Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 50
Dois dias


Notas iniciais do capítulo

Aaahh!! Como é frustrante ter um computador que não colabora!!! TT-TT
Tudo que posso dizer: tive que reescrever oito vezes o capítulo porque não conseguia salvar.
LEIA AS NOTAS FINAIS!
LEIA AS NOTAS FINAIS!
LEIA AS NOTAS FINAIS!
Entendeu? É para ler as notas finais, não me ignorar -_-



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Era exatamente 4h30 da manhã quando todos acordaram — embora alguns já estivessem de pé há algum tempo. Akita, porém, estava com tanto sono que Hayato precisou tirá-lo da cama e até trocar suas roupas.

A todo momento aparecia alguém subindo com pressa as escadas, passando pela sala, pela cozinha, entrando e saindo dos quartos — mas ninguém falava nada; todos estavam tensos, nervosos.

No próprio quarto, Takeshi encarava vagamente a parede em frente a cama, sentado na mesma. Já havia trocado de roupa e arrumado tudo — usava trajes de visconde, com os quais se acostumara e, por isso, não conseguia usar confortavelmente outra coisa. Não mostrou reação quando Ayumu entrou devagar, carregando suas flechas nas mãos.

— Takeshi-sama, precisamos ir — chamou, hesitante em tirar a concentração do patrão.

Felizmente Takeshi não se irritou. Ele levantou e pegou um tipo de mochila, jogado ao canto — apesar de tudo, não ia fazer Ayumu carregar duas mochilas enquanto levava o arco preparado para o caso de uma emergência.

— Hum… Takeshi-sama? — disse Ayumu.

— O quê?

— Posso te fazer uma pergunta?

— Pode fazer mais uma pergunta.

Um momento de silêncio.

— Por que me proibiu de contar à eles sobre a irmã de Suuji?

— Explique.

— Você lembra que a irmã dele, Akemi, veio até aqui?

— Claro. — Takeshi estava impaciente.

— Por que não me deixou contar ao Suuji-san sobre ela?

Takeshi pensou sobre o que responder.

— Tudo a seu tempo — disse por fim. — Se ele ficasse todo ansioso por causa dela, íamos ter grandes problemas. Talvez ele até tentasse encontrá-la se soubesse.

Ayumu assentiu, desviando o olhar. O visconde revirou os olhos.

— Diga logo o que está te preocupando — exigiu. — Estou de saco cheio dessa choradeira toda.

— Eu queria contar à ele sobre a aparência daquela garota… — falou o servo em um fio de voz. — A pele dela estava tão pálida quanto a de Yuurei-san e até amarelada… Os olhos tinham formatos diferentes… Os lábios negros… Além do fato de as partes do corpo dela parecerem estar costuradas.

— Como o Frankestein — completou Takeshi, ciente do que o outro queria dizer. Com uma expressão enojada, prosseguiu: — Não há dúvidas que ela realmente morreu, assim como Kasagara disse. O único problema é que não sou um geniozinho para descobrir o que houve depois da morte dela.

Ayumu pareceu afastar por um momento a preocupação que lhe abatia, para dizer:

— Takeshi-sama, se me permite… Acho que eu sei mais ou menos o que houve.

•                                  •                                  •

Hayato havia falado para Akita para que descesse até a sala e o esperasse lá, enquanto arrumava algumas coisas que havia decidido levar de última hora.

O pequeno estava tão sonolento que quase não notou quando cruzou com Aiko no último lance de escadas. Só percebeu quando o Tsugumi lhe disse:

— Vou dar um pulo na farmácia daqui uns cinco minutinhos. Precisa de algo de lá?

— Hum? — Akita demorou para entender. — Ah, não, obrigado. Por que está indo para lá?

— Comprar bandagens. Temos poucas aqui.

Akita arregalou os olhos.

— Como é que é? Acha que vamos nos machucar tanto assim?

Aiko mediu a resposta que daria.

— Não vou mentir sobre isso. Sim, acho que vamos nos ferir bastante.

— Que premonição positiva — o pequeno torceu o nariz, fazendo o outro rir.

Os dois viraram a cabeça quando ouviram passos. Uma pessoa de cabelos escarlates passou, em direção à porta, com a intenção de ir até o jardim.

