Broken Strings. escrita por MissCaroline


Capítulo 4
Perdição.


Notas iniciais do capítulo

Oláá. Obrigada aos lindos reviews ♥♥ Amei-os.
A minha pretensão era postar um capítulo gigante. Como não terminei a tempo, postarei metade do que eu havia previsto.
Espero que gostem por que eu adorei escrever esse capítulo ;)
Feliz ano novo! Um 2012 maravilhoso a todos nós.
Links das músicas recomendadas serão postados antes do trecho.
Por favor, cliquem nos hiperlinks(estão de azul)para poderem ver as imagens para as personagens ;))
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/181164/chapter/4

Perdição.

“Se você quiser paz, então sempre se prepare para a guerra.” – Gossip Girl.


Link: http://www.youtube.com/watch?v=1G4isv_Fylg


As janelas abertas trazendo ventos a todo instante denunciavam que outono estava se iniciando de fato. Hermione que até então não acreditava teve a prova quando uma corrente de ar um pouco mais forte bagunçou sua mesa de estudos, fazendo com que alguns papéis se espalhassem, um deles caíra ao lado de seu porta-retrato favorito. Era uma foto dela com seus pais no Egito. Fora a última viagem com seu pai. Pegou o objeto da estante e olhou-o com carinho.

– Deus sabe o quanto sinto sua falta, pai. – disse com lágrimas nos olhos – Não há um dia em que não me lembro de você. – murmurou.

Olhou sua mãe ao lado na foto, Helene estava radiante e linda. Contudo desde o falecimento de Joshua, Helene não era mais a mesma. A bela mulher com expressivos olhos, com grande serenidade e sempre com palavras doces que Hermione se lembrava quase desaparecera. Não era correto afirmar que havia morrido com Joshua, pois a velha Helene às vezes tinha seus momentos. No entanto, a Helene que vigorava era mais séria, rígida, retraída. Hermione a amava do mesmo jeito, todavia os momentos que tinha com sua mãe eram escassos.

Além de Hermione, uma das poucas pessoas que conseguiam fazer Helene sorrir, era sua avó, Vivienne. Todo o desentendimento causado pela fuga de Helene ficou no passado. A verdade é que as mulheres da família Chevalier Van der Haagen eram inseparáveis. Após essa reflexão, Hermione decidiu ligar para sua avó. O educado mordomo de sua avó atendeu e repassou a ligação a senhora.

– Grandmère?

– Hermione, queride. – disse a senhora tentando ocultar o forte sotaque francês – Você me ligando essa hora. Aconteceu algo? Helene está bem? Você está bem?

Hermione se deu conta do horário e da bronca subentendida da avó por ter ligado tão tarde.

– Ooh, grandmère... Desculpe-me! Eu estava estudando e resolvi ligar para a senhora, não olhei a hora. Perdão.

– Oui, oui, queride. Contudo sinto que algo lhe aflige. – disse a mulher fazendo que Hermione sorrisse involuntariamente.

Uma das capacidades de sua mãe e sua avó – apesar do pouco tempo de convivência – era que ambas facilmente reconheciam quando ela estava com problemas.

– Sim, grandmère. Harry pediu que eu o acompanhasse em um jogo de pólo depois de amanhã. Tentei recusar, mas ele ficou chateado. Alegou que já fazem mais de oito meses que estamos namorando e que nosso namoro é escondido da sociedade, essas coisas. Não tive como negar.

Vivienne escutava quieta o discurso da neta e permaneceu alguns segundos quieta após o relato da garota, finalmente rompeu o silêncio dizendo:

– Hermione, queride. Você sabe que não é do meu agrado essa aparição, pois tenho certeza que alguém se lembrará e remexerão em nosso passado. Entretanto, Harry é um garoto maravilhoso e o pedido dele tem total sentido. Tenho certeza que ele é um gentleman assim como seu avô era. Também sei que ele, James e Lily não permitirão que alguém tente incomodá-la. – fez uma pequena pausa e continuou – Vá a esse evento, queride. Está mais do que na hora de saberem que você é uma Chevalier Van der Haagen. – disse pomposamente.

