Radioactive escrita por Grace


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/181445/chapter/3

Eu acordei e o Nico ainda estava dormindo, exatamente na mesma posiçao (na verdade nao tinha espaço no sofa pra ele mudar de posiçao) e tremendo do mesmo jeito.

Eu me levantei, tomei um banho e quando sai do banheiro ele ainda estava dormindo. Revirei os olhos, peguei o edredon da minha cama e cobri ele. Eu tambem tenho coraçao ok? Tava me sentindo culpada por ele ter passado frio a noite toda e tambem nao queria ninguem com pneumonia no meu quarto.





Quando eu acordei vi que a cama estava vazia o que significava que Thalia ja havia saido do quarto. Foi quando percebi um peso a mais sobre mim. Eu estava tapado. Ela tinha me tapado. Nao pude evitar de sorrir.

Levantei, tomei um banho e desci pro cafe. Ela estava sentada ainda, mas ja havia terminado de comer, ela apenas olhava pela janela.

Me sentei na frente dela e ela deu um pulo.

– Que susto Di Angelo, quem voce acha que e’ pra ir se sentando assim?

– Foi crueldade ligar o ar no minimo e me deixar quase morrendo de frio sabia? – disse ignorando-a.

– E’... desculpa por isso.

– Mas voce ja se redimiu hoje me tapando antes de sair...

– Ah, aquilo. Fiquei com pena de voce.

Sorri e fui me virar para olhar o que tinha de cafe da manha mas eu simplesmente nao conseguia me mexer direito. Tudo doia.

– Aiii. Caralho. Eu nao consigo me mexer. – Thalia me olhou como se eu fosse louco.

– Porque? – eu olhei incredulo pra ela.

– Nao foi voce que dormiu no sofa nao e mesmo?

– Ahn. e’ mesmo.

Eu me levantei todo desajeitado e fui me servir. Quando voltei com o meu prato cheio de panquecas ela estava sentada do mesmo jeito olhando pra rua.

– E ai, o que vai fazer agora de manha? - perguntei

– Nao sei, acho que vou me informar sobre o concurso e saber porque tenho que estar aqui tres semanas antes.

– Posso ir com voce? – falei com a boca cheia de panquecas. Ela fez uma cara de nojo e assentiu.

– Enquanto voce termina a refeiçao ai eu vou la em cima. – disse se levantando. – te enocntro la na frente.

– Pega o meu violao? Por favor. – ela bufou.

– Pego. Mais alguma coisa senhor Di Angelo?

Eu ri e ela sorriu. Se virou e foi em direçao ao elevador.






Entrei no quarto e ele ja estava arrumado. Pelo menos ali nao ia ter que arrumar a cama. Escovei os dentes, peguei minha bolsa, coloquei as baquetas ali dentro, peguei os nossos violoes e desci.

Era um dia bonito, e uma cidade bonita tambem. Quieta. Uma cidade de campo. Eu ate que gostava disso. Era calmo. Gostava de me deitar na grama e olhar as nuvens, e adorava andar a cavalo.

Eu e o Nico andavamos ate uma casa onde nos disseram que era onde estavam esperando os participantes.

A casa era normal, parecia aconchegante. Batemos na porta e um senhor veio nos atender.

– Nos queriamos nos informar do consurso, somos os representantes das nossas bandas.

– Ah, otimo. Podem entrar. Sentem-se – nos sentamos e vimos o homem caminhate o outro lado da mesa. – Apenas preencham essa ficha e vou levar voces para conhecer tudo.

Preenchemos a ficha rapidamente com nome e idade do representante, integrantes da banda e musicas que seriam apresentadas.

Ele nos levou ate um estudio que estava meio acabado, mas dava pro gasto.

– Bom, voces podem vir aqui ensaiar quando quiserem, apenas liguem para agendar um horario. Ele estara a disposiçao dos participantes.