— Daichi? — disse Akita. — Já deixou tudo pronto?

Daichi parou de andar e virou a cabeça. Akita se espantou quando viu os olhos dele inchados e meio vermelhos.

— O que houve? — perguntou.

O ruivo imediatamente virou de volta a cabeça, escondendo o rosto.

— Nada — respondeu.

— Estava pensando em fugir? — indagou Aiko desconfiado, em contraste com a preocupação do menor ao lado.

Daichi balançou negativamente a cabeça, ainda sem encará-los. Aiko, mesmo não vendo mentira naquele gesto, disse seriamente:

— Sem querer fazer pressão, mas se você não for, sem dúvidas, pelo menos um de nós vai morrer.

— Eu sei — a voz do ruivo soou seca, cortando o sermão do Tsugumi.

Logo em seguida, retomou o percurso para fora da mansão.

— Não faça ele se sentir pior — ralhou Akita.

Os orbes cinzentos de Aiko ficaram sombrios.

— Não estou aqui para ser gentil ou apagar passados — falou ele. — Não sei se já entendeu, mas vou dizer do mesmo jeito: eu tenho um ser que só existe para que as peças nobres, em outras palavras, os outros seres e seus portadores, também existam; embora eu tenha assumido como meta pessoal, após a promessa de Hayato, manter a vida dos peões também. Resumindo, para que meus quinze anos de vida não tenham sido em vão, posso até obrigar Daichi a ir se for necessário. — Estreitou os olhos. — Não se engane, não sinto pena ou compaixão, como deve pensar.

Dito isso, Aiko continuou a subir as escadas, deixando para trás um Akita meio assustado.

•                                  •                                  •

Kenichi estava empacotando várias coisas para kits de primeiros socorros na enfermaria. Oliver estava ao seu lado, auxiliando a separar alguns vidrinhos. Os olhos de ambos doíam um pouco por causa da luz forte do cômodo, somada com a cor branca das paredes e chão. Eles conversavam.

— Será que vai faltar alguma coisa? — dizia o enfermeiro preocupado. — Quanto tempo vamos ficar lá? Ou melhor, será que vamos voltar?

— Acalme-se — riu Oliver, separando uma caixa. — Você não pode curar as pessoas sem precisar disso tudo? Essas coisas são só para quem não estiver ao seu lado no momento. Duvido que as bandagens que Aiko foi comprar sejam o primeiro plano para o caso de serem feridos.

— Quêê? Eles estão dependendo tanto assim de mim?

— Mais do que imagina.

— E se eu não conseguir? O que eles vão fazer?

— Acho que isso nem passa pela cabeça deles.

Kenichi encolheu os ombros, meio temeroso.

— Acabei — falou Oliver satisfeito, fechando a caixa. — Posso fazer mais alguma coisa?

— Não, é só isso. Obrigado pela ajuda, agilizou muito as coisas.

Oliver sorriu em resposta. Foi enquanto lacrava a caixa, que o loiro acabara de arrumar, que o enfermeiro quebrou o silêncio:

— Não é bom você me deixar fazer um curativo mais firme? Esse que você fez está muito frouxo.

O loiro congelou no lugar, para então pigarrear e tentar disfarçar, com uma risadinha nervosa:

— Do que está falando?

Kenichi sorriu docemente, mas ainda assim com traços críticos no rosto jovial.

— Você viu os pulsos machucados de Daichi e teve a ideia de se cortar, não é? Foi para valer isso? Realmente tentou se matar?

Os olhos castanhos de Oliver se arregalaram.

— As vozes te mandaram fazer isso? — a pergunta do enfermeiro, sem esperar resposta às anteriores, soou em um sussurro.

— Vozes? — Oliver repetiu, cauteloso.

— Aiko me contou que você está tendo alucinações, ouvindo vozes. Na verdade contou para todo mundo.

Após uns momentos de silêncio por parte do loiro — os quais o mesmo usou para tentar pensar em um pretexto para sair do cômodo —, Kenichi disse:

— Estamos todos preocupados com você. Pode confiar em nós.

Oliver desviou o olhar.

— Posso mesmo falar? — ele parecia genuinamente com medo, mas tentava ao máximo firmar a tremedeira que ameaçava tomar conta de si.

