Santana's P.O.V.

"Desculpe, srta.Lopez, mas há dois anos, temos uma regra de tolerância zero para violência nessa escola." Figgins disse, com aquele sotaque estranho dele.

"Ah, é por isso que o senhor suspendeu todos que nos jogaram slushies nos últimos anos?" Falei, irônica.

"Mas isso não se enquadra como um dos tipos de violência que condenamos merecidos de suspensão!" Ele rebateu.

"O senhor não pode me culpar, eu não bati no Finn! Acontece que quando eu estou de mau-humor ou em momentos críticos, eu sou invadida por outra personalidade! Chamo ela de Snixx. E o senhor não pode me condenar pelos atos da Snixx!" Eu disse, tentando escapar do castigo.

"Ótimo, então eu estou suspendendo você e essa Snixx."

"Mas se o senhor me suspender eu vou perder as sectionais! E isso não vai ser bom. Não é, Srta.Corcoran?" Falei.

Quando pensei que tudo estaria perdido, uma voz que estava em silêncio por muito tempo, abriu a boca.

"Ela não me bateu." Disse a orca chamada Finn.

"O que?" Figgins questionou.

"Como é que chamamos quando no teatro, fingimos bater em alguém mas não batemos?" Ele perguntou.

"Tapa teatral" Shelby disse.

"Foi isso. Foi um...tapa teatral." A baleia de tetas gigantes disse.

'O que esse idiota pensa que está fazendo?'

Acabei não sendo suspendida. Após sair da sala de Figgins com Finn, eu disse:

"Por que você fez isso, Orca?"

"Para que as sectionais sejam justas. Se você fosse suspensa não poderia competir, o que atrapalharia as Troubletones, e eu quero arrasar com vocês de uma forma justa! Mas vocês serão massacradas do mesmo jeito" Ele disse, aos risos.

"Qual é o seu problema, palhaço gordo? Não me esquece não? Você não precisava ter feito isso, eu não preciso da sua ajuda imunda!" Esbravejei, com raiva.

"Olha, Santana, é melhor você se contentar logo com isso, mas se você quiser eu posso ir agora mesmo ao Figgins contar a verdade. Afinal, você e sua companhia de amiguinhas da Ellen Degeneres vão perder do mesmo jeito!" Finnútil disse, irônico.

"Não vou me rebaixar ao seu nível, Finnbecil! Agora se me permite, tenho mais o que fazer."  Depois de dizer isso, me virei para ir embora, mas o balofo continuou a falar:

"É melhor você tomar um suquinho de maracujá, porque essa semana, as Troubletones e o New Directions vão se unir, já que a sala de vocês foi interditada."

Parei. "O que?"  Eu disse, virando-me para a orca.

"O que você ouviu." E saiu andando.

Quinn's P.O.V.

Estava na aula de História, me segurando para não dormir, já que a sra.Phillips dá aula de um jeito tão veloz e animado que parece que ela é o resultado do acasalamento entre uma tartaruga e uma lesma. Até que meu celular vibrou dentro da minha bolsa.

'Você tem 1 mensagem não lida.' Estava escrito na tela. Como não tinha mais nada para fazer, cliquei em ler.

'Oi, Quinn. Eu estive pensando, o que acha de passar mais tarde na minha casa para conversarmos sobre nosso plano? - RB' 

Rachel. Logo, dedilhei a resposta: 'Bem, estou livre depois das 17:15, tudo bem para você? - QF' Enviei.

Poucos minutos depois, outra mensagem chegou.

'Por mim tudo bem, então, combinado? Hoje, às 17:30? - RB'  Senti um frio na barriga e pensei: 'Ótimo, parece que nem Rach vai resistir ao meu charme por muito tempo.' Ri comigo mesma e enviei minha resposta: 'Ótimo, até às 17:30, então. Beijos - QF'

'Até mais tarde :) Beijos - RB' Meu coração pulou. (Nossa, que coisa clichê!) Acho que vou caprichar hoje, Hahaha. 'Rachel Barbra Berry, prepare-se para pirar!'

Kurt's P.O.V.

