Nobody Is Home escrita por lonelyofthedesert


Capítulo 4
Capítulo 4




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Voltei para o salão comunal e o encontrei vazio, lembrei-me que era hora da janta. Resolvi ir para o salão principal, não porque eu estou com fome, mas para vigiar um certo ser albino. Quando entrei no grande salão, como sempre, ninguém me notou. Sentei-me à mesa Sonserina e servi meu prato com um pouco de purê de batatas. Brinquei um pouco com a comida enquanto comia um pouquinho, quando voltei a olhar para Malfoy ele se levantou e caminhou em passos largos até a saída do grande salão. Esperei um pouco, me levantei e fui atrás dele. Eu o seguia silenciosamente e a uma distancia razoável, caso ele olhasse por cima do ombro eu poderia me esconder atrás de algum pilar e ele provavelmente não me veria. O segui por diversos corredores até que finalmente ele parou em frente à uma parede. Escondi-me atrás de um pilar e fiquei observando, o Malfoy só pode ser doido. Porém após algum tempo uma porta começou a surgir na parede e Malfoy entrou na mesma, antes de fechá-la ele olhou pelo corredor para ver se tinha alguém ali, rapidamente me escondi. Pensei em esperar até ele sair da sala misteriosa, mas quando sai detrás do pilar notei que a porta já estava desaparecida. Voltei então a torre da Sonserina e subi direto até meu dormitório. Escutei um pouco de música e então resolvi ir dormir.


Acordei com meu despertador no dia seguinte e tomei uma rápida ducha antes de colocar meu uniforme e meu all star. Peguei meu ipod e coloquei a música em um volume absurdamente alto. Os fones eram escondidos pelos meus longos cabelos ruivos, a pessoa que falasse comigo não teria uma resposta e iria achar que estava sendo ignorada. Mas tanto faz, ninguém fala comigo mesmo, e se fossem me falar algo tenho certeza que seria um insulto. Andei rapidamente até o grande salão e me servi de salada de frutas enquanto prestava atenção na música. Comi calmamente e o salão foi enchendo cada vez mais, eu queria sair dali a voltar até a torre, mas eu tinha que vigiar o Malfoy e o idiota sempre tomava café mais tarde. Então meio irritada continuei na mesa enquanto lançava olhares discretos na sua direção e me concentrava na minha música. Quando percebi que ele estava terminando o café eu levantei da mesa e voltei até meu dormitório. Peguei minha mochila e dei uma volta pelo castelo antes de ir para minha aula que seria Herbologia. Minha penultima aula antes do almoço era livre, então eu resolvi andar pelo pátio do castelo. Encostei-me em uma das árvores na beira do lago da lula gigante e chorei silenciosamente. Merda de vida, sou tão inútil que nem minha família me aceita. Eu me sentia sozinha, isso era um fato. Eu sentia falta das minhas amigas de minha outra escola na Califórnia. Até dos meus pais, por mais que a gente brigasse pelo menos eles estavam ali do meu lado. Mas isso não é mais uma verdade. Eles não estão do meu lado e nem desejam estar. Eles querem que eu fique nessa escola infernal para sempre. O que eu julgava que seria algo bom e que mudaria minha vida tornou-se meu pior pesadelo. As lágrimas continuavam a escorrer, porém eu lembrei da minha aula e levantei da grama. Ia voltar para o castelo e me assustei por ver que Rony, Hermione e Harry me analisavam não muito longe de onde eu estava. Quando eu passei por perto deles Harry falou:

– Você esta bem?

– Eu pareço bem? – perguntei grossa. – Não, e não finjam que se importam. – falei e dei as costas a eles e corri até o castelo.

Corri para minha aula de poções e cheguei alguns minutos antes de Snape. Sentei em uma bancada mais no fundo da sala e esperei ele começar a aula. Ele nos explicou os efeitos da Poção redutora e depois nos mandou prepará-la, seguindo as instruções do livro.


Ingredientes:


– Raízes de margaridas cortadas em pedacinhos exatamente iguais.

– 1 pinhão descascado.

– 2 lagartas fatiadas.

– 1 baço de rato.