“Não faça isso, Oliver!”

— Claro — respondeu o enfermeiro, bondoso como sempre.

“Não confie nele! É uma cilada!”

— Você jura que não vai contar para ninguém? Como um psicólogo faria?

— Dou a minha palavra.

“Mesmo depois do que eu disse? Vai virar as costas para os meus conselhos?”

— Então, por favor, escute com atenção. Não quero repetir.

— Sou todo ouvidos.

“OLIVER!”

•                                  •                                  •                                  •

Em vinte minutos, todos já estavam prontos para sair. Eles iriam em dois carros, com sete lugares cada, sem contar os motoristas. No carro que andaria na frente iria Daichi, Akita, Hayato, Kenichi, Aiko e Oliver — e Suuji no banco ao lado do motorista. Todos os outros iam no segundo carro e, como sobraria lugares, levariam mais bagagem.

— Akita — chamou Hayato —, pode ficar na janela?

— Claro, mas por quê?

— Porque sim.

Akita fez menção de perguntar mais, mas calou-se e entrou no carro logo atrás do albino. Atrás, Kenichi e Aiko entraram também, junto de Oliver. O Tsugumi insistiu para ficar ao lado do loiro, para ficar de olho no comportamento do garoto. Depois de uma série de perguntas para Kenichi, descobriu que o enfermeiro descobria algo sobre a suposta psicose de Oliver, mas este não quebrou a promessa feita e não contou nada.

— Onde está Yuurei-san? — perguntou Ayumu, olhando em volta.

— Foi na frente — respondeu Riki. — Aiko achou melhor alguém ir para verificar o caminho e, como Yuurei pode praticamente virar vento, mandou-o.

— Ah, tá… Desculpe por perguntar.

Riki sorriu ao invés de falar, mas o significado de “não tem problema” ficou subentendido.

— Vai ficar mesmo aí atrás, sozinho? — perguntou logo depois, olhando para Mikato.

O de olhos verde-água levantou a cabeça, encarando-o apaticamente. Fora o primeiro a entrar no veículo cor champanhe, sentando-se sozinho na última fileira de bancos, dando claramente a entender que não queria ninguém ao lado. Automaticamente, quando pensou que ninguém perceberia, lançou ao Jin (que estava ao lado do motorista) um olhar cheio de ressentimento, raiva e rancor; mas não durou mais que um segundo — antes de voltar a fitar avidamente os próprios joelhos.

— Vá na janela — disse Takeshi ao servo, que assentiu e obedeceu.

O trajeto foi calmo e constante, sem interrupções. Como previsto, devido ao horário que saíram — por volta de cinco da manhã —, não teve nenhum trânsito até Ignis. Também não se preocuparam com carros no caminho até Immolare, já que as pessoas tinham terror do lugar. Em volta da estrada havia um tipo de floresta, semelhante mas não tão densa quanto a que ficava entre Terrae e Caeli.

Assim que passaram pelos portões da cidade mística, ficaram de olho para perceber qualquer coisa que se movesse. Akita fora orientado a ficar alerta a barulhos, pequenos ou não, enquanto Oliver, logo atrás, mantinha a ponta do rifle para fora, pronto para atirar. Logo ao lado, Aiko tinha seu costumeiro ar sereno olhando alegremente pela janela. Suuji, por sua vez, dormia apoiado na porta do carro, quase babando. Daichi tinha seu costumeiro olhar desinteressado, sentado entre Hayato e Akita, e o albino apenas olhava pela janela. Kenichi olhava ansioso, ora para a janela, ora para trás, sem saber exatamente o que fazer.

Já no carro de trás, ninguém realmente estava de prontidão — com exceção de Ayumu. Takeshi, por exemplo, brincava com a barra do casaco, tão entediado que poderia chegar a arrancar as próprias mãos só para ver se morreria muito rápido. Riki parecia entretido demais apertando o botão da janela, observando-a subindo e descendo, para notar qualquer coisa. Já Mikato e Jin… bom, eles pareciam estar fazendo uma competição de quem encara por mais tempo, pois ficaram mirando cortantemente um ao outro pelo espelho desde que o carro entrou em movimento.

