Dark Espirit escrita por SkyMason


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora , mas esse capitulo esta dez!!!



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Se eu não estivesse tão encrencada eu provavelmente teria aproveitado mais a cidade. Baia era um lugar simples, mas se você soubesse o que estava fazendo, você realmente poderia encontrar lugares legais por lá.

Digo isso porque eu estava parada em frente ao shopping, e cara, ele era incrível por fora. Eu olhei para as minhas roupas. De jeito nenhum eu iria entrar lá vestida com as roupas do Dimitri que eram tipo, três vezes maiores do que eu.

Então algo estranho aconteceu.

Eu ouvi uma voz atrás de mim, como se alguém estivesse em um telefone, mas falando alto demais. E rindo muito.

Eu me escondi atrás de um latão de lixo antes que a pessoa virasse a rua. Era uma garota. Na verdade ela não era muito mais nova do que eu.

E ela estava vestindo bem. Eu desejei ter aquelas roupas para entrar nas lojas.

Então, como se um fogo tivesse se acendido em minha mente, eu pulei na frente dela e antes que ela me visse acertei sua cabeça com uma pancada. Forte o suficiente para fazê-la desmaiar.

Eu não sabia por que estava fazendo aquilo. Era como se eu não controlasse minha mente. Eu nunca em minha vida havia atacado pessoas indefesas. Digo, eu quebrei o nariz de Mia uma vez, mas ela me chamou de vadia.

E agora, eu parecia uma por fazer isso.

Eu rapidamente arrastei a garota para trás do latão e chequei para ver se alguém tinha nos visto.

Eu cogitei sair de lá, mas de novo a minha mente tomou conta. Eu troquei de roupas com a garota e coloquei ela como se tivesse apenas tropeçado.

Agora, eu estava com um mini short preto, que faria caras babarem (Deus, eu tinha um namorado!) e uma blusa preta bem solta e com pregas que deixava a maior parte das costas à mostra. Eu agradeci por estar com um bom soutien.

Ela estava com um all star de grife dourado, e eu os calcei rapidamente também. Eu chequei sua bolsa e conferi sua identidade. Ela tinha apenas quinze anos.

Você é má Rose, muito má!

Trocando a minha estaca de bolso, eu a escondi em um lugar de fácil acesso. Um pouco de gloss e um checada no espelho dela e eu estava pronta.

Antes de pular a janela eu havia pegado o meu cartão de crédito no bolso da calça que eu estava usando antes. Eu poderia aproveitar bastante as lojas.

Andando como se nada tivesse acontecido eu entrei no shopping. Varias pessoas andavam por lá. Eu notei que havia vários Dhampir, a maioria guardiões com seus Morois.

Eu entrei em algumas lojas e comprei algumas roupas legais para mim. Na maioria roupas de frio, mas algumas mais básicas, como calça jeans e aquelas blusas escritas que eu gostava de usar. Eu comprei alguns sapatos, tênis na maioria, e muitas botas. Guardando minhas sacolas em um local seguro eu avistei um lugar que vários Morois entravam. Uma boate, ou algo muito parecido, só que ela parecia ser chique.

Havia um segurança na porta, mas com um bom sorriso sedutor e algumas notas de dinheiro eu consegui entrar. Era quase a mesma coisa que as boates nos EUA que eu e Lissa costumávamos ir. Só que eu estava livre dessa vez. Eu desvie das pessoas que estavam dançando e fui até o bar. Sentei num dos bancos e comecei a olhar a minha volta.

De repente um cara sentou ao meu lado. Eu olhei para ele. Era um moroi de meia idade com um cabelo legal e mais ou menos da cor do meu. Ele usava um brinco de ouro na sua orelha, um fedora azul, e um cashmere de seda que parecia cheirar a dinheiro. O terno branco e mocassins preto também indicavam que ele era da classe alta. Um da realeza talvez?

Ele era bonitão para a idade dele. EU tentei chegar minha cadeira para longe dele. Ele me olhou com um sorriso no rosto.

“Fala inglês eu presumo?”

Eu acenei. “Sim velhote. O que você quer?” decidi que não deveria jogar conversa fora com ele. Eu não queria um velho no meu encalço. Ainda mais se ele chamasse a policia.

Ele me deu um olhar questionador. “O que uma moça bonita como você faz em um lugar como esse?”

Eu dei de ombros. “Não é da sua conta!”

“Seria da conta dos oficiais se eles descobrissem!”

“Tente!”

Ele gargalhou. “Você parece ter atitude minha jovem. Digamos que você não irá me dizer seu nome também, huh?”

Eu notei o sotaque dele. Não era como o russo de Dimitri. Tampouco inglês ou americano. Eu não iria falar meu nome assim, mas a verdade era que eu queria saber o dele. O sobrenome principalmente.

“Rose. Meu nome é Rose Hathaway!”

Seu sorriso se alargou mais, mas eu percebi que ele ficou um pouco branco demais.

