Broken Strings. escrita por MissCaroline


Capítulo 5
Declínio.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, desculpem-me pela demora! MUUUUUUITO Obrigada pelos reviews e um obrigada mais do que especial para minha querida amiga virtual e xará, vulgo Caderninho Azul, pois ela é uma das pessoa que mais me ajuda com a fic.
Um outro muuuuuito obrigada a Belle-Brenda pela recomendação!! Eu amei!
Espero que tenham lido o aviso do cap. anterior, entretanto estou de volta, agora como acadêmica do curso de Economia da UFMS KKK preciso compartilhar minha emoção rs.
O capítulo foi terminado não tem nem 15 minutos, então não pude dar uma revisada decente, portanto peço perdão pelos eventuais erros.
Sem mais delongas,
Boa leitura!



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Capítulo 4 - Declínio.


“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.” Fernando Pessoa.


Como de costume, a partida de pólo iniciou-se no meio da manhã devido a curta duração da mesma. Normalmente, dura menos de uma hora e é dividido em chukkas, que duram em média 7,5 cada e é feito um intervalo de 3 minutos entre as elas. Na metade da partida é feita uma pausa de 5 minutos. Os cavalos devem ser trocados a cada chukka e só podem ser utilizados 2 vezes no mesmo jogo, podendo ser eliminados durante a partida se a sua condição física for julgada insatisfatória num dos controles veterinários que ocorrem durante a prova.

Os jogos são controlados por dois juízes montados a cavalo e um árbitro que permanece fora do campo, que é consultado pelos anteriores em caso de dúvida.

O pólo tem uma particularidade que o diferencia dos outros esportes, que consiste no fato de as equipes terem de mudar de campo, e consequentemente de baliza, a cada gol que marcam. Isto acontece para que nenhuma das equipes seja beneficiada do estado do campo e das condições atmosféricas.**

Draco e Harry encontraram-se na baia, já que fiscalizavam seus cavalos. Acenaram educadamente, porém no íntimo cada um carregava o desejo de vitória e ansiava ver o outro sendo derrotado na frente de todos.

Já devidamente preparados, cada um em seu respectivo cavalo e junto ao seu time, aguardavam o início da partida.

Draco tinha como companheiros Theodore Nott – atacante como ele, Blaise Zabini – meio de campo, e por último Vincent Crabbe na defesa, mesmo estando um pouquinho acima do peso.

Já o time de Harry o tinha juntamente com Dean Thomas como atacantes, Seamus Finnigan no meio campo e Cormac McLaggen como zagueiro.

Os jogadores se dirigiram ao meio de campo, ouviram as instruções dos juízes pedindo um jogo limpo e sem violência desnecessária. Harry e Draco estenderam as mãos para o cumprimento, contudo mais parecendo que ambos tentavam quebrar a mão um do outro. A bola foi posta no meio de campo e os jogadores ficaram ao seu redor. O apito soou iniciando a partida. Os jogadores partiram em disparada atrás da pequena bola.

Já no camarote que lhe fora destinado, Hermione e os sogros assistiam à partida. Toda a competitividade entre eles era acirrada. Ambos não mediam esforços em buscar a vitória e, de certa forma, de atrapalhar um ao outro.

As primeiras três primeiras chukkas ocorreram e o placar ainda não havia saído do zero. A platéia já começava a dar sinais de tédio, visto que, as últimas partidas foram mais dotadas de emoção. Entretanto, havia uma torcida direta para ambos os capitães. Mais precisamente, uma torcida feminina.

As pessoas ao lado direito de Hermione gritavam o nome de Draco dando apoio ao loiro. Já as garotas que estavam ao seu lado esquerdo demonstravam claramente o favoritismo a Harry.

A partida chegara à metade trazendo a pausa mais longa. Harry tinha como costume ir ao encontro dos pais quando esse hiatus ocorria, entretanto dessa vez ele não foi.

– Hermione, aconteceu algo entre você e Harry? – indagou seriamente Lily.

– Nã, não – gaguejou – Por que a pergunta, Lily?

– Harry sempre vem falar conosco quando ocorre esse intervalo. Porém, hoje ele não veio. Achei estranho. – respondeu encarando a garota.

– Mudanças ocorrem. – disse esboçando um meio sorriso.

– Pode ser. – falou a ruiva ainda não muito crente.

A verdade é que Lily não ficou nada satisfeita com a resposta vaga de Hermione, no entanto não pretendia arranjar uma desavença com a nora. A garota se viu agradecida pela mudança de assunto.

– X-

As trombetas tocaram findando o hiatus da partida. Instantes após o sinal, o jogo se iniciou. Diferente do primeiro turno, o qual os jogadores preocuparam-se mais em dificultar uns aos outros, neste nem pareciam os mesmos.

Em uma jogada rápida e arriscada, Draco conseguiu atrapalhar a jogada entre Seamus e Harry, roubando a bola e repassando a Theodore que galopou em direção ao gol e finalmente abrindo o placar. Theo trocou um olhar de agradecimento com Draco que sorriu em resposta enquanto Harry o fuzilava com o olhar, depois o moreno começou a gritar com Seamus, como se a culpa fosse do coitado.

