Radioactive escrita por Grace


Capítulo 5
Capítulo 5




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Fomos ate a recepçao e falamos com a Clara (lembram dela? A recepcionista do começo da fic e tal...) sobre onde iriamos conseguir um cavalo na cidade.

– Felizmente nos temos dois cavalos aqui no hotel. Eles estao la atras e se quiserem posso pedir para alguem encilha-los para voces. – ela sorriu para mim e Thalia revirou os olhos.

– Seria otimo se fizesse isso. – ela disse.

– Se quiserem, tem um campo lindo, mas um pouco abandonado a mais ou menos 1 km do hotel. E’ so’ seguir aqui pela esquerda. Nao tem como errar.

– Otimo. Voce pode pedir apra alguem encilha-los agora? – ela parecia empolgada.

– Claro.

– Ahn. eu nao sei andar a cavalo. – elas me olharam. – O que? Nao posso fazer nada, nunca fui criado no campo.

– Tudo bem. Mande encilhar apenas um cavalo. Voce vai comigo Di Angelo.

– Ahn, ta bom, eu acho.

– Vem. Vamos comprar algumas coisas para comermos. – Ela saiu me puxando.

– Mas a gente recem comeu...

– Eu sei... tava pensando em fazermos um piquenique. Pra nao termos que voltar na hora do almoco. A gente come por la mesmo.

– Um encontro?

– Ta querendo ficar aqui Di Angelo?

– Nao esta mais aqui quem falou... e sera que da pra parar de me chamar de Di Angelo.

– Vou pensar no seu caso Nico. – sorri.

Compramos varias coisas para comermos, uma toalha e uma cesta (na verdade era uma bacia de plastico azul) e fomos pegar o pobre do cavalo que ia nos levar para um campo no meio do nada. Como se a cidade ja nao fosse no meio do nada o suficiente.

O bicho era bonito e bem cuidado, mas confesso que ele tava me dando medo. E se a gente caisse e ele pisasse em cima da gente?

– Thalia... acho que eu vou ir a pe.

– Nao acredito. Nico Di Angelo super fodao esta com medo de um cavalo?

– Olha o tamanho dele.

– E’ apenas um cavalo Nico, por favor, deixa de ser fresco. – ela revirou os olhos. E subiu no cavalo. – E ai? Vai ficar ai parado olhando ou vai subir?

– Como eu vou subir ai?

– Coloque o pe’ direito aqui – ela apontou para o estribo* – se impulsione e passe a perna esquerda para o outro lado.

– Ta maluca? Eu vou cair.

– Nao vai nao.

Coloquei o pe e me impulsionei, mas nao consegui passar a perna toda para o outro lado. Eu estava praticamente pendurado no cavalo. Thalia segurou no meu braço e fez força para me puxar para cima. E ela conseguiu. Nao sabia que ela era tao forte. Como se lesse meus pensamentos ela falou.

– Pratiquei Muay Thai ate os 15 anos. – e deu de ombros. Ela estava começando a me assustar.

Nao pude evitar de pensar que aquele era o momento em que tinhamos ficado juntos por mais tempo e estavamos muito proximos. Eu estava sentado atras dela. Confesso que as nossas posiçoes nao estavam me incomodando. Mas apesar de ser o mais proximo que ja estivemos ainda tinha uma distancia de uns 10 cm ente nos.

– Se achar que vai cair... pode se segurar em mim. – agora sim estava ficando bom. Nos ainda estavamos parados mas meu coraçao ameaçava pular pela boca a qualquer momento. O cavalo relinchava impaciente.

Thalia deu um comando e ele começou a andar lentamente. Nao estava correndo nem nada. Ate que nao era tao ruim.

– Estava morrendo de saudades disso!

– Nao sabia que voce tinha sido criada no campo.

– E nao fui... morei minha vida inteira em NY. Mas meus avos tinham um sitio no interior e iamos duas vezes por ano para la. Eu adorava. Eu tinha uma egua, a prenda... ela morreu a alguns anos e desde entao nunca mais andei a cavalo.

– Ah... entao esse e’ o reencontro?

– Mais ou menos... nao e’ a mesma coisa, mas e muito bom. Mas depois eu quero correr com ele, ja que tem um medroso comigo e eu nao posso fazer isso agora....

– Ei. Nem vem... pode correr sim. Eu perdi o medo ja.

– Tem certeza?

– Claro.

– Tudo bem entao...

