O Acampamento e a Lenda do Baú de Nun escrita por BellaS2Books


Capítulo 21
Lutando contra serpentes. Elas nos perseguem?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo disponível! Cada vez mais próximos do traidor e do baú, o que mais aguarda a nossos queridos personagens nessa missão louca?
Boa leitura!
BellaS2Books



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POV Sadie



Eu e Anúbis entramos juntos naquela lan house. Nada parecia estranho, além de lá ser um lugar meio escuro. Haviam duas fileiras de computadores e um corredor no meio. Pessoas mexiam no facebook, twitter, e etc... Típico. O estranho que eu percebi era que as pessoas estavam meio que hipnotizadas nos computadores, como se fossem a última garrafa de água do mundo, e eu sei que a palavra vício não seria suficiente para definir a situação no momento. Alguma coisa não estava certa, mas também não estava interessada em descobrir tão rapidamente o quê.

–Então é isso que é uma lan house?-Perguntou Anúbis meio que aterrorizado.

–É, meio que sim, mas essas pessoas parecem meio estranhas você não acha?

–Eu não acho, tenho certeza!É melhor ver o que temos que ver e irmos embora...

–Tudo bem! Eu vou procurar o responsável da loja para nos dar algum tempo em um dos computadores...

–Não! Você não vai sozinha, vou com você!-Ele disse querendo me proteger (*-*)

–Tudo bem... -Eu sorri e ele também.

Passamos pelo grande e quase infinito corredor, as pessoas nem olhavam para gente, estavam grudadas na tela dos computadores.

Então avistamos no final do corredor um balcão de madeira, onde um homem e uma mulher riam de uma conversa entre eles. Logo desviaram o olhar para nós.

–Ora ora, olá, posso ajudá-los?-Perguntou o homem meio misterioso. Ele me dava medo.

–Pode sim, nós queremos utilizar um dos computadores... Quanto custa a hora?

A moça riu ao seu lado.

–É de graça querida... Vamos vou levá-los até um computador.

A mulher era nova, magra, de cabelos negros, mas era também muito estranha, seus olhos pareciam hipnotizantes.

Ela nos conduziu a um computador antigo, já estava ligado.

–Se precisarem de alguma coisa, é só me chamar. -Disse sorrindo e olhando para nós, os seus olhos pareciam mesmo muito estranhos. Ela olhava para Anúbis de um jeito que fazia com que eu gostasse menos dela.

Então ela sumiu nos deixando sozinhos para olhar o que nos interessava.

Entramos na internet.

–Acho melhor buscarmos pelo Google... -Comecei.

–Faça isso. -Respondeu simplesmente.

Então eu entrei e pesquisei por: “Egito Baú de Nun”

Só houveram resultados que não tinham nada a ver, baú de cozinha, cachorro perdido... (Affs, eu pesquiso A e encontro B). Pesquisamos por um tempo vagando em páginas e não achávamos nada.

–Amor, porque você não coloca a palavra própria que Rá usou, “Roça”.

–Anúbis, eu acho que não adiantaria, essa palavra já é da musiquinha, tem a ver com fazenda, e acho que não tem a ver com o Egito...

–O que custa pesquisar?-Perguntou Anúbis.

–Tá bom, ta! Eu vou pesquisar, mas já vou dizendo que a gente não vai achar nada...

Então eu pesquisei por “Egito, roça” e coloquei em ir.

Me surpreendi abrindo uma página que poderia nos dizer o que estávamos procurando.

A página dizia:

Buto, cidade próxima ao delta do Nilo, a vila de Dep, era mais conhecida como a roça do Egito, por ser um dos locais de maior cultivo de trigo e especiarias.

Eu parei de ler e olhei para Anúbis. Ele sorriu.

–Não disse?

–Disse, Anúbis! Achamos, era isso que estávamos procurando, só pode ser! A Roça do Egito, a roça que Rá mencionou na música. O lugar onde Nun pode ter escondido o baú, só pode ser nessa vila de Dep em Buto...

Nós ficamos comemorando baixinho e logo Anúbis interrompeu.

–Amor, acho que agora que já sabemos sobre a cidade, é melhor irmos embora...

–O quê?-Eu ri. -Não, deixe-me antes dar uma olhada no meu facebook que já está desatualizado faz meses...

–Sad... Agora não é a hora...

Eu interrompi irritada, eu queria me divertir no computador, e ele estava estragando tudo.