Trocaram de campo e o público que reclamava do tédio anteriormente, agora estava vidrado no jogo. Toda a calma se fora e dera a lugar a uma agitação imensa. Definitivamente aquele era o pólo que todos esperavam. Em uma bobeada de Crabbe, Harry tomou a bola e saiu em disparada para o campo do adversário, finalizando com sucesso. Arrancando aplausos da platéia pela atitude ousada. Novamente precisaram trocar de campo, ao passar por Draco, Harry sorriu cinicamente para o garoto.

– Preste mais atenção, Malfoy. – murmurou Harry sarcasticamente.

Draco arqueou as sobrancelhas em resposta e continuou seu trajeto.

Dada a nova troca e o novo reinício, Cormac conseguiu atrapalhar a jogada de Theodore, repassando a bola a Seamus, este que lançou a Harry. O moreno galopava rapidamente sendo seguido por Blaise e Draco. Em vez de tocar para Seamus que estava ao seu lado, Harry continuou indo em direção ao gol e tentou finalizar, porém sem sucesso. Seamus furioso começou a berrar:

– Você tem problema, Harry? Eu estava ao seu lado. Que droga!

Harry até tentou pedir desculpas ao companheiro, mas não adiantou. Alguns minutos após a desavença a chukka findou. A outra após essa fora extremamente movimentada, contudo sem gols. A próxima seria decisiva, caso continuasse no empate, haveria uma espécie de prorrogação.

Draco voltava ao campo quando trombara em alguém.

– Ora, ora... Se não é meu amuleto da sorte. – disse sedutoramente.

– Pare de graças, Draco. – respondeu Hermione – Pelo que eu saiba o jogo ainda não acabou.

– Acha mesmo que não ganharei? – indagou presunçoso.

– A questão não é essa, porém não seja tão confiante. Harry é um ótimo jogador e a equipe dele não fica atrás. – disse na defensiva.

– Hum... – fez uma cara de ofendido – Que seja! Aposto com você que ganharei. – disse convicto – E mais roubarei a bola no campo de defesa e sairei em disparada, fazendo o gol da vitória.

– Ah ok! Eu ficarei com dependência na matéria do Snape. – respondeu a castanha irônica.

– Depois o presunçoso sou eu. – respondeu Draco – Não brinque com isso, Granger. Pode morder a língua – disse fazendo a garota corar.

– Não tente virar o feitiço contra o feiticeiro, Draco. Sejamos honestos, a chance de você realmente fazer isso são pequenas. Tenha como exemplo o Harry em uma das chukkas.

– Lembre-se de que eu não sou o Potter, Granger. – disse sério – Aposto com você que eu conseguirei fazer isso.

– Apostado – respondeu – Se você perder sairá gritando pelo campus o quanto Harry é melhor do que você.

– Urgh. – fez uma cara de nojo arrancando uma risada de Hermione – Será nu, pelo menos?

– Não viaje Draco. Claro que não! Só se você quiser ganhar uma visita à cadeia...

– Certo, certo. E se eu ganhar...?

– Serei agradável e deixarei você escolher. – respondeu arrancando um sorriso maroto do loiro.

– Um jantar. – falou e prevendo a reação da garota, continou – Um jantar como amigos, é claro.

– Draco...

– Você disse que eu escolheria, Hermione.

– Ok, ok. Agora vá para o campo – respondeu sorrindo.

– Prepare-se para o jantar, Granger. Adoro mulheres de verde – finalizou piscando e indo em direção ao campo.

Naquele dia, Hermione descobriu que jamais poderia duvidar da palavra de um Malfoy. No último minuto, Draco rebateu o lançamento que era para Harry, saiu em disparada para o campo adversário e finalizou com estilo. O barulho do apito foi ouvido ao longe, no entanto o loiro só pensava em uma coisa. Tinha um jantar com Hermione Granger.

–X-

Aquela manhã para Harry poderia facilmente ser classificada como uma das piores de sua vida. Primeiro: chegou ao haras com Hermione e foram bombardeados por fotógrafos e jornalistas, irritando-a. Segundo: Pansy reaparece em sua vida, e de quebra quer tornar-se amiga de sua namorada. Terceiro: Mesmo com todas as promessas e juramentos já feitos, quase sucumbiu e transou com Pansy dentro do banheiro. Quarto: Discutiu com Hermione e sabia que a garota estava profundamente magoada com ele. Quinto: Para terminar de arruinar tudo, perdera para Draco no pólo pela segunda vez seguida.

O que faltava agora? Descobrir que é adotado ou algo semelhante?

Sem nem ao menos esconder toda a frustração que sentia, nem posou para as tradicionais fotografias das equipes. Resolveu ir direto para sua casa, sem dar satisfações a ninguém, inclusive a sua namorada e família.

“Que se dane!’’ – pensava o moreno.

Pobre Harry! Nem imaginava que o seu momento de revolta poderia contribuir para o plano de certo loiro.