Estava pensando um pouco sobre os últimos acontecimentos que estão atormentando minha mente glamurosa, quando a campainha tocou. 'Deve ser Puck.' pensei.

Abri a porta e encarei o garoto de moicano, que estava, surpreendentemente, sorrindo.

"Olá, Noah." Falei, tentando sorrir.

"E aí, Topetinho, como está?" Ele disse.

"Bem, e você? Entre." Respondi.

"Estou legal. Mas quanto a você, não me convenceu , e olha que isso é estranho, já que você sabe atuar muito bem. Quer conversar sobre isso?" O rapaz disse, demonstrando preocupação.

"É tão óbvio assim? Mas, enfim, talvez depois." Eu falei, baixando os olhos.

"Tudo bem, você que sabe. Então, vamos ao que interessa, matemática." Noah respondeu, animado, ao entrar e jogar sua mochila no sofá.

"Posso saber o motivo dessa sua felicidade incomum?" Perguntei, interessado.

"Nada demais, só estou animado porque depois de muito tempo, as coisas finalmente parecem estar começando a dar certo para mim." Ele disse.

"Sério? Que bom, Noah. Mas me diz, você sempre foi bom em matemática?"

"Acho que sim, não sei, nunca parei para pensar. Mas vamos começar?" Ele respondeu. Assenti.

Rory's P.O.V.

Toquei a campainha da casa de Sugar e Harmony, resolvi dar uma passada lá, já que a tia Brittany não estava em casa e eu não tinha nada para fazer nesse final de semana. Deixei um bilhete para Amy antes de sair.

"Ah, oi, Rory. Quanto tempo, hein!" Harmony disse, ao me receber, com um sorriso estampado no rosto.

"Oi, Harmony. Como vão as coisas?" Perguntei, animado.

"Ótimas, não podiam estar melhores!" Ela disse, demonstrando uma felicidade extrema.

"Olá, Rory!" Sugar cantarolou, descendo as escadas.

"Oi, Sugar, pelo visto não é só essa aqui que está feliz!" Falei.

"Muitas coisas aconteceram enquanto você esteve fora dessa casa." Ela disse, gargalhando.

"Afinal, alguma das duas vai me dizer o que está acontecendo?" Perguntei, interessado.

"É uma longa história, mas enfim, tem novidades sobre o plano?" Harmony disse, enquanto Sugar a puxava para um abraço lateral.

"Nossa, eu perdi muita coisa mesmo, né? Desde quando vocês são tão agarradas?" Perguntei. As duas coraram.

"Falamos pra ele?" Sugar perguntou para Harmony, com um tom de voz relativamente baixo.

"Por mim tudo bem, o que acha?" Ela respondeu, no mesmo tom. Sugar fez que sim com a cabeça.

"Err.... Vão me contar ou não?"  Perguntei, impaciente.

"Presta atenção, não vamos explicar, vamos te mostrar, ok?" Harmony disse.

"Tudo bem, desde que me esclareçam o que está acontecendo." Falei.

"Ótimo, então." Ela disse, e em seguida, fez algo que me deixou totalmente surpreso: as duas se aproximaram mais e mais, calmamente, até que seus lábios se tocaram.

"Oh My God! Suas vaquinhas! Por que não me contaram antes?" Falei, imitando a voz de meu pai Kurt.

"Isso começou anteontem, não deu pra te contar." Sugar disse, rindo.

"Nossa! E pensar que agora estou sobrando. Bom, então acho melhor eu voltar para casa." Falei, aos risos.

"Que isso!? Para de graça, Rory, você vai ficar. Vamos assistir alguns filmes e rir um pouco, você não vai a lugar nenhum." Harmony disse, autoritária.

"Eu fico, mas com uma condição." Respondi.

"Qual?" Sugar questionou.

"Vocês duas não irão ficar de agarramentos na minha frente, ok? A não ser que vocês chamem alguém para me tirar da solidão!" Falei, ainda rindo.

"Tudo bem, nada de 'agarramentos' na sua frente. Por hoje, porque amanhã vamos encontrar alguém pra você." Harmony respondeu.

