Todos estavam apavorados e confusos, inclusive eu, o pior estado era de Elizabeth, ela estava com os olhos arregalados cheios de lagrimas, o Maximo que eu podia fazer era confortá-la:
- Acalmem-se, provavelmente era apenas uma garota que viu e resolveu pregar uma peça em nós.
– Certo, deve ter sido isso mesmo – Jonathan disse enquanto pegava na mão de Karine, que fazia um sinal positivo com a cabeça.
– Ah claro, por isso ela simplesmente sabia a letra toda da caixa de musicas! Não seja tonto Nicholas! - Sean disse sem olhar para trás - Não foi você mesmo que disse “que queria muito ver o que tem de tão assustador nessa coisa caindo aos pedaços”? E então?
- Desculpe se eu estou tentando acalmar as coisas, mas pelo menos eu tive coragem de explorar o lugar.
– CALADO OS DOIS! – Elizabeth disse enquanto enxugava as lagrimas – Vamos apenas... Esquecer de tudo isso. Tá legal?
- Certo. – Todos disseram juntos.
Lá se ia o dia em Coventry, o céu estava alaranjado e cheio de nuvens. Eu olhei para o espelho retrovisor do carro, ainda podia se ver a casa, então foi ai que eu percebi que ela era realmente assustadora.

~Alison pdv

– dango dango dango dango dango dango daikazoku – Eu continuei cantando a musica mesmo depois dos visitantes terem ido embora, se eles ainda permanecessem lá eu poderia ter servido um chá. Subi as escadas e entrei no meu quarto, mesmo não tendo vida eu podia tocar nas coisas, fechei a caixinha de musicas. Isso só me lembrava coisas tristes.

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Depois de chegar à minha casa, eu fui tomar banho, talvez me acalmasse um pouco. Fiquei refletindo sobre o que eu vi hoje, apesar de ter me apavorado e não visto direito, a menina que estava lá era realmente muito bonita, não superava Lizzy, mas era bonita. Eu ainda podia me lembrar exatamente da musica que ela cantava, Dango Daikazoku, de acordo com o meu conhecimento era uma canção que tocava em um antigo programa japonês infantil.
Desliguei o chuveiro e sai do Box, minha nossa, como estava frio! Limpei o espelho embaçado e vi meu reflexo. Estava com olheiras. Peguei a toalha e fui para meu quarto, troquei de roupa e fiquei deitado na cama encarando o teto. Aquilo cismava e não saia da minha mente, o que será que eu deveria fazer? Dormir. Dormir é a solução da maioria das coisas, mas não adiantou muito, eu sonhei com a casa, eu estava no centro da sala e do nada veio um homem com uma faca na mão, eu tentei correr, mas parecia que eu estava preso e não podia me movimentar. Então eu acordei suando frio, quando fui ver as horas eram 23:20, WOW! Eu dormi tanto assim? Todos da minha casa estavam dormindo, menos eu.
Eu estava com a terrível sensação de estar sendo observado, olhei para o lado e vi um pequeno vulto preto.
– Meu Deus, mas é hoje eu morro! – eu disse enquanto suava frio, mas ainda bem que estava errado, era apenas o gato da minha irmã correndo atrás de um inseto.
O que eu poderia fazer agora? Entrei na internet para pesquisar sobre fantasmas (o que não é uma boa quando está de noite). Então eu descobri que eles são apenas pobres almas presas na Terra por que tem algo que ainda não foi resolvido, mas graças aos contos de terror, eles ficaram com uma impressão de malvados, eles não podiam fazer mal a nenhuma coisa viva, mas tinham uma aura espiritual elevada, por isso podem levitar objetos com o poder da mente (coisas que humanos não podem porque ainda estão vivos).
Aquela menina da casa, o que será que a esta prendendo? Talvez souber a causa da sua morte...? O que custava saber? Quem sabe eu podia ajudar ela... Amanhã de manhã? Não. Minha curiosidade não permite. “Mas Nicholas, está escuro e aquele lugar é assustador, e você teve aquele sonho...” Meu subconsciente falava, mesmo assim, eu já enfrentei coisas muito piores do que isso, Coventry é um lugar antigo e existe desde a idade media, eu e meus amigos já fomos visitar uma praça onde centena de mulheres foram queimadas vivas pela acusação de bruxaria (Pobres coitadas, aposto que algumas almas ainda vagavam por lá).
Então... O que eu tinha a perder? Coloquei uma pequena bíblia e um crucifixo da minha mãe na minha mochila e fui andando, eram 23:30 agora, eu chegava naquela casa em 10 minutos na bicicleta da minha irmã (Que por meu azar era cor-de-rosa).
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Quando cheguei lá à lua pairava bem sobre o florão que tinha e dava uma iluminada natural, engoli um seco, o que poderia me aguardar naquele lugar sozinho? Ou quase...