–X-

Por mais devoção que Harry sentisse pelo pai, Lily era mãe e sempre sabia, ou melhor, sentia quando seu filho passava por apuros. O não aparecimento de Harry nos intervalos já lhe deixara em alerta. Não era de o seu feitio fazer isso. A inquietação de sua nora durante a partida fora algo que lhe chamara a atenção. Não que Lily não gostasse de Hermione, pelo contrário, a garota a cativara rapidamente. Entretanto, ela não acreditava que a menina Granger fosse a pessoa certa para o seu Harry, contudo se a mesma fazia seu filho feliz não seria ela que causaria problemas.

Todavia, mantia-se em vigilância constante. Qualquer sinal de tropeços, ela saberia. Lily Potter poderia ser uma pedra no sapato de Hermione caso ferisse seu filho.


– Harry não participou das fotos após a partida, Lily. Conversei com alguns funcionários que disseram que o viu pedindo o carro. – disse James passando a mão pela cabeça em sinal de nervosismo.


– Acalme-se, James. – pediu Lily – Você sabe como nosso filho é. Harry é tão competitivo quanto você. Tenha certeza que ele não deve ter gostado da derrota.


A ruiva virou-se para Hermione e indagou:


– E você fará o que agora, Hermione?


A garota estranhou o tom frio que a sogra utilizou com ela, mas tentou responder da forma mais educada.


– Harry e eu tínhamos combinado de irmos ao brunch independente do resultado. Tanto que quando nos deparamos com Pansy Parkinson e ela nos relembrou do evento, ele não declinou. Portanto, pretendo ir com ou sem ele. Afinal, esse era o nosso trato.


Lily enrugou a testa em sinal de desaprovação e continuou séria:


– Se você acredita que é a melhor decisão... Não serei eu que irei me opor. – disse, mas Hermione pôde compreender o recado subliminar da sogra.


Sem deixar-se abater, a castanha respondeu:


– Sei que você sempre tem a melhor das intenções, Lily. Obrigada! Nos vemos em breve. – disse e saiu dando as costas para os sogros.


Hermione precisava se cuidar ou arranjaria uma inimiga, e ninguém gostava de ter a sogra como rival, principalmente se ela fosse Lily Potter.

–X-

Se entre os Potter o clima era quase fúnebre, já entre os Malfoy, era o oposto. Narcissa distribuía sorrisos e elogios às pessoas e até mesmo Lucius perdeu um pouco da postura séria. Podia-se arriscar que quase um sorriso foi visto na face de Draco, não o típico sorriso de deboche, mas um sorriso verdadeiro.

Conversava com Theo e Blaise antes de dirigir-se aos Parkinson.

– Uma vitória no pólo está lhe deixando assim, Draco? – ironizou Theo.

Draco olhou sério para o amigo e respondeu:

– Você sabe que uma vitória sempre faz bem ao meu ego, ainda mais quando é em cima do babaca do Potter. - zombou Draco. – Além disso, não é apenas uma vitória. – disse misterioso – É a vitória.

–Uuuh – brincou Blaise – Que gay isso, Draco. – disse o moreno arrancando risadas de Theo e uma fuzilada do loiro. – Qual é o motivo da repentina felicidade?

– Potter não foi apenas derrotado perante todos os nossos conhecidos. O idiota também me deu um belo presente. – sorriu debochado e continuou – Ganhei um jantar com Hermione Granger. – disse surpreendendo seus amigos

– O inútil ofereceu a Granger de prêmio? Como assim? – perguntou Theo – Se eu soubesse disso também requisitaria a recompensa. – disse sedutor fazendo Draco revirar os olhos.

– Não seja tão burro, Theo. – disse Blaise – Conte melhor sobre isso, Draco.

– Antes da partida, quando estava indo conferir os cavalos deparei-me com Granger chorando. Como bom cavalheiro que sou fui verificar o que estava acontecendo. – falou sarcástico, fazendo Theo e Blaise abafarem os risos – O retardado brigou com a garota por que ela estava conversando com alguém que ele não gostava, leia-se Pansy. – ao mencionar o nome da loira os garotos ficaram surpresos – Banquei de bom moço e comecei a usar as minhas táticas com ela. – falou convencido.

– E? – perguntou Blaise.

– Ela ficou balançada como qualquer outra ficaria. – disse prepotente. – No entanto, ela até meu surpreendeu visto que não cedeu. – admitiu. – Um pouco antes do final da partida, nos encontramos novamente e acabou surgindo uma aposta. Caso ela ganhasse eu sairia gritando pelo campus o quanto Potter era melhor do que eu, se eu ganhasse teria a chance de escolher. Vocês já sabem o que aconteceu.

– De idiota você só tem a cara, Draco. – brincou Theo.

– Nem isso. – falou Blaise fazendo Draco sorrir. - Parece que alguém está encaminhando-se a armadilha do lobo mau. – disse o moreno fazendo Draco sorrir de lado.

– X-

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A extensa propriedade que se situava a mansão dos Parkinson podia ser vista a alguns quilômetros de distância. Afinal, a família gostava de ser conhecida pela mania de grandeza em todas as ocasiões possíveis.

Ao chegar à mansão, Hermione se viu cercada de luxo e exibicionismo. O brunch seria ao ar livre. No imenso jardim havia enormes tendas brancas acomodando várias mesas para os convidados. Garçons circulavam por todo espaço a fim de melhor recepcionar as pessoas. Mais ao canto havia uma grande mesa que Hermione pode constatar que era para a família Parkinson e os convidados mais ilustres.