Hermione sorriu percebendo que sua avó continuava extremamente orgulhosa não importando a situação.

– Merci, grandmère. Merci!

Finalizou a ligação sentindo-se muito mais leve do que quando iniciara.

– X-

Uma partida de pólo não era apenas uma partida de pólo. Afinal o esporte é o preferido da realeza britânica, o que o torna mais exclusivo do que qualquer outra atividade esportiva, além do que qualquer simples evento que se fazia necessária a aparição perante a alta sociedade londrina tornavam-se verdadeiros acontecimentos.

Homens chegando em belíssimos automóveis de luxo tendo como companhia modelos deslumbrantes, grandes damas vestindo as coleções recém saídas das passarelas de marcas caríssimas e influentes adolescentes milionários usufruindo com satisfação o poder que o dinheiro poderia comprar. Isso era apenas um aperitivo do que seria visto nos próximos meses pela high society.

A temporada de eventos da elite britânica era iniciada no outono com um jogo de pólo e tendo o sagrado brunch em uma das casas de veraneio dos Parkinson como after party. Se a partida e o esporte por si só já eram considerados exclusivos, a comemoração pós-jogo era ainda mais disputada. Os Parkinson eram uma família importante devido aos intensos negócios no ramo imobiliário e se vangloriavam do fato de ter possuído um pequeno pé no palácio de Buckingham visto que um primo da Srª. Parkinson ficou casado por alguns anos com a irmã da Rainha Elizabeth.

Pansy, a herdeira do casal, travava uma conversa com Draco:

– Preparado, Draco?

– Sempre. – disse arrogante.

– Parece que Potter trocou seus cavalos* este ano. – ela comentou.

– Potter pode comprar os melhores puros-sangues que existem, mas sempre continuará perdendo. – debochou fazendo Pansy gargalhar.

– Draco querido, você não pode ficar se exibindo demais. Pelo que eu me lembre vocês dois tem disputado páreo a páreo os últimos jogos. Realmente, ano passado você venceu o Potter. – disse venenosa e bebericando sua bebida.

– Pansy meu bem, não diga o que não sabe. Não foi apenas ano passado.

– Ok, Draco. Não está mais aqui quem falou. – sorriu – Veja, Potter chegou e com uma acompanhante. – apontou com a cabeça.

Draco virou-se e pode constatar o que Pansy havia dito. James e Lily estavam mais a frente cumprimentando algumas pessoas. Harry e Hermione estavam parados posando para os fotógrafos. Harry trajava o uniforme de sua equipe, já Hermione usava um vestido branco na altura dos joelhos e um pequeno cinto preto marcando sua fina cintura.

Enquanto Harry posava sorridente ao lado da namorada. Hermione, ao contrário, estava retraída demonstrando que todo aquele assédio não a agradava.

– Aquela é a namorada do Potter? – questionou séria.

– Sim, Pansy. Não me diga que está com ciúmes. – respondeu Draco venenosamente.

– Cale a boca, Draco. – falou zangada – Você sabe que eu nunca sairia com o Potter. – afirmou convicta.

– Hum... Então o que foi aquilo que vocês tiveram há alguns anos hein? – debochou Draco.

– Eu estava irritada por ter ‘’terminado’’ – utilizou aspas – comigo. Você sabe como eu era estúpida, nem tínhamos um relacionamento de verdade para eu ter ficado daquele jeito. Eu só queria uma boa transa para esquecer o ocorrido, achei que o Potter serviria. – admitiu.

Essa era uma das coisas que fazia Draco gostar de Pansy. Apesar de seu jeito espalhafatoso, a loira era sincera, não era a falsa recatada. Ela admitia seus erros sem nenhuma vergonha, o que de certa forma a deixava um pouco mais humilde. Além disso, foi uma das garotas que Draco se envolvera e, uma das poucas, que ela não havia se arrependido.