–É claro que é! Eu vou checar e é rapidinho...

Ele me olhou preocupado.

–Sadie!

–Agora não Anúbis, me deixa em paz!-Gritei reclamando.

–Sadie, por favor, entenda. Esta loja está meio estranha, você parece enfeitiçada. Amor, vamos embora, temos que ir.

Então o homem e a mulher da lan house apareceram em nossa frente sorrindo e nos olhando.

–É Anúbis, ouça a sua namoradinha... Por que ir embora, se o dia só está começando... -Disse a moça e o homem ao seu lado riu.

Fiquei feliz, pois alguém concordava comigo. O computador agora seria a minha vida, fazia tanto tempo que não navegava pela internet, não via as notícias...

–Vocês são monstros. -Eu ouvi Anúbis gritando.

Então repentinamente ouvindo a palavra monstros acordei, como se um balde de água fria tivesse sido jogado na minha cara. O que ainda estávamos fazendo ali? Então eu lembrei. Como eu fui boba... Estava ali faz alguns minutos, e então eles haviam me enfeitiçado, ou algo assim, como as outras pessoas que estavam entretidas no computador... Olhei em meu relógio de pulso e quase levei um susto. Eram 5 horas da tarde... Mas como, só havíamos ficado alguns minutos ali... Enquanto nos distraímos haviam se passado horas...

Então a mulher começou a rir loucamente e o homem ao seu lado também. A mulher que estava ali deu o lugar a uma serpente vermelha de duas cabeças e o homem se transformou em uma esfinge negra.

–Como adivinharam tão rápido? -Riu a mulher.

–Nos conte sobre o baú! -O homem gritou.

–Não vamos lhes contar nada!-Gritou Anúbis empunhando sua khopesh negra. E eu por instinto empunhei a minha também.

Os monstros começaram a rir como loucos. E assim começou a luta.

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POV Carter





Sadie e Anúbis seguiram em direção ao Cairo e nós seguimos por outro. Andamos quilômetros com Walt reclamando de que deveríamos voltar, pois não avistávamos um ser vivo ou vila em lugar algum.

Quando finalmente eu cansei.

–Walt para de resmungar! Nós estamos dando o nosso melhor ok? Porque não ficou no acampamento?

Bes me aprovou com um grunhido, pois parecia estar cansado de ouvi-lo resmungar também.

Walt ficou de cara feia.

Eu e Zia andávamos de mãos dadas. O calor era intenso, e a cada segundo parávamos para beber um pouco de água, ou jogar em cima de nós mesmos. Então Zia disse.

–Amor, olha lá! Tem um grupo de andarilhos que pode nos ajudar.

–Eu não sei não garota, eles parecem meio estranhos... -Disse Bes.

–Qualquer coisa que acharmos já está bom!-Disse Walt reclamando outra vez. Nós reviramos os olhos.

–Acho que vale a pena tentarmos, afinal se tentarem algo, nós lutamos. –Respondi.

Todos assentiram.

Nós acenamos para o grupo que andava em camelos. E fomos nos aproximando. Pudemos vê-los mais claramente. Eram dois homens, pareciam ladrões, mas eu desviei o pensamento. Eles foram parando.

–Olá por favor, podem nos dar informações?

–Informações?-Perguntou um deles rindo. -Que tipo de informações?^

Os dois saltaram dos camelos.

–Vocês sabem sobre alguma vila, ou área de cultivo próxima?

–Não, nós não sabemos... -Disse o outro rindo. - Mas vocês devem ter coisas que nos interessam. -Terminou olhando para Zia.

Eu me pus em sua frente.

–Afaste-se.

Eles riram.

–Ou o quê garoto? Vai defender sua namoradinha?

Eles empunharam suas espadas e eu empunhei minha khopesh, assim como Walt e Zia. Bes veio ao nosso lado.

–Estou dando o último aviso... -Disse friamente.

Eles riram mais ainda. Então eu cansei. Conjurei uma bola de fogo. Os homens gritaram. Foi o suficiente. Eles subiram rapidamente em seus camelos. E puseram a correr. As vestes de um pegavam fogo, e o outro jogava água nele enquanto corria.

Bes começou a rir que nem um louco, assim como Walt.

–Isso é que vocês ganham mexendo com a minha namorada!-Gritei, esperando que ouvissem. Mas já estavam longe.

Zia me puxou e me deu um beijo intenso.

–Obrigada. -Sussurrou por fim.

