The Vampires Forest 2- The Golden Witch escrita por AnnySama


Capítulo 4
Seleção de Poderes




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Chegamos à fachada do palácio depois de 10 minutos.

      Um homem de cabelos grandes e incrivelmente loiros, quase brancos, nos esperava. Jaden olhou para ele sugestivamente.

      -Com licença, viemos para o teste de poderes. – Disse Jaden firmemente.

      -Claro. Colibri os espera. – Disse calmo o homem. – Se tiver mais dúvidas, meu nome é Nero.

      -Está certo. – Disse Jaden. A expressão não tão confiante.

      -Mentiroso. – Sussurrou Hillary no ouvido de Jaden.

      -Bem, somos convidados especiais. – Disse Jaden tentando arrumar desculpas pelo engano.

      É claro que seria Colibri que nos atenderia. Ela não perderia a chance de nos importunar mais ainda.

      -Bem, já estamos aqui. É melhor entrarmos. – Sugeri aos dois.

      -Claro... – Respondeu Jaden.

      E nós entramos.

     Colibri sentada em um trono ao fundo do enorme salão nos olhava desinteressada. O queixo apoiado pela mão. Mas eu não notei nada demais nela. Estava ocupada reparando no homem ao seu lado, sentado no outro trono. Gemi. Hillary pegou a minha mão.

      -Acalme-se. – Sussurrou.

      O homem era Henry. Claro. Ele nos olhava com ódio. Eu me encolhi. Ele tinha as mãos nas de Heidi. Os dois pareciam estranhamente curvados um para o outro.

      Jaden tomou coragem. Deu um passo a frente. Os olhos no irmão.

     -Heidi...Viemos fazer o teste dos poderes.

     -É claro que vieram. – Disse Colibri indiferente. Depois acrescentou, com um sorriso malicioso. – Ora, ora, Alice! A imortalidade lhe cai como uma luva. Ficou muito graciosa como vampira. Presumo que não está sentindo saudades de Henry. Vejo que tem novos amigos. – Disse Colibri. Henry lançou um sorriso maldoso para mim. Eu me encolhi. A raiva me dominando.

      -Não são novos, velhos amigos apenas. Na verdade nem amigos, a minha família. E não vejo porque sentir falta de alguém que não participa dela. Sou indiferente. – Lancei como um veneno para cima dos dois. Henry grunhiu. Eu sorri para ele de leve.

      -Assunto para outro dia, certamente. Agora...Que tal descobrir seu poder minha cara? – Disse Colibri. Depois olhou com desprezo para Hillary que parecia estar péssima. Eu apertei a sua mão para lhe dar apoio. – E você, demônio, por que ainda vive? Eu não havia te matado? Achei que tinha sido o suficiente! – Gritou Colibri. As Mãos de Hillary tremeram na minha.

      -Só uma bruxa. – Sussurrei de leve para Hillary, o bastante para Colibri não ouvir. Ela assentiu agora confiante.

      Deu alguns passos despreocupados na direção de Colibri. Cruzou as mãos na frente.

     -Infelizmente, Heidi, diferente de você, eu tenho amigos. Então caso você morra, eles não te reviverão. Isso é uma pena não é? – Disse ela, com um sorriso provocante.

     -Acho que não te ensinei o bastante. – Disse Colibri com um rosnado feroz. Ela estava para se levantar da cadeira. Hillary deu alguns passos para trás. Mas antes de tudo acontecer, Henry colocou a mão sobre Colibri, impedindo-a.

      -Não...Colibri. – Disse Henry, como se estivesse sendo humilhado pedindo a nossa proteção. Mas estranhamente, ela sentou no trono de novo e voltou a colocar a sua mão na de Henry. Como se estivessem ligados.

      -Chega de distrações, vamos ao que interessa. – Disse Jaden.

      -Muito bem... Acompanhem-me. – Disse Colibri.

      Fomos levados a uma sala grande, mas sem nada. Pinturas na parede e no chão. Mas vazia. Sem nem um lugar para sentar. Achei que talvez teríamos que passar por uma maquina de raio-x, mas nada.

      -Quem vai ser a primeira? – Perguntou Colibri, com um pensamento maligno.

      Ficamos em silencio. Não sabíamos o que fazer.

      -Muito bem, Hillary. – Disse Colibri, depois bufou.

      Hill deu alguns passos e ficou no centro da sala. Colibri olhava para o céu. Pareceu sem foco. Sua mente talvez em outro lugar. Esperamos mais um pouco. Um silencio barulhento, na verdade. De repente, tudo começou a se agitar. A capa de Colibri se movimentava muito, fazendo ondas e mais ondas. Muito vento, nenhuma janela. Colibri sorriu deliciada. Minha blusa começou também a voar por causa do vento. Jaden olhava pacifico para todos. Então Heidi pareceu recuperar o foco e tudo se silenciou de novo.

