na cara, James! - As portas do elevador abriram em um andar que não era o meu. Corey saiu e agarrou James para sair também. Eu ia apertar o botão do meu andar – Alexis. Você vem também.

– Ok – concordei. Não queria que Corey se estressasse comigo também. Saímos andando por um longo corredor, Jim quase tropeçando nos próprios pés.

– Espere aí – Jim disse repentinamente, se agachando e vomitando em um balde de gelo com Champagne que estava na porta de um dos quartos. Levantou-se e continuou a andar. Corey abriu a porta de um dos quartos.


– Silêncio, Paul já está dormindo – avisou Corey

– Corey, me solta – reclamou Jim

– N...

– Vou vomitar em você. - Corey soltou James e ele foi tropegamente até o banheiro.

– Isso é por causa da... - perguntei

– É.

– Ok. Corey, são mais de três e meia da manhã. Você não me arrastou até aqui só pra ou ouvir James vomitando, não é? – eu disse, decidida a saber o que estava acontecendo. Corey suspirou.

– Tá. É o seguinte...


Corey me contou que James e Cristina andavam discutindo um bocado porque ela estava se “sacrificando” demais para manter o relacionamento estável, mas Jim não se esforçava tanto. Cristina é o tipo de mulher independente, então essa situação estava deixando-a incomodada. Jim disse que estava se sentindo sufocado. Ela disse que queria um tempo. Aí ele encheu a cara (e imagine o quanto de bebida é necessário pra derrubar um cara daquele tamanho) e se agarrou com a primeira garota que viu.


Por isso Corey faz aquela cena toda de pagar a crupiê para não abrir a boca, mas pelo visto, ela nem sabia que Jim era, bem, Jim. Corey já teve problemas com bebida, então ele ficou puto por James colocar a si mesmo naquele estado.


Por fim, ele pediu para que eu jamais abrisse a boca com ninguém sobre o que eu tinha visto, porque ele conversara com Cristina depois da discussão e ela estava um tanto arrependida. Ele não entendeu porque Jim resolveu que a melhor solução era se encher de álcool, mas o estrago já estava feito.


A noite, pelo visto, estava terminando de um jeito diferente do que havia começado. Corey desceu para comprar qualquer coisa doce (porque ele mesmo já havia acabado com tudo o que havia ali), e pediu (meio que implorou) que eu ficasse com Jim no quarto. Mal Corey saiu e James apareceu, saindo do banheiro com cara de enterro, desarrumado e descabelado.


– Desculpe – ele pediu, e eu senti pena. Eu gostava de Jim

– Tudo bem - eu disse

– Ela parecia com Crist – ele comentou, seus olhos verdes desviando-se dos meus

– Eu sei.

– Droga. - Jim cambaleou de volta ao banheiro, e eu o segui, vendo-o abraçado ao vaso, colocando tudo para fora. Nojento, no mínimo, mas eu estava acostumada a cuidar de uns porres de Violet. Tirei as sandálias, sentei-me em cima da pia e segurei os cabelos longos de James enquanto ele vomitava. E foi assim por uma meia hora, enquanto Corey tentava ligar pra Clown.

– Hey, James?

– Sim? – ele resmungou contra o braço apoiado na privada

– Me faça um favor.

– Hum.

– Corte esse cabelo amanhã mesmo.

– Ok. – ele concordou sem hesitar. Bêbados concordam com tudo, mesmo.


Meu celular tocou. Olhei para a tela: era Fiona. Estranho, eu não tinha avistado-a durante a noite toda.


– Fiona?

ALEXIS, EU PRECISO DA SUA AJUDA!

– O que houve? – perguntei enquanto James vomitava novamente

ALEXIS, EU ACHO QUE DORMI COM O JOEY!

– Como assim!? – ela devia estar drogada

EU ACORDEI DE LIGERIE DO LADO DE UM CARA ANÃO DE CABELO COMPRIDO CHAMADO JOEY JORDISON!

– Espere um instante... Corey! – chamei

– O quê? – ele respondeu, aparecendo na porta apenas com a calça de pijama

– Joey está nesse quarto ou no outro?

– No outro.

– Ah, tá. – então ela estava certa. – É, parece que você dormiu com o Joey, Fiona.


Definitivamente, a noite estava terminando de um jeito bem diferente do que havia começado.



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Notas finais do capítulo

E entãão? O que acharam??
Eu não tive tempo de revisar, mas por favor, se acharem erros, me avisem!!!
não sejam leitores fantasmas, please!
muitos bjos!!
reviews???