Meus olhos com certeza brilharam de emoçao ao saber que poderia vir aqui tocar bateria e descontar a raiva que eu estava do Di Angelo.

– O que voce toca garoto?

– Ahn, guitarra.

– Presumo que tenha trazido a sua, nao?

– Ah, sim. Nao estou com ela agora, mas esta no hotel.

– E voce garota? Faz o que na banda?

– Eu sou vocalista, mas amo tocar bateria.

– Otimo, quando quiserem vir... bom, e’ so’ vir.

– Ei. O senhor tem algo agendado para agora? – Perguntou Nico.

– Ainda e’ muito cedo, a maioria dos representantes estao dormindo.

– Otimo. Algum problema se ficarmos aqui um pouco?

– Claro que nao. Apenas desliguem tudo ao sair.

– Pode deixar.

Ele saiu e Nico me olhou.

– Quero ouvir voce cantar, e tocar tambem. – ele sorriu.

Eu revirei os olhos e sorri tambem.

Ligamos o microfone e a guitarra. Posicionei o microfone de um modo que conseguisse cantar tocando mas ele segurou a minha mao e me olhou.

– Quer saber? Deixa pra outra hora. Quero apenas ver voce tocar.

– Porque?

– Porque nos nao temos um baixista. – eu ri e ele sorriu.

– Ta, diz uma musica ai.

– Escolhe voce. Uma que goste.





Ela se sentou pegou as baquetas e começou a tocar The Adventures of Rain Dance Maggie – Red Hot Chili Peppers ( http://www.youtube.com/watch?v=RtBbinpK5XI&ob=av3e ).

Ela cantava baixinho, provavelmente para nao se perder e tinha um sorriso enorme no rosto, acho que ela realmente sentiu falta de tocar.

Peguei a guitarra que tinha ali e a acompanhei. Aproveitei que o microfone estava perto de mim e comecei a cantar. Ela parou de tocar por um momento, me olhou e soltou uma risada.

– Que eu saiba eu era a vocalista aqui – dei de ombros.

Eu sabia cantar, nao tao bem quanto o Percy mas era escutavel.

Ficamos ali durante muito tempo, mas Thalia nao cantou nenhuma musica, era apenas ela e a bateria. Eu resolvi nao acabar com todo aquele amor entre as duas entao fiquei na minha com aquela guitarra velha e o microfone.

Eu olhei para o relogio e me assustei.

– Ei, Thalia. Ja sao 11:30. A gente tem que almoçar.

– Nossa. Tem razao. Mas nao existe essa de “a gente”, eu vou almoçar sozinha.

– Caramba Thalia, a gente se conhece a quase um dia ja.

– Isso deve significar muito pra voce nao?

– Nao conhecemos mais ninguem aqui, porque nao podemos almoçar juntos?

– Porque ja basta eu ter que olhar pra voce de noite.

Ela se levantou, guardou as baquetas na bolsa, pegou seu violao e saiu.

Essa garota so’ pode ser bipolar. Nao, nao, talvez ela nao seja bipolar... seja so’ louca mesmo.





Sai dali o mais rapido que pude, nao me pergunte porque mas nao queria ficar mais na companhia dele.

Parei para perguntar ao senhor que conversou conosco antes se ele poderia me indicar algum restaurante na cidade. Ele me recomendou um ali perto.

– ... e por favor, se o garoto que estava comigo perguntar pra onde eu fui, nao diga e nao fale para ele deste restaurante, tudo bem?

– Nao entendi o porque... mas nao e’ da minha conta, pode deixar, nao falarei nada a ele.

– Obrigada.

Sai dali e fui direto almoçar.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

seguinte gente, eu vou narrar bem os tres primeiros dias, e depois vou fazer uma coisa menos detalhada para nao ficar chato... o que acham?
O proximo post vai ser provavelmente na quarta de noite!
digam o que acharam desse capitulo!
beijoss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Radioactive" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.