Após uns minutos assim, imóveis, suas ações começaram a mudar. Akita registrou uns sons abafados de botas com sola de borracha pisando no mato em torno. Notando a mudança de postura do pequeno — que se inclinou mais para a janela —, Hayato e Daichi passaram os olhos em volta. Oliver firmou o dedo no gatilho.

Riki, porém, não se preocupou em ficar atento. Tudo que fez foi procurar qualquer vislumbre de algo violeta, como uma luzinha. Achou entre dois arbustos, reconhecendo até o formato dos olhos de Yuurei, quase inteiramente escondidos pela franja comprida. Riki olhou para o outro lado, vendo a mesma coisa um pouco mais adiante, porém a imagem estava mais opaca. Nesse exato momento, houve uma pequena perturbação nesse espaço — entre as duas luzinhas — e, logo em seguida, um líquido vermelho vermelho escorreu pelas folhas.

Quase que em sintonia, Hayato lançou facas por cima da cabeça de Akita. Os objetos prateados fincaram em massas macias assim que entraram entre a vegetação. Vendo a movimentação do albino, Daichi enroscou seus fios em uma árvore, assim que passaram pela mesma, que foram puxados, naturalmente, assim que prosseguiram na mesma velocidade. Quando a árvore caiu, houve um grito antes de desaparecer quase imediatamente, substituido pelo som de algo sendo esmagado. Seguindo os dois, Oliver atirou precisamente em três pontos seguidos, brevemente mirados anteriormente. Ayumu também não precisou de nenhum aviso para disparar flechas em cinco direções diferentes.

Mais alguns metros e Oliver atirou mais uma única vez, acertando bem na cabeça uma pessoa que tentava — em vão — se esconder rente ao chão.

Assim, Jin, no carro traseiro, fez sinal para que o motorista parasse, o que foi imediatamente obedecido. O da frente também parou. O primeiro a sair dos automóveis foi esse mesmo riquinho de cabelos castanhos, seguido pelos outros. Parecia até que iam entrar numa casa de praia para passar o feriado, se alguém desinformado visse a cena (e ignorando que não há praias por perto): as bagagens trazidas no chão, todos no meio da estrada e as portas dos carros abertas em um sinal de aparente relaxamento.

— Vamos nos separar em grupos — disse Aiko, assim que teve certeza que todos o ouviam.

— Dois grupos? — perguntou Suuji sonolento, em meio a um bocejo.

— Estamos em um número ímpar, dois seria desigual. Claro, há suas vantagens, mas um grupo grande mais atrasa do que auxilia. Por isso, vamos nos separar de um jeito diferente.

— Huh? Como assim? — indagou Kenichi, já nervoso sobre o que viria a seguir.

— Se entrarmos em bandos assim em Immolare, vamos imediatamente virar alvo e, consequentemente, nos desgastar desnecessariamente.  Para passarmos despercebidos, sugiro irmos em grupos não uniformes.

Aiko afastou-se um pouquinho para incluir todos no seu campo de visão.

— Há alguns aqui que não conseguem se mover muito rápido, certo? Como não queremos que isso vire um incômodo, esses vão com o onii-sama pelo solo e vão andar o mais próximos possível da estrada.

Essas pessoas já sabiam que eram delas que se era falado. Kenichi e Oliver enrusbeceram de embarassamento antes de se juntarem ao Tsugumi mais velho, que os acolheu com um sorriso tranquilizador.

— Depois disso vai ter um grupo de quatro — prosseguiu Aiko. — Takeshi, Ayumu, Mikato e Suuji vão fazer parte dele. Vocês vão ser os primeiros a sair, então vão chegar antes lá. Usem o trajeto paralelo a estrada, do lado esquerdo. Escondam-se o máximo possível.

“Que combinação estranha”, pensou Akita preocupado. “Será que isso vai funcionar?”

— Ei — chamou Jin. Aiko se virou. — Posso ir sozinho?

A pergunta surpreendeu quase todos, mas Aiko e Riki deram sorrisos quase idênticos de compreensão e satisfação.

— Sim, estava pensando nisso também — disse o Tsugumi mais novo. — Seria estressante para você seguir com outras pessoas. Escolha qualquer trajeto, só não se afaste muito da estrada. Pode seguir o seu ritmo desde que chegue em Immolare antes de mim, entendeu?