      -Sinceramente Hillary, você fez muito bem em se transformar de novo. – Disse Heidi, dando um passo em sua direção. – Isso é tão raro, tão maravilhoso. Aceitaria sua companhia para sempre com esses dons. – Colibri nos olhou perversamente.

      -Então, qual é o meu dom? – Perguntou Hillary.

      -Não olhou a sua volta? Não viu o furacão que passou por aqui? Minha cara, você é muito rara. O dom de Arpis! Quem diria! Meu amigo vai gostar muito de saber que eu não sou a única que não mora em seu reino, mas que tem seus poderes. – Respondeu Colibri.

      -Vento? – Hillary cambaleou ou pouco.

      -Claro! Um dos quatro elementos! Isso é raro, sabia? Só nós, deuses, temos eles. – Colibri olhou para o chão com desgosto. Havia um “porém”. – No entanto me falta um. – E ela sorriu fitando o nada.

      -Está bem, agora é a vez de Alice. – Interrompeu Jaden.

      Colibri estendeu a mão como se pudesse pegar na minha, mesmo que eu estivesse a alguns metros dela. Andei em sua direção com medo. Ela já me traíra tantas vezes...

      De novo olhou para o céu, os olhos brancos misticamente. Esperamos. Mais tempo se passara do que com Hillary. Colibri sacudia a cabeça negativamente. Seus lábios traçavam uma linha rígida.

      Eu estava tão imersa em pensamentos que me assustei com uma gota de água que caíra do céu, ou melhor, do teto. Examinei a gota com certo interesse. Colibri já estava do meu lado. Olhei para ela. Seu rosto estava rígido e desiludido.

      -Como pode ser? – Disse Colibri. Depois olhou para o céu com raiva. – Cerinus! Não brinque comigo! Se ela tem, eu devo ter! Essas são as regras. – Depois de um silencio de resposta. Ela grunhiu. – Não pode fazer isto! Sou superior a vocês dois, regras são regras! Nenhum ser mágico deve ter um poder que eu não tenha. – Mais um silencio estremecido. - É claro, menos os seus. – Agora estava claro que Cerinus falava com ela, mas que não podíamos ouvir. – Ela foi mordida por um vampiro! Ela é uma vampira! – Gritou Colibri. Ouvimos trovões do lado de fora do palácio. – Destino? O que é destino, comigo lutando contra ele? Não é possível! – Ela se acalmou e virou-se para nós, a expressão sarcástica. Ela olhou para mim com ódio. Eu estremeci.

      Luzes muito fortes rondavam dos dois lados de Colibri. Até que tudo se aquietou, e dois homens pararam do lado de Heidi.

      -Arpis – Colibri virou-se para um homem de cabelos cor de areia, com um manto marrom com detalhes dourados. Ele tinha grandes asas como as de anjo. Extremamente lindo. Hillary e eu o olhamos maravilhas, Jaden ainda mordendo os lábios de tanta aflição.

      Colibri estendeu a mão para ele, e Arpis a beijou. Como servos. Todos servos de Colibri. Mesmo sendo deuses.

      -Cerinus. – Disse Colibri com mais desprezo. Mas este fez o mesmo que Arpis.

      A parede de trás se abriu, e dela surgiu três tronos de ouro magníficos. Os três se sentaram neles. Colibri no meio é claro.

      -Pode me explicar isso? – Disse Colibri, olhando para Cerinus.

      -Não há explicação. Nós não decidimos quais poderes eles terão. – Disse Cerinus, muito calmo. Eu olhava pasma para os três majestosos. – Aliás, é o destino que está controlando tudo isso. – Um sorriso aparecendo em seu belo rosto. Olhei para Cerinus, analisando-o. Ele também vestia um manto azul com alguns cristais e com uma longa calda. Tinha uma estranha coroa na cabeça. Ela era de um azul vivo e traçava um arco em sua testa. Não notei o quanto estava olhando pasma toda a perfeição de Cerinus, até ele olhar para mim e sorrir pensativamente. Eu me encolhi, mas retribui um sorriso agradável. – E falando em destino, não deveria discutir comigo... Milady.

      -A bruxa. – Disse Colibri pasma. Depois recuperou sua raiva. – Não! Ange não pode fazer isto com nenhum de nós. – Disse Colibri. Olhando desprezadamente para mim. Ela se levantou do trono e foi em minha direção. – Discutiremos isto depois, minha cara. Desculpe não esclarecer. Seu. Poder. É. O. Da. Água. – Disse Heidi, com má vontade. Eu a olhei, uma sensação de prazer me ocorreu. Água? Eu já achava que podia sair controlando todos os mares.

      -Colibri. Acho que devemos falar com a bruxa do destino. – Sugeriu Arpis.

      -Cer-ta-men-te. – Disse Colibri, estremecendo de raiva. Depois olhou para nós três. – Vocês já podem ir.

      Nós saímos do palácio rapidamente. O medo dominando tudo, Colibri podia fazer qualquer coisa quando o assunto era Inveja.


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