POV Julie -

Ah, mais um dia de escola. Não que eu não goste, mas é que tem muita gente interesseira lá, que se aproxima de mim por causa do Team Bieber. Não, não sou amiga de Justin Bieber. Sou amiga de seus "funcionários". Digo, Scooter, Ryan, que saiu da equipe, mas logo volta, Kenny, Dan, Alfredo, todos, praticamente.

Não conheço o Justin e agradeço aos meus amigos da equipe por isso. Ultimamente, estou tomando raiva desse moleque. Por que? Simples: por causa das atitudes de criança que esse bebezão tem. Principalmente quando está com a chupa fama. Mostrar dedo do meio, abaixar a cabeça pra paparazzis, ser rude com fãs. Não acho isso um bom caminho.

Aí vem alguém e me diz: "Ele continua o mesmo, ele não mudou. Ainda é o Justin de 2009, ele só cresceu". É engraçado porque "crescer" está sendo uma desculpa pra tudo ultimamente. Toda sas ações ruins que Justin faz vêm seguidas de uma desculpa. "Ah, ele precisa de espaço, privacidade". "Ah, ele está só crescendo". "Ah, isso é inveja". Meu amigo, inveja de quê? Beleza, ele é bom, mas sim, existem melhores. Ele não é o melhor cantor do mundo, está longe de ser e matade das fãs dele gostam é da beleza dele, do que isso adianta?

Ele diz que é um menino normal, mas será que é tratado como um? fechando o Staple Center? Acho que alguém "normal" nunca faria isso. Sei lá, só acho. E desde quando "privacidade e espaço" viraram motivos para ser rude com fãs e mostrar dedo do meio pro paparazzis? Essa é a vida dele agora. Uma pessoa "normal" não teria 15 milhões de pessoas pra defendê-las, se elas quisessem privacidade, as pessoas ficariam tipo: "foda-se, conquiste sua própria privacidade". Agora, quando "O Justin Bieber" quer privacidade, as pessoas ficam tipo: "Porra, ele é um menino normal, deixem ele em paz, chega de ódio". Entenderam a diferença? Encaremos os fatos: Justin só é normal quando é conveniente pra ele.

Sim, ele é um ótimo garoto, caridoso e tudo o mais, mas será que adianta mesmo ser tudo isso, se horas depois ele coloca tudo a perder? Sei lá, só acho que ele não é o mesmo. Crescer e mudar são coisas distintas e ele mudou. Quando ele está sem a namorada dele, ele muda completamente. Quando está com ela, é só Selenata. Ela vira o mundo dele, mas quando ele cair, será que ela vai estar lá? Não, ela vai estar com outro. Quando a fama dele abaixar, ela vai partir pra outro, como sempre fez. Aonde ela estava quando o Nick precisou dela? Quando a Demi precisou dela? A Taylor? Aonde a Selena estava?

E sim, acho a Demi burra de aceitar a Selena de volta, porque quem fez uma vez, faz mais. Mas não falemos de Selena. Nem de Justin. Quero esquecer das mentiras dele. quero esquecer um pouco desse mundo e me focar na escola.

Suspirei tirando todos os pensamentos da minha cabeça, a deixando vazia e relaxada. Olhei minha roupa novamente no espelho e aprovei. Desci, peguei uma maçã e fui caminhando em direção à escola.

(...)

- Oi, gata. - Abracei Trace, que me cumprimentava.

- Oi, Trace. Viu Jullian por aí? - Ju era nossa amiga. Ela detestava o nome dela, achava que era de homem, por isso a chamávamos de Ju.

- Na verdade, vi não. - Eu ri. Logo o sino tocou. E que comece o dia nessa escola.

(...)

- Finalmente acabou! - Exclamei rindo com Ju e Trace. - Nossa, o pessoal é tão babaovosaco.

- Que? - Ele riram.

- Baba ovo com puxa saco. - gargalhamos, saindo da escola e seguindo o rumo de nossas casas. Ju morava 3 quarteirões antes de mim, depois vinha Trace, que morava do meu lado, é. Ou seja, aguentava os dois todo dia, o dia todo. Mas são meus melhores amigos desde...sempre, então tudo certo, meus vadios.

(...)

- Mamãe, cheguei! - Gritei, sem obter resposta. - Mãe? Mum? Mommy? Mama? Mamacita? - Escutei risadas abafadas. Não eram de minha mãe. Estranhei.

Logo as risadas cessaram. Estranhei mais ainda e segui em direção à cozinha aonde eu não vi ninguém. Procurei na área de serviço, sem resultado. Entrei no banheiro. Achei um bilhete.

"Procure, você irá encontrar."

Sem assinatura. Que tipo de maldição é essa? Mais risinhos abafados. Eles vieram de cima. Subi correndo. Os risos cessaram. Entrei nos quartos, nada. Só me sobrava... o porão. E o sótão. Um calafrio passou por minha espinha. Porão e sótão. Qual o menos pior? Ah, porra. Puta merda viu.

- Mãe, que brincadeira é essa? - Disse, descendo e indo pro porão. Peguei um taco de baseball e uma lanterna, descendo as escadas. Iluminei tudo. Ninguém. Me viro e dou de cara com um vulto preto. Gritei e deixei a lanterna cair no chão, correndo pra cima. 

Escutei risadas incontroláveis. 

- PRANK'D BABY! - Olhei pro porão de novo. Fredo? Meu Deus, era o Fredo!

- FREDO! - Gritei, indo o abraçar. Ele riu, me abraçando. Escutei mais risadas. Kenny, Ryan e todo o pessoal. - AH! - Dei um gritinho, abraçando cada um, que riam da minha cara, ainda. - Eu não achei graça, poxa vida. - Disse, rindo com eles.

- AHHHH! - Kenny imitou meu gritinho, correndo pela casa como uma meninina. Todos riram muito. Scooter e Alfredo ajudaram,  eu ria sem parar.

- Que saudades dos meus bobões. E do meu ursão grandão não peludão. - Pulei em Kenny, que riu. 

- Agente tava com saudades também, pequena. Ele bangunçou meus cabelos. Fiz um bico e uma cara de brava, todos riram.

(...)

Eles foram embora porque tinham compromissos. Ficamos um tempão brincando e contando piadas. Kenny era o máximo nas piadas. eu ria até pedir penico.

Eles eram os melhores amigos que alguém podia ter. Engraçados até a morte. Mas algo me dizia que essa alegri iria acabar.

Logo logo iria acabar. Por que? Ótima pergunta, pergunta qual eu ainda não tenho resposta, mas em breve eu terei.