Nós continuamos andando, mas não achamos nada. Então resolvemos voltar ao acampamento. Já estava começando a escurecer. Me perguntava o que Sadie e Anúbis estariam fazendo agora? Já haveriam chegado ao acampamento? Tinham descoberto alguma coisa?









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POV Anúbis





Sadie estava hipnotizada pelos monstros, já havia desconfiado de tudo desde o começo. Quando eles fizeram menção de atacar, me pus em sua frente. Empunhei minha espada.

E eles atacaram. Eu defendi o golpe da serpente nega e Sadie da outra. Eu atacava ferozmente de todos os lados. A serpente sibilava, avançando na minha direção, mas continuava firme. Seguia seus movimentos como reflexo, sabia de todos seus ataques e defesas era muito fácil lutar contra ela. Era como lutar com uma minhoca. Logo minha espada decepou sua cabeça e ela se desfez em pó. Ao meu lado, Sadie também lutou tão facilmente como eu, ela ultrapassou a serpente com sua espada e esta se desfez em pó.

Sadie caiu de joelhos. Eu corri para abraçá-la. Meu rosto em seus cabelos macios. Ela soluçava.

–O que foi meu amor?-Perguntei.

Então vi o que estava acontecendo. A cobra havia mordido próximo a sua cintura, o veneno estava fazendo o efeito, teria que levá-la logo embora. Tentei colocar a mão em cima do ferimento para diminuir o sangramento, mas de nada adiantaria, ela estava infectada pelo veneno. Então peguei-a delicadamente em meu colo.

–Foi tudo culpa minha, me perdoe Sad. -Disse quase sussurrando.

–Não, por que seria culpa sua Ann?-Ela disse fracamente.

Eu sorri pelo apelido que sempre me irritava.

–Eu te amo! Você vai ficar bem!Confie em mim... -Respondi próximo ao seu rosto.

–Eu já confio. -Ela respondeu baixinho.

Então saímos da lan house, as pessoas que estavam nos computadores, pareceram despertar do transe e ficar confusas, olhando para os lados se questionando o que estariam fazendo ali.

Saí correndo. As pessoas olhavam para nós. Eu não liguei, passei pelo amontoado de gente nas ruas e fui para uma rua sem saída, vazia e abri um portal.

Nós passamos facilmente por ele e no próximo segundo já estávamos no acampamento.









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A primeira pessoa que vi foi Bastet, ela estava conversando com Sarah. As duas estavam rindo até que nos viram.

–Anúbis, Sadie!Espera o que aconteceu com a Sad? -Gritou Bastet.

–OMG!Amiga!-Disse Sarah.

–Por favor gente, agora não é hora de falar, me ajudem aqui, ela precisa de cuidados. Ela foi mordida por uma serpente, ocorreu um imprevisto e...

–Você tinha que cuidar dela!Simples assim!-Gritou Bastet. -Me dê ela aqui, tenho uns ensinamentos de Sekhmet, vou curá-la.

–Eu estou bem...-Disse Sadie meio tonta.

Eu a entreguei para Bastet e ela a carregou até sua cabana. Sarah a seguiu e eu também.

Bastet a deitou em um colchonete. Sadie gritava de dor e cada grito era como uma faca que me atravessava. Não podia suportar o seu sofrimento. Era tudo culpa minha, nunca iria me perdoar.

Bastet pegou um frasco transparente contendo uma substância verde e espalhou sobre o local do ferimento. Ela sussurrou um encantamento em egípcio e logo Sadie parou de gemer, estava fazendo efeito, o veneno estava sumindo e a sua ferida também.

Bastet se afastou dela.

–Você vai ficar bem Sad. –Ela sorriu.

–Me desculpem. -Eu disse por fim.

–Não precisa, o importante é que você trouxe ela até aqui e tudo vai ficar bem agora. Mas você vai ter que fazer mais para conquistar minha confiança garoto chacal. -Ela riu saindo da cabana.

–Está tudo bem Sad?-Perguntou Sarah delicadamente.

–Está obrigada Sarah!-Sadie disse devagar com um meio sorriso.

Sarah sorriu dando-lhe um beijo na bochecha e saiu da cabana.

Só sobramos nós dois, e eu me aproximei dela devagar.

–Anúbis... -Sussurrou ela puxando meu braço levemente.

–Não Sad, foi tudo culpa minha, se eu não tivesse deixado você entrar naquela lan house...