“Ora, ora. O que uma Hathaway faz tao longe de seu país? Deixe me acertar... a filha de Janine Hathaway?”

“Tanto faz, pra você é guardiã Hathaway.”

Ele gargalhou. “Sim, sim, não esqueceremos os títulos, Srta Hathaway.” Ele acenou para o garçom. “ O de sempre Byron. E para a Srta...”

“Vodka!”

“Não deveria beber. Você não esta em serviço?” ele perguntou parecendo curioso demais.

“De novo, não importa. EU não me formei ainda!” Eu peguei meu copo de vodka e acenei para ele.

“Eu diria que foi um prazer conhece-lo, mas eu estaria mentindo. EU nem sei seu nome.”

“Pois para mim foi um prazer enorme senhorita Hathaway. E me chamo Abe Mazur.”

Ele sorriu novamente e eu caminhei em direçao da pista de dança.

Eu não me lembro do tanto que dancei ou do tanto que bebi. EU só lembro que meia hora depois eu já estava caindo de tanta vodka russa enfiada goela abaixo. Eu estava dançando e de repente, o mundo que dançou a minha volta.

Alguem segurou meu braço.

“Srta. Hathaway acho que a esta na hora de voltar!”

Eu arranquei suas mãos do meu braço “Eu posso andar!”

“Oh sim, eu realmente espero!” ele zombou. Confiante eu dei um passo a frente e meu nariz quase esfregou o chao.

Quase!

“É eu tenho certeza que a Srta pode. Mas por que não me deixa levá-la em segurança!”

Eu não discuti. Na verdadde a minha primeira intenção era gritar, mas eu já havia gritado demais hoje e não sabia se minha garganta iria agüentar.

E alem do mais Dimitri...

Oh Deus Dimitri vai me matar!

“OMG, eu sou uma pessoa morta!” eu murmurei, um pouco alto demais.

“Ainda não, mas porque exatamente?” Abe perguntou ainda me conduzindo em direçao a saida. Eu me apressei.

“Meu... responsável. Ele não sabe que eu sai.”

“Deixe me advinhar... Ele é um guardião?”

EU acenei, o mundo ainda girando ao meu redor.

“E você pode me informar quem é e onde mora para que possamos te levar até ele?”

“Sim velhote! Me leve até os Belikov!” eu não sei como a frase saiu já que minha língua estava se enrolando toda, mas eu acho que a ultima parte ele entendeu.

“Os Belikov! Claro!”

Ele deu as instruções para um de seus guardiões (ele tinha muitos) e abriu a porta do seu ostentoso carro para mim.

Eu tropecei para dentro e me joguei em um dos bancos.

“Sabe, eu ainda não entendi o que você faz tão longe dos EUA, ainda mais o que faz com os Belikov!”

“Você não precisa entender nada velhote. As coisas funcionam assim, eu brinco do meu jeito, você do seu. Somos até parecidos nesse aspecto.”

Ele ergueu uma sobrancelha. “Somos?”

“Eu acho que sim. Você me parece do tipo que não gosta de perder. Bem, eu também não. Apesar de eu dar minha vida facilmente pelos que eu amo.”

“E você chama isso de perder?”

Eu pensei um tempo. “Ultimamente? Eu acho que sim. Mas isso não significa que eu não vá perder feliz. Eu morreria para ver quem eu amo a salvo. Mas eu morreria para ter aquilo que eu sempre quis!”

“E o que é?”

Eu neguei. “Não poderia dar essa informação ainda! Você ainda é um desconhecido para mim! Oh chegamos!”

Eu não sei como consegui manter uma conversa tão longa com esse cara, considerando que estava bêbada e tudo mais. Mas ele me pareceu alguém bom para conversar, apesar do jeito mafioso e tal.

Eu desci do carro e vi que as luzes da casa ainda estavam acessas. Eu me lembrei de algo.

“Minhas sacolas!”

Abe me deu uma olhada. “Não se preocupe! Pavel cuidou delas para vocÊ!”

“VocÊ estava me observando?”

Ele entrou no carro. “Boa noite Rose!”

O guardiao, que eu presumi ser Pavel, me entregou o monte de sacolas de coisas que eu havia comprado mas ao ver que eu mal conseguia me manter em pé, começou a subir as escadas.

 “O que você esta fazendo?” eu sussurrei furiosa, mas era tarde demais. Ele bateu na porta e ela se abriu imediatamente. Parado lá estava meu deus russo.

E cara, ele parecia furioso!

Eu engoli em seco e subi as escadas da varanda parando atrás de Pavel.

O guardião olhou para mim divertido e fez uma mesura.

“Srta. Hathaway, esta segura agora. Belikov!” Ele acenou para Dimitri e saiu depressa em direção ao carro.

Eu ergui minha cabeça. “Camarada, você não faz idéia dos sapatos que eu comprei!” e entrei na casa. Não sem tropeçar nos pés de Dimitri, é claro!


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Notas finais do capítulo

rssrs e entao? reviews?



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