Radioactive escrita por Grace


Capítulo 1
Capítulo 1




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Aqui estou, neste desconfortavel aviao rumo a uma pequena cidadezinha no interior que eu nem sei o nome. Nao tenho nada pra fazer, estou sem o meu violao, sem a minha bateria e tambem nao posso cantar... tenho certeza que esses velhos que estao viajando comigo nao iriam gostar de um showzinho de rock ao vivo.

Meu nome e’ Thalia Grace e vivo em Nova York com meu pai. Eu toco violao, bateria e canto, tenho uma banda com meus amigos de NY e estamos prestes a participar de um concurso, alias, e’ por isso que estou viajando, o concurso e’ daqui a tres semanas nessa cidade no interior, um representante da banda precisa viajam antes para organizar tudo para a sua banda no concurso e e’ claro que sobrou para mim... sempre sobra.

Coloquei meus fones de ouvido e ouvindo Foo Fighters no ultimo volume dormi ate chegar no local do desembarque.

Otimo. Agora sao apenas mais tres horas de onibus.





Eu ainda nao tinha entendido o porque de eu estar viajando... fala serio, eu nem sou o vocalista da banda! Mas claro, meu querido primo e vocalista Percy tinha compromisso com a familia e entao eu tive que vir. O concurso e’ so’ daqui a tres semanas, pra que vir agora? E tudo isso porque eu sou guitarrista e eu nem queria ser guitarrista! Era pra eu tocar baixo mas meu pai me inscreveu na aula errada.
Meu nome e’ Nico Di Angelo e eu sou um cara legal. Eu acho. Estou em um voo para onde Judas perdeu as botas e la vou pegar um onibus ate o fim do mundo. Boa sorte para mim. Tem um velharada nesse voo que vou te contar ein, nao quero nem imaginar o que vai ser esse concurso, vamos concorrer contra bandas formadas nos anos 60!

Quase tive um ataque de felicidade quando o aviao pousou, pensando pelo lado positivo so’ faltavam mais tres horas pra chegar, e pelo negativo faltavam tres horas sem nada pra fazer em um onibus ccom poltronas duras que vai me levar pro fim do mundo, lugar onde terei que ficar por tres semanas sozinho ate meus amigos chegarem sem ninguem e sem nenhuma garota, a nao ser que eu queira pegar uma com a idade da minha vo’!

Ta bom, TALVEZ eu esteja exagerando um pouco, afinal alguma delas precisa ter uma filha ne? E esse filha tem que ter outra filha, e tambem nao seremos a unica banda na cidade, tomara que tenha uma banda de garotas bem lindas, nao me importo de confraternizar com as adversarias, nao mesmo.

Finalmente chegamos na rodoviaria da cidade e... caramba era o fim do mundo MESMO. Nao tinha ninguem na rua so um casal de velhos conversando, eu peguei a minha mala que estava em cima das outras no bagageiro e fui pedir informaçoes de onde ficava o hotel.




Quando cheguei na cidadezinha esperei para pegar minha mala e fui em direçao ao hotel, um tal de Campo verde. Pude ver outros onibus chegando e vi que muitos ja estavam ali a uns dias.

Quando cheguei ao hotel pude ver um garoto alto, com os cabelos pretos e uma mala do lado conversando com o recepcionista do hotel.




Eu estava batendo um papo com a recepcionista e me esqueci de perguntar do quarto, vai entender ne, ate que eu vi uma garota morena chegando ela estava tentando se desenrolar dos fones de ouvido e a cena era bem engraçada, ela tinha dois olhos azul que pareciam faiscar como se a qualquer momento ela fosse destruir os fones.

Ela se aproximou da bancada e abriu um sorriso.

– Quarto 502. – como assim gente? Nem um bom dia? E alem do mais, que historia e’ essa de quarto 502?

– Ei, espera ai, o meu quarto e’ o 502.

– Nao, ele e’ meu. Reservei esse quarto faz duas semanas! – ela me olhou incredula.

– Nos vamos resolver isso, provavelmente tivemos um erro no sistema e... – a recepcionista começou a falar.

– eu espero mesmo, ja nao basta ter que ficar nessa cidadezinha tres semanas a mais e agora nem um quarto eu tenho? – meu deus, que garota estupida.

– eu vou chamar o gerente. – a recepcionista disse isso e se retirou correndo.

– Sera que da pra se acalmar garota? E’ so’ alguem pegar outro quarto e pronto, quanto drama.

– Drama? Drama? Fala serio, eu so quero um quarto pra poder dormir descansada, so’ isso!

– eu pego outro quarto, nao me importo, e quanto mais longe do seu melhor. Sua neorotica.

Os olhos dela faiscaram de raiva e quando ela ia me xingar, o gerente chegou com a recepcionista Clara em seu encalço.

– Me desculpem, sera que alguem pode me explicar calmamente o que esta acontecendo aqui?

– Claro – a maluca começou a gritar – eu reservei o quarto 502 a duas semanas, e agora chego aqui e descubro que o quarto dele – ela aponta pra mim com desdem - tambem e’ o 502!

– Olha gerente, eu ja me propus a pegar outro quarto, nao me importo.

– Otimo, problema resolvido. – ele sorriu e foi consultar o computador.

– Viu sua maluca? Nao precisava se descabelar toda por isso.

– So’ temos um pequeno probleminha...

– O que? – falamos juntos e ela fechou a cara como aquelas criancinhas de cinco anos.

– Nao temos outro quarto vago.



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Notas finais do capítulo

E aii gente, digam o que acharam *-*