"É, porque ninguém merece você dando uma de vovó pra cima da gente." Sugar completou, divertida.

Brittany's P.O.V.

Estava guardando meus livros no armário, quando vejo Sant se aproximando.

"Oi, S." Falei, sorrindo para a minha linda namorada latina.

"Oi, B. Hey, você já está sabendo que vamos ter que nos juntar com os pangarés do New Directions essa semana?" Ela disse, esquentada como sempre.

"Ah, a Quinn me contou hoje mais cedo. E lembre-se que nós já conversamos sobre essas suas palavras más, Sant." Falei.

"Mas está difícil, Britt. Até porque você não sabe daonde estou vindo. Chuta." Ela disse.

"Err... deixa eu pensar...sei lá, da terra mágica dos unicórnios? Da fantástica fábrica de chocolates?" Respondi, eufórica.

"Quase, B, quase. Eu estava na sala do diretor Figgins, com a baleia encalhada e mal-amada do Finn."

"Na sala do diretor? Por que?" Perguntei, preocupada.

"Por pouco eu não fui suspensa. Sabe, por causa daquele lance do tapa no balofo. Mas ele mentiu e eu não fui suspensa."

"Peraí, o que?  Não estou entendendo..." Falei, como se fosse novidade o fato de eu não entender algo.

"Isso não é importante, o que importa é que eu não fui suspensa. Mas em compensação, vou ter que aturar esses retardados mentais por uma semana, como você já disse."

"Ah, não fica assim, pensa pelo lado positivo, vamos estar juntas." Tentei animá-la, mas não funcionou muito bem.

"Eu sei, isso é bom, mas tem o Finnútil, e todo o pessoal do New Directions, não quero aturá-los reclamando do que fiz com a baleia." Ela disse.

"Quanto a isso, nem perca seu precioso tempo, afinal, Quinn me contou que quando saímos do auditório, ela e Rachel foram em sua defesa e arrasaram com ele. E no final, até o Sr.Shue ficou do nosso lado. Ninguém ficou no dele."  Falei, feliz.

"Isso é sério? Quer dizer, vou estraçalhar a cara da Fabray! Por que ela não me contou sobre isso? Que coisa!" Santana disse, surpresa.

"Calma, S, fica fria. Ela nos ajudou, não foi?" Sant assentiu, e eu continuei. "Então. Devemos uma à ela, você não vai machucá-la, ok?" Perguntei.

"Ok, não vou machucá-la. Ainda."

"Ótimo, agora vamos embora, afinal, a aula já acabou, e temos muito que fazer hoje." Falei, pensando no fato de que Santana contaria hoje aos pais sobre sua sexualidade e sobre nosso relacionamento.

Rachel's P.O.V.

Eu estava me arrumando ansiosamente, na espera de Quinn, que chegaria às 17:30. Olhei para o relógio, 16:57. 'Ah, por que o tempo não passa? Que demora!!" pensei, reclamando mentalmente. Dei uma checada em meu visual no espelho novamente, até que me toquei: 'Por que estou me preocupando com isso? É só a Quinn! Mesmo que estranhamente eu me sinta bem até demais quando estou perto dela, e me enrolo nas palavras e minhas mãos suam sempre que ela está comigo, mas ela me humilhou durante os últimos anos, mas ela é linda e... Para tudo! Por que estou falando isso? Ou melhor, pensando nisso? Aff, para, Rachel Barbra Berry, chega!'

Enquanto brigava comigo mesma, não ouvi a campainha tocar. Até que despertei de meus devaneios e resolvi atender a porta. Mas antes, olhei para o relógio. 17:23. Ela está adiantada. Desci as escadas rapidamente e ao abrir a tal porta para Quinn, paralisei do nada. OMG!

Quinn's P.O.V.

Rachel abriu a porta para mim e ficou parada feito uma estátua. 'Estou tão linda assim?' pensei, rindo.

"Oi, Rach." Falei, tentando acordá-la de seu estado de choque.

"Err... O-O-Oi, Q-Quinn. Quer em-entrar?" Ela perguntou, tropeçando nas palavras. Sorri. 'Como eu esperava.'