Draco gargalhou com a resposta da loira e questionou vaidosamente:

– Por acaso ele era melhor que eu? –

– Você sabe a resposta, seu presunçoso. – disse a bela loira arrancando risadas de Draco.


–X-


Já no camarote e tendo Lily como companhia, Hermione conversava calmamente com a sogra.

– Harry contou-me sobre o after party. É comum isso, Lily? – indagou Hermione.

– Sim, há vários anos os Parkinson dão esse brunch. – respondeu Lily.

– Hum...

– Você está incomodada com esse assédio, não é? – Lily questionou.

– Honestamente, sim. Eu acreditei que Harry e eu entraríamos despercebidos. – Hermione confessou. – Ledo engano.

Lily sorriu e disse ternamente:

– Acostume-se, querida. Isso será constante a partir de agora. Lembro-me quando descobri a verdade sobre James, quase o abandonei. – admitiu.

– Verdade? Como assim?

– Para tentar se aproximar de mim, James usou um nome falso se passando por um típico garoto de classe média. Muito tola, eu acreditei. Descobri algum tempo depois ao ver uma foto nossa em um tablóide. Cogitei seriamente em desistir dele.

– Mas não o fez – disse Hermione sorrindo.

– Não. James conseguiu me convencer a dar outra chance a ele. Agora veja onde estamos... – riu.

– Vocês formam um casal encantador até hoje.

– Obrigada, querida. Espero que seja assim com você e Harry – pegou a mão da garota – Nada me faria mais feliz do que vê-los casados em breve.

– Talvez, Lily. Talvez. – admitiu a castanha.


–X-

Apesar de todo o passado conturbado da linhagem Malfoy, nenhuma pessoa era maluca o suficiente para fechar as portas para uma família tão importante quanto aquela. Alguns, mesmo a contragosto, ofereciam diversas recepções em homenagem a eles.

– Yaxley disse que no próximo mês ocorrerá um jantar em nossa homenagem na casa dele. – contou o patriarca. – Aquele bastardo imundo acha que eu não sei as fracassadas tentativas em sabotar-me. – murmurou – Deve-se acostumar a isso, Draco.

– Pai, eu lido com isso desde a infância. – admitiu.

– Que seja. Você precisa estar consciente que ser um Malfoy implica grandes conseqüências... – falava Lucius – Principalmente quando se tem uma esposa tão bonita como sua mãe...

– Por favor, querido. – pediu Narcissa que até então ouvia calada, prevendo a crise de ciúmes do marido – Vamos mudar de assunto, meu bem. Hoje é um dia de festa. – disse a bela dama sorrindo.

– Todo dia é um dia de festa para senhora, mãe. – debochou Draco.

– Mais respeito, Draco Lucius. Ainda sou sua mãe – disse Narcissa zangada enquanto o garoto sorria – Espero que toda a propaganda que seu pai vem fazendo de você no pólo não seja enganosa. – falou provocativa.

– Claro que não, Dona Narcissa. – respondeu confiante – Pai me elogiando... O que está acontecendo? – zombou.

– Não sou dado a elogios, Draco. No entanto, eu preciso admitir que você faz algumas coisas bem feitas, jogar pólo é uma dessas. – disse o homem pomposamente fazendo Draco sorrir genuinamente.

Mesmo com toda a aura de arrogância e frieza que rondava os Malfoy, de fato eles eram um família. Lucius não era a pessoa mais fácil de conviver-se. Possuía um temperamento forte e genioso, no entanto era completamente apaixonado pela esposa. Uma das coisas que Draco aprendera com o pai era que a felicidade da mulher amada era mais importante que a sua, um homem sem a esposa era nada. Apesar de toda a aparência de dondoca da alta sociedade – o que não era mentira – Narcissa era mãe e esposa. Sempre presente na vida do filho quanto a do marido. Passava a imagem de ser a calma e a elegância em pessoa, contudo protegia sua família com unhas e dentes de possíveis ataques. Draco, da maneira dele, fazia-se presente na vida dos pais. As demonstrações de afeto eram raras, até com sua mãe, apesar de amá-la incondicionalmente.