Nela encontrava-se uma senhora muito loira e muito semelhante à Pansy, provavelmente sua mãe; ao seu lado estava um homem de aparência um pouco mais velha, revelando alguns cabelos brancos e que sorria olhando a mulher, possivelmente o pai da garota.

Entretanto o que chamou a atenção de Hermione para o local não foram os Parkinson, mas sim quem os acompanhava. Rapidamente reconheceu Draco, ao seu lado estava uma mulher extremamente linda e de magníficos olhos azuis, parecendo que os anos não chegavam a ela. Enquanto a mulher conversava, um homem com os cabelos platinados e de olhos cinza, assim como os Draco, a mirava com admiração. Provavelmente, seus pais.

Andava de maneira contida e envergonhada, mas ainda recebendo alguns olhares furtivos. Seu namorado não estava presente, seus sogros pareciam estar aborrecidos com ela, porém na concepção da garota a culpa não pertencia a ela. A desavença entre ela e Harry foi uma infantilidade vinda de ambos, afinal ele não tinha o porquê de fazer aquilo, depois à reação dela não fora das melhores. Ela não tinha nada a ver com a derrota, seu namorado perdera por que o outro time foi melhor querendo ou não. O encontro com Draco Malfoy não mudara nada, ou mudara? Hermione carregava imensas dúvidas consigo. Uma delas e no momento a mais importante era “O que diabos eu estou fazendo aqui?!” Determinada, deu meia volta e estava quase saindo do lugar quando escutou um grito:

– Hermione, Hermione! – virou-se e deparou-se com Pansy sorrindo – Ah que bom que você veio. – falou toda efusiva e abraçando-a. – Onde você estava indo? E Harry onde está? – disse fazendo a castanha ficar zonza em meio a tantas perguntas.

– Olá, Pansy. – respondeu – Eu achei que o meu celular estava tocando e ia para fora atender, porém foi apenas impressão. Harry decidiu ir para casa, tomar um banho e descansar um pouco antes de vir. – mentiu esperando que a loira acreditasse.

– Ah sim... Eu realmente espero que ele venha afinal adoro ver minha casa cheia – disse alegremente e fazendo Hermione sorrir com a euforia de Pansy – E onde estão Lily e James? – perguntou olhando ao redor em sinal de procura.

– Eles não puderam vir. Lily reclamou de uma enxaqueca e James decidiu que seria melhor irem para casa. – mentiu descaradamente. - Porém resolvi vir mesmo assim. – disse.

– Que ótimo Hermione! – respondeu sincera – Você não sabe como fiquei feliz ao encontrá-la hoje. Adoro sua avó, ela me diz coisas tão boas ao seu respeito tanto que é como se lhe conhecesse há muito tempo. – admitiu fazendo Hermione sorrir.

– Fico muito honrada com isso, Pansy. Espero que possamos nos dar bem e tornarmos amigas. – falou honesta fazendo Pansy dar um belo sorriso.

– Tenha certeza que não há algo que me deixaria mais feliz. – disse - Vivo cercada de pessoas que estão comigo apenas pelo meu sobrenome e dinheiro. A maioria das pessoas, principalmente as garotas, me odeia. – murmurou – Sei que não sou a melhor pessoa do mundo, mas sabe também tenho minhas qualidades... – brincou fazendo Mione sorrir. – Também sei que sou fútil, mas eu adoro isso – falou olhando ao redor – Esse é o mundo o qual eu cresci, está em mim. Lembro-me de quando criança, eu pedia para meus pais me deixarem acompanhá-los nos bailes e óperas, e eles respondiam que eu teria o meu momento de brilhar – disse saudosa – Oh, Hermione, desculpe-me por essa cena. Eu precisava compartilhar isso a alguém e disse tudo para você. Perdoe-me se fui enfadonha. – pedia a loira.

Hermione ouviu o relato da garota e sentiu pena por Pansy. Ela compreendeu o que a garota passava, pois querendo ou não, ela também estava nessa situação só que há menos tempo que a loira. Mesmo com o menor período de vivência, ela precisava ser honesta e admitir que já havia se contaminado com o tipo de mundo que seu pai odiava e não queria para ela. O desabafo de Pansy fez com que Hermione sentir-se suja, como se estivesse traindo seu pai e seus ideais. Seus olhos se encheram de lágrimas com a pequena reflexão. Finalmente se deu conta que não estava sozinha e disse para Pansy:

– Saiba que eu realmente entendo pelo que você passa e desejo que possamos estreitar nossos laços. – falou recebendo um afetuoso abraço de Pansy.

Talvez Pansy finalmente estivesse ganhando uma amiga de verdade. Agora cabia a ela cultivar aquele súbito presente. Se dependesse da loira, Hermione teria uma verdadeira amiga ao seu lado.

–X-

Mirava-se no espelho contemplando o charmoso vestido branco que ganhara de um estilista francês após um trabalho. Apesar de toda a simplicidade do modelo, Ginny estava bela. Ela era do tipo de mulher que carregava o vestido e não ao contrário. Os lábios pintados em um vivo tom de vermelho, fazendo conjunto com seu cabelo e unhas. Passou mais uma camada de rímel nos cílios.

