Love Me Until The Death escrita por Madame Bovary


Capítulo 24
Finale


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui esta o ultimo capitulo ao menos dessa temporada. Obrigada pelos reviews e recomendações :)
Gostaria de colocar o nome de cada um de vcs aqui embaixo, mas é obvio que são tantos... Mas posso dizer seguramente que cada um foi importante para essa fanfic.
Aliás, o que seria de uma autora, sem seus leitores???
Bjs, aproveitem.



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Epilogo

18 de outubro de 1998 – Los Angeles

- Eliza isso não está certo – Felipe dissera contrariado.

- Você queria que eu fizesse o quê? – falou a mulher irritada.

- Ora, que abor... – começou, mas foi pego por um tapa na cara, ele esfregou o local surpreendido.

- Nunca mais diga isso novamente – disse pausadamente entredentes, ela sabia que a qual quer momento lagrimas iriam brotar – não quero nem a menção desse nome aqui, isso nunca vai ser uma opção! Nunca foi e nunca será! Entendeu? Nunca! Jamais, eu mataria um filho meu!

Odiava tudo isso, mas se tinha que aturar um homem tão detestável para proteger seus filhos, ela o faria sem pensar duas vezes. Felipe estava sentado sobre a cama, ele já havia recuperado sua pose de “eu não ligo para porra do mundo a minha” (aparentemente um tapa não fora suficiente para fazê-lo dar um pouco da sua aplicada atenção). Uma revista esportiva descansava em seu colo. Ele a olhava como se ela é que fosse a grande errada da historia. Estupido! Ela o xingou mentalmente.

 Quando foi que ele se tornou tão abominável? Ela sabia a resposta, só não queria admitir que o fato de que ele fosse assim, era inteiramente sua culpa.

- Só estou expandindo suas escolhas Eliza, ainda há tempo, ela só tem quatro anos podemos larga-la na porta de um orfanato, e Gabriel pode conviver sem ter uma irmã mais nova na vida dele – disse dando de ombros, ela rangeu os dentes com raiva. Ela queria tanto acabar com tudo isso... Mas ela precisava fazer com que Gabriel tivesse uma família, e Nelly...

Ah... Nelly, tão pequena e indefesa, dormia tranquilamente no quarto ao lado. Ela já deveria ter acordado com todo esse barulho, mas ela continuava lá agarrada a seu sono, o único lugar onde ela verdadeiramente estaria segura e feliz.

- Você esta ao menos se escutando?! Como você consegue dormir a noite sabendo que alguém que você cogita descartar, te ama tanto? – deu um longo suspiro recuperando sua sanidade enquanto podia, ela não podia surtar, ela sabia que Felipe era tão cabeça dura quanto ela – Ela é uma criança Felipe, ela precisa de um pai – murmurou calmamente.

- E esse pai não sou eu Eliza, Gabriel é meu filho, Nelly não... – disse com um olhar frio, que fez Eliza estremecer, ela sabia que era verdade, mas odiava ser lembrada desse modo.

- Eu sei que Nelly não é sua filha, mas você precisa...

- Eu sei Iza, acredite, eu sei – ele olhou para as mãos no colo – talvez você devesse ter voltado atrás em uma de suas escolhas, eu lhe avisei que se casar comigo não era uma boa ideia, você deveria ter ficado com quem você amava.

Ela permitiu que todo o seu conceito de Felipe caísse, se aproximou sentando ao seu lado, ele ainda parecia àquele adolescente Nerd, do qual todos os jogadores de futebol caçoavam, ele ainda era seu melhor amigo, ela sabia que nunca poderia enxergar ele, além disso. Tentou no começo de sua vida normal olha-lo como marido, e o resultado disso fora seu primeiro filho.

- Ei – disse suavemente – estamos nessa juntos, sempre estaremos, eu escolhi ter uma vida normal, ao invés de anomalias e vam... – se interrompeu, não conseguia pronunciar esse nome sem achar que tudo o que viveu antes de se casar com Felipe fosse um grande sonho (ou pesadelo), mas era tarde demais para voltar atrás – bem, você sabe, eu escolhi fraudas sujas, casa desarrumada e discussão de relacionamento, ao invés de sangue, premonições, feitiços e tudo mais. Eu deixei isso para trás, o...  – ela cortou quando ele a olhou carrancudo – bem... Ele... Tinha razão, eu precisava disso – fez um gesto amplo indicando tudo ao redor – eu precisava disso tudo, ou eu terminaria louca.