"Claro" Falei, entrando na casa. "Não pude deixar de perceber que você parece meio nervosa. Aconteceu alguma coisa?"

"Não, é só que...é que..."

"É que o que?" Perguntei, já sabendo a resposta.

"Você está linda." Ela respondeu, sem-graça. Sorri mais ainda.

"Hmm, obrigada." Falei, corando um pouco.

"E então,... sobre o plano, qual o próximo passo? Ou melhor, ainda continuaremos com ele? Porque como você pode ver, Finn já se deu bem mal e continua quebrando a cara pelo que fez com Santana."

"Na verdade, eu até pararia, mas não vou parar por dois simples motivos..." Falei, esperando que Rachel perguntasse quais são esses tais motivos.

"Que são...?" Ela disse, como eu pensei.

"O primeiro é que não vou deixar passar a limpo o que ele fez com a minha melhor amiga, então, nenhum sofrimento será o suficiente para fazê-lo pagar pelo que fez com ela. E o segundo... bem, o segundo é que desde que começamos com esse plano, eu pude perceber a ótima pessoa que você é, e... bem... eu não gostaria de perder esses laços que estamos começando a criar." Falei, corando ao dizer a última parte.

"Ownn,... sério, Quinn? Eu fico feliz com isso, de verdade. Até porque desde a época em que você me maltratava eu sonhava em ser sua amiga, e agora isso está se realizando, e...eu realmente acho você incrível." Rachel disse, apertando minhas bochechas."Mas não precisamos desse plano para sermos amigas." Completou.

"Eu sei, mas mesmo assim. Sabe, a Santana sofreu muito com esse lance que o Finnútil fez, e ainda não acho que ele sofreu o suficiente. Mas e aí, você se importa de continuarmos com isso?"  Falei.

"Se é assim, então tudo bem, também acho que o que ele fez com Santana foi muito errado. E qual é o problema de fazê-lo sofrer um pouco mais, né? Podemos continuar com o plano." Rachel respondeu.

"Ótimo. Mas quanto a isso, eu gostaria de tentar uma coisa... sabe, para ser mais realista..." Falei, com um esquema gravado em mente.

Rachel's P.O.V.

'Ai, o que será que ela vai fazer?' pensei, ao ver Quinn se aproximando de mim com a respiração descompassada.

"Diga não se quiser que eu pare." Ela disse. Assenti.

Fechei os olhos e meu coração disparou,... até que Quinn me deu um beijo. Na bochecha!!! 'O queeeeeeeee?? Não acredito que ela fez essa cerimônia toda para issoooo!!! Ahhh' pensei.

"Err,... Quinn." Falei.

"Oi? Desculpa, eu me precipitei?" Ela disse. 'O que? Pelo contrário, Quinn, você está andando devagar até demais!' pensei.

"O que? Não, claro que não, Q. Eu só acho que você não precisava ter feito essa cerimônia toda por causa de um simples beijo na bochecha!" Estourei.

"Err...desculpa por isso." Ela sorriu sem-graça.

"Tudo bem." Falei, nervosa.

Santana's P.O.V.

"Ok, não vai ser difícil, vamos, você consegue." Disse Britt, ao entrar comigo em minha futura ex-casa, se meus pais não me aceitarem.

"Tudo bem, eu consigo." Falei. "Mãe, pai, vocês poderiam vir aqui num segundo?" Gritei.

"Ah, claro, mi hija, estamos indo." Minha mãe disse. Segundos depois, os dois apareceram. "Oi, Brittany." disse ela.

"Oi, Sra.Lopez. Como está?" Britt perguntou.

"Muito bem, querida. E você?" minha mãe rebateu.

"Estou bem também." B respondeu, rindo da rima que formou.

"Enfim, vamos ao assunto. Mãe, pai, sentem-se." Falei, acabando com a conversa das duas.

"Santana, está tudo bem? O que quer nos contar e pra que essa cerimônia toda?" Meu pai finalmente disse, sentando no sofá

"Bem,... é uma história confusa. E difícil de acreditar, mas... eu tenho que contar, antes que o tal comercial idiota entre no ar."