Jin assentiu.

— E, falando nisso, o último grupo vai ser dos que sobraram, incluindo eu.

O rosto de Akita pareceu brilhar, feliz.

— Por que nós não vamos pelas árvores? — disse Hayato. — Não sei vocês, mas para mim é complicado observar tudo do chão.

Daichi concordou.

— Sem problemas — falou Aiko. — É até mais conveniente. Vamos ser os últimos a partir, ok? Vamos cobrir a retaguarda.

Assim que Takeshi encaixou as espadas de esgrima num cinto e Ayumu ajeitou a aljava no ombro — os outros já estavam prontos —, Aiko lembrou-se de dar um aviso:

— Só não esqueçam que precisam chegar, no máximo, até uma da tarde de amanhã. Além disso, não podem de jeito nenhum esgotar as energias e muito menos se ferir. Caso isso aconteça, nossas chances são praticamente cortadas pela metade. Bom, se for o caso, espero que saibam como viver com peso na consciência por terem matado pessoas que confiaram em vocês.

— Qual o ponto de encontro? — perguntou Jin com a boca seca, tentando afastar pensamentos que pudessem esmagar sua força de vontade.

— Um sobrado de quatro andares, quase em ruínas, com as lajotas das paredes saindo. É mais ou menos no centro da cidade.

— Não existem umas milhares de construções assim na cidade? — Jin parecia incrédulo. — Como vamos encontrar?

— Ah, vocês vão saber.

•                                  •

— Vamos nos embrenhar bastante na floresta — falou Takeshi. — Seguiremos uma linha reta, sem desvios. Objeções?

Mikato e Suuji mantiveram as bocas fechadas. Ayumu não reclamou do patrão, obviamente. Assim, como se soubessem o que os outros pensavam, correram até a extremidade direita do asfalto e desapareceram entre o mato. Enquanto isso, Riki levou o enfermeiro e o loiro para o outro lado — em um segundo, já sumiram de vista também.

Jin olhou para os lados, decidindo por onde ir. Esperou por volta de cinco a dez minutos antes de ir pelo mesmo caminho pelo qual o quarteto havia passado antes.

— É o seguinte — falou Aiko, assim que todos tomaram uma distância segura —, vamos seguir dois caminhos diferentes durante o dia. Yuurei e eu vamos pela esquerda, bem à beira da estrada, e vocês três vão um pouco mais fundo na floresta, pela direta. Por volta de onze da noite, parem em algum lugar, uma clareira, para descansar. Assim que fizerem isso, vamos nos encontrar com vocês e seguiremos todos juntos na manhã seguinte.

— Que horas vamos chegar? — perguntou Hayato.

— Se eu estiver certo, por volta de meio-dia estaremos no ponto de encontro.

— E se você não estiver, vamos todos morrer — murmurou Daichi para si mesmo.

Aiko arqueou a sobrancelha.

— O que você disse? — indagou. — Não ouvi.

O ruivo balançou negativamente a cabeça.

— Nada, esquece.

— Vai, repete! — insistiu Aiko, agora curioso.

— Não fique falando como se eu estivesse escondendo uma confissão!

— Yuurei — falou Akita, interrompendo a discussão, dando uma risadinha de lado —, está com ciúmes?

A atenção de todos se voltou para o dito espectro. Este, sem alterar a expressão e nem recuar, simplesmente baixou o olhar para o chão, a cabeça inclinando-se de leve. Não demorou dois segundos para Aiko reagir também, suas maçãs do rosto se tingindo de rosado.

— E-enfim, vamos logo? — disse Aiko, tentando retomar a compostura que perdera por um momento. — Se enrolarmos muito, vamos acabar nos atrasando.

Akita riu antes de assentir e ir com Daichi e Hayato pelo caminho dito, enquanto Aiko e Yuurei seguiam pelo oposto.


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Notas finais do capítulo

Ceerto, agora as notas finais que eu insisti para que lessem ^-^
Tem uma parte muito confusa (como se o resto já não fosse o suficiente) aí, não é? Aquela que acontece antes de eles descerem do carro. Então, tudo vai ser, seguramente, explicado no próximo capítulo; então não se preocupem.
Desculpem pelos possíveis erros. Obrigada por lerem!!!!! o/



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