– Vejam... Aquela não é Pansy? – perguntou Narcissa, inclinando a cabeça na direção da garota.

– Sim. – respondeu Lucius. – E aquela garota conversando com ela, não é a namorada do Potter? – indagou surpreso.

– Pelo que parece é a Granger sim. – respondeu Draco.

– Afinal, por que Pansy está conversando com ela? – questionou a mulher – Sejamos honestos, Pansy não é amiga de Potter. – disse

– Boa coisa não deve ser. – respondeu o garoto com um sorriso de lado.

– X-

Link: http://www.youtube.com/watch?v=LnET4RKXx5k


Algumas pessoas andavam trôpegas devido ao efeito da bebida, outras estavam paradas junto a seu grupo analisando criticamente os demais – normalmente as observadoras eram as adolescentes, projetos de socialite - havia os grupos dos engravatados já que os únicos assuntos a serem discutidos eram política e negócios, ainda existiam as socialites que se reuniam para debater as últimas coleções desfiladas no eixo Londres-Paris-Milão. Finalmente, havia Hermione que estava aborrecida com os indiscretos olhares que recebia.

O fato de ela ter chegado ao evento acompanhando Harry fora um prato cheio para os fotógrafos presentes. Após a declaração de Harry confirmando o namoro, jornalistas a cercaram questionando qual era a duração do relacionamento, como senão bastasse fora indagada diversas vezes a respeito de sua origem por uma repórter de um tablóide. Skelter, Stelker... Seja lá como era o nome da mulher, que só parou com um sonoro “Deixem-na em paz.” de Harry. Hermione estava enfadonha daquilo, havia pessoas ali que nunca havia dirigido a palavra a ela na faculdade, mas que hoje a tratavam como amiga de infância. Leiam-se Gêmeas Patil. Hipócritas.

– Oh céus... Esse é aquele Carolina Herrera da última coleção?!?– indagou uma loira linda que parecia ter saído de uma revista de moda trajando um curto vestido preto e uma taça de champagne em uma das mãos.

– Sim, por quê? – respondeu a garota calmamente.

– Eu havia odiado esse vestido quando o vi. – respondeu honesta – No entanto, você conseguiu mudar a minha opinião usando-o. O que uma modelo não faz... – disse sorrindo.

– Muito obrigada. – disse sincera – O seu é muito bonito também, é um Victoria Beckham não é? – questionou.

– Sim, sim. – disse exibindo seu belo sorriso. – Finalmente alguém que acerte a procedência dele. – falou virando os olhos, fazendo Hermione rir. – Ah, essas idiotas fazem uma cara de espanto quando respondo a origem dele. Não entendo por que a chamam de vendida**. Babacas. – Hermione gargalhou com a confisão da loira. Apesar de sua futilidade, ela estava sendo mais simpática do que todas as pessoas que haviam conversado com ela naquele lugar.

– Oh, desculpe-me, não me apresentei. Sou Pansy Parkinson. – disse oferecendo a mão para um cumprimento, que foi aceita por Hermione.

– Tudo bem. – respondeu Mione. – Hermione Granger.

– Ah sim. A namorada de Harry não? – perguntou.

– Sim. – respondeu.

– Olha desculpe-me a indelicadeza, porém acredito que já havia visto você antes. – admitiu. – Seu rosto é familiar. – disse olhando diretamente para os olhos de Mione.

– Tudo bem – sorriu – Você também não me é estranha...

– Oh sim – disse a loira soltando um gritinho – Você já esteve em algumas recepções na França, não é? Acho que era na casa de Vivienne que por acaso me lembra muito você. – admitiu.

– Sim! – respondeu a garota lembrando-se de uma recepção que sua Grandmère havia dado – Era na casa de Vivienne.

– Oh céus. Recordei-me. É claro! Você é Hermione, a neta de Vivienne – disse com um belo sorriso – Eu sou Pansy, a loira louca que conseguiu fazer uma piada sobre Karl Lagerfeld na presença dele. – falou arrancando uma gargalhada sonora de Hermione.