O cavalo começou a correr feito um louco, eu me assustei e me agarrei na cintura dela, pude ouvir ela rir mas nao me importei, a minha vida agora era mais importante. Quando o cavalo parou eu tive coragem de abrir os olhos e vi que estavamos em um lugar lindo, cheio de arvores e tal, bem legal.

– Nico, pode descer agora. Ja chegamos.

– Eu morri.

– Nao Nico, nao morreu, mas quase esmagou minhas costelas. Sera que da pra descer? Preciso de voce la embaixo para eu poder descer tambem.

– Porque?

– Quer ficar sozinho em cima do cavalo monstro? – eu fechei a cara e ela riu. – anda, desce.

Desci devagar e cai um tombo. Olhei para cima e pude ve-la descendo do cavalo como uma princesa saia de uma carruagem... que comparaçao mais gay! Mas voces entenderam, ela desceu dali na maior naturalidade, e rindo da minha cara. Ela segurava as redeas do cavalo em uma mao e estendeu a outra para me ajudar a levantar.

Peguei a mao dela e observei-a levar o cavalo ate a arvore mais proxima, amarra-lo ali e colocar um pouco de agua em uma bacia que tinhamos trazido junto.

Ela estava realmente bonita hoje. Mais do que nos outros dias. Acho que pelo fato de ela estar feliz. Ela estava com uma calça escura colada e uma blusa preta com um raio azul que combonava com seus olhos, que estavam destacados em uma maquiagem leve preta.

– Como voce consegue se arrumar toda de manha?

– O que?

– E’... voce faz ate maquiagem. Eu mal consigo tomar banho e trocar de roupa!

– Porque voce e’ um preguiçoso.

– Ah, nao e’ pra tanto.. quem nao tem preguiça de manha cedo? – ela riu.

– Que horas sao rei da preguiça?

– Onze horas... o que quer fazer?

– Ahn... nao sei, acho que relaxar. – Ela se sentou na grama e eu sentei em sua frente.

– Tudo bem entao... – ficamos em silencio por alguns minutos, mas aquilo estava me encomodando. – Vamos nos conhecer.

– O que?

– Jogo da verdade. Voce me faz uma pergunta e se eu nao quiser responder voce me propoe um desafio e vie e versa.

– Ahn... ta bom, eu acho. Isso nao vai dar certo – ela sussurrou a ultima parte e eu fingi que nao ouvi.

– Vamos, vai se legal. Voce começa.

– Ahn... Quem sao as outras pessoas da sua banda?

– Percy, Chris e Charles. Minha vez... com quem voce mora em NY?

– Com o meu pai e meu irmao. Quem sao as outras pessoas da sua banda?

– Meu irmao Jason, Luke e Clarisse. Tem irmaos?

– Tinha... uma irma, Bianca, ela morreu junto com a minha mae. – eu nao gostava de falar disso, mas o que eu podia fazer? – Qual o nome do seu ultimo namorado?

– Luke. Com quantos anos deu seu primeiro beijo?

– 12. Luke e’ o cara da banda?

– Sim. – nao sei porque, mas nao gostei nada disso. – Ja namorou quantas garotas?

– Namoro serio mesmo, so’ duas. Voce ainda gosta do luke?

– Nao. – pude notar que suas expressoes se tornaram frias e vazias – Ja pensou em se matar?

– Ja... Voce e’ virgem? – simplesmente escapou da minha boca, eu juro.

– O que? – ela me olhou incredula – isso.. isso nao te interessa.

– Vou ter que pensar no desafio entao...

– Como assim?

– Se voce nao responder vou ser obrigado a te dar um desafio.

– Arg. Eu te odeio Di Angelo.

– Eu sei que nao. E ai, nao vai responder? – ela me lançou um olhar mortal.

– Nao Di Angelo. Eu nao sou virgem. Feliz agora?

– Ah... com certeza, se bem que um desafio nao cairia nada mal. – Me senti desconfortavel em pensar em alguem tocando ela daquele jeito. Ela revirou os olhos.

– Tarado. Nao quero mais brincar disso.

– Mas agora que estava ficando boa...

– Arg Nico. Nao faça eu me arrepender de ter vindo aqui com voce.

– Tudo bem, tudo bem... temos muito tempo para terminar o jogo. - sorri malicioso para ela que se jogou na grama.



* Obrigada a Annie-Potter que me lembrou o nome por review. Nao teve jeito de eu lembrar enquanto escrevia.



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Notas finais do capítulo

reviews? reviews? reviews? reviews? reviews? reviews? *---*



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