Amor Mascarado escrita por LunaCobain


Capítulo 15
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Gente, meus reviews estão diminuindo, to ficando triste... ):
Enfim, aí está o capitulo novo, acabei de terminar.



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Não pude ficar muito tempo com Erik. Tive que me lembrar que as meninas estavam lá em cima, fingindo que eu estava tomando banho. Eu tive que voltar. Mas o quarto estava um caos, nem pude vê-las.
    -Audrey? Mirelle? Vocês estão aí? - perguntei, aumentando  volume da voz e me sentindo uma completa idiota.
    Ninguém me respondeu. Que ótimo, Matt devia ter pego elas. Droga. Será que elas não podiam se comportar por nem um segundo?  Nesse momento, Adrienne bateu a porta com força, entrando no quarto. Ela estava pálida e com os olhos arregalados.
    -Catherine, Catherine. O seu namorado... - ela começou a gritar, mas eu logo a interrompi.
    -Quem?
    -Ora, quantos namorados será que você têm? Matt, é claro. Matt foi preso! Catherine, você não está preocupada? Os policiais estão aqui!
    -Ah. Legal.
    -Catherine! Como assim? Vai, você tem que pelo menos dar tchau pra ele. - Adrienne estava ralhando comigo. Dei uma risada.
    -Não. Eu não vou não.
    -Como assim? Não gosta dele?
    -Não. E ele não é, nem nunca foi meu namorado.
    Adrienne me olhou, sem acreditar no que eu tinha dito.
    -Mas, Catherine, ele é lindo. E rico.
    -E...
    -Ué, não é óbvio? Do que mais você precisa?
    -De um cerébro? Isso é realmente uma ideia que me agrada. - dei um sorrisinho e me joguei na cama, me esquecendo das costelas, e fazendo uma careta depois.
    Adrienne bufou, e saiu do quarto rebolando feito uma minhoca, indignada. Não pude evitar um sorriso. Que pensamentos idiotas! Aproveitei que já estava na cama, sozinha, para dormir um pouco. E foi só um pouco mesmo, porque logo eu estava ouvindo os  berros de Michelle dentro do quarto.
    -Ahn? Que que tá acontecendo? O mundo caiu? - eu murmurei, ainda sonhando, mas tentando tirar algum sentido daquela gritaria toda.
    -Catherine Daaè!
    -Nem me venha com esse sobrenome maldito...
    -Matt foi preso. Temos que ir visitá-lo. Temos que pagar a fiança, vamos tirá-lo de lá. - Quando Michelle falou aquilo, eu tive que acordar direito.
    -Se você ousar pagar  a fiança pra ele, eu te mato. Acredite, eu sei como fazer isso. -ela arregalou o olhos enquanto eu copiava  sorriso malvado de Erik.
    -Muito engraçado, senhorita. Agora, porque não quer que a gente salve o seu namorado?
    -Matt não é meu namorado, ele é um idiota. Ele me sequestrou e me fez ligar pra vocês dizendo que ele tinha me salvado. E ele me bateu de novo. Matt merece estar aonde está agora.
    -Ah, minha nossa. Você podia ter me avisado!
    -Ah,sim, claro, eu podia mesmo ter te avisado. Estava presa com ele em um lugar desconhecido, sem telefone, internet, nada, mas ainda assim, eu podia ter usado meus superpoderes telepáticos e te dito onde eu estava. Você é brilhante.
    -Então não tem Fantasma?
    -NÃO! Não tem. - Respirei fundo - Será que dá pra me deixar dormir agora?
    -Claro. Claro. Tudo bem, qualquer coisa, acho que vou dormir por aqui hoje, no quarto de Brigitte, certo?
    -Tá. Tá bom.
    Ela me deu um abraço tímido e saiu do quarto. Obviamente eu já não estava mais pensando em dormir. Ia correr para Erik. Mas antes que eu tivesse tempo de me levantar e ir até a parede, senti mãos cobrindo os meus olhos. Tomei um susto.
    -Adivinha quem é? - Disse.
    -Nossa, difícil isso, hein, Erik? - eu falei rindo. -Você me deu um susto! - ele tirou as mãos dos meus olhos e apareceu na minha frente.
    -Ele foi preso, então. Era esse o seu plano?
    -Sim. Era exatamente esse o meu plano. E funcionou. - dei um sorriso de triunfo.