- Eliza, você pode dizer o nome dele – revirou os olhos – eu sei que você o ama mais do que eu, a maior prova disso foi você ter fugido com Gabriel ainda recém-nascido para encontrar ele.

- Mas eu voltei... – murmurou.

- Só porque você percebeu que conviver com ele não era um mar de rosas que você pensou, e viver com ele quase matou você, seu filho, e a filha dele que você carregava, e quase três anos depois você retornou para o local onde achava que ficaria mais segura como se nada houvesse acontecido – gritou colérico.

Ela iria responder, mas uma batida tímida na porta a interrompeu.

- Mamãe? – Gabriel disse batendo mais uma vez.

- Estou aqui querido – ela falou docemente, fazendo parecer ao máximo que ele não era indesejado, ela lançou um olhar para o marido como se dissesse: “não vá fazer merda”.

A porta se abriu, e da pequena brecha surgiu Gabriel, com seus cabelos castanhos que nunca parecia se mantiver no lugar e seus olhos verdes chorosos, em seus braços havia um boneco do surrado filme “O E.T.”, o marrom já estava desbotando, mas ele nunca cogitara larga-lo.

- Teve um pesadelo querido? – disse indo até ele e o puxando para cama junto a ela, ele assentiu, com suas bochechas rosadas, ela beijou seu rosto ainda úmido das lagrimas, aconchegando-o no colo.

- O que aconteceu campeão? – Felipe dissera afagando as costas do filho devagar, Gabriel limitou-se a fungar e se esquivar um pouco do toque – que tal eu lhe conta uma historia para você dormir? E amanhã de manhã podemos comprar aquela bicicleta que você tanto queria, e logo depois podemos ir ao parquinho.

- A Elly pode ir junto? – pediu olhando diretamente para Eliza.

- Aprenda chama-la de Nelly, você sabe como ela vira uma pequena leoa quando a chamam assim – murmurou passando as mãos nos cabelos dele, enquanto ele soltava uma pequena risada - Claro que ela pode ir, sem problemas, não é mesmo Felipe? – respondeu lançando um olhar ameaçador para o homem.

- Claro, vai ser legal – respondeu contra vontade – mas agora é hora de dormir.

Levantou-se dando uma tapinha no ombro de Gabriel.

- Dê tchau para mamãe e vamos direto para sua cama, vou lhe contar uma ótima historia – animou-se de forma falsa.

- Diga que não é sobre ovos verdes de novo – ele sussurrou para que apenas a mãe ouvisse, ela segurou uma risada.

O garoto deu um beijo na bochecha da mãe, e abraçou seu pescoço, indo logo após para o colo do pai contra vontade, fazendo uma careta. Assim que saíram Eliza soltou um longo suspiro.

Talvez ela não devesse ter corrido tão instantaneamente para o conforto de Felipe. Gabriel poderia ter coexistido achando que... Bem, que o cara que ela amou, o pai biológico de sua irmã, era também seu pai. Mas sabia que só estaria mudando de lugar uma mentira da vida de Nelly e colocando mais uma na de Gabriel. Passou as mãos pelo rosto, cansada e extremamente exausta.

 Só uma coisa doía mais que toda essa merda junta: saber que nos próximos anos olharia para Nelly sabendo que tudo na vida dela era uma grande farsa, que nada na vida dela seria reconfortante, sabendo que sua única filha estava destinada a uma vida errática, cheia de perigos. E era frustrante saber que não podia fazer nada para reverter.

E mais uma vez alguém que ela amava estava sujeita as consequências de suas escolhas mal optadas...


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Notas finais do capítulo

Ok.... Talvez vcs não gostem desse capitulo, até eu mesma não gostei, mas a ideia surgiu... Então, vcs acham que ficou tão ridiculo quanto eu acho que ficou?
Bem, mas eu agradeço a todos que acompanharam até aqui, até mesmo os fantasmas. Essa é a primeira fanfic q eu chego até o final, sem desistir por um momento. Eu realmente agradeço.
Estão prontos para segunda temporada??? Ou devo desistir?
Ainda há muito o que ser descoberto.... Bjs...
Comentem!
E recomendem se não for pedir demais :)