Capítulo 54: Piratas atacam o arquipélago mais uma vez, Jonas e Gabriel e a defesa da caravela ACD

- Já estou pronto... Augusto onde estão os vegetais? – Hellt fala saindo de seu quarto, usava uma camiseta longa, branca e sem mangas, bermuda preta e sandálias.

- Estão ali perto da pia, peguei os mais frescos. – Augusto responde.

- Espera um pouco, onde estão o Jonas e o Gabriel? – o desenhista pergunta.

- Eles foram para o navio, foram pegar algo lá, pelo menos foi o que falaram. – Rebeka responde.

- Mas então eles não vão comer não é? – o desenhista pergunta novamente.

- O honroso atirador e o guitarrista do inferno disseram que estavam sem fome. – Naty quem responde dessa vez.

- É estranho, dificilmente eu fico sem fome... – o gordinho opina.

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Distante dali Gabriel e Jonas andavam pelo vilarejo.

- Sim, por favor, esses dois. – Jonas responde a um ambulante, escolhera dois espetinhos de carne de porco.

- Jonas, aqui sua bebida... – Gabriel fala levando um copo para o atirador. – É um suco de uma fruta daqui, não sei se é bom...

- Pior que a comida do Hellt é impossível! – o atirador fala entregando o espetinho para seu colega.

- Go to hell! Que ele não te ouça falando isso! – são os dizeres do músico.

Os dois, comendo, caminham em sentido a praia, não tinham um caminho definido apenas andavam pra gastar o tempo, queriam perder a comida que Hellt estava preparando.

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- Ganhei! Você é muito ruim nesses jogos! – uma jovem no posto de observação da ilha fala, estava jogando cartas com seu colega de serviço.

- Cansei de jogar isso, eu não consigo ganhar! – ele fala pegando sua luneta e observando o oceano, de repente uma visão o faz ficar mudo e tremer, começou a suar frio diante daquela cena.

- Qual é o problema? – a moça fala pegando sua luneta e observa o sítio em que seu colega olhava, a reação dela é a mesma que a de seu companheiro.

Eles observavam a aproximação de um navio pirata, olhavam fixamente uma bandeira negra, um crânio de tubarão a frente de ossos cruzados.

- Rápido, soa o sino o mais forte que você conseguir! – a moça fala e o rapaz corre, ele sobe até o último andar da torre, até o grande sino da cidade e começa a tocá-lo, as badaladas ressoantes chegam aos ouvidos de todo vilarejo, as pessoas adentram suas casas rapidamente, portas e janelas são fechadas.

- Go to hell! O que ta acontecendo? – Gabriel pergunta.

- Não sei, será que esse sino é algum toque de recolher? – o atirador tenta concluir. O jovem de sobretudo olha pra frente e percebe a aproximação de algo. – Espera Gabriel, tem alguma coisa se aproximando do arquipélago...

- Eu só vejo um ponto, você consegue ver o que é? – o guitarrista pergunta.

- Deixa eu regular os óculos... – Jonas fala girando suas lentes na armação, subitamente aquele ponto distante toma a forma de um navio pirata. – Merda! São piratas! Estão vindo em sentido a ilha.

- Go to hell! Esses seus óculos são monstruosos...! Espera um pouco? Você disse piratas?! Go to hell! A caravela ACD... Eles podem... – o guitarrista é interrompido.

- Não eles não vão porque a gente não vai deixar, vamos correr até lá...! – o jovem de óculos fala decidido correndo com seu colega. A caravela estava atracada em outra ilha do arquipélago, a verdade é que o navio estava distante, porém se fosse uma caravela de ponta ela seria rápida o suficiente para chegar ao navio ACD antes dos jovens, a vantagem dos garotos seria a possibilidade daqueles piratas não conhecerem a área e perderem tempo procurando o melhor lugar pra atracar.

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- Esse sino é o sino que eu to pensando Augusto? – Hellt perguntara ao idoso, estavam todos tomando a sopa que o mais alto preparara.

- Não pode ser... Não... Antes de tocar o sino eles me ligam... O que ta acontecendo? – Augusto fala de maneira desconexa pegando seu den den no muchi.

- Do que vocês tão falando, não to entendendo? – Rebeka pergunta.

- Acontece o seguinte, desde a última invasão pirata nós instalamos um ponto de observação com um sino naquela torre mais alta, vocês devem ter visto, toda vez que um navio pirata se aproxima eles tocam os sinos, porém antes de tocar eles ligam pro líder do vilarejo.

- Entendo, eles não ligaram e tocaram os sinos, por que fizeram isso? – Naty pergunta.

- Talvez tenham tocado por acidente, pode acontecer não pode? – o gordinho pergunta.

- Não acredito nessa possibilidade, tenho medo do que realmente aconteceu. – o desenhista fala, repentinamente o den den no muchi de Augusto cai chamando a atenção dos presentes, o senhor está visivelmente nervoso.

