Depois da conversa Hiroto foi à casa de Nagumo e como o prometido levou a pipoca. O relógio marcava 14h32min.

Hiroto chegou à casa de Nagumo e logo entrou.

– Desculpe pela demora

– Tudo bem, nem dá nada... Bom, vamos fazer a pipoca agora ou mais tarde?

– Pode ser mais tarde... Eu quero conversar com você antes

– Tudo bem... Vamos para o quarto então...

Eles se sentaram na cama. Hiroto estava de frente para Nagumo.

– Antes Hiroto, eu tenho uma pergunta. Por que você se afastou de mim durante esses dias? Foi por causa da minha confissão?!

– Digamos que sim... Desculpe

– Eu é que peço desculpas. Afinal, não é todo dia que você diz pra um menino que gosta dele, não é? - sorri

– É - é verdade... - cora

– Se você quiser esquecer o que eu disse tá?

– Mas eu não quero...

Nagumo se espanta com essas palavras, nunca pensaria ouvi-las de Hiroto.

– Minha vez de perguntar - diz Hiroto

– Tá...

– Por que por mim Nagumo?

– E - eu não sei... Seu jeito me encantou, mas eu não achei que me apaixonaria - cora

– Você ainda me ama como disse aquela vez?

– Sim, eu amo você...

– Então talvez eu tenha permissão para fazer uma coisa...

– Que tipo de coisa?

– Isso...

Hiroto numa investida rápida se aproximou de Nagumo e beijou-o. Um beijo calmo.

Nagumo estava muito surpreso, mas se entregou aos braços de seu amado. Hiroto pediu passagem com sua língua para entrar na boca de Nagumo, e este a cedeu. Foi só quando o ar começou a faltar que eles se viram obrigados a separar-se.

Nagumo estava olhando para baixo.

– O que foi? - Hiroto pergunta

– Isso é algum tipo de consolo ou o quê?

– Não entendi. Por que tá perguntando isso Nagumo?

–... - lágrimas começaram a se formar em sua face.

– Nagumo...? - levanta o rosto dele - P - por que você tá chorando?!

Limpa as lágrimas - Me esquece Hiroto! - começa a gritar - Se você está tentando me consolar com esse beijo está perdendo o seu tempo! - vai até a janela e começa a chorar - V - vai embo - ra! Vai ago - ra! - ele dizia entre soluços

“Nagumo...” pensa Hiroto - Não é um consolo, eu fiz isso porque eu... - Hiroto é interrompido

Gritando - Por que então?! - se vira e encara Hiroto.

Nagumo ainda estava chorando.

Hiroto apenas suspira, se levanta e vai caminhando até parar na frente de Nagumo. Eles se encaram.

– Você acha que eu não te vejo chorando na escola, ou no ônibus por minha causa, não é mesmo?! - fita-o

– E qual é a diferença?! É engraçado ver alguém chorando e sofrendo por você Hiroto?! A piriguete da Liah fazia isso também?!

–... - apenas continua fitando Nagumo.

– Me responde porra!! - gritando

Gritando - Eu terminei com ela por causa de você! - começa a andar pelo quarto. Para e fita Nagumo - Satisfeito?!

– Por mim?! Como assim? - ainda na janela

– Eu ficava com ela, mas eu imaginava você no lugar. No começo era só minha inconsciência, por isso eu terminei. Mas depois da sua confissão, eu comecei a me sentir culpado. É obvio que dois meninos juntos não é o mais correto, mas você com esse seu jeito idiota... Sei lá... - volta e vai na frente dele de novo. Pega a mão dele e a coloca no lado esquerdo do peito - Não gosto de te ver triste, mas você com esse jeito todo irritado me atraiu. Meu coração bate mais rápido quando eu penso ou quando você está comigo, minhas mãos suam frio e me dá um frio na barriga que é simplesmente inexplicável. Nagumo... - passa a mão no rosto dele - E eu sei que todas as músicas que você cantava na janela eram pra mim. Mesmo sendo as mais tristes que alguém escutaria. O que eu quero te dizer é que eu te amo, e que eu não quero mais te ver triste. Eu quero ser feliz com a pessoa que eu amo, e essa pessoa é você... - Hiroto aproxima seu rosto do de Nagumo - Quer ser feliz comigo?

Nagumo nada responde, apenas beija os lábios daquele que havia lhe conquistado, Hiroto.

Um beijo quente e envolvente. Nagumo ainda estava próximo a janela e ele foi escorado na mesma por Hiroto que colocava uma de suas pernas no meio das suas.

Hiroto colocava uma de suas mãos na nuca de Nagumo pressionando-a contra seu rosto, afinal, ele queria mais daquele sabor. E após Nagumo ceder passagem para a língua de Hiroto passar, começou a guerra entre ambas.

Línguas quentes que se encontravam, línguas que se desejavam; mas não só a boca, o corpo. Mas o querido ar começou a deixá-los, e eles tiveram que separar-se. Ambos estavam ofegantes, e eles estavam na janela. Eles se olharam.

– Tudo bem? - pergunta Hiroto olhando Nagumo

– Sim...

– Vem - pega a mão de Nagumo

Eles se sentaram na cama. Nagumo não estava mais chorando.

– Nagumo... Você tá bem mesmo?

– Sim... Estou sim... - olha para Hiroto - Te amo Hiroto... - cora

Dá uma risada - Eu também, eu te amo - sorri e dá um selinho em Nagumo.

– Eu tô feliz - sorri - Esperei isso por tanto tempo que parece um sonho

– Acredite, não é um sonho - dá outro selinho nele

A tarde para Nagumo e Hiroto foi resumida nisso: conversar e beijos. Por fim eles até esqueceram da pipoca.

Eram aproximadamente 19h19min. Eles ainda estavam no quarto, na cama. Não, eles não transaram. Ainda não.

– Nagumo, eu tenho que ir...

– Ah, por quê? Fica mais...

– Desculpa, mas não dá mesmo...

– Tá bom então, te acompanho até a porta.

Se levantaram e foram até a porta, deram mais um selinho e depois Hiroto foi embora.

Hiroto chegou em casa e foi para seu quarto conversar com Suzuno. Ele contou o que tinha acontecido. Suzuno se alegrou.

Nagumo estava no seu quarto pulando de felicidade. Aquele com certeza fora o melhor dia de sua vida.

Agora voltando para Shirou e Atsuya...

Shirou estava na cama com Atsuya. Eles estavam com roupas e Shirou estava sobre Atsuya. Começaram a se beijar.

Zoe e Kouji entraram na casa, mas não fizeram barulho algum. Era terça-feira ainda e por ora eles haviam terminado a viagem. Foram passando pelos cômodos da casa.

Shirou estava tão envolvido com Atsuya que nem percebera a aura de seus pais. Há esse ponto ambos já estavam sem camisa. Continuaram se beijando.

E foi bem na hora do beijo que Zoe e Kouji entraram com tudo no quarto dos gêmeos e os flagraram daquele jeito. Queriam apenas avisar que haviam chegado, mas se depararam com uma situação um tanto quanto, desagradável.