09

Uma semana havia se passado desde que Edward tinha ido almoçar na casa dos Swan’s pela primeira vez.
Durante todos os dias dessa semana Edward fora visitar os Swan’s. Às vezes ele almoçava, jantava ou apenas ia fazer uma visita num horário qualquer.
Edward não conseguira muitos avanços com Bella, ela pouco falava, apenas respondia o que lhe perguntavam, e mesmo quando isso acontecia, era extremamente monossilábica com as suas respostas.
Edward começava a cogitar a ideia de deixar Bella em paz, ele sentia que estava importunando a Swan.
Nessa uma semana que passou Jacob não voltara, não mandara nenhuma carta, e Bella estava ficando extremamente preocupada, ela já pensara na hipótese de ir até o quartel da cidade para perguntar sobre Jacob.
No momento, Bella estava no jardim com o seu cavalete pintando um belo quadro. Pintar era o seu passatempo preferido, por vezes ela pintava só para se acalmar. E era isso que ela fazia nesse momento, pintava para esquecer seus problemas, para esquecer que Jacob poderia estar ferido, ou até mesmo morto.
– Menina Bella! – Trisha corria pelo jardim afim de chegar rapidamente até Bella. Isabella quando escuta a negra gritar pelo seu nome, larga o seu pincel e anda alguns passos em direção a Trisha.
– O que houve Trisha?! – Bella diz afobada.
– Quando saí de casa para ir à feira, o Jacob me parou logo que saí do portão... – Trisha estava com a respiração falha.
– Jacob?! Jacob está na cidade? – um longo sorriso logo aparece no rosto de Bella, sem esperar para que Trisha continuasse a contar o seu breve encontro com Jacob, Bella saí correndo pelo jardim.
– Bella aonde vai?! Volte aqui menina! – Trisha gritava para Bella.
– Vou me encontrar com ele! – Bella fala enquanto corria. Ela sabia onde Jacob estava, sabia que ele a esperava no lugar de sempre, o lugar que desde que se conheceram era cenário de todos os seus encontros.
...
Bella estava radiante, ela se encontrara com Jacob e havia matado toda a saudade que sentia por ele. Jacob explicara que não escrevera para ela durante essa semana devido ao fato de não ter arrumado tempo e que também os soldados, e inclusive ele, haviam ido embora da batalha rapidamente afim de não terem mais baixas no batalhão, e então ele não pudera escrever por estar se deslocando até a cidade onde agora se encontrava.
Quando a jovem chegara em casa, logo foi para a sala de estar percebendo que todos já almoçando, mas para a surpresa e deleite de Bella, Edward não estava ali.
– Olha só quem finalmente resolveu aparecer. – Renée dizia irônica.
– Renée, estamos comendo por tanto, nada de brigas. Onde foi minha filha? – Charlie falava gentilmente.
– Fui até a igreja me confessar e rezar um pouco. Desculpe a demora. – Bella mentia.
– Mas por que foi sozinha? – Renée interrogava.
– Achei que Trisha tinha muitos afazeres, e também não faço mal em ir sozinha a igreja. – Bella senta-se a mesa logo pondo comida em seu prato. Logo todo o interrogatório sobre a saída de Bella é cessado.
...
Bella se encontrava sentada em sua cama lendo um livro que pegara a pouco na biblioteca do pai. Ela estava tão concentrada que não percebera quando a mãe abrira a porta de seu quarto e entrara no ambiente.
– Quero conversar. – a mãe diz firme, Bella se assusta com a repentina presença da mãe. Sem esperar que a filha esboçasse qualquer reação Renée coloca-se a falar. – Aonde fosse Isabella?
– Fui à igreja mamãe, já falei. – Bella fica nervosa, afinal porque a sua mãe estava duvidando dela?
– Está mentido. – Renée a acusa.
– Não, não estou... – Bella tentava colocar firmeza em sua voz.
– Cale-se! – Renée grita. A mulher andava nervosamente por todo o quarto. – Uma senhora acabou de vir aqui me dizer que viu a minha filha conversando sozinha com um homem!
– O que?! Não mamãe, eu fui à igreja! – Bella tentava mentir, a mãe tinha que acreditar! Ela não saberia dizer o que a mãe faria se não acreditasse.
– Estais mentindo! – a mãe torna a gritar. – Quem é ele Isabella?
– Não mamãe, não estou mentindo! – Bella já estava quase chorando e isso fazia com que a sua voz falhasse um pouco.
– Eu lhe fiz uma pergunta! Quem é ele Isabella?! – Renée coloca-se de frente a sua filha e sem dó aperta os braços da mesma.