- Eles voltaram, a bandeira de Erlec está vindo pra cá...! – feições de susto tomam contam dos rostos dos presentes, exceto Daniel, a feição mais assustada era a de Hellt, naquele instante parecera ver todo seu passado de uma vez num estalo. O desenhista se levanta e vai até seu quarto, na parede pendurado estavam os cassetetes de seu pai, eram idênticos aos seus, porém mais opacos.

- Vocês não vão causar um inferno aqui de novo... – fala pra si mesmo, de repente ele sente a mão de Daniel em seu braço.

- Se você vai lutar nós vamos lutar! – foram as palavras do gordinho, Naty e Rebeka se levantam olhando fixamente para o maior, Naty firme com feição séria, Rebeka também com feição séria, entretanto suas pernas tremiam muito, todos estavam preparados para mais uma batalha.

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- Então esse é o tal local?! Não parece grande coisa... – um pirata encapuzado fala descendo da caravela com seus colegas, eles atracaram na mesma ilha que a tripulação de Daniel, pois ali era o melhor lugar para se atracar no arquipélago.

- Olha só, tem outros piratas aqui... Vamos afundar esse navio! – um outro pirata fala avistando a caravela ACD.

- Não seja idiota! Vamos saquear o navio e depois afundá-lo. – são os dizeres de um terceiro. – Esse lugar é muito quente, não dá pra usar essa manta! – depois dessas palavras todos tiram os capuzes jogando suas mantas, se revelam como homens peixes, tritões da Grande Linha.

- O capitão e o vice não vão descer? – um quarto pirata pergunta.

- Não vai descer irmão? Enfim chegamos ao lugar onde nosso pai morreu... – um homem peixe no navio recém chegado fala.

- Finalmente o dia de nossa vingança chegou! Estou só pensando no quanto vamos nos divertir nesse lugar! – palavras acompanhadas de risos, os dois andam até a beira do navio e pulam na areia da praia.

- Os irmãos finalmente desceram, Erlec Junior e Randy, nosso capitão e vice estão finalmente preparados para o massacre! – um homem peixe fala e subitamente é golpeado na cabeça por um soco de seu colega.

- VOCÊ FALA DEMAIS E SEM NECESSIDADE!

- Hã...?! Tem outros piratas aqui?! Nosso dia de sorte! Vão saquear aquele navio! – o capitão ordena ao perceber a caravela ACD, seus comandados obedecem e correm até o navio.

- Será que a gente vai achar ouro ou pedras preciosas? Talvez comida! – um deles fala começando a subir pelo navio, atrás deles outros tantos, subitamente um estalo e uma explosão se forma na cabeça daquele tritão, ele cai derrubando os que estavam atrás dele.

- O que foi isso? – o vice-capitão pergunta.

- Parece que os donos do navio não estão dispostos a entregar seus pertences tão facilmente. – o capitão fala olhando as duas silhuetas mais acima da praia, um empunhava uma arma que saía fumaça de seu cano, o outro fumava.

- Saiam de perto de nosso navio. – Jonas fala com feição de fúria.

- Não nos façam perder a paciência, go to hell! – Gabriel fala decidido olhando seus adversários.

- Humanos fracos! Eles acham que podem tentar algo contra seres superiores como nós! – o capitão fala rindo bastante. – Vai ser divertido!

Os tritões encaram os jovens, os jovens encaram os tritões de igual modo, a tripulação de Daniel está prestes a enfrentar um inimigo diferenciado, homens peixe, resta saber se Gabriel e Jonas conseguirão enfrentar inimigo tão inusitado e sedento por vingança.

Preview:

- E eu pensando que nosso único problema aqui seria fazer o Hellt voltar. – Jonas fala carregando suas armas.

- Go to hell, agora a gente vai ter que lutar com esse circo de horrores todo. – Gabriel fala posicionando melhor suas mãos na guitarra.

- Reverbere a caixa craniana deles Gabriel! – Jonas fala e o músico ao entende. – Quis dizer: estoure a cabeça deles com sua música! – o atirador explica.

- Agora sim eu entendi go to hell! SOM DO INFERNO! – o guitarrista grita dedilhando seu instrumento musical, a barreira de som é lançada nos tritões, a maioria se desvia, contudo os acertados caem com seus ouvidos sangrando.

- Agora é comigo! – Jonas se põe a frente de seu colega, empunha suas duas armas sentido aos inimigos. – Munição de explosão, carga média. – fala calmamente e começa a disparar, tiros certeiros que buscavam a cabeça dos homens peixe. Eles iam caindo um a um, porém muitos continuavam seguindo pra cima dos jovens impetuosamente.

Próximo capítulo: O começo da batalha contra os tritões, rock e espinhos