Segui o modo de preparo e logo minha poção já estava pronta. Snape passeava pela sala analisando as poções dos outros alunos da Sonserina e Corvinal. Apesar de eu saber que as poções de todos os alunos da Corvinal estavam perfeitas Snape não falava nada deles. Quando ele parou na frente da minha bancada e analisou minha poção ele sorriu satisfeito e me elogiou:

– Perfeito Srta. Weasley. 20 pontos para a Sonserina. – ele falou e eu sorri de volta para ele. Alguns alunos da Corvinal me lançaram olhares zangados, enquanto os da minha casa nem se dignaram a me olhar. Malfoy deu uma rápida espiada sobre o ombro e logo voltou a se concentrar em sua poção que estava quase finalizada. Logo Snape encerrou a aula e eu caminhei até o salão principal junto com os outros alunos. Sentei-me afastada dos outros alunos como sempre e me servi. Estava comendo distraidamente meus aspargos quando alguém sentou ao meu lado. Assustei-me porque ninguém nunca chagava perto de mim, provavelmente tinham nojo da Weasley. Levantei meu olhar e vi que era Cass Timms e ela sorria para mim.

– Oi. – ela falou e eu engoli minha comida.

– Oi. – falei. Ela passou o almoço todo do meu lado e nós conversamos um pouco sobre nossas aulas já que ela era um ano mais velha que eu. Subimos então até a torre da Sonserina juntas e ficamos no salão comunal até nossas aulas começarem. Tive aula de defesa contra as artes das trevas, história da magia e adivinhação.


Quando as aulas acabaram eu tomei um banho demorado e troquei aquele uniforme, que já estava me irritando. Coloquei uma roupa simples (link http://www.polyvore.com/nobody_is_home/set?id=40739239) e resolvi sair pelo castelo, me sentia sufocada naquela torre e ainda não havia dado o toque de recolher. Caminhava calmamente por um dos grandes corredores do castelo e prestava atenção somente na pedra gasta debaixo do meu all star quando alguém me puxou e eu quase soltei um grito. Levantei meu olhar e vi que eram os gêmeos Weasley e eles me olhavam como se fossem crianças que iam aprontar.

– Olá querida Sierra. – falou Fred sorrindo abertamente.

– Fazendo o que a essas horas? – perguntou Jorge.

– Caminhando. – falei dando de ombros. – E vocês? – perguntei sem querer demonstrar a felicidade por eles terem voltado a falar comigo.

– Caminhando. – repetiu Jorge trocando um olhar com o irmão.

– Eu sei que vocês estão aprontando. – Falei e eles fizeram cara de anjos. – Mas não vou contar para ninguém, prometo. – Eu falei sorrindo e eles me mostraram um mapa do colégio que mostrava a localização de todos no castelo. Depois me mostraram algumas passagens secretas. Andamos tanto pelo castelo que perdemos o toque de recolher, eles estavam me acompanhando até uma parte do caminho quando encontramos com Rony.

– Onde vocês estavam? E o que estão fazendo com ela? – ele perguntou para os gêmeos como se eu não tivesse ali.

– ELA. – falou Fred visivelmente irritado. – é sua prima, e não te interessa. – Falou e Rony ficou extremamente vermelho.

– Me interessa sim, porque posso ir chamar a Minerva agora mesmo. – Falou Rony e eu me irritei profundamente.

– Pois é, e como você vai explicar para ela que você esta fora da cama? – perguntei fazendo com que ele ficasse mais vermelho ainda.

– Você, sua Sonserina, não dirija a palavra para mim. Porque eu já disse que você não é mais minha prima nem minha amiga. – Ele falou extremamente grosseiro.

– Eu já disse que minha casa não muda quem eu sou. – Eu falei também alterada.

– Não me importa. Provavelmente logo vai virar uma comensal. – ele falou e os gêmeos pareceram meio brabos com Rony por ter dito aquilo e aflitos porque viram que eu logo iria chorar.

– Pois bem Rony, seu idiota. Então não ande com “comensais”. – falei irônica. – Ainda bem que você teve seu ataque idiota para eu ver quem você realmente é. – falei e as lágrimas já desciam pelo meu rosto. Virei para Fred e Jorge e tentei sorrir para eles. – Obrigada por hoje, vou voltar para o meu dormitório. – Falei e sai correndo até minha torre. Subi ao meu quarto e me joguei na minha cama, retirei meu tênis e após algum tempo chorando eu acabei dormindo.



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