– É verdade! – disse sorrindo ainda – Como posso me esquecer daquilo? A reação de Karl foi impagável, honestamente não acreditei quando o vi rindo depois. – admitiu.

– Nem eu – disse Pansy fazendo uma expressão engraçada enquanto dizia. – Achei que ocorreria um homicídio naquela noite, no entanto ele foi um amor comigo. – falou a loira espalhafatosamente.

– Karl sempre nos surpreendendo. – respondeu.

– Nem me fale – sorriu – Você está em Oxford também?

– Sim, estou cursando Direito e você?

– História da Arte.

– É um bom curso.

– Hermione! – gritou uma voz forte – Achei que estivesse com a minha mãe. – disse Harry caminhando em direção onde ela estava – Pansy?! – perguntou surpreso ao ver a loira ao lado de sua namorada.

– Olá, Harry. – disse abraçando-o e deixando-o supreso – Como está? – perguntou simpática. -

– Muito bem, Pansy. Muito bem. – disse sério – Agora irei roubar Hermione de você – falou com um sorriso falso no rosto – Até mais, Pansy.

– Até! Vejo vocês no brunch. – acenou alegremente enquanto o casal ia embora.

– Tsc, tsc. Quem é você e o que fez com Pansy Parkinson? – disse uma voz rouca próxima a Pansy, fazendo-a sorrir. – Sendo simpática assim... Do nada.

– Deixe de loucura, Draco. Além do mais, não estou sendo simpática do nada. Já a conhecia. – bebeu um gole da champagne – Ela é neta de uma amiga adorável.

– Conhece Vivienne Chevalier, Pan? – perguntou surpreso.

– É claro – afirmou orgulhosa – Ela e mamãe são amigas há anos, cresci passando os natais em sua casa. – disse vaidosa – Por que o interesse? Como sabe que Hermione é neta dela? – falou de uma vez.

– Ora Pan, qual o interesse eu teria na namorada do Potter? – perguntou Draco cinicamente fazendo Pansy enrugar a testa.

– X-

Link: http://www.youtube.com/watch?v=ZSM3w1v-A_Y


A aparição repentina de Harry e a súbita vontade de se retirar de perto da estonteante loira surpreendeu Hermione. Harry a guiava rapidamente até que parou.

– Por que estava conversando com Pansy, Mione? – questionou sério.

– Por que a minha conversa com Pansy o afetou tanto, Harry? – devolveu erguendo as sobrancelhas.

– Está fugindo da minha pergunta, Herms. – advertiu

– E você da minha. – rebateu – Não me chame de Herms, sabe como não gosto desse apelido. – disse espantando o moreno.

– Certo. – falou – Desculpe. Eu responderei primeiro a sua pergunta. – disse em tom de derrota enquanto Hermione continuava encarando-o. – Conheço Pansy desde criança e acredito que ela não seja uma boa influência.

– Não seja criança, Harry. – disse rudemente – Boa influência? Em que mundo você vive? Eu não sou uma criança que precisa ser avisada das boas e más companhias. Acredito que você deve repensar sua opinião já que Pansy, além de sua mãe, foi a única que me tratou normalmente e não como um rato de laboratório ou animal em extinção. Essas pessoas só conversaram comigo porque estou com você, Harry. Não por que gostam de mim. – finalizou irritada.

– Hey, hey. Acalme-se – pediu tentando a envolver em um abraço que foi repelido pela garota.

– Não entende que eu não gostaria de ter vindo por causa disso? – perguntou chateada.

– Desculpe-me, sim? – suplicou – É que não via motivos para deixar nosso namoro escondido.

– Nunca foi escondido, Harry. O que você quis era expô-lo para essas pessoas. – concluiu.

– Não venha com essa, por favor. – irritou-se- Essas pessoas são as pessoas do meu mundo, do seu mundo. – afirmou – Não tente negar, Hermione, porém você sabe que faz parte dele tanto quanto eu. – debochou recebendo um olhar gélido da namorada.