– Decididamente você está pronta, Ginny.- sorriu mirando o reflexo.

Uma batida seca na porta, a fez cessar com o momento narcisista e voltar à realidade, provavelmente era um de seus irmãos.

– Ginny, você já está pronta? Temos que ir logo. Harry já deve estar nos esperando. – advertiu Ron.

– Tudo certo, Ron. Já estou indo. – gritou em resposta.

Escutou alguns passos se distanciando e voltou-se ao espelho.

– Se eu fosse Hermione Granger começaria a cuidaria muito bem de Harry Potter. – murmurou à ruiva dando um sorriso doentio.

Quando Ginny tinha algo em mente, utilizava todas as suas forças e meios possíveis para alcançar o que almejava. Harry Potter era o seu desejo mais ambicioso e nas idéias da ruiva, não seria Hermione que a atrapalharia. Caso dependesse das vontades alheias, o namoro do casal estava por um fio.

–X-

Após trocarem um singelo abraço, Pansy começou a apresentar alguns convidados para Hermione. Porém, é claro, do jeito peculiar da loira.

– Aquele a sua esquerda, fumando um charuto e com aquela gravata horrível - Hermione olhou para onde Pansy indicava – É Iúri Karlovna, um magnata russo do petróleo. Casou-se pelo menos umas três vezes, fora as amantes que possuí espalhado por toda a Europa. O bonitinho ao seu lado é Nikolai Karlovna, seu filho e um admirador declarado das minhas pernas. – riu e continuou – Eu até o levaria a sério, mas vai saber se ele tem o mesmo gosto do pai para mulheres. – finalizou fazendo Hermione rir com a descrição que ela dava.

– Agora vamos aos mais especiais – disse se encaminhando próximo ao local que Hermione olhara ao chegar – Aqueles são meus pais, Louise e Harold Parkinson.

A senhora loira que Hermione tinha visto caminhava em sua direção.

– Onde estava Pansy?- perguntou a senhora- Quem é essa jovem adorável?

– Mamãe, Papai, essa é Hermione Granger, neta de Vivienne Chevalier. – respondeu Pansy.

– Mas é claro! Que cabeça a minha... Você é Hermione, filha de Helene. Há quanto tempo, querida. – cumprimentou a garota – Como cresceu, está linda. – disse.

– Obrigada Srª Parkinson, a senhora continua muito bonita. – respondeu sincera.

– Por favor, querida, apenas Louise sim? – pediu e Hermione fez que sim com a cabeça – Harold, querido. – chamou o homem que estava de costas conversando com alguns homens. – Veja quem está aqui. Lembra-se de Hermione, neta de Vivienne. – o senhor olhou para Hermione e aparentemente tentava-se lembrar. – Passamos o natal retrasado senão me engano com ela. – continuou Louise em uma tentativa de o marido recordar-se.

– Hermione? – fez uma cara de espanto – Como está crescida, menina. – sorriu – Céus, estou me sentindo um velho. – falou arrancando risada das mulheres – Está muito bela, querida.

– Obrigada, Sr. Parkinson. – disse grata

– Por favor, me chame de Harold. Espero que se sinta a vontade, querida e aproveite nossa pequena cerimônia. – falou e Mione sorriu. Por que apesar de toda a simplicidade que os anfitriões lhe tratavam, aquele brunch de pequeno não tinha nada.

– Muito obrigada, Sr e Sra. – corrigiu-se ao ver a expressão do casal – Harold e Louise, e por favor, vocês são amigos da minha família há tanto tempo... Me chamem de Hermione. – pediu.

– Certo Hermione – disse Louise – Espero que minha filha cumpra o papel de anfitriã perfeitamente e lhe apresente aos demais. – Pansy revirou os olhos e disse:

– Mamãe, acho que alguns convidados estavam com alguns problemas com o Buffet. – disse e Louise saiu em busca dos “tais” convidados.

– Não ligue para mamãe, Hermione. – pediu Pansy – Ela tem a pequena mania de acreditar que não faço nada decentemente. – disse irritada.

– Relaxe Pansy. Saiba que eu não ligo para esse tipo de coisa – contou Hermione.

– Que ótimo. – respondeu sincera – Mas vamos continuar nosso tour por que ainda há algumas pessoas especiais e gostaria que você conhecesse.

Andaram em direção ao um casal extremamente loiro que Hermione acreditava serem os pais de Draco, visto que a semelhança entre eles era imensa.

– Hermione, esse são meus padrinhos queridos: Lucius e Narcissa Malfoy. Uma das famílias mais bonitas do Reino Unido, atrás da minha é claro – brincou fazendo todos sorrirem – Essa é Hermione Granger, uma querida amiga. – indicou Pansy.

Hermione os cumprimentou e Pansy continuou falando.

– Você precisa conhecer o filho deles, Draco, o primeiro garoto que se apaixonou por mim e a fazer loucuras. – brincou - Certa vez quando éramos menores, prometi que se ele um dos pavões do jardim de Narcissa e trouxesse para mim, daria um beijo nele. – contou – O bobo acreditou e até tentou. –

– Ora Pansy, não diga isso – falou Narcissa – Draco era uma criança e como você mesmo disse, morria de amores por você. – disse saudosa.

