Worlds Crash II escrita por The_Stark


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É isso aí, estamos de volta! Demorei pensando num enredo interessante, mas acredito ter conseguido... Bom, no capítulo I eu dou algumas informações sobre a história. Por hora, vamos ao Prólogo. Espero que gostem!



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"O fim da esperança é o começo da morte"

Charles de Gaulle

A senhora olhou ao seu redor.

Folhas amarelas e galhos secos. Somente isso. Aquilo que no passado já havia sido tão verde, tão glorioso, tão cheio de vida - estava morto. É claro, ela devia estar radiante por causa desse fato, dadas as atuais circunstâncias. Mas, não, ela quase sentia pena. Isso apenas mostrava o quão mal as coisas iam. No fundo, era lamentável.

No passado, fora uma grande esfera feita folhas, flores e galhos. Agora, era uma esfera, e só. As folhas estavam amareladas, os galhos quebradiços e as flores murchas. A senhora estava dentro dessa esfera. Sua prisão pessoal, como pensava. Ela Deu alguns passos a frente, com as folhas quebrando-se e estalando sob seus pés, e aproximou-se do pequeno buraco que, durante séculos, foi sua única forma de saber o que acontecia no mundo exterior.

Se bem que, muitas vezes, ela se arrependeu de saber o que se passava no mundo exterior. Olhou apenas por olhar, sabia o que veria: guerra, luta, traição. Mas logo tudo isso iria mudar, ela acreditava piamente nisso. A humanidade por fim veria os seus erros e deles se redimiria.

Uma alma pura... Ela pensou tristemente, levando a mão ao coração.

Era triste que as coisas tivessem que chegar a esse ponto. Tudo o que fizera. Tudo. Por amor... E como era recompensada? Dessa maneira... O que poderia ser feito? A única coisa que podia fazer era esperar, dentro de sua esfera de plantas, por dias melhores. Esperar que um dia todos percebessem o quão ridículo era tudo isso.

Talvez seu plano ainda desse certo, quem sabe? Ela abriu um pequeno sorriso, diante dessa hipótese. Era sua última esperança, tinha que dar certo... Todavia, quando olhou pelo buraco de sua pequena cela, surpreendeu-se.

O que viu, assustou-a como poucas coisas haviam conseguido no passado. Ela teve que olhar duas vezes, para garantir que estava vendo direito. Sentiu toda a sua esperança ser drenada de seu corpo. Em um único golpe, ela havia perdido tudo. Não tinha mais no que acreditar. Nada os salvará agora... Ela pensou entristecida.

Assim sendo, ergueu a cabeça e tomou sua decisão. Já havia pensado sobre isso antes, mas sempre acreditou que as coisas melhorariam, que tempos melhores viriam... Agora não, sabia que estava enganada. Aquela última espiadela no mundo exterior havia lhe revelado isso. Não tinha outra maneira, teria que ser desse jeito.

Uma única lágrima escorreu-lhe pelas bochechas e pingou nas flores murchas sob seus pés. Quando foi que as coisas ficaram tão ruins? A senhora ergueu o queixo, decidida. Inspirou uma única vez e libertou-se.

Livre, ela conseguiria aquilo que sempre buscou.

Ela conseguiria paz.


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Notas finais do capítulo

É um começo misterioso, mas tudo bem, eu gosto de começos assim. O que acharam?