– Você está se mostrando um perfeito hipócrita, Harry. – falou com um sorriso de escárnio – Sim, esse é o nosso mundo. – ironizou – Nossas famílias possuem mais do que o suficiente para estarem aqui, no entanto eu não preciso e não quero – falou ressaltando as duas últimas palavras – estar aqui. Não serei cínica em afirmar que não me importo com o luxo ou com o dinheiro por que acabei crescendo com isso, porém eu quero me cercar de pessoas que estejam comigo pelo que eu realmente sou e não pelo meu dinheiro e nome. – rebateu.

Harry olhava a mortificado. Ele sabia que apesar da aparência doce e frágil, Hermione podia ser um furacão quando queria. Era dona de uma personalidade forte e odiava imposições, porém não esperava que ela despejasse tudo aquilo.

– Não esperava que apenas uma conversa com Pansy pudesse ter te alterado tanto. – disse com sarcasmo fazendo Mione sorrir.

– Não utilize o pequeno diálogo que tive com Pansy para justificar a sua babaquice. – falou alterada.

– Minha babaquice? Ok, Hermione. Eu vou sair daqui, acho melhor que fique sozinha, sem que eu e minha babaquice possamos incomodá-la.

– Não sei o que ainda está fazendo aqui, Potter. – disse fuzilando-o com o olhar.

Harry virou-se e saiu a passos duros sem ver as lágrimas que corriam do rosto de Hermione.

–X-

Link: http://www.youtube.com/watch?v=rMqayQ-U74s&ob=av2n


Em menos de duas horas estando naquele lugar e já conseguira uma discussão séria com Hermione, a primeira em vários meses. Deixando-o completamente irritado. Ver sua namorada sorrindo abertamente como se fosse amiga de Pansy há anos era como se Draco e Ron estivessem ali conversando como amigos de infância.

Estava lavando seu rosto no banheiro, disperso, quando uma escutou uma voz feminina e baixa dizer:

– Não me lembrava como você ficava sexy nesse uniforme, Harry. – disse sensualmente.

Levantou os olhos e viu o reflexo de Pansy escorada na parede o olhando de maneira sexy.

– Dê o fora, Pansy. – falou sério. No entanto, isso não bastou. Fora apenas um incentivo para a loira que caminhou até ele.

– Uh... Está irritado, querido? – disse passando as mãos pelo braço do homem enquanto ele fechava os olhos.

– Não me provoque, Parkinson. – falou obstinado.

– Achei que já havíamos passado dessa fase. – sussurrou no ouvido de Harry que a empurrou para longe.

– Estamos em um banheiro no haras, Pansy. Alguém pode nos ver e as conseqüências seriam arrasadoras, vá embora! – falou fazendo-a sorrir.

– Estamos em um banheiro trancado e o mais afastado do haras. – respondeu marota.

– Que seja – disse Harry irritado – Apenas suma daqui e não chegue perto da minha namorada nunca mais! – falou apontando o dedo no rosto da garota.

Pansy encarava-o seriamente.

– Primeira regra: Nunca aponte o dedo para mim. – disse abaixando o dedo de Harry – Segunda: Imposições não funcionam comigo. – falou dando um sorriso de lado – Terceira: Eu gostei de Hermione. Ela é sincera e não fica me bajulando, tratou-me bem pelo que eu sou. – aproximou-se perigosamente- Quarta e mais importante: Eu dito as regras do nosso jogo, querido. – roubando-lhe um beijo.

As mãos de Harry puxaram Pansy para junto dele. O beijo foi se aprofundando, as mãos de Pansy foram para o peito do garoto, que a ergueu colocando sobre a pia de mármore. Até que de repente, Pansy cessou o beijo. Harry olhou-a incrédulo.

– Entendeu quando lhe disse que eu dito as regras? – ela disse debochada – Poderia facilmente ceder e transar loucamente com você aqui nesse banheiro. Entretanto, por mais tentadora que seja – admitiu – não farei isso por que eu gostei da sua namoradinha, Harry. – sorriu.