    -Nossa, você é igualzinha a mim. Aí está o sorriso do mal, não é? Pensei que ele te assustasse.
    -Não quando está no meu rosto. Principalmente quando significa que eu vou poder ficar com você.
    Erik sorriu, e se sentou na minha frente, na cama.
    -Sem ninguém para atrapalhar, eu espero. - ele disse.
    -Ahm.. Exceto pela sra. Giry...
    O sorriso de Erik aumentou, o que não era o que eu estava esperando.
    -Ela não vai atrapalhar. Eu conversei com ela. Acho que a morte da irmã a fez pensar um pouco...
    -A irmã dela morreu? - Erik assentiu - Meu Deus. Ela deve estar mal.
    -Não está muito, só um pouco mais quieta. E menos enxerida.
    Dei um sorrisinho pra ele, mesmo estando surpresa e um pouco triste por Brigitte. Ele fez menção de me puxar pela cintura, mas eu mesma me aproximei dele, pensando que doeria se ele tocasse no machucado. Ficamos uma eternidade nos beijando. E agora, eu poderia beijá-lo todos os dias da minha vida. Porque estávamos noivos. Acariciei o anel em meu dedo, o anel que Erik me dera no dia do meu aniversário. Já fazia tanto tempo... Mas desde então, o aro fino de ouro nunca saíra da minha mão. Ah, Erik!
    -Vai vir comigo pra casa do Lago? - Erik perguntou quando nos separamos um pouco.
    -Não sei, meus pais tão aí...
    -Ah, Catherine, qual é? - ele deu aquele sorrisinho sedutor, olhando fundo nos meus olhos.
    -Tá bom, eu vou, Erik. Você realmente precisa me ensinar como consegue convencer as pessoas tão fácil. Isso seria útil, com os meus pais.
    Ele sorriu de novo, mas dessa vez mais solto.
    -Vamos. - Erik disse, segurando a minha mão.
    Entramos pelos túneis e logo estávamos novamente na casa do Lago de novo. No quarto de Erik. Eu adorava o quarto dele, e ele sabia disso. Acho que Erik gostava que eu gostasse de lá, mesmo preferindo o meu quarto. Eu estava deitada na cama com ele, e não pude resistir a tentação de dar uma olhadinha pro lado, para as estátuas que ele tinha feito. A minha, naturalmente, estava lá, mas estranhei uma coisa. Onde estaria Christine?
    -Erik?
    -Sim?
    -O que você fez com Christine? Com a estátua dela, quero dizer?
    -Ah... Você reparou... Acho que estava mais do que na hora de me desapegar daquilo. Christine é passado. E, como você já sabe, eu não gosto do meu passado.
    "E quando eu for passado?" , foi o que eu pensei na hora. Bom, pelo menos assim eu não precisava ter ciúmes de mais ninguém. Era o que eu esperava. O olhar de Erik estava receioso. Sorri para ele, tentando animá-lo.
    -Isso é bom.
    -Acho que sim...
    Erik se inclinou um pouco e me beijou novamente, segurando minha cintura com delicadeza, tomando cuidado com o gesso. Pousei as mãos em seu rosto, meio frustrada por ter de sentir a máscara do lado direito. Droga. Então contentei-me em passar as mãos por baixo da camiseta azul justa dele. Já estava com saudade do calor dele, dos braços e dos lábios dele. E em breve, tudo aquilo me pertenceria, oficialmente - porque, em breve, nós seríamos casados. Ainda era estranho pensar nisso. E eu tenho certeza que muitas pessoas me achariam louca - Matt era um gato, e rico, assim como o primo Arnaud, mas ainda assim... Eles não tinham o "quê" necessário, entendem? Erik, ao meu ver, era lindo- pelo menos metade do seu rosto poderia perttencer ao Mister Universo, dêem um crédito a ele. Mas o melhor, é que além disso e, pelo menos comigo, ele era doce, gentil, cuidadoso. E ainda por cima, ele era inteligente e gostava de música. Música foi a única coisa da qual eu pude extrair algum sentido por anos - treze anos inteiros, para ser sincera, e mais um pouco. Era muitíssimo importante para mim.