– Olá, Hermione. – uma voz grave e já conhecida disse atrás dela, a pessoa caminhou em parou em sua frente.

– Olá, Draco. – respondeu.

– Draco, já conhece Hermione? – Pansy perguntou surpresa.

– Estudamos Direito em Oxford, Pan. Temos algumas matérias juntos – respondeu sem tirar os olhos de Mione. – Onde está o Potter? – perguntou sem fazer rodeios.

– Decidiu ir para casa, porém estará aqui em breve. – “Tem que estar” pensava Mione.

– Perdoe-me a indelicadeza, mas a senhorita é a namorada do menino Potter? – indagou calmamente Narcissa.

– Sim, Srª. Malfoy.

– Potter me surpreendeu pelo bom gosto dessa vez. – murmurou Narcissa, contudo Hermione ouviu e pôde ver Draco e Lucius dando uns risinhos. – É muito bonita, Srtª Granger. A senhorita me lembra alguém, por acaso tem algum parente na França? – questionou.

– Sim, minha praticamente toda a minha família materna é de lá. Tanto eu, quanto minha mãe e avó somos francesas – contou – Meu avô Bath era inglês.

– Barth? – pela primeira vez a voz de Lucius foi ouvida.

– Sim, Bartholomew Van der Haagen. Meus avôs são Bartholomew Van der Haagen e Vivienne Chevalier. – contou. – O conheceu Sr. Malfoy?

– Sim. – disse Lucius – Conheci ambos.

– Oh que ótimo! – disse Pansy – Então em breve devemos fazer uma pequena recepção para se reencontrarem. – falou alegremente.

– Grande ideia, querida. – falou Narcissa.

– Tem o meu aval, Pansy. – respondeu Hermione.

– Mal posso esperar. – falou o patriarca engolindo em seco.

O passado bate a porta quando menos se espera. Lucius não queria nem imaginar as conseqüências que poderia trazer.

– X-

A água quente caía sobre seu corpo quase como uma massagem. Tentava de todas as maneiras possíveis, relaxar e esquecer o fiasco que fora sua manhã. Saiu do Box e parou em frente ao espelho, encarando seu reflexo.

Ao lembrar-se da discussão estúpida que teve com Hermione ficou com rancor. A culpa não era dela, muito menos dele. Era de Pansy. Para falar a verdade, não era nem de Pansy, ninguém tinha culpa naquilo. Tudo fora um acaso do destino. Ele dormiu com Pansy várias e várias vezes antes do início de seu namoro. Porém, nunca mais procurou a loira após namorar Hermione, ou melhor, Pansy sumira do mapa. Não que ele tivesse sentido muita falta, porém a loira desaparecera misteriosamente no final do ano anterior e voltou agora como se nada tivesse acontecido.

Ainda havia um indigesto assunto pendente: Draco Malfoy. Até o momento, o loiro não estava causando problemas, pelo menos até onde ele sabia. Contudo, o correto era alertar sobre seu rival e deixar claro para Hermione, o quão desprezível Malfoy era.

Um barulho o tirou de seu devaneio. Voltou ao quarto e pegou seu celular.

Uma nova mensagem recebida. Deslizou o dedo sobre a tela e leu:

“Daqui a 15 minutos sairei de casa. Vejo você nos Parkinson.”

R.W

P.S: Como foi o jogo?

Levou às mãos a cabeça. Merda. Esquecera-se completamente que tinha combinado de se encontrar com Ron na casa dos Parkinson. Olhou em direção ao closet e pensou que talvez ele devesse ir àquele brunch. Quem sabe não era a oportunidade perfeita para se reconciliar com Hermione?

–X-

Além da notável beleza, um dos vários motivos que fez James apaixonar-se e casar-se com Lily, era a sua doçura e paciência com os demais. Entretanto, ele ficou surpreso ao vê-la tratar friamente a nora que ambos adoravam. O trajeto até a casa foi feito no mais absoluto silêncio. A ruiva olhava a paisagem e tinha o olhar distante, ele sabia que sua esposa só se comportava dessa maneira quando havia algo muito sério que lhe preocupava. Ao chegarem em casa e ao perceber que ela continuaria assim, resolveu quebrar o silêncio.

– O que está acontecendo, querida? – abraçou-lhe por trás em uma tentativa de confortá-la.

– Nada, James. – respondeu tentando se esquivar do abraço. No entanto, o marido ainda não satisfeito com a resposta vaga, continuou:

– Ora Lily, nós estamos casados há mais de 20 anos, acha que não lhe conheço? – e a viu sorrir.

– Não consigo lhe enganar. – sorriu – Estou preocupada. – respondeu.

– Com o quê, meu bem?

– Harry. – fez uma expressão desgostosa – Mais precisamente, o relacionamento dele com Hermione.

James a olhou surpreso e sem entender, sem precisar questionar o motivo, Lily continuou.

– Eu acho que Hermione não é a garota certa para ele. – afirmou direta.

– Como assim, Lily? – perguntou incrédulo – Você a adora, ou melhor, nós a adoramos. Ela é bonita, bem educada, vem de uma boa família. Nunca nos deu motivo para qualquer comentário... É apaixonada por nosso filho, assim como ele é por ela. – disse.