– Afaste-se dela, Pansy. Por favor. – pediu.

– Não, Harry. – sorriu – Não me afastarei. Acostume-se porque a partir de agora serei companhia constante da sua namorada. – e gargalhou.

– Prepare-se para guerra, Pan. – disse sério.

– Para quê? Nós sabemos que nessa guerra, eu tenho as melhores armas e vencerei. – disse cínica.

Aproximou-se do moreno e disse:

– Nos vemos em casa, querido. – saiu andando sensualmente.

Harry sabia que sua perdição estava começando naquele momento e nada poderia fazer para retardá-la.

–X-


Link: http://www.youtube.com/watch?v=fk1Q9y6VVy0&ob=av2e


Andava despreocupado a caminho da baia de seu cavalo a fim de verificar os preparativos para a partida que se iniciaria em breve. Porém parecia que o destino estava conspirando a seu favor. Encostada em uma pilastra, próximas a algumas plantas e quase escondida dos demais, Hermione chorava. O rosto estava encharcado de lágrimas, os olhos estavam quase vermelhos, a bochecha estava corada e os lábios estavam comprimidos. Era a oportunidade perfeita pensava Draco.

Grossas lágrimas escorriam pelo rosto de Hermione. O pior de tudo é que ela estava cercada de pessoas que adorariam espalhar aquela notícia aos demais tudo para ter um assunto sobre a nova namorada de Harry Potter. Procurava desesperadamente por um lenço em sua bolsa até que uma mão desconhecida estendeu-lhe um lenço. Virou-se e viu que novamente era o loiro da universidade.

– Obrigada. – disse rouca, pegando o lenço

– Por nada, Granger. – respondeu sério. – O que houve? – questionou.

– Nada. – respondeu com um muxoxo.

– Você é uma péssima mentirosa, Granger – zombou Draco – Conte o que aconteceu. – pediu.

– Não somos amigos, Malfoy. – disse séria – Começamos a nos falar essa semana.

– E daí? – rebateu o loiro – Você está mal, Granger. Eu estou aqui tentando lhe ajudar. – disse aproximando-se da garota.

– Não quero sua compaixão. – falou arredia – Se está aqui por isso, se manda. – disse mal educada fazendo Draco gargalhar.

– Quem diria que a sabe-tudo iria usar um vocabulário tão medíocre. – debochou fazendo-a sorrir.

– Conte logo, Granger. – ordenou.

– Eu conversei com uma garota e isso, aparentemente, deixou Harry furioso. Discutimos, falei coisas horríveis a ele e agora estou aqui me sentindo à pior pessoa do mundo, contando tudo isso a um cara que eu conheci essa semana. – falou rindo – Sou patética.

Draco se aproximou ainda mais de Hermione. Ela ergueu o rosto para poder encará-lo já que o garoto deveria ser no mínimo uns dez centímetros mais alto do que ela.

– Você não é patética, Granger. – falou seriamente – Potter que é um babaca, independente se fosse estava conversando com P – engasgou – com essa garota, Potter não tinha motivos para fazer cena. Gostando ou não dela, se você quiser tornar-se amiga dela, ele não tem nada a ver com isso. Deve respeitar, ele é seu namorado e não seu dono. – disse e pode perceber que Hermione ficou mais leve.

– Obrigada, Malfoy – disse sincera – Gostaria que Harry pensasse como você. – admitiu.

– Queria que Potter fosse como eu? – disse aproximando-se ainda mais ficando a poucos centímetros dela – Tem certeza disso? – perguntou sussurrando no ouvido de Hermione fazendo a se encolher.

– Pare, Malfoy – pediu – Não posso te dar nada mais além da amizade – disse encarando os maravilhosos olhos de Draco, o que fora um erro já que poderia sucumbir facilmente.

– Se eu não quiser apenas a sua amizade? – disse quase roçando seus lábios nos de Hermione que se afastou rapidamente.

