Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 9
Vestir isso?! PIROU?!


Notas iniciais do capítulo

Uff... Sério, estava completamente sem ideias para esse capítulo. Não sei se ficou bom, mas eu coloquei mesmo assim. Espero que não queime seus olhos!! >.
Boa leitura!! :)



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Akita gastou o resto do tempo até o sinal bater apenas observando as pétalas brancas e macias como algodão caindo. Apesar de estar relaxado, os olhos verde-limão não lhe saíam da cabeça. Era como... como se eles escondessem um segredo em meio à cor de sangue.

O pequeno estava tão absorto, como se tentasse desvendar o mistério por trás do segredo — que nem sabia se existia —, que não notou um cheiro deliciosamente adocicado se aproximando. Só se deu conta quando uma voz altamente reconhecível o chamou animadamente:

— Finalmente te achei! Ei, estava pensando, o que acha de irmos ao parque de diversões hoje? Abriu uma montanha-russa nova lá e eu quero experimentar! Akita, está me ouvindo?

— Hum?

Akita notou a presença de Hayato, mas não é por isso que estava prestando atenção.

— Foi mal, não escutei nada — falou Akita, mas sem parecer lamentar muito. — Pode repetir?

— Sim, posso — Hayato respondeu pacientemente, sentando-se ao lado. — Vamos sair hoje! — O albino não fez perguntas, afirmou sem hesitação.

— Não.

— Eu não perguntei nada, falei que vamos e pronto. Quero ver se arranco alguma reação de você, se te colocar dentro de um carrinho de montanha-russa. Gosta de altas emoções?

— Não. — Akita repetiu, com simplicidade.

— Então vai passar a gostar. Onde quer almoçar hoje? Estou sem inspiração para cozinhar...

— Qualquer lugar está bom.

— Então vamos em um restaurante que fui um tempinho atrás. Não lembro do nome, mas não é muito caro.

— Tanto faz.

Hayato sabia que aquela seria a resposta mais positiva que conseguiria de Akita.

— Opa! Esqueci minha carteira lá em casa! — exclamou o albino de repente. — Está com a sua?

— Hã? — falou Akita, completamente desligado do mundo.

— Nada não. Vamos ter que voltar para casa, senão vai ser aquele come-e-corre.

— Não é má ideia...

Não consegui definir o que era mais engraçado naquele momento: se era a expressão incrédula de Hayato ou se era Akita realmente cogitando em almoçar e sair sem pagar.

— Vamos voltar — disse Hayato em definitivo, puxando o menor pela mochila.

— Tá...

Enfim, pulando a enrolação e todo aquele blá-blá-blá, apressemos um pouco a história. Os dois, após buscarem a bendita carteira, foram ao restaurante. Era o mesmo que Hayato fora antes de visitar o orfanato, onde as mesmas garçonetes burras brigavam para ver quem atendia a mesa deles. Elas pensaram que Akita era a namorada de Hayato, e ficaram mordidas de ciúmes. A que ia atendê-los (ela ganhou no palitinho, coisa rápida), chamou a atenção de Akita dando um tapinha em seu ombro. O mesmo a espantou com um olhar cortante. E foi essa a animação do almoço (Yay!).

Para falar a verdade, o que importa mesmo é o que aconteceu depois do almoço.

Hayato falava animado sobre como achava que a montanha-russa era, andando de costas e olhando para Akita. O menor olhava para o chão, respondendo tudo com um vago "tá", mas não perdendo uma única palavra.

De repente, no exato momento em que chutava uma pedrinha do asfalto, Akita foi puxado bruscamente para o lado. Confuso, percebeu que havia sido Hayato quem fizera isso. E notou tudo atrasado. O albino estava alerto, desviando de projéteis, puxando Akita para onde ia e se escondendo atrás de uma caçamba de lixo vazia.

— O que... — começou Akita, de olhos arregalados, prestes a bombardear o outro com perguntas, mas Hayato tapou sua boca com a mão direita, fazendo sinal de silêncio com a outra.

— Agora não — sussurrou Hayato em um tom quase inaudível, espiando em volta. — Espere só um pouco.

Hayato virou-se e agachou, fazendo sinal para que o menor subisse em suas costas. Akita ia protestar, mas, com um olhar do albino que dizia claramente: deixe de frescura, acabou fechando a boca e subindo. E com isso eles sumiram com um borrão, da mesma forma que Hayato fez quando protegeu Akita.



Em uma rua não muito movimentada, mais precisamente em uma loja de artigos femininos, duas pessoas apareceram repentinamente. Akita estava com o rosto escondido em meio aos fios prateados, mas murmurou com a voz abafada:

— Isso foi muito louco.

Hayato deu um sorrisinho no lugar da risada e desceu Akita. Só então que o pequeno viu que estavam escondidos atrás de uma grande pilha de caixas decorativas de presente.

— Agora vai me dizer por que fugimos de lá? — perguntou Akita.