–Nunca diga isso!Isso faz parte da missão, nós descobrimos o que procurávamos!Além disso... -Ela pausou. - Se alguém teve culpa nessa história fui eu... Se não fosse você comigo eu não saberia...

Então eu a silenciei com um beijo. Ela passou sua mão delicada por meu rosto. Eu me afastei delicadamente.

–Sad, nunca diga isso! Você nunca vai ser culpada de nada... Eu te amo tanto...

Acariciei seu rosto e ela fechou seus lindos olhos. Eu continuei depois de um tempo de silêncio.

–Lembra da nossa promessa? Ficaremos juntos aconteça o que acontecer, sempre que precisar eu cuidarei de você e te protegerei.

Ela sorriu, e isso foi o que valeu mais a pena depois de tudo naquele dia.

–Vamos eu vou te levar à nossa cabana, está tarde e você precisa dormir...

Eu dei a mão a ela, mas ela recusou. E se levantou sozinha, mas eu passei meus braços sobre ela, com medo de que caísse.

Então quando estávamos nos encaminhando para nossa barraca, Carter, Zia, Walt e Bes chegaram exaustos e cansados.


–O que aconteceu?-Perguntou Sadie.

–Nós andamos quilômetros e não achamos nada, nem uma informação, nada. Lutamos contra dois bandidos, e fora isso mais nada, estamos exaustos. -Ele silenciou e a olhou preocupado.- O que aconteceu com você?

–Nada, vamos explicar...-Respondeu.

Então todos se sentaram e ouviram a história, inclusive Bastet e Sarah. E Sadie terminou.

–Mas agora está tudo bem.

–Você disse que monstros os atacaram perguntando sobre o baú?-Perguntou Walt.

–Sim, provavelmente trabalham para a deusa que está por trás de tudo.

–Deusa?-Perguntou Carter.

–Eu deduzi isso pela letra da música, tipo “cuca”, deusa, mas não tenho certeza...

–Pode ser que sim. –Zia disse.

–Então o baú está escondido em Buto, mais especificamente em Dep?-Perguntou Carter.

–Provavelmente. –Respondeu Sadie.

–Na minha opinião, devemos partir amanhã, é claro, de acordo com as condições de Sadie... -Disse Bes.

–Estou bem Bes, e também concordo com você. Devemos ser rápidos, esses monstros foram outro aviso.

–Então partirmos amanhã cedo?-Perguntou Sarah.

Todos assentiram.

–É melhor vocês tomarem um banho antes de se deitar. -Riu-se Bastet.

Carter fez uma cara de irritado e Walt também. Todos riram.

Eles foram se enxaguar e o resto, cada um foi para sua cabana. Melanie e Jack estavam ouvindo tudo de longe, mas quando olhei de novo não os vi mais. Eu e Sadie fomos para nossa cabana e nos deitamos. Eu lhe dei um beijo.

–Boa noite meu amor!

–Boa noite Ann.

Eu lhe acariciei os cabelos e ela dormiu.








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POV Melanie



Aquela idiota da Sadie saiu com Anúbis na aventurazinha e no final se fez de coitadinha machucada enquanto fiquei ajudando a lavar pratos... Isso não iria continuar, amanhã era a data de minha vingança. Hoja fui até a barraca de Zia e das meninas e peguei o que precisava. Coloquei em uma caixa de presente linda, e assinei um papel “Walt.” Eu sorri, estava tudo perfeito, a partir de amanhã Anúbis seria meu e tudo ficaria bem...







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Lá bem longe do acampamento, na beira do Nilo, as duas criaturas novamente conversavam.

–O que mais descobriu?-Perguntou uma das criaturas.

–O baú está escondido em Buto, na vila de Dep. Partiremos amanhã. -Respondeu a outra.

–Magnífico. Eles terão muitas surpresas no meio do caminho... -Riu-se a outra.

Então ambas criaturas sumiram e tudo ficou silencioso. Olhando para o Nilo, alguma coisa parecia surgir de dentro dele, uma coisa que não deveria estar ali. A única coisa que era clara era que essa criatura ia para o norte e além...



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Notas finais do capítulo

O que acharam?????Mandem reviews!!!Pleeeeaaaaase!!! Tenho 14 leitores e somente 4 mandam reviews... Quero ouvir críticas, suposições, expectativas, dicas, o que der na cabeça!!!kkk!Bjs ;),
BellaS2Books