Jogos Vorazes - Parte Dois escrita por Katniss e Peeta
Notas iniciais do capítulo
Gente, é bem curtinho, mas espero que gostem...
DYLAN PICK
Eu saí em disparada atrás delas, mal tinha ouvido o que Will havia dito, e quando já estávamos quase sem forças para correr é que avisto as mutações, uma espécie de gato gigante com olhos dourados e enormes, eles tinham garras vermelhas e duas das presas da frente eram de aço.
- Subam naquela árvore! – grita Will.
- Linces sabem subir em árvores. – falo continuando a correr.
- Não nessa aqui! – diz Gabriela apontando para uma árvore lisa e reta, de uns 30 metros de comprimento.
Escalamos às pressas e ficamos no topo da árvore, mas pelo visto os linces não queriam apenas a gente, eles continuam correndo e é ali que vejo destroçarem três tributos que estavam dormindo, se não me engano, ambos do nove e a garota do distrito cinco.
Uma fenda se abre e as mutações entram dentro, é ali que tenho tempo de olhar para Gabriela, que estava subindo mais alto na árvore.
- Nada de água por aqui. – Anuncia ela.
- Tem um pequeno lago, mas estamos muito longe. – diz Will.
Will.
- O que fez com o garoto do distrito 4? – pergunto ajudando Gabriela a descer.
- Dei algumas facadas nele. – ele estende uma faca para Gabriela. – Mas a garota do meu distrito chegou com um bando de carreiristas, eles não me mataram, mas prometeram o fazer da próxima vez que nos encontrarmos. Então o garoto está vivo.
- Hum. – digo me levantando. – Temos que procurar água e sair daqui, pode ser que os outros tenham ouvido o tiro de canhão e venham para cá.
- Mas é mais arriscado. – diz Will.
- Arriscado é ficar aqui e morrer de desidratação. – falo e nós três saímos em silêncio.
Will para limpando sua faca em um punhado de grama seca e Gabriela me alcança.
- Tente ser... mais legal, ele é nosso aliado agora. – ela sussurra e paramos.
- Você está bem? – peço mudando de assunto.
- Estou, deixa eu ver sua perna. – pede ela e tiro o pedaço de camisa que havia enrolado.
Eu não queria mostrar minha expressão de dor à ela, mas estava difícil, minha perna voltara a sangrar. Mesmo com frio tiro a camisa e enrolo ao redor do machucado, bloqueando sua visão.
- Vamos sair daqui antes que algum Carreirista nos ache. – digo. – Aquela caverna no subterrâneo estava ótima para mim.
GABRIELA CARTWRIGHT
Andamos cerca de duas horas até achar água, bebemos da pequena fonte até nos saciarmos e enchemos as garrafas. Dylan estava meio apreensivo e não me deixava olhar sua perna.
- Dylan, isso vai infeccionar e... – tento falar mas ele me corta.
- Não esquenta, vamos voltar para o túnel. – fala Dylan.
Então paro e tentar, voltamos em silêncio para o túnel subterrâneo, consigo matar dois coelhos e logo estamos dentro do túnel fazendo uma fogueira, que para meu alívio não fica visível por ser em baixo da terra e comendo os coelhos.
A noite chega logo e cobre com seu manto negro o céu púrpura, uma voz conhecida quase estoura meus tímpanos.
- Caros tributos sobreviventes – começa Claudius -, vocês serão recolhidos, um em cada aerodeslizador e serão cuidados de seus ferimentos, o prazo para isso é de 10 minutos, depois irão ser soltos dois por vez na Cornucópia, terão que se enfrentar até a morte de um, o sobrevivente pode se sentir a vontade para se esconder ou atacar o próximo sobrevivente, apenas um ficará vivo por batalha, boa sorte. – a voz some e o canto das corujas retorna.
Entreolhamo-nos e em um acordo silencioso decidimos vencer, saímos do túnel e imediatamente três aerodeslizadores se materializam a cima de nossas cabeças e em questão de segundos estou diante de Haymitch e algumas enfermeiras que começam a me lavar e me arrumar.
- Seja lá com quer for lutar, precisa vencer, escute isso. – berra Haymitch.
Afirmo tendo mil perguntas para fazer mas fico quieta, quando estou arrumada e com os machucados curados, começo a descer, vejo que estou costa a costa com alguém, Claudius começa a contagem regressiva.
- 10...9...8...7...6...5...4...3...2...1... – O gongo soa e corro para uma distância razoável do meu oponente, que joga todas as suas armas no chão e faz um sinal para eu acabar logo com isso.
Por que o colocaram comigo? Para nos matarmos? Olho para os lados esperando uma resposta, mas nada se prontifica.
- Vamos logo, Gabriela, sabíamos que isso ia chegar mais cedo ou mais tarde. – fala ele.
- NÃO! NÃO POSSO FAZER ISSO, EU... – vacilo e fico em silêncio, Dylan apenas afirma com a cabeça.
Uma raiva me enche a cabeça e sinto que estou com os dentes cerrados, agarro a faca pendurada na minha cintura e parto para o ataque, fazendo um grande corte no seu braço, que começa a verter o sangue vermelho.
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...e não me matem.