— Fomos atacados — respondeu Hayato simplesmente, limpando uma de suas facas (cuja lâmina tinha sangue alheio) em uma blusa vermelha ao lado. — Não seriam perigosos individualmente, mas lá tinham mais de vinte, aposto.

Os olhos de Akita se arregalaram novamente.

— Sim, e para isso precisamos te disfarçar.

— Espera um pouco — interrompeu Akita. — Por que só eu?

— Nenhum deles chegou a ver meu rosto. E acho que não sabem quem sou, afinal, só estavam atrás de você.

Akita não tinha nenhum argumento, então perguntou:

— Disfarçar como?

Hayato deu um sorrisinho de lado e puxou do cabide ao lado um vestido amarelo fosco.

— Por que acha que entramos justo aqui?

— Só pode estar brincando comigo — falou Akita obviamente relutante, afastando o vestido. — Não vou colocar isso.

— Se quiser estar vivo amanhã, é bom que finja ser minha adorável irmãzinha.

— Morra! Acha que somos parecidos para sermos irmãos?

— Por quê? Prefere ser minha namorada?

— "Adorável irmãzinha" está bom...

— Ótimo, vá lá para o vestiário, como minha adorável irmãzinha caçula e vista isso. Vou lhe passar as roupas por cima da porta, sim?

Sem nenhuma escolha, Akita entrou correndo no primeiro trocador que alcançou, trancando bem a porta e trocando suas roupas pelo vestido. Era definitivamente estranho usar aquilo, já que tinha espaço vago entre as pernas. "No que eu me meti...", pensou Akita. Mas não teve muito tempo para se lamentar, já que sentiu coisas batendo em sua cabeça, e não era nada menos que um par de sapatilhas pretas, milagrosamente de seu tamanho, e uma sacola para colocar suas outras roupas.

Dois minutos depois Akita saiu de lá, sentindo-se completamente ridículo, tentando puxar a barra do vestido mais para baixo.

— Por qual motivo teve que me dar isso? — murmurou Akita pelo canto da boca, abraçando a sacola contra o corpo.

— Acha que temos tempo de escolher? — disse Hayato e, elevando a voz ao tom normal, prosseguiu: — Não se preocupe, Aki-chan! Já paguei tudo, é seu presente de aniversário, lembra?

As moças do balcão deram suspiros, achando muito fofo um irmão mais velho tão carinhoso. E quanto ao Akita, a vontade dele foi de socar o albino. Aki-chan? Mas se conteve, repetindo a si mesmo: irmãzinha caçula adorável, irmãzinha caçula adorável...

Por fim, deu um sorriso doce, respondendo com uma alegria que não era sua:

— Obrigada, onii-chan!

E nesse ponto, as moças do balcão podiam vomitar arco-íris, pois tiveram um ataque de risinhos e "Aaaawww!" Hayato aproveitou a distração e roubou uma fita branca da mesa, amarrando-a no cabelo de Akita ("É para parecer mais real", explicou ele.)

Ambos, Hayato e Akita saíram da loja, conversando animadamente sobre um assunto banal. O albino estava no meio de um falatório sobre os cuidados para se ter ao andar na rua — as pessoas em volta deram sorrisos de concordância, felizes por encontrarem ao menos um irmão mais velho protetor —, enquanto passavam pela frente de uma loja de cosméticos. Akita deu um espirro, baixo e discreto, ao sentir o cheiro forte de perfume que exalava da porta da frente.

Por algum motivo, isso lembrou Hayato de uma coisa, e lhe trouxe preocupação. Embora não visse francamente tanto motivo para tal.

Tudo ia perfeitamente bem. Era horário comercial, então as ruas estavam cheias. Mas eles cometeram o grave erro de entrar distraidamente em um parque ecológico vazio, e foi nesse momento que Akita exclamou, alarmado:

— Hayato!

Como se houvesse uma mensagem escondida nessa única palavra, o albino se virou para a esquerda, a tempo de desviar um projétil com uma de suas lâminas. De repente lembrando-se que Akita não conseguia se esquivar de balas de armas, escondeu o pequeno atrás de suas costas, recuando para uma árvore.

— Como... — começou Akita.

— Nos seguiram pelo cheiro — respondeu Hayato imediatamente, poupando conversas. — Provavelmente algum deles tem um cachorro de estimação, tipo um de polícia. Talvez devêssemos ter passado perfume também.

— Tenho alergia a perfumes.

— Ah.

Uma pessoa pulou de uma árvore, pousando pesadamente na grama cheia de folhas. Era uma mulher, por volta de trinta e poucos anos, com os cabelos negros e curtos em cima no rosto e um cigarro entre os dentes.

— Ora, ora — disse ela, com uma voz que podia beirar ao sarcasmo. — Finalmente encurralamos nossos cordeirinhos.


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Notas finais do capítulo

É isso! Como está tarde, vou colocar o próximo capítulo depois, ok? Espero que seus olhos ainda estejam bem!! Kissuss!!!



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