– Sinto muito, Malfoy. É isso que posso lhe oferecer. – disse decidida.

– Ficarei satisfeito por hora, Hermione. – disse sorrindo.

– Hermione? – indagou arqueando as sobrancelhas.

– É o seu nome, não? Ou você usa um nome falso? – ironizou.

– Bobo – sorriu – Claro que é meu nome, apenas estranhei o fato de você utilizá-lo.

– Quer que eu volte a chamá-la de Granger? – perguntou

– Não, claro que não. – disse rapidamente fazendo Draco sorrir – Acho que já podemos nos chamar por nosso nome de batismo. – falou sorrindo. – Porém eu ainda não sei o seu.

– Draco, Draco Malfoy. – falou arrogante.

– Dragão? – perguntou surpresa.

– Sim. – respondeu sorrindo.

Olhou para o brilhante relógio de pulso que usava e constatou que já estava atrasado. Precisava ir logo a baia, pois a partida iria se iniciar dentro de alguns minutos.

– Preciso ir, Hermione. O jogo começará daqui a pouco, preciso fiscalizar os cavalos, ver se está tudo em ordem...

– Oh, tudo bem, Draco. – disse sorrindo – Fico muito grata por ter me escutado. – disse honesta.

– Apesar de tudo, sou um gentleman, Hermione. – disse vaidosamente – Fiz o meu dever em ajudar uma dama. – falou fazendo-a sorrir.

– Mais uma vez, obrigada, Draco.

Draco aproximou-se mais uma vez de Hermione e disse:

– Quero um beijo, Hermione.

– Não posso, Draco – suplicou.

– Um beijo de boa sorte, apenas isso. – sussurrou.

Hermione aproximou-se e beijou a face de Draco.

– Boa sorte, Draco. – murmurou – Estarei torcendo por você.

Hermione sentiu as mãos enluvadas de Draco sobre a dela, depois o mesmo beijou-as ternamente.

– Obrigada, Hermione. Vejo você no brunch. – disse com um sorriso de canto. Virou-se e saiu andando calmamente.

O dia mal começara e já havia proporcionado muitas coisas a Hermione. Boas e ruins era verdade, no entanto podia-se dizer que as boas estavam em vantagem.

–X-

Notas:Primeiramente, a Pansy que eu imaginei para essa fic é loira e alta, um pouco diferente da maioria das fics que ela é retrada como morena de cabelos chanel. A Pansy que eu idealizei é mais simpática, bitolada, safada e menos malvada. Digamos que é uma mistura de Serena(Gossip Girl) e Pansy. Se lembrarem ela possui as características retratadas no capítulo 1 ao ser comparada com Hermione.

Desde a primeira vez que li "Harry Potter e o Cálice de fogo" imaginava Nicole Kidman como a mãe do Draco. Quando vi a atriz que foi escolhida para o papel fiquei meio triste ahaha

Na conversa entre Pansy e Draco quando ela se refere ao fato do Harry ter trocado os cavalos é por que o pólo que não depende apenas das habilidades dos jogadores, mas também dos cavalos. Estes precisam ser trocados a cada intervalo que normalmente são entre 4 e 6. Um cavalo pode ser utilizado no máximo duas vezes por partida. Quando o Draco diz Puro-Sangue, os jogadores tem uma predileção por cavalos Puro-Sangue visto que são mais ágeis do que os demais.

Quando a Pansy conversa com Hermione a respeito do vestido e ela reclama sobre chamarem Victoria Beckham de vendida, eu me baseei em uma entrevista que o ator inglês Hugh Laurie(Dr.House) deu certa vez, afirmando que o fato dele morar e fazer tanto sucesso na América faz com que ele tenha fama de vendido em seu país. Então, eu não sei se de fato a Victoria possuI essa fama na Inglaterra.

Ah, Grandmère é avó em francês.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do capítulo. Bom, deixem reviews para eu saber o que acharam.
Novamente, Feliz 2012!!!
Beijosss,
Carol.