– Eu sei James, mas mesmo assim... – caminhava em círculos – Não acho que seja uma boa escolha.

– Definitivamente, eu não sei o que está acontecendo com você. Hermione nunca deu motivos para desconfianças, Lily. Jamais foi capa de tablóides sensacionalistas, ou até mesmo, foi mal falada pelas pessoas. – defendeu James.

– A questão não é essa, James. Não posso discordar que ela tem uma reputação impecável – afirmou a contragosto – Entretanto, achei a atitude que ela teve essa manhã um desaforo.

– Desaforo, por que Lily?

– Aconteceu algo entre ela e Harry hoje antes da partida, tenho certeza. Você sabe que ele tem o costume de falar conosco nos intervalos das chukkas, entretanto como você pôde constatar nosso filho não apareceu em nenhum momento após a partida. Como se não bastasse, ele voltou sozinho para casa sem ao menos falar com ninguém. Harry nunca teve uma atitude dessas. – falou horrorizada.

– Desavenças acontecem, Lily. Não seja tão dramática. – pediu James – As atitudes que Harry teve não me agradaram em nada. – Lily o olhou espantada e o moreno continuou – Nosso filho se comportou como um garoto mimado, Lily. Aquela cena na partida, Harry estava tentando se aparecer frente à Hermione. Em uma situação normal, ele passaria a bola a Seamus e o acompanharia, no entanto não foi isso que ele fez. Tentou bancar uma de auto-suficiente e você viu no que deu. No final, em vez de se comportar como um homem e aprender a aceitar sua derrota, foi embora sem dar satisfação a sua família. – disse irritado e viu Lily corar de raiva.

– Não diga isso do seu filho James! – exclamou completamente irritada. – É claro que ele estava irritado com a derrota. Que pessoa em seu lugar não ficaria? – questionou.

– Ficar irritado é uma coisa, Lily. Porém comportar-se como um moleque é algo bem diferente – respondeu calmamente.

– Não pretendo discutir com você, James – disse Lily – Acredito que você deve fazer um melhor julgamento das situações. Errada foi a atitude de sua querida nora ao ir a um evento sem seu namorado. – ironizou.

– Eles são namorados, Lily. Ainda não são casados, além do que, o convite foi feito para ambos e não apenas para Harry. Você mesma a questionou e ouviu a resposta da garota, o combinado entre ela e Harry era de irem ao brunch independente do resultado da partida.

– Do jeito que Harry está apaixonado por ela não duvido que daqui a algum tempo, ela se torne sua esposa – disse desgostosa – Seu dever como boa namorada era de procurar seu namorado e apoiá-lo e não sair sem a companhia dele. – respondeu.

– Suas idéias estão muito antiquadas, minha cara. – respondeu irônico – Hermione se portou como uma mulher, e certa foi ela de não dar ouvidos a crise mimada de Harry.

– Se é o que você pensa, James. – respondeu Lily – Acho melhor que se retire, afinal que homem deseja uma esposa antiquada junto a ele? – perguntou debochada.

James sorriu ironicamente e respondeu:

– Categoricamente, você está acabando com Harry. Só espero que não destrua o nosso casamento também. Pense bem, por que essas suas crises de mãe coruja podem afetar a relação do nosso filho com a garota pela qual ele está apaixonado. – disse - Tenho certeza que se o relacionamento dele fracassar por sua causa, ele não lhe perdoará tão cedo. – finalizou e deu as costas à esposa sem ver as lágrimas que escorriam do rosto de Lily.

–X-

Por mais estranho que fosse, Mione precisava admitir que fora uma boa ideia ir a aquela festa. A comida, música, convidados, enfim tudo estava ótimo. Se no início estava relutante em adentrar naquele local, e de certa forma, temerosa com as reações alheias, agora estava muito mais calma e até estava se sentindo "parte’’ daquilo. As pessoas mais importantes dali lhe tratavam com sinceridade e não havia bajulação de ninguém. Entretanto o que ela desejava mesmo era poder estar perto de Harry e conversar com ele.

– Você ficou calada de uma hora para outra, Hermione. No que está pensando? – perguntou Pansy.

– Ah não é nada demais – respondeu

– Hermione, eu cresci em um meio onde mentir é o lema básico de sobrevivência, então eu digo que você está fazendo isso da maneira errada. – respondeu divertida.

– Estou pensando no Harry. – respondeu sincera

– Hum... Quanto amor entre vocês! – brincou, entretanto Hermione deu meio sorriso. – Ah o que houve? – perguntou a loira preocupada.

– Harry e eu discutimos hoje de manhã – respondeu – Quase nunca discutimos, porém dessa vez, ninguém estava com a razão.

– Oh céus e por quê? Eu conheço Harry há muito tempo e aparentemente ele não é uma pessoa fácil de ser irritada. – afirmou

“Por que Harry não gosta de você.” seria essa a resposta verdadeira, entretanto Hermione respondeu.

– Infantilidades tanto da minha parte quanto da dele. Desejo que ele venha. – disse honesta.