    Resolvemos deixar para ver esse negócio do casamento depois que eu pudesse me mexer sem soltar um berro. Isso só aconteceu um mês, mais ou menos, depois de Matt ser preso. Eu tinha ficado todo esse um mês no paraíso, com Erik. Claro, minha mãe ligava ás vezes, e Luigi também - ele era tão quieto que ás vezes eu me esquecia dele.  Eles sabiam que eu estava com Erik, e por mais estranho que possa parecer, eles não questionaram.     Eu estava deitada com ele enquanto pensava nisso, estávamos dormindo de conchinha, como as pessoas dizem - eu adoro rir das expressões novas, porque ás vezes eu acho que eu tenho uma alma meio antiguinha demais - na cama do meu quarto. Eu estava rindo agora. Então, de repente, eu senti um enjôo. Droga, isso era hora para ficar enjoada? Saí da cama devagar tentando não vomitar, nem acordar Erik. Bebi um copo d'água que estava no criado-mudo ao lado da cama e fui até o banheiro. Eu estava um pouco pálida, e com olheiras- apesar de ter dormido bem- , mas eu não podia vomitar agora. Eu não ia. Muito bem, lavei o rosto com água gelada e escovei os dentes, tentando fazer o enjôo passar. Quando tive certeza de que não ia acontecer nada de "perigoso", voltei pro meu quarto, ainda nas pontinhas dos pés, mas Erik já tinha acordado.
    -O que foi, anjo? Não está se sentindo bem?
    -Só um enjôo... sei lá. Já está passando.
    Ele abriu os braços, esperando que eu fosse até ele. Sentei no seu colo e ele me aninhou em seus braços, passando uma das mãos pela minha testa.
    -Você está meio quente. Tem certeza que tá bem?
    -Er... É, acho que sim.
    Erik me abraçou, e ficou cuidando de mim. Ele era tão fofo. Era estranho falar que um cara infinitamente mais velho do que eu era fofo, mas não se pode ocultar a verdade, certo? Fiquei melhor bem rápido, não sabia o que tinha sido aquilo. Mas com Erik por perto, era impossível pensar em ficar doente. Mas ainda assim, tinha alguma coisa errada...Ah, Meu Deus!
    -Droga! - murmurei baixinho.
    -Que foi, Catherine?
    -Ahm, nada. Só.. - percebi que meu celular estava vibrando no bolso do jeans - Michelle de novo. - desliguei o celular.
    Erik sorriu.
    É claro que eu tinha motivos para me preocupar, mas não queria preocupar Erik com isso também. Querem saber o que estava errado? Minha menstruação estava alguns dias atrasada. Claro que devia ser só coincidência, então eu não ia ficar amolando Erik com isso. Mas quando depois de mais uma semana, a menstruação não desceu, eu tive que falar com ele.
    -Temos que dar uma passada no hospital, então, Cathy. - Erik disse. Estava parecendo feliz, mas eu não podia compartilhar dessa felicidade com ele.
    Fomos até o hospital Reniè, que ficava a três quadras do Teatro Abeau, e não precisamos esperar muito.  Era totalmente comum em Paris uma garota até mais nova ter que fazer exames de ultrassom, testes de gravidez e coisas do tipo, de modo que Erik e eu fomos bem recebidos ali. Mas quando o resultado saiu, minha vida praticamente passou diante dos meus olhos.
    -Cathy... - Erik disse sorrindo - Você está gravida.
    AH. MEU. DEUS.
    Não pude fazer nada a não ser ficar olhando para ele com os olhos arregalados, até conseguir me recompor. Erik falava consigo mesmo, eufórico. Mas isso tinha estragado a vida da minha mãe, Michelle, e a minha também. Como é que eu poderia ficar feliz? Ela e Luigi não tinham conseguido manter a relação e nem ficar simplesmente felizes. E se isso acontecesse comigo e Erik? Eu tinha catorze anos!
    Mas além disso, tinha alguma outra coisa me incomodando. Eu só não sabia bem o quê. Aí ficava bem difícil de me acalmar. No entanto, eu sabia que conseguiria me lembrar do que era. Sabe, quando de repente te dá um branco, mas você sabe que se pensar bastante, procurar em cada canto da sua mente, você vai achar? Agora era só uma questão de tempo.
    E, o mais importante, agora tínhamos que explicar tudo aquilo para Michelle e Luigi. Que beleza.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado..
Beijos,
Luna :*



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