Bella não sabia o que fazer, ela sabia que a mãe faria de tudo até que ela contasse a verdade. Sem escolha Bella responde a pergunta da mãe.
– Era Jacob Black. – Bella fala tristemente, agora as lágrimas já caiam livremente pelo seu rosto.
– Black?! Nunca ouvi falar desse nome. O que é que ele faz? – Renée larga o braço da filha logo que percebe que a mesma contaria tudo que ela quisesse.
– Ele é um militar. – Bella responde sem olhar para a mãe.
– Um militar Bella?! Um militar que nem tem um sobrenome?! Perdeu o juízo menina?! – a mãe estava desesperada com as declarações da filha.
– Mas é claro que ele tem um sobrenome! E não me importo se é um sobrenome de prestígio ou não! Se ele é rico ou pobre! Ele é gentil, educado, inteligente... Eu poderia passar uma tarde inteira só falando coisas boas de Jacob! – Bella se estressa, ela não admitiria que a mãe falasse mal de Jacob.
– Então quer dizer que ele é pobre?! Oh meu Deus Isabella! Onde é que está o seu juízo?!
– Não falei que ele era pobre. – Bella continuava olhando para baixo, ela não aguentaria olhar para a mãe e ver nos olhos dela todos aqueles xingamentos dirigidos a Jacob.
– Não precisa nem falar! Mas é claro que ele é pobre! Senão qual seria a razão desse tal rapaz não pedir a sua mão?! Mas agora não importa.
– Mas é claro que importa! Eu o amo, me casarei com ele, e não me importo se ele não tem dinheiro! – e era só isso que Bella queria, casar-se com Jacob.
– Você não sabe o que diz Isabella! Esse rapaz só quer tirar a sua inocência! Não se engane, todos esses homens pobres e sem instrução são todos iguais!
– Não! Jacob é diferente! Ele me ama! – não aguentando mais a mãe, Bella levanta-se da cama e finalmente fala olhando nos olhos da mais velha.
– Diferente?! Você perdeu o juízo! Esse homem não a ama, como disse, ele só quer tirar a sua inocência!
– Não diga o que não sabe mãe! – Bella estava furiosa, nunca na vida ela tinha enfrentado a mãe, e naquele momento ela esquecera que deveria ter certo respeito pela sua progenitora, mais nada importava, ela só sabia que a mãe ofendia de todas as formas o seu amado, e ela não admitiria isso.
– O que não sei?! Tenho praticamente o dobro de sua idade! É claro que sei mais das coisas! – Renée passava as mãos pelos cabelos num ato de nervosismo.
– Não! A senhora nunca conheceu o Jacob! Como pode ofendê-lo sem nem ter o visto?!
– Não o conheço e nem vou conhecer! A partir de hoje a senhorita está proibida de sair de casa e nunca mais irá falar com esse tal de Jacob!
– Não! É claro que não! A senhora não pode fazer isso!
– Sou sua mãe, sei o que estou fazendo. Aliás, trate de melhorar o seu humor com Edward Cullen.
– O que?! O que a senhora quer dizer? – Bella pergunta desesperada, ela temia que a mãe confirmasse as suas suspeitas e falasse que o Cullen era mais um pretendente.
– Edward a quer como esposa. – contrariando o pedido de Edward, Renée conta as verdadeiras intenções do rapaz.
– Mas eu não quero me casar com ele! Só me casarei com Jacob! – ela diz resignada.
– Não seja tonta menina! Se casares com Edward salvara a sua família! Estamos condenados! Terás que se casar com ele!
– E por isso eu tenho que destruir a minha vida?! – Bella estava indignada.
– Edward lhe dará uma vida de rainha! – a mãe fala como se fosse óbvio.
– E o que isso me importa?! Não me casarei sem amor. Papai quer que eu me case com quem eu escolher. Falarei com ele sobre Jacob.
– Oh sim, fale... E o seu pai terá um ataque do coração! Irás o matar de tanto desgosto. E mesmo que ele sobreviva nunca concordará que se cases com esse pobretão!
– Não fale assim de Jacob! – Bella grita.
– Cale a boca menina e me escute: Trate de deixar Edward apaixonado, pelo bem de sua família! Ou quer que eu e seu pai passemos os últimos anos de nossas vidas na miséria, comendo o pão que o diabo amassou? – depois que terminou de falar Renée se dirige para a porta e saí do quarto, deixando Bella chorando.
Bella estava desesperada, ela sabia que a mãe não a deixaria sair de casa e que também controlaria todas as suas ações, e inclusive não deixaria que ela mandasse uma carta ao seu amado. Definitivamente, Bella estava perdida.