Pansy a olhou e sorriu:

– Harry te ama, Hermione. Ele pode até estar magoado com você, mas nada que alguns beijos não curem. – brincou fazendo Mione sorrir.

– Como pode ter tanta certeza, Pansy? – questionou curiosa.

– Harry é homem afinal de contas. – respondeu dando de ombros e deu um sorriso a fim de confortar sua mais nova amiga.

–X-

Tudo bem que ela era uma modelo de até certo prestígio nos arredores franceses, mantinha contato com algumas pessoas importantes e até conseguiu trabalhar com (alguns) grandes nomes da moda. Portanto, ela já havia presenciado o glamour de algumas festas, bem de perto. Entretanto, ela ficou surpresa ao se deparar com a suntuosidade daquele brunch.

Quando Ron a convidou, já havia ficado animada, pois adorava festas e eventos onde pudesse aparecer e chamar a atenção dos demais. Porém, quando seu irmão lhe disse que era algo menor, apenas para os mais íntimos, sentiu-se um pouco desanimada. Por um lado precisava admitir que apenas os mais seletos (no caso, os mais abonados) estariam presentes, todavia acreditava que seria algo bem mais discreto. Contudo ao chegar ao local, ficou sem palavras. Tudo estava lindo e não havia nada de íntimo, pelo menos para ela.

– Tem certeza que é aqui, Ron?

O ruivo riu e respondeu:

– Sim. Assustador, não acha? Tudo que essa família faz não tem nada de simples. – brincou – Não sei como Harry e Mione agüentam isso – confessou.

Ginny o olhou horrorizada. “Como assim agüentam isso? Isso é uma maravilha, uma dádiva.” Pensava.

– Eles já estão aqui? – questionou.

– Claro que sim, Ginny. Ou você acha que viríamos aqui do nada? Que fomos convidados por sermos adorados? – disse amargo.

– Ah vai saber. – respondeu dando de ombros.

– Só na sua cabeça, ruivinha. – respondeu brincalhão. – Agora vamos sair à procura do casal 20.

–X-

Não precisou nem procurar muito. Harry encontrou Hermione sorrindo e leve, como se nada tivesse acontecido, rodeada de pessoas, inclusive Pansy. Aquilo o irritou. Por que dentro dele, havia um grande desejo para que quando chegasse a encontrasse mais calma e demonstrando que estivesse sentindo sua falta, porém se enganara e seu status de “macho alfa” estava abalado. Saiu a procura de um whisky em uma tentativa de relaxar.

– Olá Harry, há quanto tempo que não nos vemos. – disse uma voz melodiosa quase sussurrando. Virou-se e deu de cara com uma ruiva encantadora.

– Perdão, mas quem é você? – perguntou educado e a moça deu uma risada sexy.

– Não me diga que você não se lembra de mim? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

– Desculpe-me pela franqueza, porém não tenho a mínima ideia da onde lhe conheço. – respondeu franco.

– Está me decepcionando, Harry. – brincou.

– E você me deixando cada vez mais curioso. Não me esqueceria de um rosto tão bonito quanto o seu. – disse galanteador e ela gargalhou.

– Parece que precisa treinar mais sua memória Harry Potter por que é um absurdo que você consiga se esquecer da irmã do seu melhor amigo. – disse dando-lhe uma piscadela.

Harry quase se engasgou quando a ouviu falar aquilo. Como assim ela era a pequena Ginny? A Ginny que corria atrás dele quando criança não podia ter se transformado naquilo. Ela estava deslumbrante e nem parecia na criança desengonçada que era.

– Ginny? É você mesmo? – perguntou incrédulo.

– Que eu saiba, eu ainda sou a única garota naquela família. – respondeu debochada – Como tem passado, Harry?

– Muito bem, muitíssimo bem. – respondeu. – E você, como foi em Paris? Quando voltou? Onde está Ron?

– Que ótimo – respondeu presenteando-lhe com um grande sorriso – Ah eu adorei viver lá, foi uma experiência maravilhosa e enriquecedora. Voltei essa semana, Ron estava procurando por você, resolvemos nos separar a fim de encontrá-los mais rápido. – contou.

– Então logo ele nos encontrará. Imagino que deve ter sido ótimo, faz algum tempo que não vou a Paris. – respondeu – Acho que a última vez que fui, foi com Hermione. – respondeu saudoso. – Foi uma ótima viagem. – sorriu.

Ginny tentou esconder a frustração ao escutar o nome da rival e pior, o modo como Harry falava dela.

– Deve ter sido muito bom mesmo, por falar nisso onde está Hermione? – indagou.

– Hum, er... Hermione está com alguns amigos conversando. – deu um sorriso falso que não passou despercebido.

– Hermione é amiga dessas pessoas? – perguntou debochada.

– Para você ver como mudanças ocorrem, Ginny. Olha que não digo apenas por mim. – continuou - Harry e eu juntos, você voltando de Paris... – respondeu uma voz feminina por trás de Ginny. Virou-se e viu Hermione com uma taça de champagne – Bem vinda à Inglaterra, Ginny. – deu um sorriso sinistro que fez Ginny repensar com quem estava mexendo.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, mais uma vez perdão pela demora e pelos erros.
Reviews para saber o que acharam hehehe
Beijossss,
Carol!